Entre Margens

«Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas».


Não sei o que «Porto» significa para os olhos de quem o elegeu Destino Europeu em dois mil e doze e novamente neste ano dois mil e catorze que ainda agora começou. Mas sei de cor todos os motivos que me levam a escolhe-lo todos os dias. A querer lá voltar. A permanecer. A relembrar. A sentir. A chorar. A sorrir. 

Porto, para mim, significa memórias. Cheiros característicos. Sons únicos. Sotaque sem igual. Significa vitórias. Saudade. Abraços. Descobertas. Conquistas. Recantos encantados e pintados de uma história ímpar. Mas, antes de tudo o resto, Porto passou a ser sinónimo de amizades. Atravessar a ponte e sentir o coração a encher-se de orgulho e felicidade por ir abraçar os meus. Quando todos os dias deixo a minha casa e a minha cidade (Gaia) com a promessa de voltar rápido, atravesso a ponte D. Luís e perco-me na beleza das duas margens, das minhas duas casas, do meu coração por inteiro. E sei que quando chegar ao Porto vou encontrar sorrisos. Gargalhadas. Disparates e novas aventuras. Vou encontrar aqueles a quem aprendi a chamar de amigos. E de amor. Porque daquilo que eu aprendi há várias formas de amar. E a amizade é das mais bonitas que pode existir!

Porto é também sinónimo de capa traçada. De tunas. E hoje na companhia dos meus vou assistir a mais um festival: Sarau Cultural do IPP. E sei que voltarei a sentir a magia do momento. A relembrar cada acorde. A emocionar-me. A saber que momentos assim se guardam com carinho no coração.

Isto é o meu Porto. Para vocês não sei. Mas isto, para mim, é muito. É o melhor. E é meu, da forma mais verdadeira que sei sentir. Com o coração todo. 


  

«Eu sou assim, ligada na tomada. Sempre querendo encontrar uma razão para tudo. Pessoas como eu sofrem mais. Se decepcionam mais. Por outro lado, crescemos. Evoluímos. Amadurecemos. Nada é estático em nossas vidas. Nada é à toa. Tudo ganha uma compreensão, tudo é degrau, tudo eleva». 
(Martha Medeiros)


Já há algum tempo que gostava de vos dar espaço para satisfazerem todas as curiosidades que têm a meu respeito. Vou abrir o livro e contar-vos quem sou. Sem rodeios, agora, respondendo às perguntas que me deixaram.


Diana Fonseca: Que fazes da vida, trabalhas, estudas? (Em que trabalhas ou o que estudas?)
Estudo Educação Básica na Escola Superior de Educação do Porto.

Ana Câmara: És tão boa nas palavras ditas como nas escritas? Qual o teu maior defeito?
A primeira pergunta é difícil, mas acho que sou melhor nas palavras escritas, talvez porque tenha mais tempo para pensar nelas. Depende muito das situações, mas se calhar há alturas em que guardo algumas coisas para mim. Se me pedirem um conselho tento não deixar nada por dizer, tenho é o cuidado de não magoar, porque acho que dizer o que pensamos não significa não ter filtro. Agora, vamos crescendo há medida que o tempo vai passando e sei que hoje guardo muito menos para mim e seja qual for a ocasião vou dizer o que tenho para dizer, até porque não faz sentido ser de outra forma. Ainda assim, a escrita ganha.
Em relação à segunda, acho que é mesmo a teimosia (o que nem sempre é mau).

Cláudia S. Reis: Se não estivesses a estudar Educação em que outra área te imaginavas? Onde te vês daqui a 10 anos? Se pudesses trocar de vida, por um dia, com alguém quem irias escolher?
Desde pequena que sempre quis ser educadora de infância, por isso nunca me imaginei noutra área diferente dessa. No entanto, se não estivesse em Educação Básica, gostava de experimentar algo relacionado com Psicologia ou Jornalismo.
Sempre tive um sonho que poucas pessoas conhecem: ter o meu próprio infantário. Por isso, daqui a dez anos gostava que estivesse realizado. Se não for possível, pelo menos que esteja a exercer na área onde me irei formar. Preferencialmente, casada, com um filho, pelo menos; quem sabe, com um livro publicado e o meu diário de viagem muito mais preenchido.
Nunca tinha pensado nisso, mas por questões de admiração talvez trocasse com o Quaresma, ou com o Ruy de Carvalho, ou com a Torey Hayden.

