Entre Margens

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«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Junho é daqueles meses serenos, que servem para equilibrar energias. Mas, depois, vale por uma festividade em específico, porque o S. João é já quase um estado de alma - e, a par do Natal, é um dos momentos que mais anseio ao longo do ano. Desta vez, teve ainda mais significado, porque pudemos retomar a programação habitual e reunir a família. Para além disso, o mês teve outros apontamentos encantadores.


⚓ MOMENTOS
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Conhecer a Livraria Centésima Página
Localizada «no coração da cidade de Braga», a Livraria Centésima Página pode passar despercebida a quem deambule desatento pela Avenida Central, mas apresenta uma fachada deslumbrante, pertencente a um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 1977: a Casa Rolão. No entanto, ainda que reconheça todo o seu charme e beleza, confesso que é o seu interior que fica com o nosso coração por inteiro.


S. João em família
É ótimo ter a casa cheia, sentindo este abraço de amor que só os nossos são capazes de dar. Entre conversas, planos e gargalhadas, atacamos o caldo verde, lançamos balões e eternizamos mais um conjunto de memórias inesquecíveis - algumas que registei no lado esquerdo do peito, outras que tirei com a minha polaroid.

   

13 anos blogosféricos
Há 13 anos, no mesmo sítio de onde escrevo, decidi seguir a sugestão de um familiar e criar um blogue. Curiosamente, há uns dias, alguém deixou um comentário a referir que mesmo que as pessoas não estejam cá, «eu estou cá sempre», e eu sorri. Não estou no mesmo sítio de onde parti. Deixei o Parte do que sou quando senti que já não me servia e vim fazer morada nestas gavetas que eram tudo aquilo que eu queria e não sabia [lugar comum, bem sei, mas é a verdade]. E sei que continuarei por aqui enquanto me fizer sentido - seja isso dias, meses, 13 anos ou até ao fim do fim. A quem nunca me largou a mão - e que transitou do primeiro blogue para este sem hesitar, sem saber o que esperar -, obrigada. A quem vai chegando, obrigada também. Eu sempre assumi que não escrevo para os outros, mas esta caminhada não teria metade da graça sem esta partilha; sem o retorno que me faz acreditar que as palavras escritas são o dialeto que me define.

Outros apontamentos bonitos do mês: o concerto do Miguel Araújo [transmitido pela RTP], os passeios pelo Porto, o direto da Note It com a Susana Amaro Velho, a transmissão do Digital Stage Rock in Rio, que me permitiu ver Os Primos e o Terapia de Casal, o jantar com os tios, os sobrinhos (de coração) que vão casar.



📚 LEITURAS
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Eliete
, Dulce Maria Cardoso
Alma Lusitana ◾ Guimarães

Inquieta, Susana Amaro Velho
Alma Lusitana ◾ Guimarães

O Tempo Entre Costuras, María Dueñas
Clube Leituras Descomplicadas ◾ Espanha


Outras Leituras do Mês
Heartstopper Vol.4 [Alice Oseman], Cai a Noite em Caracas [Karina Sainz Borgo], Três-vezes-dez-elevado-a-oito-metros-por-segundo [Noiserv] e Autismo [Valério Romão]



📺 FILMES & SÉRIES
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Entrei naquela fase em que todas as séries que acompanho estão em pausa. Mas tenho dois destaques.

iMLOVE
Leandro sente-se sozinho e, visto que é um prodígio no mundo digital, utiliza as suas aptidões para criar uma aplicação para encontrar a sua alma gémea. Opções deste género não são uma novidade e, sinto, têm cada vez mais utilizadores. A questão que impera é: até que ponto estão dispostos a ceder a sua privacidade para descobrir o relacionamento certeiro? Embora tenha achado que a série precisa de amadurecer, porque acontece tudo muito rápido, as mensagens que transmite e os alertas que faz são fundamentais.

Sombra
Esta minissérie, transmitida pela RTP, é ficcional, mas baseada em factos reais. E é muito fácil conseguirmos identificar a história mediática que a sustenta, até porque, infelizmente, há casos que não nos saem da memória. O argumento acompanha, então, a luta de uma mãe que, anos depois do rapto do seu filho, se recusa a desistir de o procurar. O primeiro episódio foi transmitido dia 29 e deixou-me de coração nas mãos.

Quanto a filmes, não assisti a nenhum novo, mas aproveitei para rever o Mamma Mia.



✏ PUBLICAÇÕES
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A Importância de Existirem Histórias como Heartstopper
Quando, em 2021, participei no Ler a Diferença, projeto da Elga Fontes, fi-lo consciente da importância de abraçar leituras mais inclusivas, que normalizem vozes distintas. No mês em que se celebra o orgulho LGBTQIA+, arrisquei na novela gráfica de Alice Oseman e descobri que Heartstopper tem uma das mensagens mais amorosas e valiosas com que me cruzei. Após ler o primeiro livro, quis transitar rapidamente para os seguintes, porque é crucial existirem histórias desta magnitude: que, de um modo descomplicado, desconstruam estereótipos, sejam realistas [mesmo partindo da ficção] e apostem na representatividade.


