Entre Margens

Fotografia da minha autoria



«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Abril. Mês de celebrar a vida daqueles que me são tanto, de abraçar uma nova década, de gritar a liberdade e a importância dos livros. Neste quarto capítulo que agora termina, guardei mensagens que me encheram o coração e reencontros que não mais esquecerei. Como escrevi nesta publicação, abril é parte da minha identidade e reservou-me momentos extraordinários. Aliás, conseguiu ser mais do que aquilo que esperei.


⚓ MOMENTOS
---------------------------

Este mês traz vários aniversários no calendário [e todos bastante próximos], mas não posso deixar de destacar o da minha mãe, que será sempre uma das margens mais seguras e bonitas que tenho na vida, e o da minha trolhinha, que foi uma das pessoas mais incríveis que a praxe da ESE colocou no meu caminho.

   

O João Couto anda em tour pelas FNAC'S do país para apresentar o seu Boa Sorte. E eu não podia perder a oportunidade de o reencontrar, até porque é sempre um privilégio escutá-lo ao vivo. No final do concerto, sem estar a contar com semelhante, o João conseguiu deixar-me sem palavras. Obrigada! Não me esquecerei.

   

Os meus 30. Uma nova volta ao sol. E um sentimento de serenidade que acompanha este recente virar de página - que parecia tão distante e tão estranho e que chegou com uma energia que ainda não sei definir. Para além de o celebrar com uma publicação particular, destacando as minhas coisas favoritas [dividas por dez categorias], tirei a manhã do meu aniversário para revisitar a Livraria Lello. Sinto que escolhi o dia mais caótico, passando mais tempo na fila do que no espaço em si, mas não trocava, porque este lugar é um sonho.

  

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é uma data especial, que procuro assinalar sempre que possível. Para este ano, criei o Contem-me Histórias, cujo propósito passava por partilhar os livros que lemos e/ou os autores que descobrimos por influência de terceiros. Sou mesmo feliz a escrever sobre literatura.


Outros apontamentos bonitos do mês: Jantar com os meus afilhados, fazer panquecas, voltar ao cinema, comprar/receber livros, a conquista da Taça de Portugal [Hóquei do Porto], ler ao sol, o Porto no Jamor.


📚 LEITURAS
---------------------------

Par de Olhos, Inês Morão Dias
Alma Lusitana ◾ Leiria

Diálogos Que Nunca Tive, Carolayne Ramos
Alma Lusitana ◾ Leiria


Outras Leituras do Mês
Sinopse de Amor e Guerra [Afonso Cruz], Nuvem Cortante [Gonçalo Câmara], 
Noites Azuis [Joan Didion], Movimentos no Escuro [José Miguel Silva], 
As Melhores Crónicas de Amor [Miguel Esteves Cardoso], A Rapariga Que Lia no Metro 
[Christine Féret-Fleury], O Peso do Pássaro Morto [Aline Bei] e A Rede de Alice [Kate Quinn]



📺 FILMES & SÉRIES
---------------------------

Os Mauzões
«Uma equipa de animais fora da lei está prestes a tentar o seu golpe mais ousado: tornarem-se cidadãos modelo». Estava com um pouco de receio de sair desiludida, mas o filmes está incrível. Focando-se em temas tão importantes como a criminalidade, os rótulos e a beleza das segundas oportunidades, o argumento tem o ritmo certo entre o entretenimento e a mensagem que transmite. Foram 100 minutos muito bem passados.

Gabriel
«Após a morte da mãe, Gabriel Silva deixa Cabo Verde e viaja para Portugal à procura de Valdo, o pai que não vê desde a infância e que se encontra gravemente doente». Durante esta travessia, associa-se a combates ilegais. Não fiquei arrebatada, confesso, porque houve cenas que gostaria de ter mais aprofundadas. Ainda assim, vale a pena, sobretudo, por abordar assuntos pertinentes como a imigração, o bullying e a xenofobia.

