Entre Margens


«Hoje em dia todos sabemos que o Skype é essencial para quem quer manter o contato à distância. Mas a empresa quer mostrar que serve para mais do que isso e que é mesmo capaz de transformar as vidas das pessoas, para melhor.
A campanha “Stay Together” conta a história de duas mães em continentes diferentes, que entraram em contato por email quando souberam que ambas esperavam bebés que iam nascer sem um dos braços.
Anos depois da troca de emails, as meninas conheceram-se através do Skype e mantiveram-se em contato diariamente, partilhando experiências, dificuldades e sucessos. Durante os 8 anos seguintes as adolescentes tornaram-se melhores amigas sem nunca se terem encontrado ao vivo.
Até que o Skype foi mais longe e proporcionou o primeiro encontro destas duas jovens. Ver o percurso das duas meninas e o momento em que se encontram pela primeira vez é receita certa para verteres umas lágrimas» (aqui).



Há histórias que nos conseguem encher o coração. Pela coragem que transmitem. Pela luta que travam diariamente. Pela força de vontade que se mantém. Pela superação de dificuldades. Por nunca terem desistido de viver. E as histórias de vida fantásticas só são possíveis porque partem de pessoas ainda mais extraordinárias. 

É inevitável não questionar «e se fosse comigo? Connosco?». Certamente que reagiríamos de maneira diferente. E é ainda mais certo que lutaríamos com outros recursos, outra vontade, ou necessidade. Precisamente por sermos todos diferentes. Só que, no fundo, estaríamos a lutar pelo mesmo: a nossa vida.

Os dias não são todos iguais. Não é novidade para ninguém. Há dias em que nos sentimos capazes de conquistar o mundo. Assim como há outros em que não nos apetece mexer um fio de cabelo sequer por nos sentirmos derrotados. Mas há sempre algo em nós, como se uma força se entranhasse nas nossas veias, que nos obriga a continuar. Pelos nossos. E principalmente por nós. 

Histórias assim deixam-nos mesmo de lágrimas nos olhos. Mas são lágrimas boas. De felicidade. Por sabermos que há alguém, mesmo que seja do outro lado do mundo, que enfrenta todas as adversidades e consegue vencer. E continuar. E lutar. E sorrir. E isso inspira-nos a ser melhores, a lutar sempre com mais força. Por nós. E por eles, que nos dão uma lição de vida. Por eles, que nos mostram o quanto nos preocupamos com coisas supérfluas, enquanto eles não baixam os braços quando à sua frente aparece um muro de dificuldades. 

Ontem, enquanto estava nos 19º Encontros Luso-Galaicos-Franceses do Livro Infantil e Juvenil, ouvi Vergílio Alberto Vieira dizer que era um ladrão de pedras, porque apanha todas as que encontra no caminho. E eu acho que estas pessoas também são assim: ladras de pedras. Porque são capazes de não parar quando uma lhes aparece no caminho. Apanham-na, passam-lhe por cima, dão um pontapé... Isso fica ao critério de cada um. A verdade é que não se sentam em cima de nenhuma à espera que a vida lhes passe à frente. É que talvez pensem «Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo». E se pensam assim, pensam bem. Quanto a mim, iria adorar ver esse castelo coberto de vitórias. E histórias como esta. 

Tentem não ficar emocionados. O que eu acho pouco provável, mas é por uma ótima causa. Aqui fica o vídeo: 



«Alguém já sentiu que a sua vida mudou graças ao Skype?». Conhecem alguma história como esta? Ou parecida? Partilhem, vou adorar ficar a conhecer!

Há um dia em que um rapaz decide sair à rua e pôr as mulheres à prova, oferecendo-lhes uma rosa e elogiando-as. Como se fazia antigamente, esquecendo o facebook, instagram ou twitter. Elogiá-las sem filtros. Apenas uma pessoa diante de outra, dizendo-lhe o quanto é bonita ou que o seu sorriso lhe fez ganhar o dia.

