Book stock fair


Sou fascinada por leitura! 

Não posso dizer que este gosto nasceu comigo, até porque quando era mais pequena não tinha o hábito de ler. Só escrever. E tenho pena de o ter adquirido mais tarde do que aquilo que gostaria. Sempre ouvi dizer que mais vale tarde do que nunca, concordo, mas adorava que este interesse tivesse despertado em mim uns anos antes, assim teria aproveitado o entusiasmo que cada frase de uma nova história me proporciona. E ter-me-ia perdido muito mais cedo neste mundo de fantasia e realidade camuflada em tantas palavras. 

Aprendi que a escrita e a leitura estão intimamente ligadas. Ler não nos permite apenas cultivar o nosso pensamento com conhecimento fidedigno e incrivelmente interessante. Ler permite-nos viajar, sonhar, pensar, imaginar, equacionar, desvendar mistérios, solucionar problemas; viver, amar, aproveitar, desfrutar, conhecer e... tantas coisas mais que se fosse a descrever não teria palavras suficientes. A sensação de pegar num livro cuja história é totalmente desconhecida e deixarmo-nos levar por isso é tão libertadora que se pudesse acho que passava a vida a ler. 

À custa de começar a tratar a leitura por tu e os livros com carinho e proteção, resolvi criar a minha mini biblioteca, que espero ver aumentada ao longo da minha vida. E quem sabe se um dia tiver filhos lhes consiga transmitir este amor e eles próprios a continuem. Mas ainda é demasiado cedo para colocar essa hipótese, por isso vou eu própria fazer essa tarefa sozinha ou com a preciosa ajuda dos meus, que entre prendas e surpresas me vão ajudando a aumentar o número de livros cá de casa. E quem me oferece um livro tem, com toda a certeza, um lugar no meu coração. 

Não gosto da urgência de ler um livro. A obrigatoriedade que se impõe em acaba-lo até determinada data. Isso faz com que não possa acompanhar cada palavra como se a saboreasse lentamente para que nunca acabe. Mas tenho que confessar que se não fosse assim no décimo ano, quando fiz o meu segundo contrato de leitura para apresentar um livro escolhido por mim à turma, talvez não ficasse a conhecer os livros de Torey Hayden. Às vezes esta urgência até é produtiva, mas prefiro evitá-la. Gosto mais da espontaneidade de escolher um livro só porque sim e saber que o posso ler até quando me apetecer. Sem pressas, sem correrias, apenas com a tranquilidade suficiente para me perder na história durante tempo indefinido. Prefiro assim, até porque se a história for realmente envolvente acabarei por ler o livro num dia só. Mas isso é bom, porque foi uma escolha e não uma imposição. E aquilo que não nos é imposto sabe-nos sempre melhor. 

Irremediavelmente sou uma romântica, por isso adoro ler histórias de amor. E nunca me canso. Também gosto de histórias verídicas, por muito que me custe lê-las, e de crónicas. Ah! E agora ando a ler Germano Silva, que nos faz um retrato apaixonante da história do Porto, por isso também já me rendi a este género de livros. No fundo, o que eu gosto mesmo é de ler, independentemente do estilo, pois acabamos sempre por descobrir novos mundos e novas paixões. 

Um livro, a meu ver, é algo pessoal, que pode falar muito sobre nós, por isso tenho uma mania que não sei se mais alguém tem, mas é provável. Não me importo minimamente de emprestar um livro, mesmo que saiba que posso não o voltar a ver tão cedo, mas não gosto de os pedir emprestados, pela simples razão de que os meus estão todos marcados com etiquetas coloridas. Custa-me riscar um livro, por isso opto por uma solução menos dolorosa, e quando há alguma citação que me prende o pensamento marco-a com as tais etiquetas. E um dia mais tarde posso voltar a lê-las e ficar a pensar nelas novamente. 

