Entre Margens

Fotografia da minha autoria



«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Agosto. Tempo de abrandar, remodelar e descobrir novos recantos. Ainda que, em certos dias, o sol tenha permanecido envergonhado, foi também um mês de vários passeios perto do mar, de roupas leves e muitas leituras ao ar livre. Num registo sereno, levou-me a um dos locais que mais me encanta na cidade Invicta.


⚓ MOMENTOS
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Concentrei a minha atenção em pequenas mudanças no meu quarto. Sinto que preciso de me descobrir nele e, portanto, com um passo de cada vez, vou ajustando-o à minha personalidade e às minhas necessidades.

       
                                             
Nestas férias, aproveitamos para revisitar a Penha, Tomar e Óbidos. Fomos conhecer o Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, e a encantadora cidade de Gouveia. Além disso, fizemos os Passadiços do Rio Douro.

     

Já tenho o plano de vacinação completo. Contrariamente à primeira dose, em que apenas tive o braço um pouco dorido, a segunda já me deixou com febre, mas nada de preocupante. Mais uma conquista!


Estive um pouco mais ativa nas história do Instagram do blogue e acabei por criar alguns conteúdos que me orgulharam, como o que dizia respeito à Feira do Livro do Porto [que considero sempre importante promover].


O dia 21 de agosto é especial, porque é a data de aniversário do meu primo. No entanto, desde há oito anos que tenho um novo motivo para a celebrar, atendendo a que corresponde à data de abertura d' As gavetas da minha casa encantada. Desta vez, em jeito de comemoração, concentrei-me nos oito compartimentos que nunca seriam criados, caso não tivesse o blogue. E, com isso, reforcei uma certeza: encontrei o meu lugar.


Para fechar com chave de ouro, fui ser muito feliz para a minha estimada Feira do Livro do Porto.

       

- setembro, podes vir -


📚 LEITURAS
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O Limpa Palavras e Outros Poemas, Álvaro Magalhães
Alma Lusitana || Bragança

Idiotas Úteis e Inúteis, Ricardo Araújo Pereira
Uma Dúzia de Livros 2021 || Agosto

Wonder, R. J. Palacio
Ler a Diferença || Pessoas Com Deficiência

Os Fornos de Hitler, Olga Lengyel
Leituras Descomplicadas || Nazismo, Estalinismos e as Suas Vítimas

Agora e na Hora da Nossa Morte, Susana Moreira Marques
Português no Feminino


Outras Leituras do Mês
Jesus Cristo Bebia Cerveja [Afonso Cruz], O Caça-Cidades [Ana C. Reis], 
A Criança em Ruínas [José Luís Peixoto], Um Gato Entre os Pombos [Agatha Christie], 
O Prisioneiro do Céu [Carlos Ruiz Zafón], O Longo Caminho Para a Igualdade [Ana Maria 
Magalhães & Isabel Alçada], Estás Aí? [Dolly Alderton] e O Que Nos Magoa [Diogo Simões]


📺 Filmes & Séries
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A Todos os Rapazes: Agora e Para Sempre
Já tinha imensas saudades desta história, por isso, dediquei-me a ver o último filme da trilogia. E confesso que acabou por me agradar um pouco mais que o livro - talvez por todas as expectativas que tinha em relação a este último. Independentemente disso, é um contexto onde vale sempre a pena regressar, porque nos ensina sobre amor próprio, sobre aceitar a mudança, sobre a importância da comunicação, sobre inseguranças e sobre o conceito de estar presente - por nós e pelos nossos. Além disso, os protagonistas são amorosos!

Pôr do Sol
A melhor novela [que é, na realidade, uma paródia] de sempre. Com um elenco de luxo, um argumento a transbordar de humor, mistério e referências hilariantes, esta nova aposta da RTP 1 conquistou-me de imediato. Admito que fiquei sem palavras no primeiro episódio, porque fui às cegas, mas, agora, não dispenso a sua companhia. De segunda a sexta, às 21h, só espero que o Nosso Senhor do Coisinho nos valha.


✏ PUBLICAÇÕES
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Os Meus Favoritos do Momento
Fazendo uma viagem pelas várias componentes que sustentam o meu quotidiano, registei aqueles que são os meus favoritos do momento, com a certeza que permanecerão num lugar especial por muito mais tempo.


