Entre Margens

«Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação», Charles Chaplin


Minutos com história. É o nome de mais uma rubrica que poderão ver n' «As gavetas da minha casa encantada». Não terá uma periodicidade definida, mas consiste em mostrar-vos vídeos de coisas que me chamam à atenção. Sejam elas do meu dia-a-dia, de um passeio, de um concerto e de tantas outras infinidades que possam imaginar. A maioria dos vídeos aqui partilhados será da minha autoria, contudo posso sempre encontrar algum que ache relevante estar aqui. Quando for esse o caso estará devidamente identificado. Todos eles serão acompanhados com uma pequena explicação, para que percebam em que consistem e qual a razão de o querer partilhar. O objetivo é que sejam vídeos pequenos, com um minuto ou pouco mais do que isso. No entanto, e se assim se justificar, podem exceder esse tempo. 

Há momentos em que uma simples fotografia não chega para transmitir o que se vive. E mesmo as palavras tornam-se escassas para explicar. Um vídeo sempre nos deixa um pouco mais perto daquela realidade que nos encheu o coração de alguma forma. E é por essa mesma razão que nasce esta nova rubrica. Além de que também servirá para conhecerem um pouco mais daquilo que me rodeia, do que faço e do que gosto. 

Este primeiro «Minutos com história» é dedicado à magnifica e grandiosa ESEPUS Tunae, que, para quem não conhece, é a Tuna Masculina da Escola Superior de Educação do Porto. No passado dia 29 de Março (sábado) aconteceu o IV T.E.T.A., festival desta mesma Tuna, no Auditório Magno do ISEP. TETA, para quem não sabe, significa Tentativa de Encontro de Tunas Académicas. O tema deste ano era «Hollywood» e acho que isto vos ajuda a compreender melhor o primeiro vídeo. Os restantes dizem respeito à atuação da ESEPUS Tunae. Não estão todos, nem estão completos (escolhi apenas algumas partes). A qualidade da imagem não é, de todo, a melhor, mas já dá para terem uma pequena ideia do que se passou. E do quanto a noite foi memorável! 

Serei sempre suspeita, ou não fosse a Tuna Masculina da minha faculdade e o meu padrinho não fizesse parte, mas a ESEPUS Tunae é mesmo a melhor. Para ficarem a conhecer um pouco mais não deixem de visitar a página oficial aqui. Ou até mesmo fazerem um pedido de amizade aqui. Para verem mais vídeos basta irem ao youtube e pesquisar por ESEPUS Tunae. Tenho a certeza de que não se irão arrepender.  








O que acham da nova rubrica? Gostam da ideia? E dos vídeos? 

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. A escolha desta semana é no feminino, e os mais atentos talvez reconheçam o seu rosto do programa Ídolos.

«Difícil mesmo é deixar para lá, quando já se tornou importante demais». 


Por mais que eu ache que o tempo te tem apagado de mim, sempre que me falam de amor é em ti que penso. E quando me perguntam se há alguém com quem quisesse passar o resto da minha vida minto, sorrindo e dizendo que ainda não apareceu a pessoa certa para ocupar esse lugar. Mas não passa disso mesmo: de uma mentira! Porque é o teu nome que me apetece dizer. Só que aprendi a controlar o impulso. E desvio o olhar, como se isso apagasse o facto de te querer na minha vida para sempre. Chamando-te todos os dias de meu amor...


M, 21.10.2013

Há algo em nós que nos leva a pensar que só acontece aos outros. Que é muito cedo. Que não é justo ser tão precoce. Mas depois há um dia em que, do nada, olhamos para o espelho e percebemos que, afinal, estamos tão vulneráveis como qualquer outra pessoa. A raridade ainda não é motivo que justifique a ausência total, porque como em tudo na vida há exceções à regra. Um cancro de mama aos vinte e sete anos é uma hipótese remota, mas não deixa de ser possível. Por isso é cada vez mais importante não descurar a vigilância médica. A diferença entre lutar para vencer e ser vencido pode estar mesmo à distância de um exame. 

