Entre Margens

«O Rock in Rio é o maior evento de música do mundo. Ao longo de quase 30 anos, tornou-se uma parte relevante da história da música mundial com 12 edições realizadas, mais de 6 milhões de pessoas reunidas, sendo um dos eventos com maior presença digital».


Nunca estive presente e este ano continuo a não quebrar essa tendência. Contudo, para colmatar o vazio que se cria por não poder ver ao vivo artistas que admiro, tenho acompanhado fielmente a emissão da Sic Radical.

O trabalho que têm desenvolvido durante os diretos é extraordinário, conseguindo passar a magia e o ambiente fantástico que se vive no recinto. Claro que aquilo que se vive lá é indescritível. A adrenalina e o entusiasmo são infinitamente maiores, mas ter a oportunidade de assistir a concertos grandiosos como os que nos mostraram até agora é realmente muito bom. E tenho a certeza de que daqui a uns tempos me vou recordar das lágrimas que deixei cair a ouvir a «Angels». Do quanto dancei a ouvir Ivete Sangalo. Do coração cheio por ouvir os nossos gigantes - Rui Veloso e Xutos & Pontapés. Da surpresa que foi ouvir Capital Inicial. De ficar radiante a ouvir Paloma Faith. Da pele eriçada durante a atuação de Linkin Park. De sentir a minha infância e adolescência em todas aquelas músicas. E o enorme desejo de ter lá estado a viver tudo de perto. 

Boss AC e Aurea abriram o primeiro dia do festival e proporcionaram um momento único. Conjugaram-se muito bem e foi um prazer enorme ver dois grandes talentos a arrasar naquele palco. Ter Robbie Williams e Ivete Sangalo no mesmo dia é ter a noção clara de que tem que se preparar o coração, porque se o primeiro é uma verdadeira força da natureza, a segunda é um furacão. Ambos os concertos foram inesquecíveis, cheios de energia e um ambiente fantástico. A interação com o público foi igualmente extraordinária. Comprovaram, uma vez mais, a genialidade que lhes corre no sangue. Paloma Faith foi uma agradável surpresa. Se já conhecia algum do seu trabalho, fiquei ainda mais rendida ao seu vozeirão. Não podia ter pedido melhor para primeiro dia de festival.

Rui Veloso e Xutos & Pontapés já dispensam apresentações. Aliás, já não há palavras para os descrever porque são uns verdadeiros senhores e aquilo que temos de melhor. Não conhecia Lenine nem Angélique, mas fiquei fã. Pelo talento, pelas músicas e pela presença em palco. Não mais deixarei de acompanhar o trabalho de ambos. Tenho pena que The Rolling Stones não tenham autorizado a transmissão do concerto, pois acredito que tenha sido memorável.

Capital Inicial foi uma autêntica descoberta. E que descoberta que foi, valeu cada segundo. Fieis a eles próprios, Queens Of The Stone Age mostraram como se faz e deram um concerto fantástico. Linkin Park era, para mim, o concerto do dia. Quando acabou só desejei que o tempo voltasse atrás porque foi absolutamente brutal. Não tenho mesmo palavras, foram geniais. Não costumo ouvir Steve Aoki, mas rendi-me ao seu talento.    

O Palco Mundo é, sem dúvida, o mais aliciante. Mas, para mim, o Palco Vodafone também tinha grandes atrações - Salto, Capitão Fausto e Linda Martini.  

Hoje, a partir das 16h30, voltarei a estar em frente à televisão, ainda que acompanhada por todas as fichas, textos de apoio e material de desenho para estudar geometria. Sempre estudei com música, até porque acredito que dá outra motivação, por isso, mesmo que não possa ver a emissão do inicio ao fim, pelo menos, vou ouvindo. Já estou em contagem decrescente para a Homenagem a António Variações, para ouvir Ed Sheeran, Lorde e Arcade Fire. Confiante de que conseguirão superar todas as minhas expectativas. 

Amanhã voltamos a ter encontro marcado. É que ter João Pedro Pais e Jorge Palma, Jessie J e Justin Timberlake no mesmo dia também não é oportunidade que se perca. Mesmo que à distância 



«Damos voltas e voltas, mas, na realidade, só há duas coisas: ou escolhes a vida ou afastas-te dela», José Saramago


São voltas e voltas num mar de dúvidas. Imenso como a angustia que te amarra o peito. É longe, é fundo, num pedaço de papel amarrotado, como uma pequena equação de grau um que aprendes na primária. Ou por ti, quando tens por dentro o espírito e a aventura de mil homens guerreiros, de espada em punho. Já diziam, em tempos, bandeira aos ombros e é pela pátria. Desta vez foi por ti. 

