Entre Margens

«I'm made of star, but found that no one was listening! I'm driving on 'till the break of dawn, I refuse to fall»


Só um piano e uma voz. Só. Como se isso fosse pouco. Mas não é, nunca é pouco quando o artista por trás de tudo isto é o Diogo Piçarra, que tem talento a correr-lhe nas veias e uma capacidade incrível de comover quem o ouve. 

Admiro pessoas que cantam com verdade, que sorriem com o olhar, que são tão elas em cada interpretação que ninguém fica indiferente. Admiro-o a ele por ter todas essas características, por continuar a construir um caminho sólido e nunca se desviar daquilo em que acredita; por ser capaz de fazer sempre melhor mesmo quando parece que já atingiu o topo. Isto é ser artista, é trabalhar para evoluir, é saber que não chega ter qualidade se a vontade de superação não existir. Sou uma sortuda por apreciar músicos como ele, por reconhece-lo como um exemplo e por ter a certeza de que a música portuguesa está bem representada enquanto ele andar neste meio - o que acontecerá por muito, muito tempo. 

O Diogo é tão genial que consegue fazer com que me esqueça que aquelas músicas não são dele. No fundo, passam a ser um pouco a partir do momento em que pega nelas e as trabalha à sua maneira. Há tanto respeito pelo original que é impossível não ficarmos encantados. Adoro a voz dele, aquela rouquidão natural que tantas vezes aparece, a suavidade com que pronuncia as palavras, o amor que nos transmite; adoro que se sente ao piano e nos transporte para uma realidade distinta. O tempo parece parar enquanto o ouvimos, por nos saber envolver. E foi assim que fiquei: fascinada, emocionada, sem dar conta que os ponteiros do relógio continuaram a girar, enquanto ouvia mais uma versão excelente de uma música que adoro. 

Soa tudo tão bem - o piano, a voz, a versão - que parece que nasceram para caminhar lado a lado. E o espaço em redor torna tudo muito mais belo. Há magia a acontecer ao longo de quatro minutos e seis segundos e isso é magnífico. Aquilo que nos transmite é impossível de descrever. É demasiado fora de série para que encaixe em meras palavras. Só pessoas de uma grande sensibilidade e sentido musical é que conseguem coisas assim.   

Sentou-se ao piano para tocar «I Can't Keep Up» (Tourist) e o resultado só podia ser algo genial. Está «simples», mas cheio de tanto. Parece injusto utilizar esta palavra, porque para chegar até aqui foram precisas muitas horas de dedicação, talvez muitas noites mal dormidas e uma grande agilidade mental para se fazer algo diferente, que cative e que seja a sua imagem. Coloco o simples entre aspas por isso mesmo, por nunca o ser, por esconder todo o trabalho que deu e que estamos longe de imaginar, ainda que tentemos. Ao ver o produto final parece fácil, ele torna isto fácil, porque é-lhe tão natural esta mestria. Mostrou, mais uma vez, que do pouco se faz muito. Que não precisa de mais nada para além da sua voz doce e a interpretação que faz - e não querendo parecer exigente, até porque não tenho esse direito, do piano ou da guitarra, porque gosto mesmo de o ouvir tocar. As versões ficam ainda mais especiais por saber fazê-lo como ninguém. 

As palavras nunca parecem suficientes para pessoas como ele. O que o Diogo faz é tão inspirador que ficam sempre aquém do que é suposto. Talvez um dia consiga dizer-lhe tudo o que sinto ao ouvi-lo, ou talvez prefira que continue assim, porque ele será sempre mais do que aquilo que algum dia serei capaz de escrever. E ainda bem. Fiquei arrepiada do início ao fim da música, mas a partir do minuto três é ainda mais soberbo. «I refuse to fall», nem seria possível de outra forma. Nem é possível que aconteça porque o talento e a vontade não o permitem. 

És uma estrela. Pelo artista que sempre nos provaste ser e pela pessoa que acredito que sejas. Engana-se quem pensa que depois disto não fará melhor. É um erro, porque fará. Ele eleva a fasquia e corresponde na perfeição. É por isso que tenho a certeza que o próximo será ainda mais espetacular. O obrigada será sempre pouco pelo talento inesgotável, pela forma apaixonada como nos faz chegar as músicas e por nos surpreender constantemente. Aprendi a aplaudir os grandes de pé. E tu, sem dúvida alguma, pertences a essa categoria. Não consigo, nem quero, deixar de te ouvir. E vou estar sempre aqui a acompanhar a tua evolução. Estás cada vez melhor e isso é um orgulho enorme. Tu és um orgulho por tudo o que conquistaste até aqui e por saber que não te permites parar. 