A série 3 Mulheres regressou para a segunda temporada, desta vez, para se focar no Pós-Revolução.



✏ PUBLICAÇÕES
---------------------------

Limites: Uma Questão de Peso
Os limites, sobretudo, do humor estiveram sempre na mira do escrutínio público, porque é muito ténue a linha que separa o traço cómico da violência verbal e psicológica. E o que aconteceu na cerimónia dos Óscares veio recentrar a discussão, inflamando as sucessivas partilhas em rede. Mas será que o humor deve ter limites?


Manuscrito em Construção ◾ Terminei o Meu Livro. E agora?
O silêncio da madrugada e das primeiras horas da manhã, tantas vezes confidentes dos meus pensamentos inquietos, marcaram o ritmo da minha escrita. Entre versos, que acolhem hesitações, emoções e perspetivas distintas, fui dando forma e propósito ao meu manuscrito em construção. E sinto que cheguei ao destino.


Cultura Para Celebrar a Liberdade
Celebrar o 25 de abril parece-me sempre fundamental, não só pelo simbolismo, mas também pela possibilidade de investirmos na consciencialização daquilo que implicou [e dos acontecimentos que antecederam este renascer]. Deste modo, nada como fazê-lo através de «uma geração de intelectuais, pensadores e artistas [que] encontraram na clandestinidade e no exílio a única forma de resistirem ao regime».




🍴 À MESA
---------------------------

Neste segmento, não registei novidades de maior. Ainda assim, tenho de destacar estes chocolates Fusion, do Mercadona: um com sabor a Ferrero Rocher e outro com sabor a Raffaello. Não consigo resistir, que perdição!

   

O chã Chai, que mistura canela, gengibre, pimenta negra, cardomomo, anis estrelado e cravo, foi uma descoberta recente, que me conquistou de imediato. Tem um travo que combina com dias de outono.




📌 ENTRE LINHAS
---------------------------

Quando andei a ver roupa para o casamento da minha prima, perdi-me de encantos por este vestido da Natura, quer pelo corte, quer pelo comprimento, quer pela combinação de cores. Ponderei bastante antes de o comprar, mas acabou mesmo por vir comigo, até porque me imaginei logo a usá-lo no meu dia de aniversário.

   

Sou muito fã de colares, por isso, adorei que me tivessem oferecido estes dois conjuntos.

   

Tenho procurado sair um pouco da minha zona de conforto, sendo mais curiosa e arriscando na maquilhagem. E a prova disso é que senti necessidade de adquirir este organizador para ficar tudo mais composto e arrumado. O jeito não é imenso, mas compenso na dedicação - principalmente, na tentativa de fazer o eyeliner.


Publicações Guardadas na Gaveta
«Quem Sou Eu? Um Sem Abrigo Com Casa» [Jorge Costa] | Sobre Querer Tudo e Nada, ao Mesmo Tempo [Patrícia Lobo] | 5 Tipos de Gajos Que Encontras no Tinder [Sofia Costa Lima]



📌 JUKEBOX
---------------------------

A Surpresa: Xeque-Mate [Catarina Filipe]
Melhor Duo: Vertigem [Salvador Sobral & Agir]
A Diferentona: Etelvina [Jimmy P., Phoenix Rdc & Sara Correia]
As Favoritas: As It Was [Harry Styles], 
Let You Go [Richie Campbell] & Bem Dormidos [Salto]
Artista Revelação: Chica


Álbuns: Ciclo Co-Criação [João Couto, Emmy Curl & José Sequeira], Morremos Tanto Para Crescer 
[Rita Dias], Castanho [T-Rex], 2 de abril [a garota não], OBG [Branko], Senhora Mentira 
[Cavalo Amarelo], Anatomia de GROG [GROGNation]



🎥 VÍDEOS & PODCASTS
---------------------------






✨ GRATIDÃO
---------------------------

«Haverá beleza até naquilo que estiver gasto»

Grata pela onda de amor, pelos momentos bonitos que couberam neste mês e pela perspetiva de um futuro um pouco mais próximo daquilo que vivíamos [mas mantendo a prudência]. Não podia ter pedido mais.