O objetivo é mostrar às pessoas que são amadas e valorizadas. Mas pessoalmente. Sem ser necessário estar atrás de um monitor. Parece que hoje em dia se tornou bastante difícil elogiar alguém olhos nos olhos, como se o facto de utilizarmos uma rede social nos tenha retirado a nossa capacidade de mudar o dia de alguém com uma simples palavra. Ou um sorriso. Ou algo espontâneo, capaz de nos deixar sem saber como reagir por ter sido tão imprevisível. E bom!

Eu acredito que as palavras podem mesmo fazer a diferença. Que com um simples «bom dia» podemos mudar a vida de alguém. E é algo tão simples de se fazer. Sorrir, fazer alguém sorrir, é das coisas mais inexplicavelmente bonitas e reconfortantes. E atitudes como as que se podem ver no vídeo mostram-nos exatamente isso: o quanto podemos melhorar o dia de um pessoa apenas por lhe dizermos «tem um bom dia». 

No meio da surpresa, também ele acabou por ser surpreendido. As reações são fascinantes. E logo o primeiro caso mostra-nos o quanto já não estamos habituados a receber elogios pessoalmente, como se as redes sociais os tivessem descredibilizado. Mas ele não desistiu e tenho a certeza que todas as mulheres a quem ele decidiu elogiar apenas porque sim se sentiram muito melhor. É que ouvir uma pessoa dizer «para o caso de alguém ainda não te ter dito que és bonita» aquece o coração de uma maneira que nunca nenhuma palavra será capaz de reproduzir fielmente. 

No fim do dia talvez nunca mais se voltem a encontrar. Talvez nunca mais se encontrem na vida. Mas nada apagará da memória aquele gesto. Que se repetiam mais. Independentemente da idade. Do género. De tudo. É que um elogio cai sempre bem. Sobretudo quando nos faz sorrir assim. 

Podem vez o vídeo aqui. «Hope you smile». Eu sorri. E aqui que ninguém nos ouve, se tivesse a sorte de ser abordada assim na rua ainda sorriria muito mais! E vocês?



«Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: 
amor no coração e sorriso nos lábios».
(Martin Luther King)





No meu blog Parte do que sou não são muitos os desafios que por lá tenho guardados. Acho que, ao todo, fiz dois ou três. Conto muitos mais selos e um questionário. Pessoalmente, há desafios que até acho interessantes, mas por qualquer razão acabo por não ter tempo para os completar, por isso, e como não gosto de fazer as coisas pela metade, prefiro nem os começar.

Se há coisa que me dá muito gosto fazer é visitar outros blogues, porque me ajudam a crescer, além de me colocarem, ainda que indiretamente, em contacto com pessoas de um talento extraordinário, muitas vezes com opiniões distintas das minhas e com pontos de vista que não me tinham ocorrido. Foi precisamente num desses passeios, se é que lhe podemos chamar assim, pelos vossos mundos que descobri este desafio: o de descrever a minha vida através de um cantor ou de uma banda. Encontrei-o no blog Lua de Cartão e achei-o tão desafiante que não resisti em responder. O desafio tem as seguintes regras:

- Usando nomes de músicas apenas de um artista ou grupo, tente habilmente responder a essas perguntas;
- Passe para quantas pessoas você quiser!;
- Link quem te indicou;
- Você não pode usar a banda/cantor que usei. Tente não repetir um título da canção;
- É muito mais difícil do que você imagina! Repost como «minha vida de acordo com (nome da banda/cantor)».

Na parte em que diz «é muito mais difícil do que você imagina», acreditem, é mesmo. Uma coisa é podermos recorrer à letra da música, mas o facto de só ser permitido utilizar o título triplica a dificuldade. Claro que também depende do(a) cantor(a)/banda que escolherem, mas as respostas não são assim tão óbvias.