Agora vou recostar-me na cadeira, desligar as luzes, fechar os olhos e ficar apenas com o som do piano onde tocaste, e que ecoa pela sala. E com a tua voz harmoniosa. Não preciso de mais nada. Estou de coração cheio. Rendam-se comigo aqui. És brilhante!  



«Meia equipa ele fintou
E em delírio a curva deixou
Foi de trivela que ele chutou
Que grande golo ele marcou
Allez Allez Quaresma Allez»


Amor maior. E uma constante falta de palavras para tudo aquilo que me és. Tens um talento que nunca saberei definir, jogas com o coração nos pés, tens garra e uma classe inigualável. Fico fascinada a ver-te jogar, em todas as vezes que arrancas com a bola e consegues fintar uns quantos. As tuas trivelas, os teus passes de letra, as tuas «maldades» cravadas pela genialidade que te corre nas veias. És tão tu dentro de campo que não te permites jogar para agradar. Tudo o que tu fazes é por sentires bem dentro de ti, é por isso que os assobios não te demovem, só te dão mais força. Admiro o teu estilo irreverente, que também te faz levar um estádio ao rubro e a aplaudir-te de pé. O teu futebol bonito e imprevisível não deixam ninguém indiferentes. Gosto de quem arrisca, de quem não se esconde, de quem inventa alternativas quando algo não corre bem. É por isso, e não só, que, para mim, serás sempre o melhor. 

«Quando recebe a bola em campo, cada jogador tem uma intenção do que fazer com ela a seguir. Coisas simples, um passe curto e já está, ou coisas diabólicas, fintas, remate impossível e o jogo virado do avesso. Quaresma pertence à segunda casta. Ainda bem. Na equipa, coexistem outros jogadores do primeiro tipo. Ainda bem, também. Uns equilibram os outros. São o garante do ecossistema de uma equipa de futebol. É nos segundos, porém, que mora um dos princípios da genialidade. Fazer algo de grande e de diferente ao mesmo tempo. Aos primeiros, o escudo protector desta ousadia. Gosto muito de falar do lado táctico do jogo, depositada no cofre-forte tacticista da primeira espécie, mas não custa crer que são os segundos que nos fazem levantar extasiados dos nossos lugares. Quaresma já o fez muitas vezes. E em todas essas vezes podia ter resolvido os lances de forma mais simples. Mas não. Ousou fazer algo grande, mágico, e pintou obras de arte, golos ou centros assombrosos. E foi aplaudido e loucura. Noutras, não engatou o primeiro drible, e perdeu a bola quando tinha um companheiro ao lado bem colocado para receber o passe. E foi assobiado logo a seguir. É comum no futebol ouvir-se falar no gesto técnico perfeito. É um mito. Porque cada um tem a sua forma de viver ou jogar. Na vida, escrever com a caneta mais ou menos deitada, comer com garfo à direita e a faca à esquerda. No jogo, correr com os pés para fora, centrar com a parte de fora da direita quando devia ser com a de dentro com a esquerda. Em qualquer destes momentos, há a materialização de uma intenção. Há, no futebol, a técnica ao serviço da táctica. A intenção, primeiro. A acção, depois. O que interessa, depois, é que a segunda corresponda à primeira. A eficácia. É isso que faz a qualidade do passe ou do remate. Não a forma como ele é feito. Quaresma é um bom exemplo desta questão. A biomecânica da técnica expressa na trivela. É comum defini-la como contra-natura ou quase insolente. Centrar com a parte de fora da direita quando devia ser com a de dentro com a esquerda. Complicar o fácil. Na bancada, os adeptos quando vêem os jogadores a tentar a trivela, ficam, primeiro, espantados, e, depois, se sai bem, é genial, se sai mal, assobiam e gritam: “não inventes!”. Já vi também muitos técnicos de formação dizerem o mesmo a miúdos que a tentam fazer. Não faz sentido. Porque cada um constrói a sua biomecânica. Por isso, Quaresma não inventa quando cruza ou remata dessa forma. Ela é, apenas, a forma técnica de tornar mais eficaz a sua intenção táctica. É a sua particular biomecânica. Contrariá-la ou assobia-la é atentar contra a riqueza e a beleza do jogo.

