Aurora 2.0

Imagem retirada do facebook dos Aurora

«No fundo eu já sabia que íamos ser muito mais»

Os Aurora estão imparáveis. A crescer. A mostrar de quanto talento são feitos. E se o caminho até aqui tinha sido construído com muita inteligência, maturidade e personalidade, as novas músicas vêm dar continuidade a tudo isso. Fiéis a si, mostram-nos, uma vez mais, a sua versatilidade. E reforçam a certeza de que têm tudo aquilo que é preciso para chegarem ao sucesso.

Fui de férias ciente de que iria perder o lançamento da «Sem Porquês» - e, consequentemente, também não acompanhei os desafios. Quando regressei percebi que teria sido uma excelente companheira de viagem. Ainda que seja suspeita, a verdade é que apresentaram um novo original que, sem qualquer dúvida, irá conquistar ouvintes de norte a sul. As surpresas, no entanto, não ficariam por aqui. E depois de ser atingido mais um objetivo, colocaram à disposição «Vento», outro dos temas que fará parte do álbum de estreia da banda, previsto para outubro deste ano. 

Há momentos em que gosto de recuar. De voltar um bocadinho atrás no tempo e avançar em câmara lenta, só para recordar o percurso que traçaram. Não podia estar mais orgulhosa! Reconheço-lhes a mesma vontade, o mesmo empenho, o mesmo amor de quando começaram. Mas estes Aurora, os meus Aurora (permitam-me tratá-los assim), estão mais arrojados, mais seguros, mais eles. E a felicidade é acrescida por vê-los no patamar em que se encontram. Com claras intenções de serem «muito mais».

Os protagonistas são os quatro rapazes que se tornaram numa família. Em pausa, mas não esquecidas, ficam as versões de grandes músicas portuguesas, até porque agora é tempo de ouvirmos composições com assinatura na primeira pessoa. Com um ritmo jovem, descontraído, que facilmente nos fica gravado na memória, a «Sem Porquês» sabe a verão, a liberdade, a irreverência. E é impossível não nos deixarmos contagiar, não só pela letra, mas também pelo videoclipe, que nos permite entrar um bocadinho no mundo dos Aurora. Além disso, não é desprovida de significado. E é a mensagem que passa que também nos cativa. Distancia-se um pouco dos arranjos de guitarra a que nos habituaram. Contudo, não encaro isso como algo negativo, muito pelo contrário. Nesse sentido, a «Vento» já se aproxima mais dessa imagem de marca. E graças a uma parte em específico, fez-me relembrar a «Quantas cores o vento tem». Memórias de infância à parte, apresentaram-nos outro single que fica no ouvido e que rapidamente aprendemos a cantar, sobretudo pela letra fantástica que tem. Há um toque de amor, de nostalgia e esperança. Vocalmente irrepreensíveis, conseguiram manter a originalidade e acrescentar muita energia nestes dois novos trabalhos. 

Não sou capaz de escolher um favorito, porque ambos me conquistaram à sua maneira. Além de que nos fazem viajar por vários cenários e vivenciar determinadas situações. Em qualquer um deles sentimos a união que os caracteriza. E é por isso que resultam tão bem - os temas e este grupo de seres humanos fantástico que faz da competência e do profissionalismo as suas principais armas. Depois tudo o resto flui, porque eles fazem acontecer.

Perante tamanha demonstração de talento e superação, haverá sempre um lugar para eles. Bem no topo. Outubro, chega rápido. O álbum «Grita» promete!

Já tinham ouvido? Não? O que acharam? De qual gostaram mais?