Metro e meio de gente: Quando te falam em desejos/objectivos quais os primeiros 3 que surgem na tua mente? 
Ser feliz (com tudo o que isso inclui: ser educadora, casar, ter filhos, preservar as amizades que tenho), ser alguém melhor. São logo os dois primeiros que me vêm ao pensamento, e é nisso que me foco todos os dias. Depois, e pensando em algo mais material, conseguir comprar a Canon 600D, porque sou uma apaixonada por fotografia.

Magda Carvalho: Qual o teu estilo de música?
Só não ouço ópera, de resto ouço um pouco de tudo. Também depende muito da ocasião, porque se for numa saída à noite, por exemplo, adoro sertanejo, mas durante o dia ouço mais Pop, Rock, R&B. Adoro música Portuguesa. Adoro Fado. E é o que mais ouço, ainda que também ouça muita coisa estrangeira. 

Cátia Alves: o teu nome verdadeiro é Andreia? Tens que idade ? És escritora?
Sim, o meu nome verdadeiro é Andreia e tenho 21 anos (faço 22 em Abril). Não sou escritora, mas adoro escrever. Aliás, desde pequena que sempre disse que queria ser educadora e escritora.

Joana: Se pudesses mudar o mundo, o que farias?
Primeiro tenho que começar por mudar-me a mim, por querer ser sempre melhor pessoa. Acho que não adianta querermos mudar o mundo se as nossas prioridades e valores estiverem trocados. Depois acho que passa muito por colocarmo-nos no lugar do outro, sabermos ouvir e não termos medo de ajudar. Se começarmos por mudar mentalidades as coisas tendem a correr melhor. E depois é não desistir, insistir por mais difícil que seja, porque as lutas que travamos com um objetivo claro de beneficência não são em vão; pode demorar até conseguirmos resultados, mas eles aparecem. 

Santi: A minha maior curiosidade é saber o que fazes também. Estás ligada à escrita no teu dia-a-dia?
Sou estudante a tempo inteiro. Além do que escrevo para mim e aqui no blog não tenho qualquer outro contacto com a escrita.


Só vos tenho a agradecer por todas as perguntas que deixaram. Espero ter satisfeito a vossa curiosidade. Quem sabe, talvez um dia volte a repetir este «Conta-me quem és», mas até lá ficam com estes dados sobre mim.   

«Gosto de gente simples e generosa, gente de afectos, que gosta com o coração todo, que ajuda, que dá sem pensar em contrapartidas, que ouve, que sorri com os olhos, que se emociona e que se entusiasma com as pequenas coisas. Gosto de pessoas que gostam das outras pessoas. Sem filtros».


Anonimato. Sempre entendi o mistério. O fascínio que se instala em nós perante o desconhecido. A imagem ficcionada que atribuímos quando acompanhamos algo ou alguém que, sem conhecendo, nos parece tão familiar. Tão real. Talvez o encantamento seja maior. E eu sempre gostei desse lado ilusório que nos coloca em dúvida perante algumas palavras. E ainda que nunca tenha seguido esse caminho nos meus blogues a verdade é que são raras as exceções em que falo de mim na primeira pessoa. Ou que dou a entender que o seja. 

A minha vida poucos conhecem. Quem sou, o que faço, o que quero. E preferi sempre preservar esse lado, limitando-me a expor ideias, opiniões, frases soltas camufladas pelo imaginário que me percorre em horas de maior inspiração. O resto, tudo o que não conto, apenas partilho com os meus. Só que há alturas em que deixamos cair a máscara que utilizamos, não para nos escondermos do mundo, mas para preservar partes daquilo que realmente somos. Não acredito em máscaras, nem em quem se esconde atrás das mesmas para ocultar quem é. Mas acredito e, sobretudo, respeito quem não pretender contar aos quatro cantos do mundo a sua história e as personagens reais que dela fazem parte. Há alturas em que é mais fácil desabafar sem atribuir nomes. Partilhar vivências sem desvendar quem as vive. Sermos nós sem haver a necessidade de nos identificarmos. Nisso eu acredito, e talvez seja mesmo isso que tenha feito até então. 

Já há algum tempo que gostava de vos dar espaço para satisfazerem todas as curiosidades que têm a meu respeito. Vou abrir o livro e contar-vos quem sou, se o quiserem saber. Para isso, deixem nos comentários todas as perguntas que gostavam de me fazer. Na próxima publicação responderei a todas elas. Podem perguntar o que quiserem, mesmo que vos pareça a coisa mais descabida. Surpreendam-me! Muitas questões? Estou curiosa.