Para uma leitora incurável, saber de iniciativas como a Book Stock Fair é uma delicia. Até porque os livros começam a ser um luxo, quando, na realidade, deviam estar ao acesso de todos. Em parte já estão. Felizmente há bibliotecas que nos permitem ficar horas a desfrutar da brilhante companhia de um bom livro, mas acredito que há mais pessoas como eu que preferem comprar o seu e levá-lo para casa, para depois o exibirem numa estante ou simplesmente o guardarem como um tesouro, sabendo que o terão sempre ali para quando a saudade de o ler bater à porta sem aviso.

Ontem, o Porto «acordou com uma supresa: à porta de infantários, bibliotecas, lojas, cafés e padarias, no metro e mesmo em paragens dos STCP estavam pequenas torres de livros para todas as idades – uma oferta da Calendário de Letras, entidade que organiza o Book Stock Fair, uma feira com mais de 500 mil livros com descontos até 80%, durante todo o mês. O objectivo da campanha é comunicar a 3ª edição de um evento que marca a agenda cultural no Porto e uma oportunidade única de adquirir obras de 150 editoras com preços entre os 3€ e os 5€.» (ler o resto da notícia aqui)

A mim encontrar-me-ão por lá, perdida no meio daquele mundo de livros para todas as idades e todos os gostos. E em família (iniciativas como estas também servem para isso: passar um dia diferente em família)! Para quem como eu prefere, muitas vezes, a companhia de um livro à companhia de certas pessoas, talvez nos encontremos pelo Palácio de Cristal. 

Boas leituras! 




«500 MIL LIVROS COM DESCONTOS ATÉ 80% NA 3ª EDIÇÃO DO PORTO STOCK FAIR

O MAIOR FESTIVAL DE LIVROS DO PORTO VOLTA À CIDADE, DURANTE O MÊS DE OUTUBRO, E PROMETE TRAZER MAIS DE 500 MIL LIVROS AOS LEITORES.

Trata-se da 3ª edição de um evento que marca a agenda cultural no Porto e uma oportunidade única de adquirir obras de 150 editoras com descontos até 80%.

Livros a preços baixos e um programa cultural pensado para todos os públicos são a proposta da Calendário das Letras para a edição de 2013 do Porto Book Stock Fair, que se realiza, de 3 a 27 de Outubro no Pavilhão Rosa Mota/ Palácio de Cristal, no Porto. A abertura acontece quinta-feira, dia 3, pelas 15h00.

Livros a preços muito, muito baixos

Livros e descontos a perder de vista fazem do maior festival do livro do Porto paragem obrigatória para os mais novos e para os mais velhos, à procura de uma oportunidade de actualizar as leituras. Os preços baixos, imagem de marca do evento já desde há três anos consecutivos, são ainda mais convidativos na actual conjuntura económica do país. “O livro é um produto cultural de valor mas também é um objecto caro”, explica Francisco Curralo, da Calendário das Letras, empresa que promove o evento. “Esta é, portanto,” uma forma de permitir aos leitores terem acesso aos livros que desejam ler”, continua.

Romance, BD, Ensaio, Poesia, Literatura infantil e juvenil, álbuns, obras dedicadas ao turismo, alimentação, desporto e outras especialidades ocupam uma área de2.000 m2 de exposição, com horários alargados para permitir aos leitores uma visita demorada, todos os dias, entre as 10h00 e as 20h00.

A uma oferta de mais de 26 mil títulos junta-se um programa cultural e de animação que presta homenagem ao livro e com momentos-chave pensados em colaboração com a Associação Portuguesa de Osteoporose. Destaque para as Conferências “Dia Mundial da Alimentação”, no dia 16, e “Dia Mundial da Osteoporose”, no dia 20 de Outubro, num evento que integra também uma corrida organizada pela APO em que participarão mais de 5.000 pessoas.