Pelo título desta publicação já perceberam qual a minha escolha. Pois é, Rui Veloso, que é só o meu número um de todos os artistas. Algures nas respostas também utilizo o nome da minha música favorita. Conseguem adivinhar qual é? Vamos lá ver se acertam. Enquanto pensam, deixo-vos o desafio preenchido: 


Você é um homem ou mulher: Miúda (fora de mim)

Descreva-se: Morena de Azul 

Como você se sente: Estrela de Rock and Roll 

Descreva o local onde você vive atualmente: Porto Sentido 

Se você pudesse ir a qualquer lugar, onde você iria: A gente vai em digressão 

Sua forma de transporte preferido: Voar como o Jardel 

Seu melhor amigo: Nunca me esqueci de ti 

Você e seu melhor amigo são: Os velhos do jardim 

Se sua vida fosse um programa de tv, do que seria chamado: O prometido é devido 

O que é a vida para você: Todo o tempo do mundo 

Seu relacionamento: Não me mintas 

Seu medo: Não queiras saber de mim 

Qual o melhor conselho que você tem a dar: Não invoquem o amor em vão 

Pensamento do dia: Fala-me de amor 
  
Meu lema: Não percas o teu mistério


E vocês, aceitam este desafio?

«Numa altura em que a SAD do FC Porto está a estudar o mercado nacional e internacional no sentido de dotar o plantel com mais uma opção válida para ambas as alas, o nome de Ricardo Quaresma volta à baila...»

A minha vontade de te ver regressar está presente em mim desde o momento em que deixaste o nosso emblema para abraçares um novo destino. Sim, o nosso, porque serás sempre um de nós. Voltar a ver-te de azul ao peito, a pisar o relvado da nossa casa é um sonho que espero que se realize brevemente.

Volta, estarei de braços abertos para te receber no Dragão. De uma casa onde nunca te vi sair, porque muito do que somos também se deve ao que fizeste. E sempre que me sento numa daquelas cadeiras azuis tu estás comigo, com o teu nome em destaque nas minhas costas e no meu coração. 


«Quaresma no FC Porto? Deco e Bölöni aprovam a 100%» (ler notícia completa aqui)

Inevitavelmente, eu também aprovo. Se calhar não a cem porcento, mas a infinitos porcento. E não me importo minimamente que seja a única a querer este regresso. Felizmente não sou, há tantas pessoas como eu que reconhecem o teu valor e o quanto serias uma mais valia para a nossa equipa. E volto a frisar que esta equipa, e este clube, serão sempre teus, por tudo o que nos deste durante quatro épocas e por todo o respeito que tiveste por nós mesmo quando já não era o azul que te cobria o peito. 

Por isso, volta, nós estaremos aqui.  E isto é uma promessa de que nunca estarás sozinho. Não peço mais nada. Não posso pedir mais nada. A não ser que, desta vez, tudo isto seja verdade e eu te volte a ver ali, tão perto, mesmo que não seja com o sete. Mas que sejas tu, ali, junto de nós, para lutarmos juntos como nunca deixamos de o fazer. 

Vou preparar o coração, cruzar os dedos e fazer figas. E esperar que quando o mercado de Inverno fechar eu volte ao Dragão e te encontre dentro de campo, do nosso lado, para poder voltar a gritar por ti, em todo o amor e orgulho que tenho, neste nosso palco de emoções forte.  

Não é segredo nenhum que eu amo futebol. Vibro. Sofro. Choro. Rio-me às gargalhadas. Reclamo. Fico aborrecida. Há alturas em que me apetece desfazer a televisão/comando/qualquer coisa. E gosto de viver as emoções de perto, sentada numa das cadeiras do estádio, sobretudo se for o do Dragão. Isto porque também não é nada desconhecido que sou portista acérrima desde sempre. Como se ser portista viesse nos genes e passasse de geração em geração. É que acho mesmo que isto nasceu comigo. 

Nenhum clube me diz tanto como o Futebol Clube do Porto, mas há uns quantos que me enchem as medidas. A Seleção Nacional é de uma dimensão à parte. Não sei se está acima do Porto, mas está acima de qualquer outra equipa. Mas são amores diferentes, como se jogassem numa liga emocional completamente distinta. Passamos o ano todo em picardias com adeptos de outros clubes, reclamamos uns com os outros, não nos entendemos, nem sempre somos corretos, vibramos de igual forma, mas sem partilhar o emblema, as cores e o amor ao mesmo clube. Só que quando joga Portugal tudo isso se arruma numa gaveta, mesmo que seja só durante noventa minutos. Quando joga a Seleção somos um só, com um único objetivo, e o resto, como se costuma dizer «é paisagem».