«O tempo foi diluindo a tua presença na minha vida. Quem sabe um dia também dissolva a tua imagem na minha memória e eu consiga finalmente esquecer-me de ti. Não é o que quero; porém, era o que deveria fazer. Nunca somos os donos do nosso coração. O meu não é meu, porque quando amo profundamente estou a dá-lo a outra pessoa»,
Margarida Rebelo Pinto


As memórias vão ficando ligeiramente turvas. Desfocadas como aquela nossa fotografia que encontrei enquanto remexia no passado.

«Andres Amador: O homem que faz obras de arte espectaculares na praia


Brincar na areia é a actividade preferida de qualquer criança: construir castelos, fazer buracos e túneis. Depois de muita prática, há quem se especialize na área das esculturas de areia, uma arte difícil de aperfeiçoar com resultados brilhantes. Mas esta corrente artística era para mim totalmente desconhecida: criar padrões megalómanos na areia. O resultado é de uma beleza quase alienígena.

Andres Amador é o nome do artista responsável por estas obras de arte voláteis. Ele vive em São Francisco, nos Estados Unidos, e a sua veia artística resume-se à areia, o meio que utiliza para fazer criações de outro mundo. Na praia, com a ajuda de um ancinho, ele começa a mexer e remexer no solo, criando padrões magníficos que surgem pelo contraste da areia molhada contra a areia seca. As peças que Andres cria são enormes e podem chegar a 10,000 metros quadrados, mais ou menos o equivalente a dois campos de futebol.

Estas obras de arte, com um tempo de vida incerto, mas certamente curto, são criadas enquanto a maré está vazia. Andres explica que a volatilidade não o assusta, aliás, torna tudo mais interessante. Para além disso, é "divertido e é uma boa oportunidade para estar na praia."» (notícia com mais fotografias aqui)


Mais do que talento, para mim, isto é amor. Amor a um sonho. A uma arte. É reconhecer a efemeridade de uma obra e, mesmo assim, dedicar-se com todo o coração. Porque ainda que seja algo volátil compensa. Diverte. Enche a alma. Tudo o que é feito com amor, por mais fugaz que se apresente, perpetua-se no tempo. Nas memórias que se criam. Nos momentos que se vivem. No coração que os protege como um tesouro. 

Pode parecer contraditório algo fugaz permanecer no tempo, mas quando se ama compreende-se que tudo é possível. Tudo vale a pena. Tudo é mais do que aquilo que parece ser. Por isso sim, por mais rápido que algo desapareça, quando cresce com amor há-de ficar até ao fim das nossas vidas, mesmo que não seja em mais nada a não ser nas recordações que nos acompanham para qualquer lado que nos apeteça ir. E isto, para mim, é amor. Da forma mais pura. Só não é amor por alguém. É por uma coisa. Mas não é por isso, nem nunca há-de ser, que terá menos significado. 

Acreditar até ao fim. Por mais incerto que seja o sonho. Ou a vida.


«O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis».

«Como de ti já não tenho nada, resta-me fechar as portas e desejar que encontres o que queres no caminho que escolheste»; «Tu foste a minha grande aposta e a minha maior decepção», Margarida Rebelo Pinto


A palavra nunca sempre me fez alguma confusão. É tão forte como angustiante, como se nos carimbasse com alguma sentença. É uma palavra tão cheia de certeza, definitiva, que me assusta por isso mesmo, como se o facto de a pronunciarmos nos permitisse encerrar um capítulo ou impedir de fazer alguma coisa. Por exemplo, se disser «eu nunca mais como chocolates» é tão marcante, tão seguro, tão decisivo, que devia ser automático eu deixar de o fazer. O problema é que esse nunca devia ser para o resto da vida, mas eu não me imagino a deixar de comer chocolates uma vida inteira.

«Aurora:
1.Parte do dia que precede o nascer do sol. = Alva, Alvorada, Antemanhã, Dilúculo, Madrugada.
2. Fenómeno luminoso nocturno.
3. [Figurado] Princípio da vida. = Infância, Juventude ≠ Ocaso, Velhice.
4. Período inicial. = Início, Começo ≠ Crepúsculo, Decadência, Declínio, Ocaso
5. [Linguagem poética] Oriente».



Aurora é, portanto, o nascer. O começar. A luz que rompe a escuridão. Nada melhor do que um nome assim para um grupo que tem tudo para brilhar!