São voltas e voltas que dei. São voltas e voltas que deste. Em torno, num rodopio sem mais não, de pequenas pegadas de migalhas – caídas no caminho como nas histórias que ouvíamos em criança.

Não sei mais olhar para essas linhas preenchidas de fórmulas e hesitações. Nem sei mais chegar à conclusão dessa confusa equação da qual mudaste o grau. É nível dois, agora. E os desafios sempre foram o teu alimento nos dias mais escuros. Sempre gostaste disso, pequenos pormenores de aventura, dentro de quatro linhas coloridas. 

São voltas e voltas de nada que invertes e colocas em teu favor. E o gozo que isso te dá reflecte-se nesse brilho azul mar dos teus olhos esbugalhadas e cheios de simpatia.

São voltas e voltas em torno desse pedaço de papel, onde E é igual a M e só tu sabes porquê. Mas eu vou atrás, em busca dessa resposta que não me dás. Embora saiba que, provavelmente, nunca hei-de lá chegar. Mesmo assim não me deixas desistir. Juntos sei que podemos dar voltas e voltas em direcção ao desconhecido e chegar ao real em menos tempo do que aquele que demoramos a resolver uma equação matemática. É tudo tão diferente, mas podemos concluir que, por meio de imaginação mais fértil e boa vontade, dois mais dois são cinco. E o riso é mais solto pelo conhecimento de que isso é um total disparate. Mas tu sempre soubeste que o meu mundo é assim: tão diferente do teu, onde não há mais do que simples invenções criadas por um consciente fora de si, em busca de respostas impossíveis de alcançar.

São voltas e voltas no desconhecido, são linhas de papel preto preenchidas por números e letras – misturados por sinais – onde chego todas as manhãs e me recordo de ti.

E são voltas e mais voltas que dou nesse fundo verde de letras brancas, com círculos e palavras que não percebo. É tudo tão difícil, visto assim, mas no final de contas é tudo mais simples quando juntas uma pequena dose de amor, uma pequena porção de aventura, um pequeno gesto de simpatia e o tal desejado reflexo de sabedoria. No final é a solução que importa.

São voltas e voltas. É o processo. São os desenhos. As letras. As cores. Os sons. É muito mais do que aquilo que eu sei. Mas o que eu sei, o pouco que sei, tu sabes também e não é mais que um E=MC elevado a 2. 

São voltas e voltas de mistério, mas é mais fácil assim. E não podia ser melhor. É mais fácil. Eu sinto-me bem.

Parte do que sou. Junho, 2009

«(...) entendia o suficiente sobre o amor para saber que há coisas que não se explicam. Aliás, no amor, a maior parte das coisas não se explica, porque o amor é feito de uma matéria que está acima de todas as outras e que acumula a paixão, a atracção, o desejo, a amizade, o riso, o entendimento, a cumplicidade, a entrega e o respeito. O amor não se pode parcelar, ou é tudo ou não é nada. E se aqueles que nos amam não forem loucos por nós, então é porque esse amor não vale a pena», Margarida Rebelo Pinto

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. A escolha desta semana é uma descoberta recente. Bem recente. Mas que já me conquistou por completo. Na passada terça-feira, enquanto via o 5 para a meia noite, ouvi pela primeira vez um grupo que se apresenta pelo nome de «Pensão Flor». Cativou-me a originalidade. E deixei-me ficar em frente ao televisor, expectante, ansiosa por saber mais, desejosa que me arrebatassem. É sempre assim que espero sentir-me no final de uma atuação, sobretudo quando é a primeira. Gosto que me conquistem, quando menos estou à espera, com um talento de nos deixar de queixo caído e a querer ouvir mais. Não foi preciso chegar ao final da música «Na volta de um beijo» para perceber que estava rendida. Fiquei mal ouvi as primeiras palavras. Quando fechei os olhos para sentir a voz melodiosa e cheia de tanto brilho. Quando dei por mim a cantarolar a letra que ainda não conhecia, mas que já parecia saber de cor. Quando acabou e senti que queria voltar ao início só para escutar mais um pouco.

«Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda», Abraham Lincoln


Votar é um direito. Mas devia ser encarado, principalmente, como um dever. Eu voto, porque acredito que ainda posso fazer a diferença. Porque sinto que conquistar este direito custou demasiado para agora nos darmos ao luxo de não usufruirmos dele. Porque não aceito nem permito que sejam os outros a escolher por mim. Porque se acho que algo está mal esta é a hora para mostrar todo o meu descontentamento. 

Não podemos exigir uma mudança se somos os primeiros a virar as costas quando nos dão a oportunidade para nos expressarmos. É uma simples cruz que dá voz a um povo. Se criticam tanto que são sempre os mesmos a ganhar, que o país não anda para frente, se calhar, desculpem a frontalidade, está na hora de se levantarem do sofá e perderem nem que sejam dez minutos. Lembrem-se, um voto em branco significa mais do que a abstenção. 