Responsabilidade Social
Responsabilidade social temos todos, independentemente de pairarmos numa esfera mediática ou de vivermos no anonimato. E acredito que parte dessa responsabilidade passa por cada um de nós aprender a filtrar o que consome em rede, tendo sempre presente que a sua história não é igual à dos outros. E, além disso, que a própria postura também será diferente, porque temos visões e propósitos singulares - em tudo na vida.


Entrelinhas 
◾ Balada Para Sophie
Balada Para Sophie é uma das mais belas e brilhantes narrativas [escritas e ilustradas] que tive a oportunidade de descobrir, porque fui envolvida na sua melodia sem ter noção da leveza com que o tempo avança, atendendo a que apresenta um desenvolvimento que nos inebria; que tanto nos entretém, como nos comove.




🍴 À MESA
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Nata Lisboa de Braga
O primeiro espaço que visitei foi na rua de Santa Catarina, no Porto. Tendo em conta que a experiência foi tão agradável, tornou-se num dos meus favoritos: pela simpatia, pelo traço acolhedor e, claro, pelas natas que são uma delícia. E a nossa ligação tem-se mantido nesta base gulosa, de quem aproveita a vida pela sobremesa. Foi, no entanto, em Braga que experimentei outras das suas iguarias, até porque «nata foi deixado ao acaso». E permitam-me só fazer um parênteses para dizer o quanto apreciei este trocadilho. Assim, depois de ver a ementa, saíram três menus para uma das mesas da esplanada, com vista para o centro da cidade.

   

Neste segmento, também destaco o gelado Solero Limão e Hortelã e o Fusion com sabor a Ferrero Rocher.



📌 ENTRE LINHAS
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É raro arriscar comprar roupa online, porque gosto de experimentar e analisar bem antes de adquirir as peças. Porém, recentemente, silenciei as minhas inseguranças e sinto que compensou. Este casaco e esta blusa/camisa conquistaram-me, porque têm tudo o que procuro: simplicidade, conforto e versatilidade.

   

Este vestido da Natura foi amor à primeira vista: pelas cores, pelo corte, por ter aquela abertura que passa despercebida, mas que confere movimento à peça. É mesmo amoroso, delicado e bastante confortável.


Publicações Guardadas na Gaveta
5 livros com representatividade lésbica [Quem Me Lera];
Ninguém Fala de Corações Partidos na Amizade [Marta Morgado].



📌 JUKEBOX
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A Surpresa: Break My Soul [Beyoncé]
Melhor Duo: Numb [Marshmello & Khalid] | That's Me [Mishlawi & Ivandro]
A Diferentona: Soba [Jimmy P]
As Favoritas: Pensa em Mim [João Couto & Perpétua] | 
Sala de Espera [D'Alva & Isaura]
Artista Revelação: Garajau


Álbuns: Lá Fora [Rita Borba], Corta Vento [Baleia Piloto], Ocupação [Fado Bicha], 
Tomás Branco [Tomás Branco], Linving Room Bohemian Apocalypse [David Fonseca], 
Like We're Wired [Maro], Sorrir e Acenar [Green Leather] e Myself As Well [Jo~ao]



🎥 VÍDEOS & PODCASTS
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✨ GRATIDÃO
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«olha para a vida como olhas para a lua»

O álbum de memórias ficou mais preenchido: de reencontros, de afetos, de leituras, de partilhas. Que privilégio seguir esta estrada que tanto me ensina e que desperta sempre tantas emoções. Foi um mês caloroso.

      

      

      

      


Como correu o vosso mês?

Fotografia da minha autoria



«Um romance apaixonante e inesquecível»

Avisos de Conteúdo: Abuso Emocional, Aborto, Alcoolismo, Morte, Guerra


O meu fascínio por moda sempre foi parco. No entanto, quando Miranda Priestly, personagem interpretada por Meryl Streep em O Diabo Veste Prada, desconstrói o desprezo de Andrea Sachs, interpretada por Anne Hathaway, mostrando-lhe a profundidade do meio, alterei a minha perceção e, sobretudo, o meu respeito. Porque temos legitimidade para não nos interessarmos por alta costura, mas o cuidado com cada detalhe, cada ponto, cada cor é sublime. É uma arte. E pode ser, inclusive, uma forma de expressão. Portanto, fui até Espanha para ler o livro de María Duenãs, compreendendo o impacto que linhas e tecidos podem despoletar.