      

      

      

Como foi o vosso mês?

Fotografia da minha autoria



«Na vida de alguns escritores tudo parece conspirar para a inevitabilidade da escrita»

Avisos de Conteúdo: Morte, Preconceito


As palavras embalam-nos e os livros movimentam-nos por diversas realidades; para universos que, por vezes, apenas resultam num plano narrativo, sem que esse mistério fique condicionado. Portanto, é sempre uma honra quando os autores nos convidam a conhecê-los para além da ficção. Sendo Valter Hugo Mãe um dos meus escritores favoritos, não perdi a oportunidade de o fazer, assim que publicou o seu livro mais introspetivo.


O REGRESSO ÀS ORIGENS

Contra Mim, como o próprio descreve, «é uma criança às páginas. Um escritor em menino», pois transporta-nos para a infância. Nesta aproximação de biografia, regressa às origens e permite-nos compreender como cresceu o interesse pela poesia e pelas palavras, transformando-as no seu «alimento, companhia [e] lugar».

«Guardarei a vida inteira a convicção de que volto 
àquela terra como se voltando a mim mesmo»

A sensibilidade com que o autor se expressa envolve quem lê, como se estivesse ao seu lado, a partilhar uma longa e profunda conversa. Ainda que o faça em prosa, há um traço poético a revestir o seu dialeto e a tornar mais palpável a imagem das suas memórias. E é por essa razão que, inconscientemente, procuramos encaixar nesta etapa da sua vida: não pelo facto de nos querermos apropriar de uma história que não nos pertence, mas porque a descreve com tanto respeito, que acalentamos o desejo de viver a mesma intensidade emocional.

«Toda a sabedoria deveria resultar na pura capacidade de amar e cuidar de alguém»

É, no entanto, evidente que a sua subtileza não mascara a dureza de certos assuntos e vivências, até porque expõe, na primeira pessoa, a morte prematura do seu irmão, os dramas da juventude, os medos, os desejos, o impacto da emigração, os preconceitos e a sensação de ser olhado de lado, como se não pertencesse a este país. Além disso, explora as suas crenças, a religião e a inocência que pautou toda a sua caminhada.


A CONSTRUÇÃO DO FASCÍNIO PELO TEXTO

Nesta obra, que nos permite conhecer um pouco melhor Valter Hugo Mãe, descobrimos tudo aquilo que o rodeia e habita nele. Regressamos às mudanças, aos amigos, aos primeiros amores e aos seus sonhos. E, no fundo, somos direcionados para o estado mais puro da sua essência, interligando o que o foi moldado, onde este fascínio pela construção do texto agrega a sobrevivência, a dificuldade e a alegria numa só voz: a palavra.

«Valeriam os poemas em vez de tudo»

Contra Mim abre-nos a porta para um espaço intimista [e bastante generoso], ao qual raramente temos permissão para aceder. E, por consequência, mostra-nos que há vários mundos a fazer morada em nós.


|| Disponibilidade ||

Wook: Livro | eBook
Bertrand: Livro | eBook

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



«Camélia perfumada... com aroma de inverno»


Um botão de camélia perdido
Caído na tijoleira
E um amor que se desfez
Num despir lento
Como matriz que se quebra
Em angústia

Na metade que se refez
Guardando segredos que brotam do chão
A distância virou céu
Ao alcance de um suspiro
De saudades

Alastra-se a miopia
De um amanhã turvo
Onde o botão de camélia
Regressa ao peito ardente
De uma árvore de outono

Fotografia da minha autoria



«(...) desiludi com as palavras»


O compromisso que abracei com o desafio 30 Antes dos 30 não me iludiu. Isto é, embora tivesse sido minha a decisão de incluir determinados títulos em detrimento de outros, estava consciente que nem todas as histórias teriam o mesmo impacto. Portanto, procurei equilibrar as expectativas e partir para cada leitura de peito aberto.

