Entre Margens

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«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Agosto de leveza, muito sol e recantos bonitos. Este mês trouxe novos reencontros, períodos de leitura inconstantes e algumas experiências gastronómicas. E, embalado pelas férias, permitiu-me desfrutar de ambientes que eu adoro: Festas da História e Feiras Medievais. Ademais, aumentei a coleção de canecas e de dedais, comprei um bilhete para um concerto especialíssimo e despedi-me destes trinta e um dias na companhia do Festival Literário mais incrível da cidade Invicta. Setembro, estou preparada para te receber.


⚓ MOMENTOS
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Senti necessidade de abrandar o ritmo aqui, no blogue, portanto, este primeiro momento é uma pequena batota, porque visitei a Mata Nacional do Buçaco ainda em julho [mas já não fui a tempo de o incluir no Moleskine anterior]. Mas fiquei tão rendida, que era impossível perder a oportunidade de lhe dar destaque. A simbiose entre os vários tipos de património é fascinante e deixa-nos sem palavras. Hei-de regressar a este cenário de conto de fadas. Enquanto não o faço, posso recordá-lo através das partes I e II desta aventura.


As férias levaram-me para locais onde sou muito feliz, como Évora, Bragança, Puebla e Lago de Sanabria. Mas também me permitiram [re]descobrir Torres Novas, Torrão, Portimão, Alcácer do Sal, Vila Franca de Xira, as Salinas de Rio Maior, Montesinho, Mirandela e Vila Flor. Passear pelo nosso país é mesmo um encanto.


Jantar com a minha Gémea de coração é uma prova de como o tempo pode passar à vontade, porque nós encontraremos sempre uma maneira de encaixar na vida, nos sonhos, nos abraços e na energia uma da outra. Soube-me pela vida cuidar da nossa amizade, saber das novidades e matar as saudades - que eram imensas. É destes laços que me revisto e onde encontro o alento que necessito. Espero conseguir transmitir o mesmo.

   

Comprei bilhete para o concerto dos D'ZRT! Filha da geração Morangos, estava longe de imaginar o impacto que quatro rapazes tão distintos teriam na minha vida. Sei que este género de manifestações soa sempre a lugar comum - e, talvez, aparentem um certo exagero -, mas a verdade é que a forma como construíram o seu percurso foi uma inspiração. Nunca achei que me fossem marcar tanto, mas, anos depois, continuo a nutrir uma admiração profunda por eles e a escutar as suas músicas em vários momentos da minha vida. Honestamente, não gosto muito de projetar estes eventos, porque tenho sempre medo que, na altura, aconteça alguma coisa que me impeça de estar presente. Por isso, mantenho-me em silêncio. Mas acho que preciso disto para sentir que maio de 2023 não é apenas uma quimera. Para muitos, tanto faz. Para mim, é o querer voltar a sentir o feeling de uma banda que marcou gerações. E que é uma parte bonita da minha história.


Outros apontamentos bonitos do mês: Visitei a Livraria Fonte de Letras, o blogue fez 9 anos, estive com a minha sobrinha de coração e voltei aos Jardins do Palácio de Cristal para viver a Feira do Livro do Porto.



📚 LEITURAS
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O Funeral da Nossa Mãe, Célia Correia Loureiro
Alma Lusitana ◾ Bragança


Outras Leituras do Mês 
Guarda-me o Que Ficar [Inês Fernandes], Com o Humor Não se Brinca [Nelson Nunes], 
Mulheres de Cinza [Mia Couto], Mundo [Ana Luísa Amaral], A Minha Mãe é a Minha Filha 
[Valter Hugo Mãe] e Canina [Andreia C. Faria]



📺 FILMES, SÉRIES & PODCASTS
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Documentário Caos do Sodré [opinião completa aqui]
O documentário leva-nos numa viagem pelas décadas de 70, 80 e 90, mostrando-nos o foco na prostituição e a travessia para um lugar de convívio e de cultura, por onde «passaram poetas e assassinos, concertos», «música fixe, rock, pessoal da rádio e jornalistas». Nesta ilha dentro da cidade, há uma ligação com o mundo.

Pôr do Sol 2
A primeira temporada de Pôr do Sol - série criada por Manuel Pureza, Henrique Dias e Rui Melo - tornou-se um fenómeno, quer pelo projeto em si, quer pelo facto de ter unido tantos espectadores. Portanto, a estreia da segunda temporada trouxe um novo entusiasmo. Estava muito curiosa com o seu desenrolar, porém, confesso que não estava à espera que conseguisse ser ainda mais genial que a temporada anterior. Mas a verdade é que se superaram e o resultado está à vista, de segunda a sexta, na RTP e na RTP Play. Que orgulho!