Votar em branco é demonstrar que nenhum dos candidatos inspira confiança ao ponto de merecer o nosso apoio. Ficar em casa à espera dos resultados talvez signifique despreocupação com o rumo que isto pode levar. Podem não concordar comigo, mas esta será sempre a minha opinião. Se quero uma mudança tenho que fazer parte dela, não posso simplesmente ficar à espera que as coisas aconteçam. Se são sempre os mesmos a votar é natural que o desfecho não se altere. Se não querem votar em branco então que seja dada oportunidade a novos partidos para mostrarem o que são capazes de fazer, talvez não sejam todos farinha do mesmo saco. Só não fiquem em casa a contribuir para o elevado número de abstenção - que também será sempre um direito, mas com o qual não concordo por achar que não transmite a mensagem que, de facto, as pessoas querem passar.  

Eu voto. E já fui exercer o meu direito/dever. Vão falhar o vosso?

«Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação», Charles Chaplin


O São João chegou mais cedo ao Porto. Com um mês de antecedência, é inaugurada aquela que é a maior festa da cidade. Contando com mais de duzentos eventos, serão seis semanas de festa constante, onde a música será a grande aposta - Os Azeitonas, GNR, Ana Moura, Bob Sinclar -, «a par da tradição, da animação de rua e do desporto». Há atividades para todos os gostos, podendo ser encontradas ótimas sugestões para um dia diferente em família. Sempre a pensar nas pessoas da cidade, e não só, como é bom de salientar, este será o São João mais longo - de 23 de maio a 29 de junho -, por isso muito haverá a acontecer. Consultem a agenda aqui e deixem-se envolver pela magia que já se faz sentir. Para quem puder, não perca a oportunidade de vir ao Porto num destes dias e, se possível, desfrutar da noite mais longa do ano, como é apelidada por muitos, pois o auge desta festa será mesmo de 23 para 24 de junho. 

O segundo Minutos com história é dedicado à inauguração da Festa de São João do Porto 2014. Decorreu ontem, dia 23 de Maio, com um espetáculo multimédia - videomapping 3D na Fachada do Edifício da Câmara Municipal do Porto. «Desenvolvido pela Agência Gema, contou com a participação do historiador Joel Cleto, na conceção da ideia original que serviu de base ao guião final. “O motivo ‘inspirador’ do espetáculo foi uma das tapeçarias do conjunto artístico definido e produzido por Mestre Guilherme Camarinha (1912-1994), em 1962, para a Sala das Sessões dos Paços do Concelho. Esta tapeçaria - localizada na parede poente da sala - é toda ela consagrada aos festejos sanjoaninos, encontrando-se repleta de simbologia sacra e profana associada a este momento anual incontornável da sociabilidade e da identidade portuense"».

Arrancaram, assim, os festejos com um espetáculo inédito na cidade, que «revisitará os símbolos e as tradições», com sessões de meia em meia hora até à uma da manhã. Hoje e amanhã também haverá sessões diárias. O horário de sábado é igual ao de sexta (22h-1h), mas no domingo só será possível visualiza-lo até às 23h.  

Sempre senti o São João como uma festa em família, e é assim que passo a noite de 23 para 24 de junho - e o próprio dia -, portanto não podia ter ficado mais satisfeita e feliz com esta notícia. Ontem lá estive para presenciar o momento e, apesar de ter começado com uma hora de atraso por causa de problemas técnicos, valeu bem a pena esperar. São dez minutos tão cheios de cor, simbolismo, história, animação, festa que parece ter sido mais. Por mim, bem que podia ter mais tempo porque quando as coisas são feitas com tanta dedicação e profissionalismo achamos que é sempre pouco.

Para quem não teve a oportunidade de ver ao vivo, deixo-vos os vídeos que fiz ontem. Têm mais tempo do que aquele que estipulei para esta rubrica, mas achei que valia a pena mostrar-vos o espetáculo completo. Apesar de não serem de grande qualidade, espero que gostem tanto quanto eu gostei. Quem puder, ainda tem oportunidade para ir hoje e amanhã. Aproveitem!




Alguém esteve na Avenida dos Aliados ontem? Digam-me o que acharam.  

«Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria», Jorge Luis Borges


Entrelinhas surge pelo meu incurável gosto pela leitura. Pela enorme vontade que tenho em pegar num livro e mergulhar nas suas páginas, conhecer a sua história, passear de braço dado com as personagens ou, simplesmente, imaginar todo aquele enredo a acontecer à minha frente, como se desenrolasse uma fita de cassete de vídeo.