Para os mais pequenos, há um conjunto de iniciativas imperdíveis, desde oConcerto do Coro Infantil da Academia de Música Vilar de Paraíso, em que participam mais de 150 crianças, a uma demonstração de Patinagem que promete deliciar os leitores. A Hora do Conto conta com a presença de escritores como Anabela Mimoso, Clara Carrapatoso, Ana Oliveira e Isabel Magalhães»


(Texto de Miguel Esteves Cardoso - Gosto de palavrões - lido por Miguel Guilherme. Podem ler o texto aqui)


«A literatura é uma arte misteriosa e profunda; talvez a mais eficaz, influente e universal de todas as manifestações artísticas, na medida em que permite ultrapassar as fronteiras espaciais e temporais e chegar facilmente a qualquer região do globo. Este é outro dos seus grandes valores para qualquer leitor».

Comentários

  1. Também adoro ler, mas o meu tempo anda escasso! :(

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  2. Também adoro ler. E agora virei-me para livros eróticos! Ehehehe Silvia Day, estou a adorar, os enredos das histórias são brilhantes.
    Um beijinho *

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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  3. Oooh tambem preciso de um festival desses...e muito €!
    Eu desde pequena que adoro livros, a minha mae diz que ainda mal falava e preferia livros a brinquedos. Hoje a paixao continua, o tempo é que nao.
    E percebo quando falas do mundo de fantasia. Ainda me lembro quando li o harry potter pela primeira vez, devia ter 11 ou 12 anos. Que mundo *.*
    Agora prefiro os romances relacionados com historia (nunca gostei de historia -.-), comecei a ler o equador e por ai e estou a adorar :)

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  4. Um dia ainda nos vamos encontrar num festival desses :P
    Sabes, eu gostava muito de ler enquanto vivia na aldeia/vila/qualquercoisadogenero. Depois mudei-me para a cidade (infelizmente) e já não gosto tanto de ler :( Tenho mesmo muita pena.
    Romances gosto mt mas das duas uma: ou tem final triste - como os antigos livros do nicholas sparks - ou são históricos - como a filha do capitão (que também nao tem um final muito feliz). Da Margarida li um mas nao gostei...
    Estou a rezar para receber o "Tempo dos Amores Perfeitos" do Tiago Rebelo pelo natal :P
    Tb tou a seguir ;)

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  5. Sou de Castelo Branco mas agora estou perto da Capital ^^
    Do Nicholas eu lia muitooos mas quando começou a ter finais felizes desisti...adorei as palavras que nunca te direi. Acho que estas histórias dão-nos uma lição melhor que as histórias cor de rosa.
    A filha do capitão é muitooo lindo, mas ao inicio é cansativo. So que lá está, esta leitura nao é so sobre o romance como normamente se ve, tem a historia dos paises e da guerra, e isso completa muito :)
    A Margarida nao gostei mesmo, a história é so aquilo.
    E aqueles livros das 50 sombras...epa nao -.-'
    O Tempo dos Amores Perfeitos é histórico, podes nao gostar. Nem eu sei se gosto :P

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  6. Não foi muito fácil porque não gosto de estar aqui mas como acabei o curso agora espero conseguir voltar ^^
    O livro é caro, eu li porque a sogra tinha :P Comecei a perceber que gostava de romances históricos quando li o "nunca me esqueças". Pensei que ia ser mais uma historia de amor como as outras mas afinal nada a ver, ate chorei a ler!! E eu sou de ciencias, nunca gostei de historia nem consegui uma positiva xD
    Da Margarida li o diário da tua ausência. ate gostei mas depois de ler estes achei aquele muito fraquinho, resume-se aquele amor e pronto.
    A minha ultima técnica foi sacar os livros em pdf e ler na psp, mas nao tem nada a ver :S

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  7. Ahahah eu ia gastar muitooo dinheiro em livros :P
    Então acho que ias gostar do 11 minutos de paulo coelho, tem citações muito interessantes ^^
    Ah sim, nada substitui um livro. E depois prefiro gastar € e saber que é meu do que ler de outras pessoas. O que é parvo porque se calhar nunca mais o vou ler mas...manias!
    O ultimo que li era da agatha christie e achei super fixe porque, pelo menos eu, o que conheço de crime é o CSI - e nao tem nada a ver com a realidade - e ali descobre-se tudo sem ADN e coisinhas dessas :P
    Ja leste o orgulho e preconceito?

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