Programas como o Fator x têm a capacidade de nos dar a conhecer pessoas de um talento incalculável. É preciso coragem e talvez uma dose de loucura para ficar horas numa fila que mais parece não ter fim. Para aguentar a ansiedade que se instala. Para controlar os nervos e aguardar que a opinião dos jurados seja positiva e tudo aquilo que esperavam ouvir. Não basta chegar. É preciso vencer. Muitos não o conseguem. Mas depois há os outros: os que carregam no peito o talento que nos faz ficar de coração nas mãos e boquiabertos. Fernando Pessoa escreveu que tinha em si todos os sonhos do mundo. Eu acho que eles também. E olhando para o percurso daqueles que dão vida aos Aurora não tenho dúvidas de que estes quatro jovens não têm só os sonhos, mas o mundo inteiro para descobrir. E conquistar. 

Há apostas arriscadas, por não se saber o que esperar delas. E depois há apostas que mesmo continuando a ser de risco são, igualmente, ganhas. Eu que nada entendo de música, mas que serei sempre uma eterna apaixonada por esta nobre arte, acho que a opção de juntar os quatro foi uma autêntica vitória. A prova disso foi a interpretação brilhante do tema «Homem do Leme», dos Xutos&Pontapés. Se há músicas sagradas (que as há) esta pertence a essa categoria. Modificá-las é correr contra a maré. Mas também é não ter receio de enfrentar o perigo. É arriscar. É querer marcar a diferença. E se há coisa que Os Aurora sempre fizeram foi isso mesmo: marcar a diferença.

Com um novo nome, mas com a mesma essência, este grupo foi conquistando o seu espaço e apoiantes. «Bring Us Tomorrow» parece agora tão longínquo como a primeira vez que se juntaram. Talvez não exista consenso em relação à mudança de nome, mas, para mim, não faria sentido outra escolha. Por tudo aquilo que a palavra significa. Por ser Português. Por ser original. E agora que vi tudo aquilo que fizeram no decorrer do programa acho que é mesmo a cara deles. E é único, como eles. Assumidamente defensores da valorização da nossa língua o nome tinha que corresponder a esse desejo. Surgem, assim, Os Aurora. E com eles vêm interpretações magníficas de grandes músicas portuguesas.  

Ainda que tenha deixado de acompanhar o programa fielmente, não deixei de acompanhar aqueles que, para mim, eram um dos claros candidatos à vitória. Pelo talento que é incomparável e inegável. Pela capacidade de interpretação. Por cantarem maioritariamente em Português. Por serem genuínos e originais. Foi com tristeza que vi o caminho deles chegar ao fim duas semanas antes da final. Por outro lado, foi um orgulho acompanhar o percurso até então. Quatro pessoas totalmente diferentes, mas que combinaram na perfeição. A evolução foi notória. Assim como a vontade de chegar sempre mais longe e fazer melhor. Acredito que quando há talento e as pessoas realmente querem são suficientemente inteligentes para saberem que não chega alcançar um determinado patamar, porque há sempre mais um degrau para subir. É por isso que se me perguntarem se estou preocupada com o futuro deles não hesitarei em responder que não. Porque eles querem. Porque o talento deles é fora de série. Porque querem vencer. E como a vontade é meio caminho para a vitória e a habilidade a metade que falta o futuro só poderá ser de sucesso.    

Facilmente deixei-me cativar pela ousadia destes jovens que chegaram com a clara ambição de não quererem jogar pelo seguro, mas ir mais além. É fascinante o amor com que se dedicavam a cada música. O empenho com que trabalhavam em cada arranjo. Por terem fugido da tentação que é cantar em Inglês, porque cantar na nossa língua expõe-nos, deixam-se perceber algumas característica que outro idioma ajudaria a ocultar. É arrojo. E para mim que estou deste lado, e que estive gala após gala, é um enorme motivo de orgulho. Sobretudo porque sempre souberam dar o seu cunho pessoal a cada uma das músicas, tornando-as deles. Serei incondicionalmente suspeita porque não houve uma versão que não gostasse, mas a da canção «Sete Mares» foi das mais bonitas que já ouvi. E ainda que continue a achar que mereciam estar na final saíram de cabeça erguida, porque aquilo que fizeram, não só naquela atuação, mas em todas, é impossível de se esquecer. E é mesmo razão para ficar de coração cheio.    