Poderão dizer que exagera nesta forma de jogar e quando perde a bola, pode desequilibrar tacticamente a equipa. É aqui que entra a tal noção do ecossistema futebolístico, do equilíbrio ecológico que deve ser uma da equipa. Se Quaresma decide jogos nesses seus rasgos, o treinador tem de o aproveitar. Ao mesmo tempo, tem de adaptar a equipa a isso, para o caso de quando ele falhar, perder a bola, ter médios ou laterais atentos para, nas suas costas, activar a transição defensiva. É a tal táctica, com «T» grande. A colectiva. Quaresma irritou-se com os assobios. Em campo, pelo tom desafiador com que festejou o golo logo a seguir. Fora dele, ao dizer que vai continuar igual. Quanto mais me assobiarem, mais eu vou pegar na bola e resolver jogos. Bela frase. Independentemente de ser um génio ou de um jogador normal, mesmo daqueles que falham os simples passes, não consigo entender o acto de assobiar um jogador durante um jogo de futebol. Dirão que é uma reacção emocional e que há direito a protestar, etc. Sem dúvida. Afinal, também Miguel Ângelo só pintou uma capela sistina. Devia ter pintado uma todos os dias. Não faz sentido. Daqui a quinze/vinte anos, quando o cigano rebelde do Dragão pendurar as botas e recordarmos o jogador que foi, ninguém vai dizer «eu naquele dia assobiei o Quaresma!”. Pelo contrário, vão todos dizer, orgulhosos: “Eu, naquele dia, vi jogar o Quaresma!"» (Luís Freitas Lobo)

Parabéns, Herói, ninguém te supera. Sê feliz!

«o pensamento é o caos, acontece tudo em simultâneo, não há sossego, não há fórmula, linha condutora, está sempre activo a stressar e a arriscar!»


No passado dia 30 de Agosto estive presente no Urban Market, que aconteceu na Praça das Cardosas, no Porto, onde pudemos ver as mais variadas espécies de artigos. São a originalidade e a criatividade a falar mais alto, enchendo o espaço de encanto e cativando os olhos de quem passa. Fui com um objetivo concreto: ir à banca da Futilidade (carreguem sobre o nome para irem ao site e visitem o facebook para ficarem a par das novidades), cuja responsável é a minha prima (namorada do meu primo). 

Já a tinha visitado por altura das Festas em honra da Nossa Senhora da Nazaré, na Praia da Aguda, mas como queria comprar um caderno da coleção «Pensamento» achei que o Urban Market seria o sítio ideal para o fazer. Penso de mais e nem sempre de forma metódica, por isso o «Pensamento Organizado» estava fora de questão. Por vezes «formula-se sozinho sem comando», mas o «Pensamento Aéreo» também não me pareceu a melhor definição para aquele que tenho. Ainda pensei no «Pensamento Dedutivo», só que há muitas alturas em que as minhas ideias não se ligam a novas e geram outras; ficam soltas, como filhas únicas. Como em tudo, depende da ocasião. E da inspiração. Pela definição que vos apresentei em cima percebi que o «Pensamento Periclitante» se enquadrava mais ao meu, precisamente porque não pára. Há dias em que está de tal forma desorganizado que é impossível o caos não se instalar. E muda tão repentinamente de assuntos que até fico com a sensação de que está numa qualquer corrida de Fórmula 1. Também tenho sossego, porque há dias calmos; dias em que os pensamentos parecem ter ido de férias. Na realidade, se calhar até tenho um pouco de cada um dentro de mim, mas o «Periclitante» será sempre aquele a definir-me melhor. 

Trouxe um caderno em cor de cartão, pintado e com uma fita preta com um botão grande e verde para que não abra. Desde então tenho escrito, pelo menos, um pensamento por dia. E é assim que nasce uma nova rubrica para o blog - Pensamento Periclitante. Brevemente começarei a partilhá-la convosco.


«Pensamento Dedutivo: 
o pensamento vai evoluindo, nasce uma ideia, liga-se a outra, a outra, a outra e vão gerando novas ideias, novos pensamentos. A ideia inicial desmultiplica-se ou divide-se e gera sempre outra!

Pensamento Organizado: 
o pensamento está todo arrumado em caixinhas, é metódico, corresponde, é comandado e recebe ordens.

Pensamento Periclitante: 
o pensamento é o caos, acontece tudo em simultâneo, não há sossego, não há fórmula, linha condutora, está sempre activo a stressar e a arriscar!