Antes do jogo de ontem, naturalmente que os nervos eram muitos, a responsabilidade estava igualmente elevada e o coração quase que não se conseguia aguentar dentro do peito. Mas a confiança não permite duvidar das vossas capacidades, assim como o amor não permite desistir de lutar. Antes do apito inicial, disse-vos: mesmo que mais ninguém seja por nós, continuaremos a lutar juntos. Mais fortes. Com mais garra. Com mais amor. Por esse hino que nos eriça a pele e que nenhum outro consegue superar. E pelas nossas cores que balançam de orgulho junto ao peito, nas bandeiras penduradas à janela e nas memórias que hoje queremos repetir. É só mais um passo, o mundial espera por nós. Juntos somos mais fortes. Somos mesmo. De cachecol ao peito, o coração já palpita de emoção. Acreditem. Vamos em frente, Heróis!

Vocês acreditaram e fizeram-nos acreditar ainda mais. E juntos conquistaram o objetivo. Se não sofrêssemos até ao fim talvez não tivesse o mesmo significado, mas enquanto puder festejar no final do jogo não me importo que seja assim. Obrigada a todos vocês por terem acreditado como eu, por terem lutado por este apuramento e por se terem superado na garra e na vontade. Sabem uma coisa? Até já Brasil, o mundial está à nossa espera. 

Preparem-se! As malas estão feitas. A passagem está carimbada. Portugal está em festa. Com o coração cheio de orgulho, parabéns Seleção. Parabéns Heróis coracao Emoticons Secretos do Facebook coracao verde Emoticons Secretos do Facebook coracao amarelo Emoticons Secretos do Facebook coracao azul Emoticons Secretos do Facebook

Não desta vez. Esgotaram-se as vírgulas, por uso excessivo de segundas oportunidades. Mas o ponto final está ali, arrumado a um canto, perdido e pronto a ser utilizado. É hora de virar a página, recomeçar de novo, quantas vezes forem precisas. E mesmo que a saudade aperte no peito, os passos serão sempre dados em frente, sem olhar para trás. 
Não há retorno. E mesmo que um dia a vida nos volte a cruzar os caminhos, «talvez eu não volte mais». Desisti! Venceu o cansaço e a desilusão. Ponto final.

Os anos vão passando e cada vez mais tenho dificuldade em descobrir algo que realmente queira receber como presente. Especialmente no Natal. 

Nunca tive feitio para pedir prendas e odeio (se calhar odiar é uma palavra muito forte, mas parece-me bem neste contexto) quando me perguntam o que estou a precisar. Nada. É sempre a minha resposta. Mesmo que até me tivesse lembrado de uma coisa ou outra. Responder honestamente a essa pergunta é tirar a magia, a espontaneidade, a honestidade no nosso olhar quando vemos o que nos deram. A partir de hoje, sempre que me perguntarem o que quero receber ou o que estou a precisar, vou-me limitar a responder: Surpreende-me! Porque eu gosto é disso, da surpresa, do lado imprevisível. E quanto a isso acho que serei sempre uma eterna criança, porque ao fim de vinte e um anos de vida continuo a ficar ansiosa por ouvir tocar as doze badaladas para rasgar os embrulhos dos presentes que me calharam. 

À medida que o tempo vai passando vou gostando cada vez mais de ler. E de adquirir livros. Habituei-me a tratar os livros por tu e a senti-los como algo bastante pessoal, por isso é que gosto de os comprar. Além disso, quando há alguma frase que me salta ao coração, gosto de os marcar com aquelas notas adesivas reposicionáveis em forma de seta, assim posso sempre voltar a ler. E a reler. As vezes que me apetecer. 

Claro que há umas quantas coisas que gostava de receber ou de puder comprar, como é o caso da Canon 600D. A par da escrita, a fotografia é outro dos passatempos que mais me completa, por isso é mesmo um sonho ter uma máquina destas. Mas, para já, vou dando saltos mais pequenos, quase como se nem chegasse a tirar os pés no chão. E também fico bem servida (muito bem mesmo) se no meio de um desses embrulhos encontrar um livro. 