Crimes Submersos
A produção luso-espanhola retrata «a investigação de um crime que permaneceu oculto durante anos». Envolvendo duas famílias poderosas, transporta-nos para um cenário de drama, suspense, intriga e ligações ocultas, que nos mostram que nem todos são quem aparentam ser. E acredito que, embora a investigação seja o ponto central do argumento, são as inúmeras relações que se assumem como protagonistas, porque são exploradas ao detalhe, colocando-nos na pele de cada interveniente, para compreendermos os seus propósitos. Em simultâneo, consciencializa-nos para questões ambientais e para a humanidade da perda.




🍴 À MESA
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Os meus pais compraram uma máquina de café nova, por isso, tenho-me deliciado com algumas das opções de café, chá e chocolate. As últimas duas não me conquistaram, porque a concentração de açúcar é notória e eu não coloco açúcar no chá, nem no leite com chocolate, mas o café superou todas as expectativas.


Terra Viva
Este restaurante vegetariano, em Espinho, foi a nossa escolha para um jantar de amigas. Fiquei bastante agradada com o espaço, a confeção e o atendimento. Por 6€, salvo erro, podemos escolher um menu mix e, assim, experimentar várias opções. Excluí a feijoada, porque não aprecio, mas a Lasanha de Legumes, o Folhado e o outro prato cujo nome já não me recordo estavam bastante saborosos. Para complementar, escolhi um chá gelado e uma fatia de bolo de chocolate, que estava maravilhosa. Hei-de repetir a experiência.

   

Brevemente, farei uma publicação com os restaurantes que frequentamos nas férias, mas deixo-vos a indicação dos meus favoritos: Adega Talha Velha, em Évora, e a Casa das Tias, em Vila Flor.

Outras experiências gastronómicas: Provei cerveja artesanal de castanha, voltei a deliciar-me com o Feast, provei um muffin de Oreo e arrependi-me de não ter trazido outro frasco de Salatinos [um doce com flor de sal].




📌 ENTRE LINHAS
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A minha coleção de canecas, copos e de chávenas aumentou, porque não fui capaz de resistir a estas três belezuras: o copo azul comprei-o na Flying Tiger, a caneca do Careto veio comigo de Bragança [adquirida no Museu Ibérico da Máscara e do Traje] e a chávena que mais parece um mini bule é da loja Aqui Há Peça.

      

No meu último passeio pelo Porto, entrei na loja Bem Português, porque fui atraída por esta garrafa alusiva à cidade. Além deste artigo, trouxe mais um marcador, em tons de amarelo, com a parte frontal de um elétrico.

   

Publicações guardadas na gaveta
- Música | Os D'zrt [Marisa Vitoriano, Maresia];
- Dia Internacional da Igualdade Feminina [Tânia Graça];
- 5 Coisas em que Deves Pensar Antes de Adoptar um Cão [Sofia Costa Lima, Daylight].



📌 JUKEBOX
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A Surpresa: Canto do Sul [Firgun, SO-LU & Giant]
Melhor Duo: Quem Me Vê [Luís Trigacheiro & Tiago Nogueira]
A Diferentona: Imagina [Rapaz 100 Juiz & Dino d'Santiago]
As Favoritas: Moreno [Equiñocio] | Futuro [Diogo Piçarra] | Campanhã [S. Pedro]
Artista Revelação: Tomás Oliveira


Álbuns: No Meu Canto - Acústico [Elisa], Typical Sounds Of Nice [Jesus Quisto] & Can you see me? [Maro]



✨ GRATIDÃO
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«Todos fazem a diferença»

O mês de agosto trouxe tantas memórias bonitas, que me parece injusto reduzi-las a meia dúzia de palavras e de destaques. Ainda assim, sinto que a maior gratidão prende-se com o facto de partir à descoberta com os melhores companheiros de aventura e por ter conseguido estar presente em eventos que me aquecem o coração. Além disso, ver que estas gavetas atingiram os nove anos deixa-me bastante feliz. Desta vez, não assinalei a data com uma publicação particular, mas é um marco que guardo e que celebro com carinho.

      

      

      


Como foi o vosso mês?