Marcas de Cerveja Que Quero Experimentar
Esta bebida é, ao que tudo indica, a mais consumida pelos portugueses. E, enquanto curiosa e apreciadora da mesma, reuni uma lista de marcas de cerveja artesanal portuguesas que pretendo, em breve, experimentar.


O Caminho Para a Igualdade
O Dia Internacional da Igualdade Feminina nasce, então, da necessidade de promover uma equivalência plena entre homens e mulheres. E como a cultura é uma arma poderosa de consciencialização, porque nos transporta para realidades que podemos não sentir na pele, mas que existem e precisam da nossa empatia, do nosso compromisso e da nossa envolvência, compilei uma lista de livros, filmes, séries, músicas e documentários que nos informam de onde partimos, o que temos de combater e qual deve ser o destino.


🍴 À MESA
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Dunkin'
Provei, finalmente, estes donuts e, para primeira experiência, optei pelos Boston Creme. Não fiquei arrebatada, mas também não desgostei. Sinto que preciso de arriscar noutros sabores para tirar todas as dúvidas.



📌 ENTRE LINHAS
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Filipa Santos Lopes
A primeira vez que me cruzei com a Filipa foi no fotolog. E a verdade é que sempre teve uma forma muito poética de se expressar. Recentemente, os nossos caminhos digitais voltaram a encontrar-se e não posso deixar de destacar as partilhas tão pertinentes que fez sobre a situação no Afeganistão e sobre ser mulher.

Fiz Uma Pausa e Não Peço Desculpas
A Marisa tocou na ferida e descreveu tudo aquilo que eu também penso sobre a nossa presença online. Porque não temos de estar ativos todos os dias. Porque há momentos em que necessitamos de uma pausa e isso não tem de ser um acontecimento. Ademais, não temos de nos desculpar; esse afastamento não tem de resultar num alarido. Seguir o nosso ritmo, priorizando a nossa verdade e a nossa saúde mental, é fundamental.

Estava Quase a Ter Uma Ideia
Inspirada pelo novo documentário de Carlos Coutinho Vilhena - O Clube da Felicidade -, a Sofia refletiu sobre este caminho pantanoso que é o processo de ter uma ideia. Parece algo tão simples e, no entanto, pode ser bastante limitador e frustrante. Porque esse quase tem o poder de angustiar e aumentar a pressão.


📌 JUKEBOX
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A Surpresa: Deixa Lá [Rui Luís]
Melhor Duo: Gota [Rainhas do AutoEngano]
A Diferentona: Um Pouco Mais [Atalaia Airlines]
A Favorita: Sexta-Feira 13 [João Couto]
Artista Revelação: Tomás Meirelles


Álbuns: Happier Than Ever [Billie Eilish], Tempus [Mirai], A Espera [Diana Castro], Pirilampo 
[Maro & Nasaya], Hits My Nice [Jesus Quisto], Realidade [Zé Manel] e Submerso [Traço]


🎥 VÍDEOS & PODCASTS
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Conversas Para o Lixo
Tropecei neste podcast da Mariana Bossy e do Kiko sem saber ao que ia, mas tenho-me rido imenso com a dinâmica alucinada do casal. O tom descontraído e irónico combina bem com o meu estado de espírito.



✨ GRATIDÃO
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«E depois, o amor, grande sobrevivente do desastre»

Este mês, estou grata por ter começado a alterar o meu quarto, por todos os locais que visitei, por ter levado a segunda dose da vacina e por marcar presença em mais uma edição da belíssima Feira do Livro do Porto.


Como foi o vosso mês?

Fotografia da minha autoria


Projeto literário: Português no Feminino

Avisos de Conteúdo: Morte, Doença Prolongada


A finitude do ser humano é uma consequência natural da sua existência. Ainda assim, existe um certo pudor em conversar sobre a morte, talvez por haver uma consciência palpável da ausência, da perda e do esquecimento que pode despoletar. E não se torna mais simples de gerir essa realidade por a acompanharmos de perto. Porém, ficamos com outra perspetiva da mesma, tal como no livro de Susana Moreira Marques.

«Mas não é a ideia de desconhecido que assusta: 
é a ideia de que não haja desconhecido; apenas o fim»

Agora e na Hora da Nossa Morte parece revelar-nos tudo, através deste título, mas deixa-nos ainda distantes no que concerne à viagem intensa e emocional que estamos prestes a abraçar. Desta forma, seguimos os passos da autora, até às aldeias de Trás-os-Montes, para nos encontrarmos com pessoas com pouco tempo de vida e cujos familiares permanecem em vigília. Além disso, este livro é a representação física de um projeto de cuidados paliativos domiciliários, lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian, no Planalto Mirandês.