Há uns quantos que quero comprar, pela curiosidade em lê-los, pelas criticas positivas que já ouvi, por me ligar ao autor de alguma forma. E os cinco que estão na fotografia inserem-se na lista das próximas aquisições. Como seria de esperar, a lista não fica por aqui, pois posso ainda acrescentar-lhe os livros de Miguel Esteves Cardoso (do qual só li «Como é linda puta da vida», mas fiquei fascinada») e da Torey Hayden (de quem já li quatro, mas quero lê-los a todos).


«Resignei-me no fosso do teu silêncio (...) Levantei o rosto e olhei-te mais fundo do que julgava conseguir, lembras-te? Tudo o que disseste, já se vislumbrava nos teus olhos. Desatei as cordas que te amarravam a mim e que já estavam cortadas sem termos percebido. Deixo-te ir. Abro as mãos e podes voar».
(A Persistência da Memória, Daniel Oliveira)

«O melhor do amor é sabermos muito pouco sobre ele»
(Há Sempre Uma Primeira Vez, Margarida Rebelo Pinto)

«O tempo é que manda, ele é que sabe, desliza entre os dedos e os anos, apaga o que é próximo e ressuscita o que ficou longe. O tempo é que manda: é ele o único tirano invencível»; «Mas, pronto, partilhávamos o silêncio, e o silêncio a dois não é o mesmo que o silêncio sozinho»
(Madrugada Suja, Miguel Sousa Tavares) 


E vocês, têm alguma prenda que gostassem de receber? Ou algum livro que queiram mesmo comprar? Se já leram algum destes, digam-me o que acharam. E sintam-se à vontade para me sugerirem outros tantos. 

«I grew up indulging myself in fairy tales. Those fairy tales from my childhood gave me a multitude of ideas to try out. Everyday just before Wengenn’s nap, I would imagine him being the main character in one of my favorite episodes, and “paint” a background setting with plain clothes, stuffed animals, and other common household materials, just like how an artist would with her paint brushes. My vision was to create a series of photos portraying him exploring his imaginary, enchanting fairytale-like world»


As fotografias estão absolutamente fantásticas. A capacidade desta mãe de aproveitar a sesta do filho para a tornar numa autentica aventura de contos de fadas é genial.
Podem ver mais fotografias aqui. Não estão uma verdadeira ternura?

«Viajámos por Portugal.

Descobrir o nossos país é sempre uma feliz surpresa. A cada passo do caminho percebemos porque inspira poetas e pintores. 
A força inspiradora das paisagens trava-se na sua diversidade, são mantos verdes e exuberantes que descem das serras, cobrem os vales interiores e estendem-se até ao mar, são as vastas planícies revestidas de campos de girassóis, sobreirais e olivais, searas douradas ondulando ao vento, incontáveis praias de areia branca e extraordinária beleza, o fascínio muito especial das aldeias alcandoradas nas encostas, das pequenas vilas adormecidas no tempo, das cidades que combinam harmoniosamente o passado e o presente, os encantos históricos e as novas tendências cosmopolitas. 

É verdadeiramente deslumbrante deparar com tão belas paisagens, os vales, os contornos dos rios, as reservas naturais que servem de escala a milhares de aves migratórias, a abundante vegetação de florestas seculares, o encantamento do mar e dos seus pescadores, as esplêndidas rotas vinícolas, o manancial de histórias e lendas reveladas na viagem, os cenários românticos que encantam o coração, a deliciosa gastronomia que atesta a inventividade do seu povo, a invulgar hospitalidade que marca a nostalgia do regresso.

Viajámos pelo nosso país e as sensações foram muitas, assim como as descobertas. E são esses momentos de especial magia que consigo queremos partilhar, tranquilamente.

Escolha Portugal é uma iniciativa TVI com o apoio do Turismo de Portugal».



Eu escolho Portugal. Todos os dias. E mais do que uma vez expressei a minha enorme vontade de conhecer cada recanto de Norte a Sul.