Fotografia da minha autoria



«Fotografar é uma maneira de ver o passado»


O cenário é hipotético, no entanto, se amanhã tivesse de mudar para outra cidade à minha escolha, Évora seria o destino. E sem um traço de hesitação. Há qualquer coisa na sua luz que embala a minha essência. Por isso, creio, seria muito feliz por lá - tal como o sou sempre que a visito. Assim, como nunca me canso de registar os seus detalhes, ficam com mais fragmentos da minha passagem por este lugar mágico, no Alentejo.
















Já visitaram Évora? O que não posso perder quando regressar?

Fotografia da minha autoria



«Ler é pensar duas vezes. Pensa connosco»


A fachada ecoava no meu imaginário, qual tema que cantarolamos sem parar, tecendo cenários improvisados que me permitissem criar a imagem do seu interior. Não fui bem sucedida neste exercício, porque estava longe dos seus traços. Mas, ao passar a soleira da porta de uma das livrarias que mais queria conhecer, percebi que o espaço é muito mais encantador do que sonhei - do que teria capacidade de reproduzir. Afinal, este livro aberto é feito de narrativas intermináveis. E as histórias caminham todas de braço dado, em perfeita harmonia.



A FONTE DE LETRAS

Os portões azuis [e as ilustrações na sua tela branca e amarela] escondem um lugar mágico, com pequenos refúgios no interior, que se torna apetecível para várias faixas etárias, atendendo a que apresenta um catálogo bastante diversificado e áreas para miúdos e graúdos. E, como se chegássemos a casa, encontramos uma sala de estar aconchegante e uma divisão para a qual as crianças podem correr e embarcar nas aventuras mais surpreendentes. O mais fascinante é que, embora não seja enorme, parece que a livraria não tem fim.

A Fonte de Letras nasceu em Montemor-o-Novo, em 2000, onde começou a escrever a sua história. Treze anos depois, em julho, «mudou-se de prateleiras, livros e bagagem [...] para que tudo fique como sempre foi». Portanto, quem a quiser descobrir, apenas tem de seguir caminho até à Rua de Vasco da Gama, em Évora.



LIVROS CULTURA E ARTIGOS LITERÁRIOS

O mundo habita dentro destas quatro paredes, proporcionando-nos uma viagem plural, porque tanto acolhe as novidades editoriais, como não esquece as pequenas e raras editoras. Além disso, liga-nos a vários géneros literários e a uma vasta coleção de literatura infanto-juvenil. Ainda assim, nem só de livros se faz esta livraria.

A programação cultural é regular e tem um pequeno espaço para exposições de artes plásticas. Como se este cuidado não fosse suficiente, é um local «onde também se pode beber um café biológico Balzac, um chá Earl Grey Virginia Woolf e saborear o literário biscoito Jane Austen Ring». Para finalizar com chave de ouro, dispõe de artigos literários, que podemos adquirir para uso pessoal ou, também, para mimar as nossas pessoas.


Houve, em simultâneo, um detalhe que achei extremamente amoroso: logo na entrada, têm uma máquina da qual é possível tirarmos um poema, mediante a introdução de uma moeda [não me recordo do valor, confesso]. Arrependo-me de não o ter feito, porque já estava de saída, mas fica a anotação para quando regressar.


O QUE VEIO COMIGO

Ficaria horas a desfrutar deste espaço, que me conquistou com os seus pormenores lindíssimos e que me recebeu tão, tão bem. Para não morrer de saudades, trouxe um bocadinho da Fonte de Letras na bagagem.

Assumi o compromisso de só voltar a comprar livros na Feira do Livro do Porto, mas os meus pais quiseram oferecer-me um - e ninguém contraria os pais nestas condições. Por isso, optei por trazer um exemplar de uma autora portuense que não conhecia, e cuja premissa parece muito promissora: O Rapto, de Dora Fonte. Como o desafio apenas se relacionava com obras literárias, aproveitei para comprar mais um saco de pano.

   

Um visitante referiu que «esta livraria é como um spa para a alma» e eu corroboro. É uma fonte de luz.


Já visitaram a Fonte de Letras?


«Quem me vê não sabe bem
De verdade quem eu sou

[...]

Sou um pouco da essência de tanta gente
Sou mistura de tanto sangue diferente
Vindo de tanto lado
O meu fado é castiço
É mestiço e é isso que eu sou

[...]

Quem olhar para me entender
Não vislumbra só os meus pais
Lá no fundo pode ver
Que eu sou muito, muito mais»

Fotografia da minha autoria



«Recomeços são essenciais»


O mês de setembro, motivado pela faceta de estudante, sempre teve uma energia particular, porque soa-me a regresso, a recomeço; soa-me à possibilidade de retomar aquilo que ficou em pausa. E a verdade é que eu aprecio esta dinâmica de voltar a um contexto de conforto, por vezes familiar, para escrever novas memórias.