Pensamos que somos imortais até ao momento em que chocamos com a triste realidade de que não é bem assim. Acho que não é só aos vinte e sete. Acho que esse pensamento começa antes dessa idade. Mas não o somos. Nem nunca o seremos. A Marta, que eu não conheço, mas que se viu obrigada a lutar contra esta estúpida doença, tinha vinte e sete anos quando lhe diagnosticaram cancro da mama. Não desistiu. Não o escondeu. Enfrentou-o de frente. E ainda que o medo possa ter-se feito sentir em algumas situações não se deixou dominar por ele. É mais um exemplo que devemos seguir. Não conheço a Marta, mas admiro-a pela coragem. Por querer alertar os outros. Por querer fazer a diferença. Por partir do seu caso para ajudar tantas outras pessoas. Por criar uma medalha contra o cancro da mama em parceria com a Associação Laço. Por inspirar. E por achar que é através de pessoas como ela que podemos chegar mais longe.  

Um diagnóstico precoce é uma aliado e não um inimigo. E mesmo que não sejamos imortais, podemos ganhar anos de vida. A Inês, que eu também não conheço, mas que é amiga da Marta, percebeu isso. E por essa razão abraçou este projeto de alma e coração. Surgem as medalhas. Surge o «Raising Awareness». E espero que com eles surja também a desmistificação. E a vontade de cuidar. Para que a doença não se apodere de nós sem nos darmos conta, mas para que a possamos vencer quando ela menos está à espera: na fase inicial, quando ainda temos todas as armas a nosso favor.



«Marta Leão criou uma medalha contra o cancro da mama

Aos 27 anos, achamos que somos imortais. A experiência de um cancro de mama fez Marta perceber a importância do diagnóstico precoce. Para alertar consciências, criou um blogue e uma campanha em parceria com a Associação Laço


“Então Marta! Olha, já veio o resultado da biópsia. É mauzinho, é cancro. Mas não te preocupes que na segunda-feira tens consulta e vai ficar tudo bem”. É assim que Marta se recorda de receber a notícia, por telefone, a 30 de Janeiro de 2013, num dia de trabalho igual a tantos outros. Do outro lado da linha estava a mãe, Paula Leão, que já tinha passado por uma situação semelhante, de cancro da mama. Tentava transmitir à filha a naturalidade e a calma de alguém que conhecia aquela realidade na primeira pessoa.

Marta Leão nasceu no Porto mas trabalha como gestora de marketing em Lisboa há quase dois anos. No Verão de 2012, reparou por mero acaso num cabelo pousado sobre o peito e ao retirá-lo sentiu “uma pequena ervilha debaixo da pele”. Preocupada, mas sem nenhuma hesitação ou receio dos resultados, fez exames nos meses seguintes. Recomendaram-lhe vigilância apertada. O nódulo entretanto crescera e a biópsia que fez, meses mais tarde, confirmava as piores suspeitas.

Nas duas horas que se seguiram ao telefonema, vários foram os pensamentos e sentimentos que lhe passaram pela cabeça. Primeiro, a incredulidade: “Não, deve haver algum engano”. Depois, a revolta: “Não pode ser! Eu tenho 27 anos. Eu não fumo, eu porto-me bem. Não é possível”. Por último, uma aceitação condicional: “Há quem já tenha morrido disto aos dez anos, aos 20 anos. Não é mais injusto para mim do que foi para todas essas pessoas e as suas famílias. Se calhar a minha vida está destinada a acabar aos 27 anos… Mas aos 27 anos achamos que somos imortais”. 


“Raising Awareness”: blogue e medalha

Para sensibilizar as pessoas para a importância do diagnóstico precoce, nasceu o “Raising Awareness”, um blogue criado por Marta no dia 30 de Janeiro de 2014. Ou seja, exactamente um ano depois de conhecer o resultado da biópsia.

Sem pretensões de aconselhar ou dar “frases inspiradoras”, Marta usa o blogue para fazer um relato objectivo, de factos e situações pelas quais passou, fornecendo um sítio de consulta para quem esteja a passar pela mesma situação ou às respectivas famílias.