Espero continuar a ouvir falar d' Os Aurora. E muito. E bem. Porque quando há talento como aquele que eu vejo em cada um de vocês o destino não pode ser outro. «Amanhã. Espero sempre um amanhã. E acredito que será mais um prazer». E eu acredito que será tudo aquilo que sempre sonharam. Continuem iguais a vocês próprios. E juntos! Um dia talvez nos encontremos num coliseu cheio para vos ouvir. Ou quem sabe em voos mais altos. Será um orgulho quando esse dia chegar. São incrivelmente Gigantes! 


    



«É um grupo onde todos tocam, cantam e acredito que há espaço reservado para eles no nosso universo musical», Paulo Junqueiro.

«Se espera um Museu, vai-se desiludir... é muito mais do que isso».

A frase é de André Villas-Boas. Depois de ter a oportunidade de visitar o Museu Futebol Clube do Porto by BMG não podia estar mais de acordo. Aquilo não é um Museu. É um mundo à parte. Onde cada área é um misto de história e vitórias. Onde a nossa mística se prolonga infinitamente. É todo o amor azul e branco num espaço incrivelmente fantástico. Não é um museu. É mesmo muito mais do que isso. É nosso. E aquilo somos todos nós que partilhamos um emblema e um amor em comum. São as nossas vivências, as nossas saudades, os nossos sorrisos, as nossas lágrimas, a nossa raça e o nosso coração por inteiro. Somos Porto. Todos os dias. Mas dentro daquele mundo encantado e pintado a duas cores somos ainda mais. 

Não falta nada. Desde troféus à garra e à força que nos move. Sente-se tudo à nossa volta, como se fossemos automaticamente transportados para uma época em concreto. Lá dentro senti-me pequena pela grandiosidade das nossas conquistas. Tornei-me ainda mais saudosista por recordar momentos que vivi de perto. Mas também por todos aqueles que não passei pela pouca idade que tenho em face à história que se escreve desde mil oitocentos e noventa e três. 

«Porque 120 anos de história, um legado de vitórias e um incontornável número de troféus só podiam caber num lugar mágico». Faltam-me as palavras para descrever a emoção que foi estar lá dentro. Olhar para todos os troféus, para a evolução do nosso emblema e das nossas camisolas; ver o nosso melhor onze, saber que tantos foram e são aqueles que lutam incondicionalmente para fazer do FC Porto aquilo que é e que pretende continuar a ser. Ouvir o nosso guia falar-nos de todos eles, explicar-nos momentos únicos que este clube já viveu é de encher o coração. Senti que tinham aberto um livro e nos liam uma história, e que em cada passo que dávamos a estávamos a presenciar sem filtros, sem ser por uma recordação, mas por estarmos lá. É incrível, mas se fechasse os olhos quase que podia jurar que tinha vivido tudo aquilo. 

Ainda não acredito que presenciei todos aqueles recantos mágicos de uma história sem igual. A constelação do Dragão. O brilho universal. O azul ao fundo do túnel. O corredor dos presidentes. O sempre presente. O universo invicto. O único pentacampeão. O espaço do presidente. O autocarro coberto com as nossas vitórias. Os nossos. O nosso destino. O calcanhar. O futuro hoje. O balneário. Aleluia. As Antas. O Dragão. As notícias. A rádio. O ser Porto. O espaço K. A história interminável. E tanto mais que me falha por me faltar a sagacidade de conseguir enumerar fielmente tudo aquilo que os nossos olhos podem acompanhar numa dança impaciente por querer descobrir sempre mais. Aquilo lá dentro é um mundo. E cada vez tenho mais orgulho por fazer parte dele. 