Embalada por esta perceção, tendo consciência que nem todos os regressos são felizes, mas que há recomeços necessários, decidi que o Alma Lusitana faria paragem na minha cidade - Vila Nova de Gaia -, para fazermos uma leitura que privilegie esta temática. Para auxiliar, reuni 15 livros de regressos/recomeços.


 O QUE VOU LER 


Lugar Para Dois, Miguel Jesus: «Depois do sucesso da inauguração do Metropolitano de Lisboa, Daniel Stoffel, responsável financeiro do projeto, parece poder escolher o futuro que quiser. Porém, a morte da filha num acidente estúpido enche-o de uma culpa da qual não se consegue libertar».


 OUTRAS SUGESTÕES 

      

Recomeça, Sofia Castro Fernandes: «Prepara-te para tudo o que precisas de saber sobre o verbo recomeçar. Todas as etapas. Todos os riscos. Todas as pessoas a manter e a afastar. Todos os medos, todos os ses, todos os mas. Todas as estratégias. Todas as causas. Tudo o que move e tudo o que demove. Precisas de estar preparado. Precisas de querer arriscar. Mesmo que tenhas medo. Remove essas camadas do medo. Devagar. Não te compares com o tempo dos outros. É a tua vida, não é a dos outros».

Demência, Célia Correia Loureiro: «Numa pequena aldeia beirã, duas mulheres de gerações diferentes leem o seu destino nas mãos de um mesmo homem: Letícia foi vítima de um marido ciumento e manipulador, e Olímpia é a mãe extremosa desse agressor».

A Terceira Índia, Iris Bravo: «Sofia tem 32 anos, é professora num colégio em Lisboa e casada com um arquiteto de uma família nobre ribatejana. Ele conservador e ela liberal, não tinham nada em comum quando se apaixonaram numas férias de verão, dez anos antes. Viveram um namoro feliz seguido de um casamento de sonho, desgastado pela sua obsessão por uma gravidez».


      

A Noiva do Tradutor, João Reis: «Destroçado com a partida da sua noiva, um jovem tradutor entra num elétrico a caminho de casa. À sua volta, pessoas que são o retrato de uma cidade — e de uma vida — que ele abomina: mesquinha, cruel, injusta e, de algum modo, ridícula. Sozinho, confuso e sem chapéu, apercebe-se de que chegou o derradeiro momento de encontrar uma saída, algo que o afaste para sempre de editores ardilosos, inquilinos bizarros, da senhoria e dos seus insuportáveis guisados — custe o que custar».

Deixa-me Entrar na Tua Vida, Margarida Fonseca Santos: «Duas mulheres vivem separadas por uma parede, mas unidas pelo sentimento de perda, pelos laços familiares e por um hall comum. Luísa não quer perder alguém que se destrói, dia após dia, através do álcool. Alda atravessa a vida envolta numa perda da qual não se consegue libertar, que não quer perder, talvez. Duarte acompanha-as, de fora mas querendo entrar, observando sem poder agir, espartilhado, também ele, naquilo que pode vir a perder. Esta é a história de três pessoas, três vidas entrelaçadas, três formas de lidar com a vida, os desgostos e os desafios».

Uma Menina Está Perdida no Seu Século à Procura do Pai, Gonçalo M. Tavares: «Marius encontra uma menina perdida à procura do pai. Hanna, rapariga, cabelos castanhos, olhos pretos, catorze anos. Hanna fala com dificuldades, entende mal o que lhe acontece, não percebe o raciocínio dos outros. Está perdida. Marius está com pressa mas muda o seu percurso, acompanha-a. A sua busca leva-os até Berlim, a um hotel com corredores que lembram fantasmas da guerra — e os dois circulam entre as obsessões e os escombros».


      

Os Regressos, Pedro Moura: «Madalena está de regresso à pequena aldeia onde viveu e cresceu com a avó, entretanto falecida. Se a visita a Corvelo serve para tratar de assuntos mundanos, é também tentativa de virar uma página e fechar o passado, que se recusa libertá-la. Os segredos da sua infância reaparecem, mostrando sofrimentos, reativando feridas, mas ao mesmo tempo revelando uma dimensão inesperada».

