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museu nacional soares dos reis

by - julho 09, 2024

Fotografia da minha autoria



«O Museu Nacional Soares dos Reis tem origem no Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados na guerra civil»


Um dia, somos jovens a assistir a concertos na Queima das Fitas do Porto. Noutro, somos adultos a tentarem ser intelectuais em museus. Admito, talvez não seja tão linear assim, mas acho que a vida se vai construindo numa dicotomia idêntica.

Num programa quase de última hora (que, na realidade, já tinha sido apalavrado noutra data), fomos visitar o Museu Nacional Soares dos Reis, isto porque a Sofia queria muito ver «O Desterrado», por causa do livro Uma Aventura no Porto. Antes de falar do local propriamente dito, permitam-se só fazer uma pequena reflexão, porque acho curioso como a distância pode ser a nossa maior aliada para apressarmos ou irmos adiando certas visitas. Eu sou de Gaia, atravesso inúmeras vezes a ponte para passear pela Invicta e, mesmo assim, nunca tinha entrado no Museu. Se o queria ter feito há mais tempo? Queria. Se penso o mesmo todas as vezes que circulo naquela rua para ir para os Jardins do Palácio de Cristal? Também. A verdade é que ainda não tinha acontecido, mas, felizmente, reuniram-se todas as condições para a mudança.


A entrada é gratuita aos domingos e feriados para todos «os cidadãos residentes em território nacional», o que me parece uma excelente medida para aproximar visitantes. E nós também aproveitamos este fator para explorar o espaço e todos os seus tesouros.

Não sou entendida em arte, por esse motivo, é natural que me tenham escapado algumas referências. Ainda assim, gostei muito de ver a exposição denominada «A Faiança Azul de Safra», cujas peças devem o seu nome à tonalidade «da cor do seu vidrado», sendo produzidas na Fábrica de Louça de Miragaia (entre 1775 e 1822). Esta exposição é temporária e pode ser visitada numa das salas da entrada. Subindo ao primeiro e ao segundo andar, percorremos as exposições de longa duração, com narrativas complementares: «A primeira reflete a sua história e a forma como as coleções foram sendo integradas e a segunda valoriza os artistas e as suas obras».


O espólio é vasto e divide-se entre cerâmicas, gravuras, esculturas, lapidárias, mobília, ourivesaria e joalharia, pintura, têxtil, vidro e peças diversas. Além disso, até ao dia 28 de julho, podemos apreciar a instalação sonora ECO ( ) LAPSO, que «estabelece um diálogo» entre uma escultura de Maria Ribeiro e uma composição musical «produzida a partir de gravações sonoras e material de arquivo relacionados com o 25 de abril».

Depois de percorrermos todo o edifício, terminamos a visita no Jardim das Camélias, localizado na parte central, onde podemos observar várias espécies de Japoneira. Sejam ou não os maiores entendidos em arte, acho que é uma paragem a considerar.

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10 comments

  1. Vou levar minha mãe nesse Museu Nacional. Ela irá adorar!!

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  2. Respostas
    1. Mas gostava que os museus em Portugal fossem gratuitos como os daqui :) Este domingo fomos ao daqui e ajudamos :) Em todos os museus têm caixinhas para dinheiro ou pagamento multibanco e cada da o que pode conforme a sua consciencia :) Acho um belo incentivo :)

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    2. Alguns aqui ao domingo também são gratuitos e depois há campanhas para locais, por exemplo

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  3. Andreia é uma ótima sugestão pra conhecer, o museu é incrível, bjs.

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