Felizmente, sempre tive a oportunidade de passear, por isso tenho a sorte de puder dizer que conheço bastantes sítios deste nosso lindo país. Mas há tanto para descobrir, redescobrir e relembrar. Há tantos sítios onde já fui tão feliz, onde me sinto em casa e onde pretendo regressar. Assim como há outros tantos que desejo conhecer e, espero eu, juntar à lista daqueles que me fazem sentir tão acolhida que o meu coração aumenta de tamanho. 

Esta iniciativa é, portanto, a meu ver, das melhores que já se fizeram. Conhecer o país por outros olhos, por outro coração, para nos aguçar a vontade de partirmos à descoberta, é aliciante, desafiante e enriquecedora, não só porque nos aumenta a bagagem de conhecimento e de histórias, mas porque também nos deixa atentos, curiosos e prontos para novas aventuras.

Portugal é um país cheio de beleza, seja ela paisagística, gastronómica ou a nível de pessoas, que têm um coração gigante e capaz de aconchegar quem chega pela primeira vez. E é este Portugal que eu quero descobrir até ao último segundo e ao último recanto escondido. Quero abrir todas as portas de museus, castelos, bibliotecas; percorrer todos os trilhos dos parques naturais; sentir o cheio das comidas fortes e leves; o aroma da cidade e do campo; o perfume das gentes; escutar a gargalhada de quem se senta ao nosso lado ou da que ecoa por aí. Quero partir do Norte e chegar ao Sul e depois fazer o percurso inverso, e trazer na bagagem tantas lembranças e memórias quantas conseguir carregar na mala e no coração. 

É já um desejo antigo fazer uma espécie de diário de viagem. Escrever sobre o que vejo, que terras piso, o que descubro, o que me surpreendeu e encantou. Juntar fotografias e, quem sabe, alguns vídeos para mais tarde partilhar. É que cada vez mais defendo que o que é nosso é realmente mais bonito. E é mesmo. Portugal é lindíssimo. Que me perdoem as pessoas de todos os outros países, mas não há beleza como aquela que eu vejo por cá. É certo que não posso falar com grande conhecimento de causa, pois nunca viajei para mais longe do que Espanha. Mas permitam-me que antes de me aventurar por esse mundo fora me aventure primeiro a conhecer o que é meu. É por isso que, para mim, nunca haverá nenhum outro lugar, por mais bonito que seja, que supere o país que me viu nascer, crescer e tornar-me no que sou hoje. 

Enquanto não é possível colocar a mochila às costas e partir em viagem, façam-no comodamente sentados nos vossos sofás, camas, cadeiras. Para isso, basta irem aqui e deixarem-se deslumbrar pelas paisagens magníficas deste paraíso. Os vídeos não estão todos disponíveis, pois ainda não foram todos apresentados, mesmo assim percam-se (ou venham a perder-se) pelos Açores, pelo Alentejo, pelo Algarve, pelo Centro de Portugal, por Lisboa, pela Madeira e pelo Porto e restante Norte. Não se vão arrepender.   

Eu escolho Portugal. Para sempre. E vocês?  

«Não te esqueças de mim” é uma das expressões mais carregadas de significado que conheço. Está para mim a par dum “tenho saudades tuas” ou um “amo-te”, talvez, porque consegue encerrar em si tanto de tudo do que as outras expressões são. Não é a qualquer um que pedimos para não ser esquecidos, por norma, só o pedimos a dois tipos de pessoas: às que amamos muito e às que detestamos muito. Às primeiras, as amadas, pedimos para ser lembrados pois em nós, já sabemos que elas vão existir para sempre, independentemente dos anos, da distância, da inevitável perda física. Às que odiamos muito até podemos nem pedir para ser não sermos esquecidos mas estamos certos de que se elas se esquecerem de nós, perdemos o objecto do ódio e depois? Valerá mesmo a pena odiar sozinho quem nem se lembra de nós? Perda de tempo, ocupação desnecessária de gavetas que podiam estar encravadas com memórias boas».



Podem ler a crónica na integra aqui. Acreditem, é daquelas que nos fazem pensar, de tão verdadeiras que são!
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andreia morais

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O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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