Como mencionei nesta publicação, tenho o cuidado de retirar o melhor de cada narrativa, mas mentiria se dissesse que não me desiludi com algumas que li, porque ficaram aquém daquilo que idealizei. Os dois livros que inclui nesta partilha não foram, de todo, uma perda de tempo. E, aliás, tendo em conta a lista inicial, nem foram bem uma deceção. No entanto, inconscientemente, acalentava a esperança de embarcar em dois enredos arrebatadores - ainda por cima, porque um dos autores escreveu um dos livros da minha vida.

Cada obra merece o seu destaque, mas fez-me sentido que estas dividissem palco, pois despertaram reações similares. Foram leituras mornas, mas que não me demoveram de ler mais de Lobo Antunes e Jane Austen.


MEMÓRIA DE ELEFANTE


Avisos de Conteúdo: Doenças Mentais, Linguagem Explícita, Preconceito

O início foi um pouco confuso, pela sucessão de memórias aparentemente desfragmentadas, que nos levam para múltiplos lugares, pensamentos e estados de espírito. Apesar disso, achei interessante o retrato da angústia sentida pelo protagonista e a própria desconstrução do quotidiano de um psiquiatra, porque nos relembra que, independentemente da profissão que abraçamos, podemos sucumbir e precisar de algo que nos permita viver. Confesso que não sei se este livro tem algo de autobiográfico, mas há passagens que despertam essa sensação. É uma narrativa curta, mas um pouco exigente por todos os saltos lógicos que contém.

«-Cheguei ao fundo dos fundos, continuou o psiquiatra, 
e não tenho a certeza de conseguir sair dos limos onde estou»


PERSUASÃO


Avisos de Conteúdo: Preconceito

A escrita de Jane Austen não desilude, porque a sua visão é sempre envolvente. No entanto, a história não me cativou. Senti-a um pouco confusa [em algumas partes] e bastante lenta; e não me identifiquei com as personagens - honestamente, faltou-me um pouco mais de intensidade nas suas ações e nas suas convicções. Ainda assim, por oposição, achei muito interessante a sua caricatura da sociedade, porque, com um toque fascinante de ironia, colocou em evidência os preconceitos, a hipocrisia, o jogo de interesses e a valorização das aparências. Além disso, abriu mais um caminho para se refletir sobre o papel da mulher na sociedade.

«Trespassa-me a alma. Metade de mim é angústia, outra metade é esperança»


|| DISPONIBILIDADE ||

Memória de Elefante
Wook: Livro | Livro de Bolso | eBook
Bertrand: Livro | Livro de Bolso | eBook

Persuasão
Wook | Bertrand

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



«Azul é a cor do sonho»


O infinito é azul, de acordo com as palavras de Majela Colares [poeta e contista brasileiro]. E «até onde o meu olhar for azul não encontrarei limites». Quando tropecei nesta passagem, para uma pesquisa paralela, senti-a tão delicada e tão poética, que quis guardá-la para sustentar um dos meus temas para o Alma Lusitana.

Évora será a próxima paragem e, sem saber bem explicar o motivo, sempre associei a cidade a esta cor - talvez por toda a dimensão de céu que o meu olhar alcança da maravilhosa Praça do Giraldo. Portanto, de uma forma descomplicada, procurei interligar estas duas componentes, criando mais uma rota que nos permita encontrar novos pretextos para lermos e para nos perdermos neste mar particular e inesgotável de livros.

Assim sendo, o propósito será priorizar livros de autores portugueses com capa azul.