Pensamento Aéreo: 
o pensamento paira, não toca, anda meio a voar, meio no ar... formula-se sozinho sem comando»


Como é o vosso? Dedutivo? Organizado? Periclitante? Aéreo? Não se encaixa nestas definições? É um pouco de todas? Contem-me tudo!  

«Sem a música a vida seria um erro», Friedrich Nietzsche


Ideal para quando a saudade aperta. Hoje começa mais uma etapa, mais um ano em que de capa traçada voltamos a estar todas juntas. A Elite está pronta. Que comece o novo ano académico! (se andar um pouco ausente, sobretudo nestes primeiros dias, já sabem qual é o motivo).

Banda Sonora de hoje: Mariza, «O Tempo Não Pára».


«Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p'ra ti»

«Vem que o amor não é o tempo, nem é o tempo que o faz. Vem que o amor é o momento em que eu me dou, em que te dás», António Variações.


Há noites que, inevitavelmente, ficarão para sempre guardadas na nossa memória. E no nosso coração. Ontem voltei a escrever amor em cada segundo de concerto a que assisti, porque é mesmo isso que os Aurora fazem: cantar com amor. «Há uma noite para passar», e eu só queria ter o dom de parar o relógio para que aquele momento nunca mais terminasse. 

O meu lado saudosista faz-me querer eternizar o que vivo, como se de alguma forma pudesse voltar atrás no tempo e recriar tudo aquilo que aconteceu. E que senti. Faço-o através de fotografias e de vídeos, vendo-os vezes sem conta quando o lado esquerdo do peito começa a pedir por mais ocasiões como aquelas. Um mês e dois dias depois de os ter estado a ver na Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, voltei a fazê-lo, mas em Espinho. Se no Festival do Bacalhau gravei o concerto todo, ontem estava decidida a desfrutá-lo de outra forma. Dei algum descanso à máquina fotográfica, até porque sempre soube que seria impossível esquecer o mais pequeno pormenor. Passe o tempo que passar, o que vivi em Espinho não me esquecerei. Nunca!

Quatro vozes numa voz só, acompanhadas por todas aquelas se juntaram na Alameda 8 para um concerto que tinha tudo para ser fantástico. E foi! Estão cada vez mais ligados, interativos com o público, à vontade em palco. Pergunto-me como é que é possível conseguirem crescer tanto em tão pouco tempo, mas a resposta é simples: quem é bom sabe que não pode parar. Há sempre mais degraus a subir. E eles têm-no feito, um por um, com pisadas firmes e determinadas, sempre rumo ao topo. A cada novo dia estão mais perto. Para nós já lá chegaram. Mas descansa-me saber que não param por aqui, porque mesmo que aparentemente não existam mais degraus para subir eles vão arranjar forma de o fazer, nem que inventem uns quantos. 

Permiti-me fechar os olhos na «Primavera» e na «Sete Mares», forçando-me a não chorar. Há músicas que têm este efeito em nós, ainda para mais quando as ouvimos em vozes tão harmoniosas como as deles. Senti a «Levou-te de mim» como em nenhum outro momento tinha acontecido. Dancei ao som da «Dança a Dois», da «Seja Agora», da «Vá lá, Senhora». Recuei à infância com a «Cabanas (Peterpanismo)». Não podia faltar a «Homem do Leme» nem a «Canção de Engate», de artistas que fazem parte da minha vida desde sempre, e que também contribuíram para gostar tanto de música. Fui ao rubro com a «Chaga» e a «Cenário». Senti cada letra de todas as canções que conheço de cor. Os Aurora foram tudo isto, foram mais do que isto. Foram todas as palavras que hoje me faltam para descrever o quanto a noite de ontem foi memorável. Encheram-se da grandeza que só eles têm e cobriram a Alameda com um talento inigualável. Regressar parece-me obrigatório. Ali. Com eles. Em breve!

Não dei pelo tempo passar e a culpa é deles por nos envolverem tanto no que fazem. Gosto muito disso! Vou recordar os sorrisos, as brincadeiras em palco, a surpresa que prepararam, os braços no ar, os telemóveis a bambalear, os risos, os gritos, as pessoas. «Há gente que fica na história da história da gente», Espinho já é um bocadinho vosso. E meu, porque mesmo não sendo de lá senti-me em casa. Acrescentei mais um capítulo inesquecível à minha ainda curta caminhada. Venham outros iguais a este. 