«Os nomes sobrevivem, mas nunca foram os nomes que nos fizeram únicos»

Folhear as páginas deste manuscrito, descobrindo a solidão, o medo e a negação, proporcionou-me uma experiência avassaladora, que intimida pelo poder que os mesmos conceitos exercem em protagonistas tão distintos. Por outro lado, é de uma sensibilidade e respeito que nos comove; que nos desperta uma vontade imensa de cuidar dos nossos e dos outros. E, sobretudo, predispõe-nos a empatizar com o sofrimento alheio, compreendendo que não há reações únicas e que todos nós construímos mecanismos para lidar com o luto.

«E depois, o amor, grande sobrevivente do desastre»

Tecendo um manto de memórias, vamos desconstruindo a maneira como a doença altera a dinâmica familiar, as inseguranças que se manifestam como uma consequência direta e a própria sensação de estar perto da despedida. Em simultâneo, tendo a narrativa dividida em três partes centrais, revisitamos as notas da viagem da Susana, escutamos - ainda que em silêncio - cinco testemunhos inesquecíveis e reconstruímos vivências mais intimistas. E é interessante como cada visão se complementa, potenciando um retrato espacial e social.

«(...) mas há neles a ideia de terem perdido para a história parte da sua identidade»

Agora e na Hora da Nossa Morte encaminha-nos para a noção da nossa mortalidade, centrando-nos naquilo que é imprescindível. Porque a vida há-de continuar - mas eu nunca serei capaz de traduzir o brilhantismo desta obra, que é tão humana e delicada. Assim como se perspetiva que seja o nosso respeito pelos demais.

«Ontem, quando cheguei a casa, ele não me reconheceu»


Disponibilidade: Wook | Bertrand

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥


«Não olhes para trás
Se tu pensares no tempo
Vais ver que és capaz
Mas pensa um segundo
Para o tempo e vai
Esquece o teu outro mundo
Bate a porta e sai
Tu vais ver que és capaz

[...]

E custa a passar
Lutar contra o tempo
E ainda ter de ganhar
Então olha-te ao espelho
E diz-me o que é que vês
Agora é o momento, é a tua vez
É tempo de avançar

O que eu não vi em ti
Foi tudo o que eu senti
E para mim guardei

Nunca vamos saber
Nem sei como dizer
O que nunca falei

Não olhes para trás»

Fotografia da minha autoria



... Azevinho!

[É associado ao Natal, mas achei sempre graça às suas folhas recortadas e às pequenas bagas vermelhas. Porém, reconheço, o meu fascínio é maior por me transportar para uma das épocas mais mágicas do ano].

Fotografia da minha autoria


Tema 30: Chapéu + Noite + Merda


O chapéu de palha desfeito foi-me guiando até ti. Depois de uma chamada sem nexo, achei por bem ir ao teu encontro e tive pena quando vi o estado miserável em que te encontravas: a beber sozinho, com latas de cerveja suficientes para te cobrir. Não fui capaz de decifrar as tuas palavras, mas percebi que tentavas afogar aquilo que afirmavas serem as tuas mágoas. Mas foste tu quem mais magoou aqueles que tinhas por perto.

- Talvez seja o peso na consciência que não me deixe dormir à noite. Merda! Só queria esquecer tudo isto...

Ouvi-te, por fim. Estive prestes a responder-te, mas desisti. Já não valia a pena. Foram tantas as recaídas que tentei amparar e tantas promessas que fizeste em vão, que deixei de insistir. Pior, de acreditar. Porque tudo depende ti e tu ainda não queres. Olhei-te novamente e não consegui sentir nem raiva, nem compaixão. Já não. Embora merecesses o meu desprezo, só consegui sentir pena e uma profunda descrença do teu futuro.

Sei que foste tu que caíste sozinho. Era só uma questão de tempo. No entanto, não desceria ao teu nível: garanti que te resgatavam e vim embora. Finalmente, deixei de ser a tábua de salvação que monopolizas quando te dá jeito e que esqueces quando estás servido. E, sem margem para dúvidas, segui o meu caminho.

