Entre Margens

Sinto-me a afundar
Em mim
E há lágrimas 
Que me doem
E que já não consigo chorar

«Todos os dias te amo, te quero, te chamo. Tu sabes que eu ainda espero», Paulo Sousa


Chega. Fica. Percorre, em mim, todos os trilhos que a minha alma te permite traçar. Baralha-me as memórias. Desenlaça-me os medos e as frustrações. Reorganiza-me. Faz de mim a tua casa, mesmo que não habites nela para o resto da tua vida. Faz de mim tudo aquilo que quiseres. Só não me iludas, por favor, com esse teu charme de quem quer atracar no meu porto, mas que ao mínimo sinal de incerteza agarra na mochila e parte em busca de novas aventuras. Sou aquilo que quiseres de mim, desde que nunca me mintas com falsas promessas. Guia-me, mas nunca me prendas. Não ia suportar perder-te para um amor que nunca fizeste questão de sentir. Tolero tudo, até a tua ausência, desde que abras o jogo. Começo a gostar demasiado daquilo que provocas em mim. Não me confundas... 

As palavras não seriam só palavras se todos soubessem o seu verdadeiro significado. O quanto podem mudar tudo. E o impacto positivo que teriam se as aliassem aos atos certos!

A Diana Fonseca, do blogue The Freckled Girl, a quem agradeço desde já, nomeou-me para a Tag «Se eu fosse...», cujo objetivo é completar as frases que nos apresentam. Como sabem, não vou escolher alguém, por isso quem quiser levar o desafio sinta-se à vontade. Passamos ao que interessa?

Rompi com o passado. Depois de muita ponderação, decidi eliminar definitivamente o meu primeiro blogue. É aqui, n' As gavetas da minha casa encantada, que pertenço. Este sim é o verdadeiro «Parte do que sou». O outro fez sentido na altura, mas agora não vale a pena manter em aberto um espaço onde sei que não voltarei a escrever.

«Estás tão perto e tão longe», Hands On Approach


Amo em silêncio
Silenciando as mágoas
De lágrimas revoltas
De te ter ao meu lado
E te saber
E sentir
Sentimentalmente longe
De mim

«(...) You should be mine
Cause I'm yours
You know I've been
Waiting by the door
I don't mind
Don't mind or you're moving so far
Cause I know that one day
You would be back

«Sei de ti mais do que queria. Numa palavra diria: sei-te de cor», Paulo Gonzo


Revelo pouco de mim, mas tu conheces cada recanto do meu pensamento. É como se me visses por dentro. E o mais peculiar de tudo isto é que esta invasão calculada da tua parte não me incomoda. Contigo sou um livro aberto. Deixo que folheies os capítulos da minha história; que retrocedas para leres uma frase que não compreendeste tão bem; que observes e decifres os enigmas e as pinturas que guardo no peito. Contigo não sinto necessidade de acumular segredos, ainda que os tenha. Mas, com o tempo, compreendo que já os sabes de cor, apenas te mantens em silêncio em relação a todos eles, tentando perpetuar a privacidade que, aparentemente, me falta ao teu lado. Não me desarmas, nem me deixas ficar mal perante os outros. É quando estamos sozinhos que tu me lês melhor. E eu cedo, porque, no fundo, é isso que eu quero; quero que me conheças até ao último detalhe. E que mais ninguém me conheça como tu!


M, 13.02.2015



Capítulo 21 (conclusão)
21.08.2015


(Carabuxeira-A Granxa-Raxó-Poio-Samieira-Combarro-San Xoan de Poio-San Salvador de Poio-Concello de Pontevedra-Concello de Marén-Baguin-Concello de Bueu-Lugar da Graña-Magdalena-Cangas)

Nunca tinha vindo a Cangas, mas fiquei bastante agradada com o que vi. Há partes que me fazem lembrar Baiona!

Capítulo 21 (continuação)
21.08.2015


(Vinquiño-Forxán-Gondariño-Gondar de Abaixo-Xuncablanca-Vilalonga-Vilar-Piñeiros-Fonte Ons-O Grove-Ardia)

Destino à vista!

12h37: Finalmente, estamos em La Toga (A Toxa)

Capítulo 21
Sexta-feira, 21.08.2015


05h00: Tocou o despertador, mas deixei-me dormir até às 05h40. Ainda sonolenta fui-me arranjar para mais um dia.

06h45: Que comece a viagem!

Por mais que não demonstremos, porque dizê-lo em voz alta aprofunda as feridas, sentirmo-nos constantemente a segunda opção vai fazendo mossa.

«(...) Eu posso dar ou receber
Mas só se quiseres tentar
Quiseres-te dar a conhecer
Mas só se quiseres

«Vamos como queremos, vimos como podemos»


Acabou mais uma Queima das Fitas do Porto. E, como se costuma dizer, «o que se passa na queima, fica na queima». Mas como esta altura não se restringe unicamente ao queimódromo, foi com o maior orgulho que vi a ESEPUS Tunae a conquistar os prémios de melhor instrumental, melhor estandarte, melhor pandeireta e melhor tuna no FITA (Festival Ibérico de Tunas Académicas). Desta semana, que passou a voar, ficam as pessoas, os brindes, as gargalhadas, as confidências, a diversão; ficam um sem número de memórias para encher o coração. O resto não importa, porque não me acrescenta. Agora é tempo de voltar à rotina. Para o ano voltamos a ter encontro marcado!


P.S. Não estou de volta a 100%, mas assim que conseguir coloco tudo em dia

«Olhar para trás e ver o tempo que passou»


Esta será uma semana atípica, uma vez que começou a tão aguardada Queima das Fitas do Porto. Por essa razão - e por não me fazer sentido publicar apenas para não quebrar o ritmo, sem conseguir retribuir visitas e comentários -, não vou garantir publicações diárias durante este período n' As gavetas da minha casa encantada. Se houver oportunidade, contem com a minha presença. Caso contrário, voltaremos a encontrar-nos a partir de segunda-feira (9 de maio). Não é, de todo, um afastamento. É apenas uma pausa para aproveitar aquela que é «a festa que os estudantes mais desejam ao ver o ano a passar». Encontro-vos desse lado quando voltar? Até já!  
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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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