Mas não só. Inês Barros, arquitecta de profissão e amiga de Marta, juntou-se ao projecto para o materializar em medalhas lisas e simples, “que deixam correr o essencial, a mensagem”. As medalhas — disponíveis a partir desta terça-feira— e servem para retirar o blogue da exclusividade no espaço online. “Eu também tenho 27 anos, pessoalmente foi um alerta muito grande. Não estava a contar que ela passasse por isto, muito menos com esta idade”, afirma Inês.

A medalha, pousada sobre o peito, é então um pretexto para falar no assunto: “gera um passar de palavra, é uma forma de sensibilização. As pessoas que reparam na medalhinha levam-me a explicar porque é que a tenho”, diz Inês. Foi também o pretexto encontrado para ajudar financeiramente a Associação Laço, que se dedica ao apoio das famílias e doentes afectados pelo cancro da mama.


Objectivo: alertar, e não criar pânico 

É relativamente raro um caso de cancro da mama numa idade tão prematura, até porque os riscos aumentam linearmente, consoante a idade, potenciados pelo envelhecimento dos tecidos. Segundo os dados do Portal de Oncologia Português, a probabilidade de ter cancro da mama aos 20 anos é de uma em 19 mil. Na casa dos 30 a probabilidade passa para uma em 2525, e assim progressivamente, até se chegar à faixa etária dos 60, em que a probabilidade chega aos 12%, ou seja, uma em cada oito mulheres que poderá vir a desenvolver a doença.

As hipóteses remotas numa idade menor não devem no entanto levar a que se descure a vigilância médica constante: “Ainda é muito raro ter cancro da mama aos 27 anos, mas pode acontecer. A maior parte das pessoas desconhece muito o assunto, ou que é possível aparecer nesta idade. Toda a gente está muito atenta e faz exames, mas só a partir dos 40 anos”. Foi precisamente essa atenção e a regularidade dos exames que evitou o agravamento da doença com um prognóstico mais negativo.

Uma detecção precoce pode mesmo ser decisiva e é essa a mensagem do blogue. “As pessoas diziam-me que devia contar a minha história, especialmente por ter sido um caso de sucesso”. Após o diagnóstico, Marta recorreu a uma mastectomia do lado esquerdo com reconstrução. “Correu lindamente. Dois dias depois da cirurgia estava em casa. Uma semana depois estava a trabalhar”. O prognóstico indicava um cancro com uma forte componente hormonal, que por isso poderia ser tratado sem recurso a quimioterapia ou radioterapia. Marta encontrou alguma sorte no meio do azar.

O blogue surge como forma de alerta: “Não queria criar o pânico. Desde que tive cancro que fiz questão de não o esconder, pelo contrário, de contar às pessoas.” A inquietação que causou levou a uma mudança de mentalidades e hábitos de algumas pessoas, acredita Marta: “Havia imensa gente da minha idade, até mais velhas do que eu, que me diziam que nunca tinham feito nenhum exame”.


“Não acontece só aos velhos”

A 300 quilómetros de distância de Lisboa, os pais tinham uma percepção dicotómica da situação pela qual a filha passava. Paula, de 55 anos, nunca pôs em causa o agravamento da doença e apoiou incondicionalmente a decisão de fazer uma mastectomia preventiva, de forma a “viver mais em paz”. O pai, Rui Leão, de 58 anos, acompanhou a evolução com bastante mais negativismo: “Foi um céu que caiu de repente. Com a experiência que já tínhamos da minha mulher, não foi como se nada tivesse acontecido. Ficam sempre algumas marcas, mesmo que pareça que está tudo bem. Mas espantou-me a disposição com que a Marta reagiu, toda a gente falava da atitude positiva dela”.

À semelhança da mãe — submetida a uma mastectomia bilateral (cirurgia que retira as duas mamas) em 2007 —, Marta procurou sobretudo uma forma de mudar mentalidades. “Há muita gente que não faz os rastreios com medo dos resultados, mas mais tarde, isso pode ter um preço”, avisa Paula. O pai completa o alerta deixado às camadas mais jovens: “Espero que esta gente nova veja o exemplo da Marta e que não faça como as pessoas da nossa idade, que não vão ao médico, não se cuidam e deitam os problemas para trás das costas. Como se vê, não acontece só aos mais velhos.”