Fotografia da minha autoria



«É uma questão de direitos humanos»


A nossa voz é mais audível. No entanto, há circunstâncias em que parece que gritamos do fundo do mar, cobertas por um silêncio sufocante, porque «quase tudo é sempre mais difícil para as mulheres». Porém, deveria ser uma missão global garantir que os direitos humanos não dependem de géneros: são de todos, sem discriminações. Sobretudo, atendendo a que, no artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, «todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei». Quando alcançaremos essa realidade?

O caminho para a igualdade é, portanto, longo. Tal como podemos comprovar no livro de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Nesta obra pedagógica, que quebra estereótipos e educa-nos para a cidadania, encontramos uma história de ficção e uma análise de dados que nos mostram que esta é uma luta inacabada. Afinal, «em 30 países ainda se pratica a mutilação genital feminina», «em 49 países não há qualquer proteção legal contra a violência doméstica ou contra a violência sexual», «em 18 países ainda existem leis que autorizam os homens a impedir as mulheres de trabalhar fora de casa». E tudo isto continua a acontecer em pleno século XXI.

Com os olhos postos em Portugal e no Mundo, a igualdade não é uma miragem, ainda assim, perdura como um dos maiores desafios da Humanidade, em vários domínios - cívico, político, económico, social e cultural. Não obstante, há conquistas importantíssimas, que atenuam um pouco as diferenças e incentivam a refletir e a proporcionar a mudança, para usufruirmos de uma sociedade menos opressora e bastante mais justa.

O Dia Internacional da Igualdade Feminina nasce, então, da necessidade de promover uma equivalência plena entre homens e mulheres. E como a cultura é uma arma poderosa de consciencialização, porque nos transporta para realidades que podemos não sentir na pele, mas que existem e precisam da nossa empatia, do nosso compromisso e da nossa envolvência, compilei uma lista de livros, filmes, séries, músicas e documentários que nos informam de onde partimos, o que temos de combater e qual deve ser o destino.


 LIVROS 

Todos Devemos Ser Feministas, Chimamanda Ngozi Adichie
«Neste ensaio pessoal - adaptado de uma conferência TED - Chimamanda Ngozi Adichie apresenta uma definição única do feminismo no século XXI. A escritora parte da sua experiência pessoal para defender a inclusão e a consciência nesta admirável exploração sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje».

Mulheres Invisíveis, Caroline Criado Perez
«Imagine um mundo onde os telemóveis são demasiado grandes para as suas mãos. Onde os médicos prescrevem medicamentos errados para o seu corpo. Onde, num acidente de automóvel, tem mais 47% de probabilidade de sofrer ferimentos graves. Onde, em cada semana, as suas incontáveis horas de trabalho não são reconhecidas nem valorizadas. Se isto lhe parece familiar, há grandes hipóteses de ser uma mulher. Esta obra mostra-nos como um mundo largamente construído por e para homens ignora metade da população».

Mulheres, Cultura e Política, Angela Davis
«Dividida em três eixos temáticos, "Sobre as mulheres e a busca por igualdade e paz", "Sobre questões internacionais" e "Sobre educação e cultura", a obra aborda as mudanças políticas e sociais pelas quais o mundo passou nas últimas décadas em relação à igualdade racial, sexual e económica. A autora traz dados históricos e estatísticos detalhados sobre as condições das mulheres, da classe trabalhadora e da população negra nos Estados Unidos durante o governo Reagan, mostrando como a política adotada naquela administração operou para enfraquecer esses grupos sociais».

Destemidas, Pénépole Bagieu
«Cientistas, actrizes ou activistas, estas mulheres são destemidas, ousadas, decididas, e lutaram pelos seus sonhos. Este livro apresenta a biografia de 15 mulheres excepcionais que triunfaram perante a adversidade. Pénélope Bagieu mostra-nos aqui mulheres de ideais, épocas, idades e mundos muito distintos, que foram capazes de ir para além das convenções e preconceitos sociais», porque desejaram ser independentes.

Feminismo Para os 99%, Cinzia Arruzza, Tithi Bhattacharya & Nancy Fraser
«Habitação a preços incomportáveis, salários no limiar da sobrevivência, saúde privatizada, educação pública negligenciada, horários laborais exigentes, alterações climáticas com consequências catastróficas. A crise que vivemos hoje é transversal a toda a sociedade e os seus efeitos - políticos, sociais e ambientais - têm um impacto brutal e imediato na vida de 99% da população, com particular gravidade para as mulheres».