 O QUE VOU LER 


O Osso da Borboleta, Rui Cardoso Martins: «Uma cidadezinha atlântica portuguesa, hoje. Tem praia, casino, pescadores, bandidos, o rasto dos refugiados judeus da Segunda Guerra. Nesta terra consumida pela grandeza do passado - ou a falsa memória de que já foi grande - um homem escondeu-se do mundo, num sótão. Fala com as pombas e com deusinhos gregos, tem um Olimpo de vitrine. É ladrão mas não o admite. Quem não fez isto e aquilo e aqueloutro naquela altura? A vizinha de baixo arrasta as pantufas da velhice e da solidão, insulta as suas flores. Já foi a mais bela mulher da cidade. Purificação, ou melhor, Borboleta, antiga especialista em palpites de jogo. O passado vem ter com ela: um deus da província e do dinheiro sujo quer esmagá-la. Borboleta sai à rua e defende-se. Morre o cão, acaba a raiva».


 OUTRAS SUGESTÕES 

      

O Chão dos Pardais, Dulce Maria Cardoso: «Afonso é um homem muito poderoso. Inatingível. A não ser pelos anos, que passam e o envelhecem quase como a outro qualquer. Há muito que já só encontra a juventude nos corpos das amantes. Como o de Sofia, que o odeia e ama Júlio».

Cito, Longe, Tarde, Francisco Geraldes: «
Num acontecimento poético, Francisco Geraldes, juntou dois anos de poesia que culminam no lançamento de Cito, Longe, Tarde. Poemas de interrogação e procura, em que coloca questões fundamentais que o inquietam, pondo em causa o sentido de existência».

Flecha, Matilde Campilho: «Este é um livro de histórias. Narrativas que foram surgindo um dia depois do outro, às vezes durante a tarde, outras logo pela manhã, e a maioria delas quando a noite já havia caído. Talvez o escuro seja mais propício às histórias. Seja como for, de uma maneira ou de outra, todas quiseram chegar-se à luz. Nem que fosse por um segundo. Umas chegaram-se tanto que passaram a ser, elas mesmas, a candeia que iluminou uma noite inteira. Nestas páginas estão retratos imaginários».


      

Vem à Quinta-Feira, Filipa Leal: «No seu mais recente livro de poesia Filipa Leal fala-nos, com uma voz muito própria, de problemas e sobressaltos, dos dramas da sua geração mas também dos tumultos por que passaram as anteriores».

Idiotas Úteis e Inúteis, Ricardo Araújo Pereira: «Reúne mais de cem crónicas humorísticas que RAP escreveu originalmente para o jornal brasileiro de maior tiragem, a Folha de S. Paulo. Da vida política brasileira à cirurgia cosmética facial de Rambo, da etiqueta respiratória sob pandemia ao teorema dos macacos infinitos, da higiene pessoal de James Bond ao cabeleireiro de Medusa, da infância Fortnite ao politicamente correcto, este volume percorre os temas caros ao comediante e o seu modo muito particular de observar o mundo».

Seja o que For, Miguel Araújo: «Estes textos de Miguel Araújo lançam-nos um convite igualmente tentador. Desafiam-nos a que nos consigamos abstrair da correria da vida, nos desliguemos das catástrofes dos noticiários, e nos reencontremos com os grandes nadas e os pequenos tudos».


      

As Falsas Memórias de Manoel Luz, Marlene Ferraz: «Após a morte de um grande editor, Manoel Luz, também ele um homem dos livros, é confrontado com inesperados segredos que o obrigam a suspeitar da verdade e a recompor a sua narrativa de vida com tantos desacertos e acasos. Depois da revolução de Abril, também o livreiro começa uma inevitável renovação na matéria mais íntima. O encontro inexplicável com a rapariga estrangeira, a filha imprevista com nome de flor bravia e o rapaz louco acompanham Manoel Luz nesta revelação de uma realidade improvável, mais deformada e duvidosa mas compensada pela afeição».