Actualmente, Marta tem as mesmas probabilidades de um ressurgimento do cancro que uma pessoa dita “normal”. Para uma prevenção e controlo mais apertados, apenas faz um tratamento hormonal que se prolonga pelos próximos cinco anos.

“Infelizmente, o cancro é uma doença que está a matar muita gente. Muita gente já morreu disto, muita gente vai morrer disto.” O Raising Awareness surgiu por isso “como um alerta, para irmos vigiando e tomando as atitudes correctas. Mas não digo vivermos no medo, nem eu vivo no medo”». (notícia aqui)

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. E esta frase há-de acompanhar esta rubrica até ao fim. Porque é verdade. Porque, se possível, ouço música desde que me levanto até que me volto a deitar. O que me permite passar por quase todos os géneros musicais e artistas pertencentes às minhas preferências. Quando gosto sou capaz de permanecer no modo repetição durante bastante tempo e raramente me canso de ouvir. Sabem aquela frase que diz «Gosto desta música, então vou ouvir mais 500 vezes»? É o que acontece comigo. Aliás, acho que me define na perfeição. Por isso não estranhem se vos disser que consigo estar um dia inteiro a ouvir a mesma música, e mesmo assim continuar com vontade de a ouvir nos dias seguintes.

«A lua está cheia, algo que me faz pensar em ti. Pois sei que não importa o que estou a fazer, e onde estou, esta lua será sempre do mesmo tamanho da tua…até do outro lado do mundo».


Tem aqui alguém a usar o teu perfume. Seria capaz de o reconhecer ainda que estivesse bastante distante. E instintivamente caí na ilusão de te procurar por entre aquelas pessoas que, sentadas ou de pé, vão absortas nos seus pensamentos. No fundo, eu sabia que não estavas ali, que não eras tu que usavas aquele perfume, que era apenas alguém anónimo com um gosto parecido ao teu, mas há algo em mim que me faz procurar-te. Mesmo que tenha a certeza que não te vou encontrar.

Sou tão igual a ti, em feições, em personalidade. Sou tanto de ti como tu és de mim. Tudo. E um pouco mais que tudo. 

Não há nada que me faça sentir melhor do que a tua presença aqui, bem perto, no coração, todos os dias. E não há palavras que descrevam o orgulho que eu sinto por te saber sempre do meu lado. Sentindo que, independentemente de tudo, terás orgulho na pessoa que sou. Naquilo que me tornei. E que me apoiarás incondicionalmente. Mesmo quando escolher bater com a cabeça na parede para aprender. Eu sei que estarás lá para me ajudares a suportar a dor e a curar a ferida. E eu estarei sempre aqui. Por ti.

Feliz dia do pai. Feliz dia do pai que sabe ser pai e mãe. Feliz dia da mãe que sabe ser mãe e pai.

Parabéns a ti, homem mais importante da minha vida, que sempre soubeste ser pai, mãe, amigo, confidente e um ser humano fantástico. Obrigada por seres um exemplo a seguir, por teres estado sempre presente e por teres um amor incondicional pela mãe. E já agora, parabéns mãe, por seres uma mulher fantástica e por teres escolhido para meu pai um homem com H grande!

Sem me esquecer de ninguém, parabéns às mulheres formidáveis da minha família que tiveram que ser mães e pais ao mesmo tempo e que nunca baixaram os braços! E parabéns aos homens desta família que são pais excepcionais. Que nunca viraram as costas aos problemas. E que sempre estiveram. Por eles. Por nós. Pelo amor que sentem e que os faz ficar. Sem reservas. Sem receios. Até ao fim.

Tenho uma família linda! Por isso, feliz dia da família, que, para mim, será sempre o mais importante. Independentemente de datas ou momentos, são o meu coração por inteiro. Todos os dias. Sempre.

Aprendi que a palavra Herói e Pai estão intrinsecamente ligadas. Sou mais feliz contigo, melhor pai, melhor amigo. Feliz dia, para sempre!