Não Serei Eu Mulher?, Bell Hooks
«Nenhum outro grupo na América teve a sua identidade tão rasurada da sociedade quanto as negras. Raramente nos reconhecem como grupo autónomo e distinto dos negros, ou como parte integrante, nesta cultura, do grupo alargado de mulheres. Quando se fala de gentes negras, o sexismo opõe-se ao reconhecimento dos interesses das mulheres negras; quando se fala de mulheres, o racismo opõe-se ao reconhecimento dos interesses das mulheres negras. Quando se fala de gentes negras, a atenção tende a recair nos homens negros; quando se fala de mulheres, a atenção tende a recair nas mulheres brancas».

Mulheres Sem Medo, Marte Breen & Jenny Jordhal
«Liberdade, Igualdade, Sororidade. Mulheres sem Medo é uma novela gráfica que cobre 150 anos de história do feminismo. São 150 anos de coragem, garra e visão de quem lutou e ainda luta pelos direitos das mulheres à volta do globo. Da luta abolicionista ao movimento #MeToo, passando pela história das sufragistas e do direito ao aborto e à contraceção e pela reivindicação dos direitos LGBTQ e do casamento gay».


 FILMES 

As Serviçais


Persépolis


Made in Dagenham


As Sufragistas



 SÉRIES 

3 Mulheres
«É uma série de ficção que, a partir das biografias e da intervenção cultural e cívica da poetisa Natália Correia, da editora Snu Abecassis e da jornalista Vera Lagoa (pseudónimo de Maria Armanda Falcão), recorda os últimos anos do Estado Novo, do início da Guerra colonial à véspera da Revolução de Abril. A ação e os percursos cruzados destas mulheres são um exemplo de coragem e compromisso com os tempos futuros».

Good Girls Revolt
«Baseada na história verdadeira de muitas mulheres no mundo do jornalismo, Good Girls Revolt conta a batalha de um grupo de “investigadoras” – o único título que era permitido às mulheres nas redações daquela época. Faziam o árduo trabalho de investigação, os telefonemas para confirmar as informações, mas não lhes era permitido fazer o trabalho final: escrever e assinar as notícias. Ser repórter era um título apenas para homens, mas este pequeno grupo insurge-se perante as desigualdades de género e luta por aquilo que tanto trabalhou. Esta é uma série sobre estereótipos, discriminação mas também revolta e confiança».

Coisa Mais Linda
«Na São Paulo do final da década de 50 está Maria Luiza, uma moça conservadora e completamente dependente de dois homens: seu pai, Ademar, e o marido dela, Pedro. Sua vida toma um rumo completamente diferente quando Pedro desaparece ao viajar para o Rio de Janeiro a fim de montar um restaurante. Maria Luiza segue os rastros do marido, mas acaba transformando o sofisticado negócio numa casa noturna. A jovem descobre então um novo mundo na companhia de mulheres feministas e liberais e ao som da Bossa Nova».

As Telefonistas
«Na cidade de Madrid nos anos 20, quatro mulheres da Companhia Telefónica Nacional lideram a revolução enquanto lidam com o amor e a inveja, num meio profissional moderno», à procura de um lugar de sucesso.

Inacreditável
«Nesta minissérie inspirada em eventos reais, duas detetives investigam ataques a mulheres que são idênticos a um caso de violação em que a vítima, de 18 anos, foi acusada de mentir».


 MÚSICAS 

Respect, Aretha Franklin


Independent Women, Destiny's Child


Sou Como Sou, Ana Bacalhau


Alfazema, Capicua



 DOCUMENTÁRIOS 

A Girl In The River [HBO]
«No Paquistão, mais de 1000 mulheres vistas como tendo comprometido a "honra" das respetivas famílias são mortas todos os anos. As famílias são frequentemente pressionadas para perdoarem aos agressores, o que lhes permite voltarem a fazer parte da comunidade. Contado através das lentes de uma história de amor, este documentário examina as tensões entre modernismo e tradições no Paquistão. Realizado por Sharmeen Obaid-Chinoy, o documentário pioneiro segue Saba, uma jovem mulher paquistanesa, que sobreviveu a uma tentativa de morte pela honra por parte da sua própria família. Enquanto explora os problemas complexos com que se deparam as mulheres no Paquistão atual, bem com interpretações conflituosas de direitos das mulheres e honra da família e as pressões para perdoar a familiares pelos seus crimes, o filme narra o percurso dramático de uma jovem mulher corajosa que luta pela sua vida, por dignidade e por justiça».

