O mundo por olhos tom de castanha #2

«Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual. Fotografar é um modo de comunicar e informar. Seguindo o raciocínio, a linguagem visual fotográfica além de ser mais forte não é determinada por uma língua padrão, não precisando assim de uma tradução, uma vez que o diferem são as interpretações»

Cidade de cantos, recantos e encantos. Porto, de dia, à noite; com sol, com chuva; sozinha, acompanhada. Sempre Porto, de uma beleza inconfundível. E no regresso, «quem vem e atravessa o rio junto à Serra do Pilar» entra num mundo à parte. De igual beleza. Com tanta história para contar. 

Deixo para lá da ponte a cidade de coração e chego à minha cidade, onde me sentirei sempre em casa. Por sê-lo todos os dias, desde há vinte e dois anos (que são aqueles que conto), até ao fim. 

Desço ao cais. E no lado de cá, olhando para a outra margem, despeço-me de mais um dia. Com o desejo de que estas viagens nunca acabem. E sejam sempre reconfortantes, aconchegantes, especiais e carregadas com a magia única que as caracteriza. E que a mim me enche o lado esquerdo do peito. 

Porto. Gaia. 

Algures no ano de dois mil e oito