«(...) acho honestamente que ele errou ao não levar Quaresma ao mundial. E digo-o porque acho Quaresma um extraordinário jogador que pode resolver uma partida. Dirão alguns, que todos os jogadores podem resolver uma partida, mas com verdade, aqui entre nós, só alguns possuem esse dom de resolver com uma jogada de génio um jogo. E Quaresma é um deles caramba. Olho para a selecção que tem óptimos jogadores e só vejo um que pode fazer isto que é, como sabem, o do costume. A selecção podia assim ter 2 (...) acho que nem sequer pensou no Ricardo Quaresma e no talento dele e na forma como ele nos poderia ajudar a resolver uma partida e dar-nos mais força. Não senhor, isso não importa para nada. Paulo bento pensou sim em vingar-se daquele, em responder ao outro em alimentar ódios provincianos que como se sabe são sempre muito benéficos para este país e ajudam-nos sempre muito. Paulo Bento pensou nele quando devia pensar na equipa, pensou em tudo isto e esqueceu-se de pensar no talento de Ricardo Quaresma. Foi uma pena», Fernando Alvim


Faltam-me as palavras para tudo o que me apetece dizer. O nó na garganta é tão grande que isso parece afetar tudo o resto. Confesso, deixei de acreditar. Não em ti, até porque isso é humanamente impossível, mas no facto de poderes estar de volta à seleção. Só que por menos esperança que tivesse restaria sempre alguma. Porque és tu. Porque tens um talento que ainda hoje não sei definir. Porque jogas com o coração nos pés. Porque és dos melhores, digam o que disserem. E porque, acima de tudo, és feito de uma garra que só os verdadeiros Guerreiros têm a correr-lhes nas veias. 

Nunca vi ninguém a jogar como tu. Com tanta classe, com tanta magia, com tanta vontade, com tanto amor. Talvez minta. Talvez consiga adicionar mais uns nomes. Mas nunca ninguém como tu, de quem terei sempre o maior orgulho. E não compreendo como é que depois de teres feito mais em meia época do que alguns dos que estiveram presentes uma época inteira ainda ficas de fora. Serei eternamente suspeita, mas não me importo minimamente. Um dos lugares naquela convocatória devia ser teu. Por tudo o que fizeste. Pelo jogador que és. Pelo profissional que nunca deixaste de ser. 

Muitos falam do teu temperamento difícil, de amuos, de possíveis desestabilizações aquando as substituições, de seres mau suplente. Mas nunca me esquecerei do amor com que abraçaste essa camisola que vestiste tantas vezes. De todas as alturas em que foste tu e mais dez. Das ocasiões em que tiveste de lutar sozinho, por nós, porque nunca deixaste de acreditar. Nunca me esquecerei das vezes em que nos levantaste numa onda de esperança, nos uniste num só abraço e numa só voz, por ti e por todos eles; e por todas as vezes em que saíram dos teus pés as jogadas que eram meio golo. Além de todas aquelas em que saltei da cadeira quando foste tu a marcar. É injusto, e não sei descrever o quanto, impedir-te de voltar a fazer parte disso. 

Falam do teu mau feitio - permitam-me discordar e perdoem-me a minha falta de imparcialidade -, mas quando o vejo em campo só consigo ver alguém que joga com tudo o que tem, que sente isto como nenhum outro, que vai à luta mesmo quando tudo parece perdido. Sempre ouvi dizer que «quem não sente não é filho de boa gente». Mas ele sente, sente muito. E por isso erra. Mas é pelo mesmo motivo que no segundo seguinte faz levantar um estádio inteiro, ao rubro, com a qualidade que nunca lhe falta. 

Senti todas as vezes em que bateste com a mão no símbolo que carregas ao peito. E sei que te sai do coração todo esse entusiasmo. És dos melhores. O meu melhor. E não é esta convocatória que define o teu talento. Serás sempre mais do que aquilo que algum dia serei capaz de escrever. Mais do que aquilo que algum dia eles serão capaz de entender. És feito de uma mística própria. E de uma raça intemporal e infinita. Por isso não, não compreendo como te podem esquecer na altura em que mais precisamos de ti. Do teu génio irreverente. Da tua força. Da tua imprevisibilidade. Das tuas trivelas. Do teu futebol bonito. Da tua mão no peito. Não consigo aceitar a falta de consideração e de respeito que vi em mais uma convocatória, e a dualidade de critérios que parece ter virado moda. Não é justo, não é. Nunca o será! 