Nem Todas as Baleias Voam, Afonso Cruz: «Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, para cativar a juventude de Leste para a causa americana. É neste pano de fundo que conhecemos Erik Gould, pianista exímio, apaixonado, capaz de visualizar sons e de pintar retratos nas teclas do piano. A música está-lhe tão entranhada no corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para o outro. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho para recuperar a alegria».

Apneia, Tânia Ganho: «Quando Adriana ganha finalmente coragem para sair de casa com o filho de cinco anos, pondo fim ao casamento com Alessandro, mal pode imaginar que o marido, incapaz de aceitar o divórcio, tudo fará para a destruir - nem que para isso tenha de destruir o próprio filho».


      

Onde Cantam os Grilos, Maria Isaac: «Ainda bebé, Formiga foi deixado num cesto nos degraus da casa da Herdade do Lago. O mistério da sua chegada é apenas mais um na longa história da herdade e das várias gerações dos Vaz, que a assombra de lendas e maldições: uma fonte inesgotável de mistérios fascinantes para a imaginação do rapazinho cabeça de vento».

Depois do Crime, Rita Marrafa de Carvalho: «A partir da investigação em arquivos e processos, e da recolha de entrevistas e de testemunhos, o programa televisivo da RTP Depois do Crime, da autoria da jornalista Rita Marrafa de Carvalho, trouxe novamente à luz do dia os grandes crimes de sangue da história judicial portuguesa [...] Desvela a personalidade dos homicidas, as idiossincrasias das escutas telefónicas, a perceção de quem investigou, a análise de quem viveu os casos».

Jogos de Raiva, Rodrigo Guedes de Carvalho: «Um homem levanta a voz acima da algazarra de conversas. E pede que ponham mais alto o som do televisor do restaurante. É então que todos reparam no que ele vê. Não percebem ou não acreditam. E na rua, no bairro, na cidade, no país, homens, mulheres e crianças vão-se calando. Está por todo o lado, a imagem horrível e hipnotizante. O homem que pediu silêncio leva as mãos à cara e pensa: como chegámos aqui?».


   

A Viagem do Elefante, José Saramago: «Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia».

No Meu Peito Não Cabem Pássaros, Nuno Camarneiro: «Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de nova iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas».


 CONSIDERAÇÕES 

📖 Podem ler qualquer género e em qualquer formato;
📖 O tema pode ser interpretado de várias maneiras: a capa não tem de ser azul na sua totalidade, mas deve ser a cor predominante, e podem ter apontamentos de outras;
📖 A lista anterior é um mero guia de apoio, caso estejam sem ideias para as vossas leituras, mas podem ler outra obra do vosso agrado, desde que, naturalmente, respeite o tema central e seja de um autor português;
📖 Não há prazos, obrigações, nem meses fixos. E podem ler mais do que um livro;
📖 Utilizem a hashtag #almalusitana_asgavetas para que consiga acompanhar o que estão a ler.


O Alma Lusitana tem grupo no Goodreads. Se quiserem aderir, encontro-vos aqui.

Mensagens mais recentes Mensagens antigas Página inicial

andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


o-email
asgavetasdaminhacasaencantada
@hotmail.com

portugalid[arte]