UM OFÍCIO QUASE POR FACHADA

O Tempo Entre Costuras é um romance centrado em Sira Quiroga, «uma jovem modista», que está longe de imaginar a quantidade de reviravoltas que lhe estão reservadas. Além disso, é também palco de várias guerras: não só as históricas, como a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, mas também aquelas que travamos contra nós, contra os nossos fantasmas e contra aqueles que se intrometem no nosso caminho.

«- E agora deixa que te abrace pela primeira e certamente 
pela última vez. Duvido muito que voltemos a ver-nos»

A instabilidade que marca a sequência narrativa e que demonstra bem o ambiente vivenciado pelas personagens faz com que seja necessário tomar decisões céleres, por vezes angustiantes, quase sempre transformadoras. Porque urge prosperar e, sobretudo, impedir que o futuro seja mais uma página incerta e deslocada de tudo o que se conhece. Assim, acompanhamos a aventura da protagonista, que se divide em tempos e lugares distintos, sofrendo as consequências de todos os conflitos políticos, amorosos e de caráter.

«Só então tive consciência da magnitude da minha solidão»

Aproveitando-se do seu ofício e de uma confiança que vai adquirindo com as vicissitudes que a obrigam a crescer, Sira é o rosto da perda, da sobrevivência e das metamorfoses. O enredo tem muitos aspetos positivos e um deles é, certamente, a evolução desta personagem - e a maneira como nos aproxima da sua realidade; a maneira como, subtilmente, nos faz refletir sobre a postura que teríamos no seu lugar. Embora existam feridas passadas que continuam a pesar, é possível ter um propósito e, talvez, encontrar a sorte no meio do azar.

«Eu não derramei uma lágrima, mas senti-o na alma»

Este livro, atendendo a que se divide por três regimes políticos e representa culturas tão díspares, poderia tornar-se confuso e, até, maçador. Contudo, a autora conseguiu transitar com muita elegância por entre os vários temas que foi abordando ao longo da narrativa. Sem pontas soltas, desfechos precipitados ou diálogos vazios, artificiais, foi mesmo interessante tentar desvendar o mistério e compreender o que estava destinado a esta[s] história[s]. Reconheço que a primeira parte [de quatro] é mais lenta, porque estamos num processo de descoberta, porque hesitamos sobre as motivações das personagens e a forma como as informações se interligarão, mas o ritmo é intrigante  e embala-nos numa certa urgência de saber que mudanças estão por vir.

«(...) não estava preparada para voltar a sentir o rasgão de uma ausência»

O Tempo Entre Costuras envolve-nos num jogo de espionagem e conspiração. Atrai-nos para um cenário de fachada, enquanto nos leva para a miséria de Madrid, para o exotismo de Marrocos e para a efervescência de Lisboa. E, no meio de todas estas transações, alinhavando todos os pespontos, há valores e uma resiliência imperdíveis - mesmo quando não sabemos o que esperar, mesmo quando não sabemos em quem confiar.


|| Disponibilidade ||

Wook: Livro | eBook | Audiolivro
Bertrand: Livro | eBook | Audiolivro

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



«Um destino chamado amor»

Avisos de Conteúdo: Doença, Depressão, Vício, Morte, Violência, Linguagem Explícita


Os sentimentos que nos agregam - a nós e aos nossos pares - conseguem ser complexos, porque usufruem de camadas dúbias, que por vezes nos confundem. No entanto, têm, igualmente, uma pureza que nos serena e que permite que a nossa jornada seja mais acolhedora. Embora todos cumpram o seu propósito, há um que talvez seja o elo que nos sustenta. E, se dúvidas existissem, o livro de Dulce Maria Cardoso comprova-o.


AMOR EM TUDO O QUE NOS RODEIA

Tudo São Histórias de Amor é uma coletânea de 20 contos. Sendo este género narrativo tão independente, mostra-nos que podemos transitar entre várias realidades - pela ordem que melhor nos aprouver -, compreendendo não só a pluralidade de significados que um mesmo tema terá em diferentes contextos, mas também que até no caos, que até nos cenários mais melancólicos e dolorosos há manifestações de amor.

«Pergunto-me porque somos tão mais capazes de cuidar dos corpos do que das cabeças»

A forma como a autora desenvolve determinados pensamentos, como se socorre da realidade [mesmo que a generalidade das partilhas não seja autobiográfica] para estabelecer conjeturas e análises mais profundas acerca da mesma e do ser humano, é fascinante. E desarma-me sempre, porque proporciona-nos viagens intimistas, de introspeção, espírito crítico e de empatia. Desta maneira, encontramos, em planos complementares, a tragédia e o seu reverso descritos com imensa sensibilidade, com imensa honestidade.