Cresci a ver futebol e a saber que a presença na seleção é um marco histórico na carreira de um jogador. Qualquer um quer estar presente, vestir as cores do seu país, ouvir o hino no relvado e contribuir para a história que se vai desenhando e escrevendo em letras garrafais de um orgulho e amor imensos. Ser-se convocado é saber que se faz parte do grupo dos melhores. Hoje percebo que não é assim. Desfizeram-me o sonho e aquilo em que eu acreditava. Hoje vejo a convocatória e percebo que, muitas vezes, não estão os melhores, mas quem parece mal não convocar. E custa-me. Por ele. E por todos aqueles que fizeram épocas fantásticas e ficam de fora. Nem todos podem ser convocados. São poucos lugares para tanto talento, mas, pelo menos, pense-se com consciência e tenha-se coragem suficiente para premiar o esforço, a dedicação, o trabalho e não apenas o nome, que parece ser aquilo que mais importa. 

Entristece-me ouvir coisas como «o incidente na Madeira não influenciará a minha decisão» e compreender que, de facto, isso não acontecerá, mas porque a escolha de não o convocar já foi tomada há muito tempo. Não haver uma justificação lógica e com sentido é, no mínimo, ridículo. Mas, como o Fernando Alvim disse, o Paulo Bento nem sequer pensou no Quaresma, porque estava muito mais preocupado com questões extra futebol. É pena. É mesmo uma pena. Sobretudo porque impediu a equipa de contar com alguém tão criativo, capaz de abanar o jogo e fazer-nos acreditar que é possível chegar mais longe. 

Entristece-me que o único argumento que as pessoas utilizem para explicarem porque o Quaresma não deve ir à Seleção seja o seu mau feitio. Aquilo que elas não vêem é que chegou ao Porto com muito mais maturidade, sentido de jogo e de equipa. Não chegou na sua melhor forma e, mesmo assim, nunca o vi ficar parado. Trabalhou para evoluir e ajudar a equipa a crescer. Dentro de campo foi sempre dos que mais sentiu a responsabilidade que é estar no clube e superou-se quando muitos não davam alguma coisa pelo seu regresso. Tem o coração na boca. O sangue ferve-lhe. Não deixa nada por dizer nem manda recados por ninguém. Não é um anjo a jogar, mas também não é o monstro como muitas vezes o descrevem. O problema é que é o Quaresma, a quem nunca perdoam as coisas. Porque por mais extraordinário que ele seja, lembrar-se-ão sempre de algum episódio menos feliz. Foi por isso que o deixaste de fora, Paulo Bento? Tenho mesmo pena que por pensares só em ti e quereres provar não sei bem o quê a não sei bem quem te tenhas esquecido que um selecionador deve dar o exemplo, ser isento e querer o melhor para a sua equipa. Algures no teu caminho esqueceste-te que à seleção vão os melhores e não os amigos. 

Dói. Porque também sei que te dói a ti. Mas não deixarei de estar ao teu lado. Acreditarei em ti até ao dia em que decidires que é a hora de despir a camisola e pousar as chuteiras - que chegue devagar. Bem devagar. Nunca esquecerei todas as vezes que, por seres como és, bati forte com a mão no peito, como tu. E todas as vezes que entoei o teu nome no estádio, em todo o lado, por ser mais forte todo este amor. Porque tu és um génio. Não daqueles que conseguem tirar coelhos da cartola, mas inventar jogadas que deixam qualquer um de olhos em bico. Poucos são aqueles que conseguem fazer tamanha maldade ao ponto de sentarem três adversário e ainda marcarem um golo fora da área. Aquilo que fazes com uma bola nos pés é arte. Das mais bonitas que vi até hoje. Não há nada que não consigas fazer. Não há ninguém como tu.

Um dia vão perceber a dimensão de todo o teu amor. Eu sinto-o em todas as vezes que te vejo a jogar. Eles é que perdem. És o maior, nunca te esqueças, nunca duvides. Tenho um orgulho desmedido em ti. E será assim até ao fim, meu mágico sete, meu amor maior.

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. Esta semana - e a partir de agora sempre há segunda - a minha escolha é no feminino e, como não poderia deixar de ser, em português. Atrevo-me mesmo a dizer em bom português, porque o talento desta artista é gigantesco e acredito que não pare de crescer. Com um estilo muito próprio, algures entre o pop-rock-indie-folk, e com uma voz tão terna, mas cheia de garra, o nome Márcia já não deixa ninguém indiferente. Com uma capacidade de interpretação fantástica, as suas músicas transportam-nos sempre para um mundo à parte. Fazem-nos refletir. Fazem-nos sentir, imensas vezes, o coração a transbordar de tanta coisa, com infinitas emoções a correr em simultâneo. Detentora de um timbre que a mim me enche as medidas, é uma lufada de ar fresco ouvi-la a qualquer hora do dia. Tem, a meu ver, um dos duetos mais bonitos que tive o privilégio de ouvir até hoje. Há músicas que marcam uma vida. «A pele que há em mim», acompanhada por JP Simões, marcará a história da música portuguesa. Pelas vozes que combinam tão bem. Pela música. Pela letra que é de uma beleza inconfundível e indescritível. Mas Márcia não é só isto. Não é só esta música. É tantas outras mais com igual qualidade. É uma artista cheia de talento, que canta com o coração e a alma de mãos dadas e em constante ascensão.