«Esse teu olhar/Quando encontra o meu/Fala de umas coisas que eu não posso acreditar/Doce é sonhar, é pensar que você/Gosta de mim, como eu de você/Mas a ilusão/Quando se desfaz/Dói no coração de quem sonhou/Sonhou demais/Ah, se eu pudesse entender/O que dizem os seus olhos»


«Os meus olhos falam de mais», sempre soubeste isso de mim.

Eu aprendi a falar contigo sem usar palavras, apenas olhares que nos abriam as portas do mundo e nos faziam andar lado a lado, na mesma direção. Hoje quando olho para o lado sinto o vazio de um olhar sem rumo. Perdido. Cansado. De te procurar, mesmo sabendo que agora caminharemos em direções opostas.

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar   


Não passo um dia sem ouvir música. E se há coisa que me dá imenso gosto é descobrir artistas novos. Gosto, sobretudo, de música portuguesa, não só por termos excelentes músicos, mas também porque ouvir cantar na nossa língua é das sensações mais bonitas e mais difíceis de descrever. É bom. Aquece-me a alma. Fala-me ao coração.

«Devo começar dizendo que te amo? Ou que os dias que passei com você foram os mais felizes da minha vida? Ou que, no curto, espaço de tempo que nos conhecemos, passei a acreditar que fomos feitos um para o outro? Poderia dizer todas essas coisas e tudo seria verdade, mas, quando releio estas palavras, a única coisa que passa pela minha cabeça é que queria estar com você agora, segurando a sua mão e olhando seu sorriso elusivo».


É preciso ter um grande espírito aventureiro para se cometerem as maiores loucuras. Já eu nunca fui de as praticar em excesso, pois prefiro ter o risco ligeiramente calculado para saber com o que contar. Mas há alturas na vida em que esta nos obriga a agir por impulso. A ligar o piloto automático e a deixarmo-nos ir.

Tenho um fascínio assumido por ideias originais. E pelas pessoas que as concebem, mesmo que não as conheça e o mais provável seja continuar sem saber quem são. Seduz-me, principalmente, o arrojo em percorrer caminhos desconhecidos, cujo risco de falhar é elevado. Por vezes sem sabermos verdadeiramente que esse pensamento alucinado carrega mais dúvidas do que certezas. Só que como continuo a acreditar que os sonhos movem o mundo e a vontade de inovar presente nas pessoas é motivação suficiente para se deixar o medo à porta e investir em projetos extravagantes depressa nos esquecemos das interrogações iniciais. E passamos a sentir que, afinal, aquela ideia amalucada tem muito mais viabilidade do que estávamos à espera. O segredo é insistir. Não desistir. E resistir. Porque quando dermos por isso, aquilo que nos parecia utópico é agora tão real que nos invade os dias sem pedir licença. E passamos a não querer outra coisa. É que, sem darmos conta, encontramos o nosso lugar. E o caminho certo a percorrer. 

«Almada Minha» é um bar de bolachas. Uma dessas ideias criativas que surgem do nada e se transformam em algo completamente deslumbrante. Apaixonante. Impressionante. Fica prometida uma visita, para depois poder falar com o coração aberto. Fiquei rendida ao conceito, espero também ficar em relação aos sabores, ao espaço e ao atendimento. E como aprecio ser surpreendida levo as expectativas elevadas! «Almada Minha». É um nome que fica, pela sonoridade, pela sensação quase nostálgica de algo que nos deixa saudades, pela subtileza e elegância. Espero que sejas, um dia, minha também. E que possa regressar vezes sem conta, e perder-me na companhia de umas quantas bolachas partilhadas a dois. A três. E a quantos mais se quiserem juntar. É que espaços assim, carregados de singularidade e magia própria, devem ser descobertos com os nossos. Para que tudo tenha ainda mais encanto



«Almada Minha, um bar de bolachas no Porto

E agora para algo completamente... "cookie"! Eis um bar de bolachas e em cenário de mercearia antiga. No Almada Minha, casam-se as bolachas com gin, tequila, vodka, cerveja ou vinhos

Não foi exactamente uma ideia “eureka”, mas houve definitivamente um clique quando Dorlinda e Tiago provaram as bolachas de manteiga de amendoim. “Disse logo: isto ia bem era com cerveja”, recorda Dorlinda, “não precisamos de descascar os amendoins”. O comentário poderia ter sido inocente, mas algo ficou a germinar e de vez em quando lá despertava. “Com o vinho tinto ‘todos’ sabem que o chocolate combina bem, mas e se ao chocolate juntássemos pimenta rosa?”