«Tinha vivido ainda tão pouco que era sempre para o futuro que eu partia»

O local de onde a narrativa parte é benigno, mas não é por isso que é menos intenso. Atendendo ao poder da escrita, leva-nos a refletir sobre o impacto que uma doença prolongada tem no paciente e na sua família, sobre maldade, inveja, vícios e sobre o medo de não sermos suficientes, o medo de não estarmos à altura de cuidar dos nossos. Sem qualquer tentativa de romantizar situações, resgata-nos para a necessidade de reconhecermos os «eus» que nos habitam e que precisamos que nos auxiliem, quando nos sentimos perdidos.

«Não revelarei como, onde e com quem encontrei essa doce prisão que ao tornar-nos cativos nos faz ousar 
os mais subidos voos, sem nos importarmos saber que asas não possuímos...»

O amor é complexo e, tal como percecionamos nesta obra, há vários momentos em que parece não estar presente. No entanto, acompanha-nos, ainda que o faça de um modo tão subtil. Porque, continuo a acreditar, Tudo São Histórias de Amor - algumas menos convencionais, outras mais arrebatadoras, mas todas de amor.


Disponibilidade: Wook | Bertrand

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Tema 40: Patins + Cenoura + Megafone + Bola


A melodia começava a soar em surdina, revestindo o recinto de um regresso aguardado pelos habitantes de Flor-de-Luz. Após dois anos de interregno, a Festa da Aldeia estava agendada para o final de setembro.

No ar, pairava a azáfama dos preparativos; pairava o caos dos ensaios, da montagem de bancadas, tendas e zonas para restauração. Perto da capela, viam-se desfiles intermináveis de vestidos, coletes, calçado, coroas de flores e cerveja artesanal. Não podia faltar nada. Aliás, tinha de ser a melhor edição alguma vez feita.

Carolina observava o processo enternecida, até porque, para si, seria um marco especial: a pequena patinadora faria a sua estreia nas festividades da terra. Estava nervosa com o momento, claro, mas estava ainda mais ansiosa por contribuir para algo que a fascinava desde miúda. Hoje, já adolescente, sentia no peito a responsabilidade de prolongar o legado da família Sobrado, a sua, que estava disposta a não desiludir.

Terça-feira, depois das aulas, deslocou-se para o centro desportivo, a fim de se habituar ao novo par de patins e de treinar o seu número. Pelo caminho, cruzou-se com Cenoura, o gato vadio que conquistou o coração da comunidade. Fez-lhe uma festa e seguiu caminho, consciente que a seguiria. Àquela hora, teria de dividir o campo com trapezistas e malabaristas, mas estava suficientemente confortável para não ficar intimidada com o talento e a beleza das suas atuações. Em boa verdade, era também por eles que queria fazer boa figura.

Os ponteiros do relógio avançavam sem que desse conta. Por isso, só teve noção das horas, porque o Senhor Abílio entrou pelo recinto, com o seu megafone, a anunciar que faltavam dez minutos para fechar. Tão depressa reconheceu a sua voz, como se perdeu num grito estridente e numa chuva de bolas a rolar pelo chão. Teve dificuldade em perceber o que se passara, até ser atraída pela sombra de um Cenoura assustado.

Era hábito o gato acompanhar os ensaios, bem instalado nos colchões de ginástica perdidos no armazém - cuja porta estava sempre aberta. No entanto, astuto, fugia antes que aparecesse o porteiro, de quem tinha um medo inqualificável. Desta vez, adormecera profundamente e foi o susto que o fez desaparecer de um modo atabalhoado, derrubando a malabarista. Felizmente, sem danos de maior, ouviu-se uma gargalhada conjunta.

Regressando a casa, Carolina acalentou uma certeza: Flor-de-Luz era um bom lugar para visitar, melhor, para se viver. E ter a Festa da Aldeia de volta era maravilhoso. Nessa noite, Cenoura escolheu o seu colo para amenizar o sobressalto e para recuperar. E a pequena patinadora adormeceu com um novo propósito.


«A caminho de sentir menos ou tanto
A caminho e meio de me deixar levar pelo vento
A caminho de sentir medo acho
Que a cada caminho é só mais um pouco de tempo
Mas ouve bem é só mais um caminho

A caminho de sentimento baixo
A caminho e meio de me deixar ficar pelo meio

[...]

Onde me dás, onde estás
Mas quem me traz alguma paz
Tenho o pé a bater, a doer
Cá dentro eu sinto»

Fotografia da minha autoria



«Fotografar é uma maneira de ver o passado»


A minha visita mais recente a Braga foi com o claro intuito de conhecer a Livraria Centésima Página. No entanto, nunca poderia perder a oportunidade de deambular por alguns dos seus recantos, amenizando as saudades. Há qualquer coisa nesta cidade que me apaixona, de todas as vezes que a reencontro. Talvez até seja feita de uma certa poesia e, como eu tento sempre alimentar a minha alma de poeta, reconheço-me na sua identidade. E, em todas as vezes que regresso, existe um laço que se estreita, como se lhe pertencesse.






























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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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