Sand Storm [Netflix]
«Sul de Israel. Jalila está envolvida numa estranha celebração - o casamento do seu marido com a segunda mulher - enquanto tenta lidar com o trauma deste evento. A sua filha Layla está preocupada com outro problema: a sua paixão por Anuar, um rapaz da tribo vizinha, foi descoberta. Enquanto o pai tenta casar Layla à força com outro rapaz, a mãe fica dividida entre os valores religiosos e a preocupação com a filha. Layla encarna o segundo conflito, mais explosivo, de enfrentar a dificuldade de fazer as próprias escolhas, de se casar com quem quer. Mais do que isso, anseia por um futuro mais livre. Quer estudar, quer descobrir um mundo além da aldeia e das tradições a que está presa. A leitura mais elementar de Sand Storm coloca a questão da mulher nas sociedades patriarcais do mundo islâmico. O filme, porém, evita simplificações e vilanias. Por isso, vai muito além dessa superfície mais óbvia. Em grande medida, porque Suliman, o patriarca da família, também vive um conflito. O seu dilema está no afeto profundo pela filha e pela primeira esposa. Tem o desejo íntimo de não as magoar, mas sente o peso daquilo que se espera de um homem».

Azali [Netflix]
«A adolescente Amina leva uma vida pacata ao lado da sua família numa pequena vila. Por engano, e acreditando que está a enviar a sua filha para um lugar melhor, a mãe de Amina vende a menina a estranhos. Amina foge ao lado de outras pessoas que foram traficadas e acaba por se perder em Acra. Mergulha assim no pesadelo da prostituição e da pobreza na capital do Gana».

Para Sama [Filmin]
«Para Sama é simultaneamente uma viagem íntima e épica pela experiência feminina da guerra. Uma carta de amor de uma jovem mãe para a sua filha, o filme conta a história de vida de Waad al-Kateab durante cinco anos de revolta em Alepo, na Síria, ao mesmo tempo que se apaixona, se casa e tem a filha Sama, tudo enquanto o conflito devastador cresce à sua volta. A sua câmara captura histórias incríveis de perda, alegria e sobrevivência enquanto Waad luta com uma escolha impossível – fugir ou não da cidade para proteger a vida da filha, quando sair significa abandonar a luta pela liberdade, pela qual já sacrificou tanto».

Período, o Estigma da Menstruação [Netflix]
«Na Índia rural, onde o estigma da menstruação persiste, as mulheres fabricam pensos higiénicos a baixo custo e lutam pela sua independência financeira. Não é “só” um documentário sobre menstruação: é, acima de tudo, um retrato da importância da educação na independência das jovens em todo o mundo».


Lutar pela igualdade feminina é, também, uma questão de sororidade. Que saibamos sempre acolher em vez de rivalizar. Que, acima de tudo, permitamos que as nossas semelhantes floresçam. E que, enquanto seres humanos que somos, aprendamos a abraçar as diferenças sem que isso seja um motivo de segregação.

Fotografia da minha autoria



«O porto que deixa o barco ancorado e seguro»


Somos âncoras leves
Barcos atracados no cais
E nesta encosta que me arrebata
De olhos postos no rio
Perdemos o horizonte

Somos fios invisíveis
Sem sermos chão
Seguro, amparados
Somos pedaços incompletos
Que já não encaixam
Mas que persistem em ser
Água turva em peito incerto

Fotografia da minha autoria



Tema: Nazismo, Estalinismo e as Suas Vítimas

Avisos de Conteúdo: Tortura, Morte, Segregação, Tentativa de Suicídio, 
Homicídio, Violação, Rapto, Prostituição, Linguagem Explícita


As aulas de História e a tentativa de fomentar o nosso conhecimento geral ensinaram-nos sobre a Segunda Guerra Mundial, sobre o Holocausto, sobre qual seria a realidade dos campos de concentração e sobre as possíveis razões para a ascensão de Hitler. Por outro lado, permanece a dúvida: será que temos plena consciência deste que foi um dos períodos mais nefastos para a Humanidade? No mês em que se assinala o Dia em Memória das Vítimas do Nazismo e do Estalinismo, fui descobrir o relato de uma das sobreviventes.