De ideia em ideia, algo maior começou a desenhar-se. “Pensámos em abrir uma loja de bolachas, mas já há algumas”, recorda Dorlinda, “então decidimos dar-lhe a volta”. Essa volta demorou poucas semanas a concretizar. A união das bolachas às bebidas alcoólicas foi o "twist" encontrado pelos sócios, “na vida e negócios”, e o Almada Minha o resultado. É um "cookie bar" orgulhoso da sua singularidade que abriu em Dezembro passado.

Há bolachas e biscoitos, de várias formas (estrelas, pinheiros, bolas, suspiros…), doces e salgados, em grandes boiões de vidro e tampo dourado; há bolos aconchegados em pratos tapados que se exibem no balcão. O cenário tem algo de atmosfera de mercearia antiga, mas a vibração é totalmente contemporânea. Um DJ passa música (esperem-se blues, jazz, rockabilly, oldies, alguma alternativa) no fundo da sala; à frente, mesa baixa e almofadas, bebe-se vinho e comem-se bolachas, redondas, grandes, com vista para a escuridão deste final de tarde chuvoso.

Se há uma variedade razoável de bolachas à disposição, o grande segredo deste Almada Minha são as sugestões de harmonização com as bebidas à disposição — não apenas alcoólicas, há chás, café e chocolate quente, por exemplo. Mas como este é um território de ousadias, o chocolate quente “recomendado” também tem os seus elementos distintivos: sirva-se com especiarias e rum. E acompanhe-se com bolachas de manteiga ou de canela.

Dorlinda nem come bolachas, confessa — excepto as salgadas, emenda prontamente — e tão-pouco as sabe fazer. Contudo, todas as combinações que aqui vemos, algumas bem excêntricas, saem da sua cabeça. “Tenho sido ponderada, nunca correu mal. Mas em Março vou perder a cabeça. Espero não ter um traumatismo craniano”, ironiza. E em breve, vai aventurar-se mais com as especiarias e o processo será o mesmo. Passa a ideia aos fornecedores, quase todos a fazerem bolachas como actividade secundária, à noite.

Esta é uma questão importante para Dorlinda e Tiago, que fazem questão de apostar em pequenos produtores, numa espécie de rede informal de entreajuda. “Percebemos que há muita malta em casa que está a tentar desenrascar-se nestes tempos difíceis”, explica Dorlinda (ela própria tem formação em jornalismo e Tiago é designer, actividade que mantém). Não surpreende, portanto, que seja tudo artesanal (bolachas, bolos, compotas — cerca de 30 diferentes, para venda), com um mínimo de processados, e com um período de validade curto — “um mês no máximo”.

Com tal cadeia de produção, não surpreende que muitas bolachas sejam únicas da casa. E que a ementa de sabores nunca seja bem igual — aqui também é uma questão programática: “Não queremos ter sempre mais do mesmo.” Uma caixinha de surpresas, portanto, seja nas bolachas — pétalas de rosa, goji, arando, cacau, gengibre, amêndoa, pimenta rosa, queijos, ervas aromáticas, manteiga, malagueta, cebola… — seja nos bolos — de chocolate, mirtilo, tarte merengada de frutos vermelhos… E o Almada Minha não se restringe a estes dois produtos icónicos, servindo também quiches e outras tartes salgadas e, coisa recente, tábuas de queijos e enchidos e petiscos (moelas, alheiras, chouriço…) — para harmonizar (ou não) com bolachas (por exemplo, as tábuas vão com bolachas de cebola ou alho, as moelas com bolachas de azeite).