instagram | pinterest | goodreads | e-book | twitter

margens

  • ►  2025 (136)
    • ►  julho (12)
    • ►  junho (19)
    • ►  maio (21)
    • ►  abril (22)
    • ►  março (21)
    • ►  fevereiro (19)
    • ►  janeiro (22)
  • ►  2024 (242)
    • ►  dezembro (24)
    • ►  novembro (17)
    • ►  outubro (17)
    • ►  setembro (18)
    • ►  agosto (12)
    • ►  julho (23)
    • ►  junho (20)
    • ►  maio (23)
    • ►  abril (22)
    • ►  março (21)
    • ►  fevereiro (21)
    • ►  janeiro (24)
  • ►  2023 (261)
    • ►  dezembro (23)
    • ►  novembro (22)
    • ►  outubro (22)
    • ►  setembro (21)
    • ►  agosto (16)
    • ►  julho (21)
    • ►  junho (22)
    • ►  maio (25)
    • ►  abril (23)
    • ►  março (24)
    • ►  fevereiro (20)
    • ►  janeiro (22)
  • ▼  2022 (311)
    • ►  dezembro (23)
    • ►  novembro (22)
    • ►  outubro (21)
    • ►  setembro (22)
    • ►  agosto (17)
    • ►  julho (25)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (31)
    • ▼  abril (30)
      • MOLESKINE 2022 ◾ O MELHOR DE ABRIL
      • ENTRELINHAS ◾ CONTRA MIM
      • MÁQUINA DE ESCREVER ◾ BOTÃO DE CAMÉLIA
      • 30 ANTES DOS 30 ◾ MEMÓRIA DE ELEFANTE & PERSUASÃO
      • ALMA LUSITANA: LIVROS DE CAPA AZUL
      • CULTURA PARA CELEBRAR A LIBERDADE
      • JUKEBOX ◾ SÓ SE ESTRAGA UMA CASA
      • CONTEM-ME HISTÓRIAS
      • STORYTELLER DICE ◾ SOBRE RODAS
      • ENTRELINHAS ◾ MANUSCRITO
      • PASSAPORTE LIVRÓLICO ◾ LIVRARIA LELLO
      • ALMA LUSITANA ◾ LEIRIA: DIÁLOGOS QUE NUNCA TIVE
      • MONUMENTOS QUE QUERO VISITAR
      • JUKEBOX ◾ VERTIGEM
      • #203 M DE...
      • OS 30 EM 3X10
      • ENTRELINHAS ◾ KRISMAS: A ALDEIA LUMINOSA DO NATAL
      • MÁQUINA DE ESCREVER ◾ UM BEIJO DE FEL
      • MANUSCRITO EM CONSTRUÇÃO ◾ TERMINEI O MEU LIVRO. E...
      • 30 ANTES DOS 30: A EXPERIÊNCIA
      • JUKEBOX ◾ EU NÃO
      • #202 M DE...
      • DESEJOS DE UMA FUTURA ANIVERSARIANTE
      • ENTRELINHAS ◾ VEM À QUINTA-FEIRA
      • CAIXA MÁGICA ◾ TASKMASTER
      • ALMA LUSITANA ◾ LEIRIA: PAR DE OLHOS
      • LIMITES: UMA QUESTÃO DE PESO
      • JUKEBOX ◾ CORAÇÃO À DISCRIÇÃO
      • #201 M DE...
      • MÁQUINA DE ESCREVER ◾ AROMA A NOVIDADE
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2021 (365)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (31)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2020 (366)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (31)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (29)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2019 (348)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (29)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (16)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2018 (365)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (31)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2017 (327)
    • ►  dezembro (30)
    • ►  novembro (29)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (17)
    • ►  julho (29)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (24)
    • ►  abril (28)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (20)
  • ►  2016 (290)
    • ►  dezembro (21)
    • ►  novembro (23)
    • ►  outubro (27)
    • ►  setembro (29)
    • ►  agosto (16)
    • ►  julho (26)
    • ►  junho (11)
    • ►  maio (16)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (29)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2015 (365)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (31)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2014 (250)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (28)
    • ►  setembro (23)
    • ►  agosto (13)
    • ►  julho (27)
    • ►  junho (24)
    • ►  maio (18)
    • ►  abril (16)
    • ►  março (14)
    • ►  fevereiro (11)
    • ►  janeiro (15)
  • ►  2013 (52)
    • ►  dezembro (13)
    • ►  novembro (10)
    • ►  outubro (9)
    • ►  setembro (11)
    • ►  agosto (9)
Com tecnologia do Blogger.

Copyright © Entre Margens. Designed by OddThemes