«Alfa Draconis, Thuban ou, muito simplesmente, Dragão. Da estrela dominante da constelação com o mesmo nome, que envolve o firmamento de uma notável colecção de troféus, derivam o conceito e o símbolo do Museu Futebol Clube do Porto by BMG. O astro, obviamente azul, recebe o visitante à entrada e acompanha-o ao longo de todo o percurso, mantendo intacta a capacidade orientadora que fez dele estrela Polar nos tempos de pirâmides e faraós. Hoje, 4800 anos depois, a constelação do Dragão conquistou a tripla função de evocar episódios históricos absolutamente libertadores para o clube que inspira, de concentrar numa imagem todas as estrelas que vestiram a camisola azul e branca e de servir de referência e guia para novas vitórias. No Estádio do Dragão, o Museu Futebol Clube do Porto by BMG atribui à constelação do Dragão o lugar que lhe pertence por direito, reservando-lhe o tecto celeste que domina e ilumina uma colecção particular invejável. No género, nada se lhe compara em Portugal, distinguindo-se, inclusive, como a mais vasta exposição de troféus oficiais e aquela que concentra maior número de exclusivos. Só aqui podem ser admiradas obras mundialmente aclamadas e desejadas, como a Taça Intercontinental, a versão dos tempos modernos da Taça dos Campeões Europeus, a Taça UEFA ou a Supertaça Europeia. E ainda três exemplares do mais recente troféu de Campeão Nacional ou a novíssima Supertaça de Portugal. Das origens à eternidade, a viagem pelo Museu toca três séculos e faz-se para lá do tempo e do espaço, numa dimensão emocional garantida por episódios ímpares de uma história realmente única. Da saga da afirmação a vitórias em ambiente de desigualdade, ou do fundador ao presidente mais titulado do futebol mundial, são frequentes os episódios de superação. Para os conhecer a todos, basta seguir as estrelas».

Preciso lá voltar. E por mais vezes que o faça tenho a certeza que será sempre uma descoberta constante. Era capaz de ficar lá um dia inteiro. A admirar todos os pormenores. Todos os vídeos. Todas as frase. A contemplar tudo. E a sentir o lado esquerdo do peito a aumentar de tamanho por toda a felicidade que é fazer parte desta grande família. Muito mais do que um clube é uma forma de sentir. Por isso não podia ser um museu, tinha que ser um lugar mágico à altura da nossa história. É preciso ver para acreditar. Mais do que isso. É para sentir e deixarmo-nos envolver ainda mais neste amor maior.

      
Se ouviram dizer que os caloiros e comunidade académica da Escola Superior de Educação do Porto foram assistir ao jogo do Futebol Clube do Porto na passada quarta-feira, no Estádio do Dragão, ouviram bem. Fomos mesmo! Não foi nenhum castigo. Mas a culpa é mesmo da praxe por nos proporcionar uma oportunidade tão fantástica como esta de vermos o Museu e o jogo por apenas cinco euros. E, além disso, criar mais momentos que mais tarde recordaremos com saudade. Sem tristeza. Com um enorme sorriso. 

De traje e capa traçada. Com a minha casa. Com os meus. E um sonho realizado. Eu estive lá, aplaudi, festejei até me falhar a voz o golo do Quaresma. Senti o coração a palpitar freneticamente. Sofri. Não controlei os nervos que me percorriam o corpo todo. Cantei. E nunca duvidei da vontade em querer vencer e continuar em frente. No fim aplaudi de pé e em silêncio agradeci por ter um coração azul e branco. Por saber o que é ser Porto todos os dias da minha vida. Valeu cada segundo.

Há um amor que nos une. Incondicionalmente. Até ao fim!  

«Quando alguém diz que quer ir, já foi» (Daniel Oliveira, A Persistência da Memória)


A vida é como uma viagem de metro: partimos sempre de um ponto, um lugar, específico e saímos onde e quando mais nos convém.

«Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual. Fotografar é um modo de comunicar e informar. Seguindo o raciocínio, a linguagem visual fotográfica além de ser mais forte não é determinada por uma língua padrão, não precisando assim de uma tradução, uma vez que o diferem são as interpretações».


Eternizar. Devia ser sinónimo de fotografar, porque é isso mesmo que a fotografia representa: prolongar indefinidamente um momento. Recordar devia ser o desfecho de tudo isso. Dessa ocasião oportuna que se visa eterna. Cheia de história. De uma magia ímpar, que nos transporta não só ao passado, mas ao futuro que esperamos próximo. Ainda mais surpreendente. A fotografia abre-nos o coração, apontando a objetiva para tudo aquilo que nos é essencial e que fazemos questão de guardar. Para sempre!