Como as palavras serão sempre poucas para descrever aqueles que admiramos, deixo-vos aquelas que fazem parte da sua biografia, escrita por José Fialho Gouveia. E que é uma delícia de se ler. Conheçam Márcia pelas suas palavras. Pelo texto que se intitula «Um "Casulo" e um mundo lá fora». E pelo seu trabalho que é absolutamente genial. Carregado de originalidade. Com tanta paz, mas sempre com a mensagem certa. É do que se faz de melhor em Portugal. É das melhores e por isso gosto tanto. Aquece-me a alma e o coração. E é daqueles artistas que ouço um dia inteiro sem nunca me cansar.

«A Márcia chegou-me como costumam chegar as coisas boas. Pela mão dos amigos. Chegou-me pelo João Monge, que partilhou ‘A pele que há em mim’ no Facebook. E bastou-me ouvir uma vez para que ficasse de gigante nos meus ouvidos.
Algum tempo depois, convidei-a para o “Bairro Alto”, na RTP2. Ela disse que sim, que aceitava, e combinámos um primeiro encontro num hotel perto do cinema King. Foi a 3 de Janeiro de 2012. Conversámos sobre o seu percurso, sobre música, sobre as vidas e pagámos um balúrdio por dois cafés. A gravação do programa foi ainda nessa semana, no dia 6. E pela primeira vez estiveram mais do que duas pessoas naqueles sofás. Eu, a Márcia e a sua filha. Ainda dentro dela, é certo, mas já tão grande que era fácil perceber que faltava muito pouco para reclamar o seu direito ao mundo. Muito pouco para sair desse casulo amniótico onde aprendemos a amar as mães.
“Casulo” é o nome deste disco, o primeiro que Márcia edita depois da maternidade. Antes tinha lançado dois. A estreia deu-se em 2009. Era um EP com cinco temas e chamava-se apenas “Márcia”. O segundo, “Dá”, saiu em 2010 e foi reeditado em 2011. Foi com essa reedição em mente que surgiu o desafio a JP Simões para estender a letra de ‘A pele que há em mim’ – que já estava gravado no EP – e fazerem uma gravação a dois. Contou-me a Márcia, durante a entrevista, que este tema foi escrito na Avenida de Roma, em Lisboa. Tinha ido ver uma exposição de artes plásticas ao Júlio de Matos e no caminho de regresso a casa, um percurso de mais ou menos 20 minutos, desenhou a melodia. Muitas vezes as canções também lhe saem nos transportes públicos ou na praia. Pouca coisa mudou por cá, desde a nossa primeira conversa naquele dia de Janeiro até agora que oiço este novo álbum. Continuamos às voltas com a austeridade, a tentar encolher o défice e a fazer olhinhos de aluno graxista aos mercados. Continuamos a tropeçar em passos pouco seguros, alguns deles até inconstitucionais. O último ano não foi fácil. A Europa anda avariada da cabeça, quase a cair da tripeça, e respira-se um ar de colapso do sistema. As pessoas vivem com medo e de olhos postos no chão. Talvez por isso Márcia se tenha refugiado na música, vendo nela um escudo protector, e tenha criado uma realidade alternativa com as canções deste disco. Em boa hora teceu este “Casulo”, onde nos podemos fechar e deixar o mundo aos gritos lá fora.
Mas nessa realidade cabem ainda e sempre os amigos. Márcia gosta de fazer esse sublinhado. E os amigos, além de serem para as ocasiões, são também para a música. Daí que não seja de estranhar a voz de Samuel Úria no tema ‘Menina’. Os amigos também servem para dizer olá nos discos uns dos outros. Foi o que ele fez. Da mesma forma que, há mais tempo, a voz de Márcia também já tinha cumprimentado a de B Fachada em algumas canções; e que ela nos disse ‘Até ao Verão’, no tema que escreveu para o “Desfado” de Ana Moura.
Márcia nasceu em Lisboa, a 19 de Fevereiro de 1982. Coincidências dos mercados, também nessa altura os tempos não iam famosos e o Fundo Monetário Internacional andava por cá. Foi precisamente nesse ano que José Mário Branco se revoltou com o “FMI”. Com a entrada na CEE a vida tornou-se mais fácil e foi durante a esperança demasiado ilusória da década de 90 que Márcia, aos 12 anos, começou a meter as mãos na música. Às escondidas, punha-se a tocar e a experimentar sons na guitarra de 12 cordas do irmão. Tocava baixinho para que não a ouvissem. Encostava o ouvido à madeira e os dramas da adolescência perdiam vigor. A ressonância da guitarra acalmava-a. Quando tinha 18 anos deu o passo seguinte. O namorado de uma amiga tinha uma banda que precisava de uma vocalista. Ela, na audição, cantou temas de Tracy Chapman e convenceu os restantes membros. Não tardou muito até que começasse também a compor, obrigando a que a banda fosse rebaptizada para Ana’s Blame. Nessa altura ainda escrevia e cantava em inglês. Apesar desta relação com a música, desde muito cedo que Márcia se refugiava nos desenhos que fazia. Alimentava o sonho de ser pintora e, na escolha da faculdade, optou por Belas-Artes. Mais tarde, nas voltas do curso, viu-se em Angers, em França, para um semestre no programa Erasmus. A distância revelou-se determinante no que estava para vir. Quando estamos longe de casa sentimos a falta do aconchego da língua e há emoções que só sabemos dizer em português. Márcia sentiu isso e o inglês deixou de ter lugar nos versos que ia rabiscando. Regressada de França e já com os estudos arrumados, rumou até Barcelona para um estágio em cinema documental. Ficara-lhe essa vontade desde que fizera um documentário sobre a sua irmã para uma cadeira na faculdade. Mas a metragem da aventura foi curta. Márcia desiludiu-se com o mundo das produtoras e a música agarrou-a de vez. Talvez não tivessem sido precisas tantas voltas. Afinal já era a ressonância da guitarra que lhe acalmava os tumultos da alma durante a adolescência. Mas às vezes é preciso saber esperar. Às vezes é preciso ir lá longe para conseguir ver melhor ao perto e preencher de vida o silêncio de uma canção que ainda não está escrita. 
A Márcia chegou-me como chegam as coisas boas. Pela mão dos amigos. E de gigante continua neste “Casulo”». 