Confessamos que não saímos do Almada Minha sem umas provas. Isto depois de termos feito o “reconhecimento” do espaço, aura vintage distribuída em dois andares — o segundo em mezanino, tecto baixo e janelas que ocupam quase toda a altura. O branco e o vermelho são os tons dominantes da casa, com o vermelho a destacar-se numa parede coberta de desenhos e frases, cortesia dos proprietários e, sobretudo, de clientes que gostaram da ideia.

Quando nos sentamos com as nossas bolachas, comemo-las sem discernimento, sabemos depois: começámos com o chocolate e pimenta rosa, passámos para ervas e queijo Roquefort e terminámos na cebola. Foi um "jackpot" totalmente ao revés. Mas é para isso que Dorlinda e Tiago aqui estão. Para nos abrirem as portas para as melhores combinações possíveis e para nos receberem, dizem, como se fôssemos amigos.


Harmonizar por aí

É o que queremos saber quando chegamos ao Almada Minha, mas temos de esperar por resposta de email para termos uma ideia mais clara de algumas harmonizações entre bolachas e bebidas alcoólicas.

Se o gin está na moda, experimente combiná-lo com bolachas de gengibre, sugerem; e para a tradicional vodka, as de lima. A tequila tem um acompanhamento “previsível”, sal e limão — o inesperado aqui é ver os ingredientes numa bolacha. A cerveja artesanal (e a Sovina está a chegar ao Almada Minha) bebe-se melhor com bolachas de malagueta e o chá alcoólico serve-se com as de pétalas de rosa. Para os vinhos, atente-se às regiões: os durienses alinham com as bolachas de cacau e pimenta rosa, os do Alentejo com as de queijo (Roquefort ou da Ilha), os do Dão com as de ervas aromáticas. O vinho do Porto é inescapável: serve-se com bolachas de goji ou arando ou é feito ele próprio bolacha que acompanha os chás. O licor Beirão e a caipirinha são ingredientes de brigadeiros especiais — e há muito mais para descobrir "in situ"» (mais informações aqui)

«Neste mundo há os sonhadores e os realistas. Seria de esperar que os sonhadores se juntassem aos sonhadores e os realistas aos realistas mas geralmente acontece o oposto. Os sonhadores precisam dos realistas para os impedirem de voar demasiado próximo do sol. E os realistas? Sem os sonhadores poderiam nunca levantar voo...»


A vida é uma viagem permanente. Com paragens. Sorrisos. Fotografias. Histórias. Quedas. Aprendizagens. Crescimento. Loucuras. Lágrimas. Sonhos. E a viagem vai-se fazendo. Mais rápido. Ou mais devagar. Ao nosso ritmo. Ao mesmo ritmo que os nossos. E faz-se sozinha ou acompanhada. Só que a vida não para e o mundo avança. E faz-nos avançar.

Apanha um sonho e carrega-o na palma da mão. Com cuidado para não o deixares cair. E faz desse sonho a tua vida. E sonha. Porque sonhar é viver. E uma vida sem sonhos não é metade do que deveria ser.

Entra na minha pão de forma imaginária e viaja comigo. Para sempre!



Agora também estou no twitter. 
Quem tiver e me quiser seguir basta ir aqui 


«Decidi recomeçar a história. 
Entretanto, preferi substituir o "era uma vez" pelo "é dessa vez"»


Habituei-me a colecionar amores impossíveis, como quem coleciona anilhas, cromos de futebol, garrafas originais ou postais de viagem. Não que isso me dê algum tipo de satisfação - longe disso -, mas aprendi a superar e a não dramatizar. A partir de um certo ponto da nossa caminhada compreendemos que as coisas não acontecem porque não tinham que acontecer. O erro não é nosso, apenas não estava programado para ser assim.

«Dê a quem você ama asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar».


É dos amores mais bonitos. Das verdades que mais beleza carrega nas palavras. Porque no fundo é isso. É tudo isto que um pai escreve à sua filha, com todo o seu coração distribuído na ponta dos dedos. Entre suspiros que se agarram ao desejo de que só haja amor. Dos verdadeiros. Dos que nos fazem querer saltar de um precipício sem medos, por sabermos que não iremos cair. Amar é isto: é interessarmo-nos pela mesma pessoa todos os dias. Sem dúvidas. Sem reservas. Apaixonarmo-nos incondicionalmente. E manter a chama do interesse acesa por uma vida inteira. 