«(...) todavia as almas corruptíveis espreitavam em todos os círculos 
e nunca se sabia quem poderia transformar-se a seguir num informador»

Os Fornos de Hitler permite-nos conhecer Olga Lengyel, uma enfermeira húngara que vivenciou na pele o horror, a humilhação e a tortura de Auschwitz-Birkenau. Porém, não se concentra apenas na sua experiência, atendendo a que dá voz, ainda que de uma forma indireta, a todos aqueles que foram remetidos ao silêncio, que caminharam ao seu lado e que se viram privados de segurança e dos seus direitos mais básicos. Escrito com um tom cru e, igualmente, emocionante, este livro é um espelho dos homens, mulheres e crianças que sucumbiram, contra a sua vontade, a ideologias racistas e que viram ser-lhes negada a sua condição humana.

«Esta foi a última vez que os abracei»

Confesso que é raro ler obras dentro desta temática, porque receio sempre que a narrativa seja romantizada. No entanto, é evidente que não é o caso desta, até por ser um testemunho na primeira pessoa. E, por esse motivo, fiquei sem palavras e com o coração em alvoroço, durante toda a leitura. Porque é palpável a crueldade, o desnorte e o sofrimento. Além disso, confronta-nos com uma certa dose de loucura, fruto das tentativas de fuga em prol da sobrevivência. Aliás, chega a ser surreal a perda de discernimento - mas compreensível -, uma vez que, em circunstâncias normais, determinados comportamentos seriam impensáveis.

«Soube que a falsa ambulância não tardaria a vir buscá-la»

Estou longe de imaginar o quanto deve ter sido doloroso reviver memórias que se procuram esquecer. Ainda assim, por mais que este exemplar nos reserve sucessivos murros no estômago - porque há sempre algo pior para acontecer -, é de louvar a coragem e o compromisso com a verdade. Concentrando-se na Seleção, nos ensaios nazis, nas doenças, na falta de higiene e no profundo racionamento, o medo do desconhecido, o sentimento de culpa e o movimento de resistência são dialetos que também vamos reconhecendo na ação.

«Nesse dia salvámos 31 de uma morte certa»

Os Fornos de Hitler são, em simultâneo, um alerta e uma homenagem. Terminando com uma nota de esperança, reforça que é necessário conhecermos a história para que estas atrocidades não se repitam.

«Tínhamos sido enganados tantas vezes pelos alemães e 
ainda assim estávamos prontos para acreditar de novo»


Disponibilidade: Wook | Bertrand

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



«É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já»


Os primeiros raios de sol ainda mal invadiam o quarto e nós já estávamos prontos para embarcarmos numa nova aventura, com uma dose de entusiasmo acrescida, confesso, porque o último ano foi inconstante nesse sentido. Tendo o nosso país como cenário de fundo, fomos à descoberta de mais um dos seus belos recantos.






Após uma breve paragem por Manteigas, seguimos até Gouveia, que é uma «cidade serrana do distrito da Guarda», localizada na «encosta ocidental do maior sistema montanhoso de Portugal Continental, a Serra da Estrela». Que me recorde, foi a primeira vez que explorei o local, mas fiquei encantada com tudo aquilo que tem para oferecer. Não obstante, tenho noção que ficou bastante por ver, o que é sempre ótimo para regressar.






Gouveia, para além de um vasto património natural, convidando-nos a desfrutar dos seus espaços verdes e de lazer, apresenta um deslumbrante património edificado. Assim, nesta categoria, observamos a Casa da Torre [edifício de habitação quinhentista], a Igreja de São Pedro [de estilo barroco], o Solar dos Serpa Pimental de Gouveia [recuperado para instalar a Biblioteca Virgílio Ferreira] e a Igreja de São Julião [de planta retangular]. Por fim, visitamos os Paços do Concelho, que já tiveram uma existência enquanto colégio e que, atualmente, albergam o tribunal da Comarca e outras repartições públicas, e cuja área exterior é um verdadeiro encanto.






O Jardim Lopes da Costa foi outra das nossas paragens. Além disso, o passeio não teria o mesmo valor, se não nos perdessemos pelas ruas desta cidade. Para melhorar, fizemos um simpático amigo de quatro patas.






Espero regressar em breve! Já visitaram Gouveia? O que não posso perder?

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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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