Já conheciam? O que acham? Gostam das músicas? Qual/Quais preferem?

«Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar», Miguel Esteves Cardoso


Entre o amor e a guerra prefiro as batalhas que travo por tua causa. Seja para lutar por ti ou para lutar para te esquecer. De alguma forma, esta é a minha prova de amor mais sincera: ou porque te escolho antes de todos e apenas a ti, ou porque te amei, mas percebi que nenhum amor sobrevive se não for reciproco.

«Quando pode realizar todos os seus desejos, o que é realmente importante?»


Inspirada no livro «A lista dos meus desejos», de Grégoire Delacourt, decidi criar a minha própria lista e, assim, partilhar com vocês quais são os meus desejos. Não terão uma ordem definida, uma vez que tanto poderão ser sobre viagens, bens materiais, sensações, realizáveis ou impossíveis. Para os mais atentos, alguns serão óbvios, mas talvez ainda tenha alguns que não estão à espera.

Todos nós temos sonhos. Desejos. E uma vontade infindável de os alcançar. Não sou diferente. E através desta rubrica vou dar-vos a conhecer os meus, quem sabe se não partilhamos muitos deles. A sequência com que os publicarei não significa a importância que têm, isto é, por escolher determinado desejo em primeiro não quer dizer que seja mais importante que todos os outros que o sucederem. Não terá uma periodicidade definida, mas tentarei que seja semanal. 

Não é segredo para ninguém que, a par da escrita, a fotografia é uma das minhas paixões. Começo esta lista com algo relacionado com isso. É, muito provavelmente, aquele que gostava de realizar a curto prazo, por ser um sonho antigo e para o qual tenho investido.


Desejo nº1: 
Comprar uma Canon 600D e tirar um curso de fotografia
  

«No fundo de um buraco ou de um poço acontece descobrir-se as estrelas», Aristóteles


«NATA - Inspirado em Lisboa, para inspirar o mundo

Em Lisboa, Paris ou Hong Kong, Londres, Nova Iorque ou São Paulo, há cada vez mais pessoas deliciadas com aquele doce que sabe a Lisboa. Uns querem provar uma receita original. Outros querem matar saudades de um sabor genuíno. Todos querem comer pedaços de sabor, prazer e felicidade.




«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. Esta semana (e excecionalmente ao Domingo), como vem sendo hábito, continuamos em bom Português. E no masculino. O artista escolhido dispensa apresentações porque o seu nome é conhecido de várias gerações. Com mais ou com menos jeito para cantar, não há nenhuma que não saiba pelo menos uma música sua de cor. «O pai do Rock Português», como foi apelidado, ainda tem muitos truques na manga. É dos bons. E talvez seja o responsável por eu gostar assim tanto de música.