É das cartas mais bonitas que já li!


«Carta de um pai para sua filha (sobre seu futuro marido)

Por regra, quando um casal engravida do primeiro filho, é quando surgem as questões das preferências de género, e com isso os argumentos que defendem o porquê da escolha do rapaz ou da rapariga. Na verdade o que queremos é que eles sejam saudáveis, mas existir uma preferência faz parte das expectativas e da excitação da mãe e do pai.

Quando é uma rapariga o pai, embora a criança ainda esteja em fase de gestação, já começa a preocupar-se e a pré-ocupar-se com pensamentos sobre, como será quando a sua menina trouxer o primeiro namorado para casa.

O psicólogo Dr. Kelly Flanagan, deixa-nos uma carta para a sua filha relativamente ao seu futuro marido, que pretende que todas as raparigas e rapazes possíveis futuros maridos de alguém leiam, na esperança de que reflitam sobre este tema.


«Querida “Cutie pie”,

Há uns dias eu e mãe estávamos a fazer uma pesquisa na net, e enquanto escrevíamos no motor de busca, o Google mostrou uma lista das frases mais procuradas do mundo. Empoleirado no topo da lista estava “Como mantê-lo interessado?”

Caiu-me a ficha. Comecei a desbravar inúmeros artigos sobre “como ser sexy e sexual,” “quando levar-lhe uma cerveja vesus uma sandwich”, e “quais as maneiras de fazê-lo sentir-se inteligente e superior”.

E fiquei irritado.

Minha querida, não é, nunca foi, e nunca será uma tarefa tua “mantê-lo interessado.”

Minha querida, a tua única tarefa é saberes no fundo da tua alma – nesse lugar inabalável que não é salpicado pela rejeição, perda, e ego inchado – que tu és digna de interesse. (Se te conseguires lembrar que todas as outras pessoas também são dignas de interesse, as batalhas na tua vida estarão praticamente ganhas. Mas isso dá pano para mangas para outra carta)

Se confiares no teu valor, vais ser uma pessoa atraente no mais importante sentido da palavra: vais atrair um rapaz interessante e que vai querer passar a sua vida a investir no aumento do seu interesse por ti.

Minha querida, eu vou falar-te desse rapaz que nunca vais precisar de o “manter interessado”, porque ele sabe que tu és interessante, e ele vai manter-se interessado.
Não importa que ponha os cotovelos na mesa – desde que ponha os olhos na forma como o teu nariz se enruga quando te ris. E que não consiga parar de admirar-te.

  • Não importa que não possa jogar golfe comigo – desde que brinque com os vossos futuros filhos, e que te reveja neles, quer nas suas saídas brilhantes quer nas suas frustrações.
  • Não importa que não seja muito ambicioso, desde que siga sempre o seu coração, e que o leve sempre de volta para ti.
  • Não importa que não seja um homem forte, desde que te dê espaço para usares a força do teu coração.
  • Não importa nada quais as suas convicções políticas, desde que todas as manhãs ao acordar te eleja para um lugar de honra em tua casa e no seu coração.
  • Não importa qual o tom de pele dele – desde que pinte a tela das vossas vidas com pincéis de paciência, sacrifício, vulnerabilidade e ternura.
  • Não importa se é católico, budista ou ateu – desde que tenha sido criado para valorizar o sagrado, e que como sagrado considere cada momento da vida que passa contigo, e que passam em família.

E por fim, minha querida, se conheceres um homem que reúna estas características, mas que não tenha nada em comum comigo, não te preocupes, pois teremos sempre a coisa mais importante do mundo a ligar-nos:

Temos-te a ti.

Porque no fim, minha querida, a única coisa que deves fazer para “mantê-lo interessado”, é seres tu própria.

do teu, eternamente interessado em ti,
Pai».
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andreia morais

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O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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margens

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