Se Eu Fosse Chão, Nuno Camarneiro: «Num grande hotel, as paredes têm ouvidos e os espelhos já viram muitos rostos ao longo dos anos: homens e mulheres de passagem, buscando ou fugindo de alguma coisa, que procuram um sentido para os dias. Num quarto pode começar uma história de amor ou terminar um casamento, pode inventar-se uma utopia ou lembrar-se a perna perdida numa guerra, pode investigar-se um caso de adultério ou cometer-se um crime de sangue».

O Rapto, Dora Fonte: «A autora do livro estava em Angola, em 1984, quando a UNITA atacou a cidade. Foi feita prisioneira com o marido, um casal de búlgaros, todos professores no Instituto Médio de Petróleos, uma médica búlgara e dois outros portugueses trabalhadores da construção civil, todos moradores no mesmo prédio (...) O livro é um relato pormenorizado de toda essa longa viagem, em cativeiro, até à libertação».


      

Baiôa Sem Data Para Morrer, Rui Couceiro: «Quando um jovem professor decide aceitar a mão que o destino lhe estende, longe está de imaginar que, desse momento em diante, de mero espectador passará a narrador e personagem da sua própria vida. Na aldeia dos avós, no Alentejo mais profundo, Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recuperar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e assim reabilitar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha reclamar. Eis, pois, o pretexto ideal para uma pausa no ensino e o sossegar de um quotidiano apressado imposto pela modernidade».

O Luto de Elias Gro, João Tordo: «Numa pequena ilha perdida no Atlântico, um homem procura a solidão e o esquecimento, mas acaba por encontrar muito mais. A ilha alberga criaturas singulares: um padre sonhador, de nome Elias Gro; uma menina de onze anos perita em anatomia; Alma, uma senhora com um coração maior do que a ilha; Norbert, um velho louco que tem por hábito vaguear na noite; e o fantasma de um escritor».

A Magia do Acaso, Tiago Rebelo: «Sofia, secretária num escritório de um famoso advogado, casada com André, um bem-sucedido administrador de uma empresa do ramo imobiliário, e eterna sonhadora, sente-se insatisfeita com a confortável vida que leva. Num encontro improvável conhece Bernardo, um fascinante homem de negócios. Apesar do charme inebriante deste e da inesperada atracção que sente não se decide a pôr em causa o seu casamento. Mas um acontecimento inesperado encarregar-se-á de fazer tremer os pilares da vida monótona que hesita em deixar. Após inúmeros encontros e desencontros, peripécias e reviravoltas, Sofia consegue finalmente fazer uma ruptura total com a vida que levou até aqui, virar a página e entregar-se por completo a Bernardo. Os sonhos e a magia do acaso vencem sempre».


   

Entre Mulheres, Maria José Núncio: «Quatro mulheres, todas elas a meio dos seus quarenta anos, e antigas colegas de liceu, encontram-se, como fazem todos os anos, para um jantar de Natal, numa Lisboa trendy e pretensamente cosmopolita. Por entre as memórias e os segredos de uma amizade, talvez demasiado longa, vivem uma noite que mudará, para sempre, as suas vidas».

Regressar a Casa com Manuel António Pina, Inês Fonseca Santos: «É um objecto composto por paredes, portas e escadas, que se podem abrir e fechar, subir e descer, consoante o plano em que se quiser posicionar quem por aqui passar. São ainda as paredes, as portas e as escadas da casa que Manuel António Pina abriu para uma conversa com Inês Fonseca Santos e Pedro Macedo e as da obra que construiu para o leitor habitar. Reúne, por isso, uma entrevista ao escritor, um ensaio sobre a sua obra poética e uma curta-metragem documental sobre o tema da casa».


 CONSIDERAÇÕES 

📖 Podem ler qualquer género e em qualquer formato;
📖 O tema pode ser interpretado de várias maneiras: ter a palavra regresso/recomeço no título, ser sobre mudanças de vida, implicar retomar atividades profissionais, voltar a lugares ou memórias; a abordagem pode ser mais evidente ou mais subtil, logo que consigam reconhecer o propósito desta viagem;
📖 A lista anterior é um mero guia de apoio, caso estejam sem ideias para as vossas leituras, mas podem ler outra obra do vosso agrado, desde que, naturalmente, respeite o tema central e seja de um autor português;
📖 Não há prazos, obrigações, nem meses fixos. E podem ler mais do que um livro;
📖 Utilizem a hashtag #almalusitana_asgavetas para que consiga acompanhar o que estão a ler.


O Alma Lusitana tem grupo no Goodreads. Se quiserem aderir, encontro-vos aqui.

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O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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