«Sentes que um tempo acabou (...) Qualquer coisa que não volta que voou (...) Sabes que o desenho do adeus é fogo que nos queima devagar. E no lento cerrar dos olhos teus, fica a esperança de um dia aqui voltar (...) Capa negra de saudade no momento da partida. Segredos desta cidade levo comigo p'rá vida».


Ainda não é a hora de dizer adeus, mas o tempo passa demasiado rápido. Recorrer ao típico cliché do «parece que foi ontem» torna tudo mais simples de explicar. O difícil é definir que não é meramente um cliché, mas uma sensação que nos acompanha ao longo dos dias, sobretudo quando se aproxima o fim de mais uma etapa. 

Não estive tão presente quanto gostaria, por isso sei que perdi muitos momentos. E acho que todas as lágrimas que ontem chorei foram não só pelo orgulho de ver os meus crescer, mas por não ter acompanhado aqueles que chegaram aqui pela primeira vez sem saber o que os esperava. Acho que nunca chorei tanto. Nunca senti tanto aquela descida nos Clérigos: sentir o carro a avançar e os caloiros a ficar para trás e vê-los a descer os Clérigos a correr foi o recordar do meu ano, foi saber que estava mesmo a chegar ao fim; que chegar à tribuna demoraria o equivalente a um piscar de olhos. Acho que este ano passou assim, num piscar de olhos. Comecei-o a julgar que, para mim, custaria mais a passar por ir poucas vezes à ESE, mas agora olho para o que aconteceu e acho que foi o ano que passou mais rápido. Não sei definir as lágrimas que chorei nem o coração apertado, porque sei que foram um misto de muita coisa. E levarei todas as imagens de ontem para onde quer que vá. 

Ter ao meu lado as minhas pessoas ajuda a que as emoções sejam vividas à flor da pele. Não me esquecerei das lágrimas que chorei com eles. Dos abraços apertados de aconchego. Da pele eriçada pelo momento. Das palavras que saem do coração. E enquanto tudo isto se desenrola como um rolo fotográfico chega o momento de passar a tribuna pela segunda vez como fitada. E a música «Sonhos de Caloiro» que nos acompanha sempre é entoada por muitas vozes a uma só voz, no máximo, com o coração a sair do sítio. E descemos o carro. E esperamos. Porque agora é altura de abraçar os pastranos. 

Sempre me fez confusão as casas em que doutores e caloiros convivem como se fossem amigos desde sempre. Na minha não há essa relação. É por isso que para nós aquele momento é tão especial. É por isso que sentimos aqueles abraços com tanto respeito e carinho. É por isso que nos custa tanto olhar nos olhos daqueles que durante um ano inteiro vestiram preto e trata-los por tu. É por isso que fugimos de abraços alheios enquanto não abraçamos o/a nosso/a padrinho/madrinha, porque tem que ser o primeiro. É por isso que todas as casas avançam e descem os Aliados e nós continuamos no mesmo sítio, ainda de lágrimas nos olhos, abraçados a alguém que durante um ano inteiro mandamos olhar para o chão. Tenho pena de ter perdido tanta coisa este ano. E ainda que em praxe não se agradeça é a única coisa que me apetece dizer neste momento, porque mesmo não estando tão presente foi bom perceber que tinha alguém que me queria abraçar. Foi bom ouvir todas as palavras que me quiseram dizer. Foi bom perceber que marquei alguém e que tudo aquilo foi de coração. 

«A ESE é fenomenal». É mesmo. Mas perdoem-me a minha falta de imparcialidade quando digo que Educação Básica é o melhor curso de todos. É um orgulho imenso fazer parte desta família. Às minhas pessoas, que são de Básica como eu, obrigada por estarem lá sempre, por nunca desistirem de mim, por me ensinarem todos os dias, por me fazerem crescer todos os dias, por acreditarem, por serem verdadeiros exemplos. Somos «Elite das Galinhas» - nunca me esquecerei desse momento - com muito gosto. Um brinde a nós, a quem gosta de nós e o resto que se f***. E que a nossa família continue a crescer.



«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. Esta semana, como não poderia deixar de ser, continuamos em Português. E no masculino. Com a única diferença na quantidade de elementos, porque, desta vez, a escolha recai sobre um grupo que começa a dar os primeiros passos no mundo da música, mas que já é conhecido de outras andanças. Quem os reconhece sabe que o talento é inegável e cada vez maior. Quem ainda não conseguiu identificar vai descobrir um pouco daquilo que eles são. Porque serão sempre muito mais do que aquilo que algum dia serei capaz de definir.

«Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas para um dia dar certo», 
Caio Fernando Abreu
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andreia morais

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O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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