Viajo todos os dias. Muitas vezes sem me levantar da cadeira. Perdida em memórias reveladas a 10x15. Vasculhando tantas outras que ainda permanecem em lista de espera. Deixo-me envolver na sensação de leveza que é olhar para fotografias paisagísticas de locais onde ainda não tive o privilégio de ir. Sentindo a familiaridade, sem o ser, das caras sorridentes que aparecem em muitas delas, em segundo plano. E segredo a vontade de um dia estar atrás de uma Canon 600D a fotografar cada um daqueles recantos encantados, que nos contam passagens extraordinárias de vida. Cravadas no desgaste que o tempo faz sobressair.   
O mundo por olhos tom de castanha. É o meu mundo. O que eu vejo mais além. O que me faz parar e dar uso à minha modesta Nikon Coolpix S3200. E sempre que as revejo lembro-me do exato momento em que as tirei. Das pessoas que estavam ao meu lado. Há alturas em que quase consigo ouvir as gargalhadas que determinados acontecimentos proporcionaram. Recordo-me da beleza inconfundível dos lugares, do desejo de lá voltar e conhecer ainda mais, do entusiasmo, da cara de espanto, da sensação de aconchego. Serei incondicionalmente suspeita, mas quem atravessa a ponte D. Luís, no Porto, não consegue ficar indiferente à paisagem. Atravesso-a quase todos os dias de metro. E quando faço o mesmo percurso a pé, ainda que o cenário não tenha mudado, apetece-me ficar horas a fotografar aquela vista digna de figurar num postal de boas-vindas. Ou então quando chego à praia Mar e Sol, em Gaia, e sinto toda a minha infância a correr-me o corpo. Numa dança saudosista que me aquece o lado esquerdo do peito. Paro. Fecho os olhos. E imagino todos os espaços onde já fui capaz de me perder desta maneira. Porque numa fotografia sou capaz de guardar o mundo. E sentir-me em casa. Porque a minha casa será sempre onde o meu coração se sentir bem, ainda que, naturalmente, não troque a minha cidade. É que sabe bem largar tudo e partir à descoberta, mas nada é melhor do que o regresso. 

Há fotógrafos de enorme talento. E a título de curiosidade não posso deixar de mencionar Isabel Saldanha, cujas fotografias e forma de escrever são absolutamente deliciosas de serem acompanhadas aqui, aqui e aqui. Não resisto em perder-me propositadamente nos retratos extraordinários que consegue captar, não só pela aptidão natural que tem para isto, mas por toda a paixão que demonstra. É que o talento de nada serve se realmente não se gostar do que se faz. E isso nota-se. Tanto nas histórias que nos conta em jeito de descrição da fotografia como nos pormenores que esta insere e que escapariam aos olhos de quem não tem tanto amor a esta arte. É fantástica, capaz de nos roubar a atenção de forma descarada, pelo seu estilo descontraído, livre, mas igualmente profissional. É bom existirem profissionais assim, que levam o seu trabalho muito a sério, mas que não deixam que isso se sobreponha à paixão que os move. Confesso-me admiradora do seu trabalho. E ainda mais desvendo que é uma inspiração. Das grandes. Das boas. Das que nos fazem querer lutar sempre pelos nossos sonhos e não ter medo de arriscar. 

Há fotografias que nos fazem levitar. Ficar sem fôlego. Sonhar. As de Isabel Saldanha conseguem isso tudo. Assim como as de Elena Shumilosa, que captando «diferentes tipos de luz, semáforos, luz das velas, nevoeiro, fumo, chuva e neve» ao «longo do ano e das estações» apresenta cenários que mais parecem saídos de filmes de histórias encantadas. Os filhos são as personagens principais, transportando-nos para momentos únicos e de uma beleza absolutamente magnífica. Vale a pena ver este trabalho extraordinário aqui. E ficar completamente sem palavras à medida que avançamos nesta viagem mágica.

As fotografias contam-nos histórias de várias cores. A sépia. A preto e branco. De várias pessoas. E infinitos lugares. Numa linguagem muda que só o nosso olhar é capaz de entender e acompanhar. Fazendo-nos perder o Norte. Encontrando o Sul. Deixando-nos com uma enorme vontade de pegar na mochila, guardar a máquina fotográfica e o caderno de bolso lá dentro e correr o mundo. Criando a nossa própria história de mil histórias. Com contornos sem fim. 


«Porque cada fotografia é inesquecível, cada uma com a sua história».

Cartas antigas ou recentes, perdidas no meu imaginário caderno de bolso


Parte do que Sou. Tudo começou em Junho de dois mil e nove e, desde então, este tem sido o meu refúgio. O lugar encantado onde posso abrir o meu coração, esteja ele a falar na primeira pessoa ou camuflado em ideias e opiniões que partilho, mas que não vivi. Não é segredo para ninguém que escrever faz mesmo parte da minha rotina. Não posso dizer diária, mas regular. Pelo menos sempre que sinto necessidade de comunicar abertamente, deixando que os meus pensamentos se entrelacem aos meus dedos e se envolvam numa espécie de dança muda, apenas quebrada pelo som de fundo das teclas que me dão conta do quanto o texto avança, muitas vezes, sem me aperceber. Há quatro anos que aquele espaço vem a crescer. E agora que caminho a passos largos para o quinto sinto que, talvez, esteja na hora de virar a página. 

Tudo tem que ser cuidado e estimado. Neste último ano, que correspondeu também ao meu terceiro na faculdade, sei que cuidei pouco daquele que foi o meu porto de abrigo para a escrita. E com isso afastei quem perdia sempre um pouco do seu tempo para ler os meus devaneios assinados com o lado esquerdo do peito. Houve mudanças. Deixei de ter tempo para lá ir. Mas fui percebendo que isso não aconteceu apenas comigo, pois muitos foram aqueles que me seguiam que também deixaram de publicar. Agora sempre que entro naquele mundo, por mim construído, compreendo que já nada é como antes. Que apesar do número de seguidores ser elevado pouquíssimos são os que me visitam. Perdi ligações. E acho que mesmo os que lá vão já nem lêem na diagonal. Tornou-se inevitável desprender as amarras e voar para outros horizontes.

Sempre afirmei que nunca escrevo para quem me lê. E não me interpretem mal quando afirmo isto, porque é no sentido de não o fazer por pensar que vão gostar. Escrevo o que escrevo porque é mesmo meu, porque me sai do coração, porque me liberta e me completa. A questão de partilhar é diferente. Aí sim, partilho para que leiam, para que critiquem, para que partilhem comigo os vossos pontos e vista e, quem sabe, algumas histórias. Porque acredito que só melhoramos quando recebemos as opiniões de quem está do outro lado. E sinto que isso deixou de aconteceu. Sinto que o «Parte do que Sou» passou a ser apenas um lugar de depósito e não de troca de ideias, experiências, que nos ajudam a crescer. Por isso sim, está na hora de mudar de ares e recomeçar. Noutra página. Um novo parágrafo. Uma nova roupagem. Uma nova motivação. Por tempo indeterminado. Esperando que seja para sempre. 

Caderno de bolso. Começou desta forma um dos projetos a que me propus. O objetivo era publicar textos antigos, que ainda não tinha exposto no blog, e outros recentes, sem nunca identificar esse dado, como se fossem uma história sem uma sequência lógica, mas que, de uma forma ou outra, contava partes de mim, do que fui sentindo e pensando ao longo do tempo. Acabei por não lhe dar a importância que esperava e o projeto ficou no esquecimento. Só que no fim destas férias senti uma enorme vontade de dar vida a esse caderno de bolso imaginário. E foi numa viagem de metro que percebi que, desta vez, tinha mesmo que me comprometer de corpo e alma. 

Quase todos os dias faço, pelo menos, duas viagens de metro, quer seja para ir para a faculdade, quer seja para ir passear. E muitas vezes sinto-me a divagar em pensamentos sobre situações vividas na primeira pessoa ou ideias para um novo texto. Não sei se é pela bela paisagem que se estende enquanto atravesso a ponte, deixando Gaia com saudade e invadindo o Porto com amor. Mas é então que tenho a necessidade de comprar um daqueles cadernos pretos com fita para fechar, quase como se fossem um diário, mas numa versão mais moderna. Assim sei que, esteja onde estiver, posso anotar tudo o que me vem à memória, sem correr o risco de me esquecer. As ideias que nos surgem não aparecem só quando estamos em casa, confortáveis em frente ao computador, prontos a escrevê-las. Aparecem em qualquer altura e lugar. Por isso, decidi que estava na altura de voltar ao «caderno de bolso», mas modernizá-lo. A começar pelo nome. Aquilo que era o «Caderno de Bolso» passará então a ser ser «As minhas viagens de metro». A descrição inicial (que aparece logo no começo deste texto) perderá apenas a palavra «imaginário». A ideia é também acrescentar citações que complementem o que escrevi. No final, colocarei a data em que os textos foram escritos. E posso sempre ir recuperar textos antigos que partilhei no outro blog. 

Não deixarei de publicar notícias, vídeos, músicas, fotografias, textos de outros autores e as minhas crónicas, apenas acrescentarei mais este tópico, digamos assim. Por isso, sempre que virem o título «As minhas viagens de metro» já sabem sobre o que se trata. Obrigada por terem sido tão recetivos com esta ideia e por me ajudarem a crescer. Todos os dias.
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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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