São os meus pais que me acompanham nestas aventuras, porque insisto em partilhá-las com eles e porque gostam - e já se renderam aos Aurora -, mas acho que para a próxima tenho que deixar o meu pai em casa. Depois de lhe ter dito que um dos fotógrafos era o pai do Tiago, no fim do concerto, cismou que lhe queria dizer uma coisa. Levei aquilo na brincadeira, até perceber que estava a falar a sério. Há uma novidade que tenho para partilhar, mas não agora, até porque por uma questão de princípio e respeito não acho que deva ser a primeira a fazê-lo. O meu pai insistiu em referi-la, perguntando se podia falar com eles. Quando dei por isso estava a falar sobre o assunto para a câmara, sem perceber que estava a ser filmada. Se tivesse um buraquinho para me esconder nem tinha pensado duas vezes. Há coisas que gosto de guardar para mim, ou revelar na altura certa, porque ter protagonismo nunca foi um objetivo pessoal. Tudo o que escrevo é de coração e não com segundas intenções. Podemo-nos centrar na segunda parte daquela mini-entrevista (onde expressei a opinião sobre o concerto e lhes deixei uma mensagem) e ignorar a primeira. 

Fiquei ainda mais nervosa depois disto. A fila continuava a avançar e quando chegou o momento tinha o coração a mil. Não importa a idade, quando estou com pessoas que admiro fico mais tímida do que aquilo que já sou. Há sempre tanto que se quer dizer e as palavras parecem poucas, ou fogem na pior altura. Não que tenha falado muito, mas não me senti a bloquear. Foram incansáveis, uma vez mais, por isso só podia sair de lá feliz.

Vim de coração cheio. Pelo concerto, pela simpatia, por tudo. Era impossível não gostar quando aquilo que fazem é memorável. E tal como das outras vezes o obrigada será sempre escasso para tudo o que nos transmitem. Tenho mesmo orgulho em vocês. São os maiores, nunca duvidem. O «até à próxima» é para cumprir. Prometo!

«Sem um amor não vive ninguém. Pode ser um amor sem razão, sem morada, sem nome sequer. Mas tem de ser um amor. Não tem de ser lindo, impossível, inaugural. Apenas tem de ser verdadeiro», Miguel Esteves Cardoso

«Vá até onde a sua vista alcançar e, ao chegar lá, você sempre conseguirá enxergar mais longe».


A Becas, do blog Vou Contar-te Um Segredo, nomeou-me para a TAG 5 Perguntas. Como devem estar recordados, se não estiverem eu ajudo, as regras são as seguintes:

• O desafiador deve fazer 5 perguntas sobre o blog escolhido; 
• O desafiador deve deixar os links dos blogs que desafiou; 
• O blog que for desafiado deve deixar na TAG quem o desafiou; 
• Só é permitido criar perguntas SOBRE o blog; 
• Os blogs desafiados devem ser informados disso e responder nos comentários da TAG se aceitam ou não.

Antes de mais, quero agradecer por se ter lembrado de mim para este desafio. Gosto sempre de responder, até porque é uma forma de nos darmos a conhecer um pouco melhor. Não vou nomear, mas quem quiser fazer a TAG esteja à vontade.


Perguntas da Becas:

1. Se pudesses alterar alguma coisa no teu blog, o que mudarias?
Mantinha tudo igual, pelo menos para já. Quando entro no meu blog sinto que é exatamente esta a imagem que quero que tenha, uma vez que reflete coisas que me tocam particularmente. Talvez um dia sinta necessidade de mudar, mas agora ainda não é a hora.

2. És adepta/adepto de criar rubricas para o teu blogue?
Sou, o que se pode comprovar pelas onze que já tenho criadas. Há algumas que estão mais paradas, é certo, mas gosto sempre de pensar em novos assuntos para abordar de forma regular. O único requisito é que sejam sobre coisas que me interessam, não consigo falar sobre algo só porque sim, e sendo uma rubrica isso ainda se impõe mais. Depois é deixar a imaginação funcionar. E posso revelar que já estou a pensar em trazer mais duas para «As gavetas da minha casa encantada». 
 
3. Gostas mais de blogues com um design mais simples, ou gostas daqueles mais elaborados?
Gosto de entrar em blogues e sentir que aquela imagem corresponde à pessoa que o desenvolve. Estamos longe de conhecer quem está por trás dos mesmos, mas conseguimos perceber algumas coisas pelas publicações. Se aquele design for «a cara» do(a) autor(a) melhor. O fundamental é que a pessoa em questão se sinta bem, porque isso também passa para quem o lê. Pessoalmente, gosto de manter o meu simples, mas isso não significa que não goste de ver um mais elaborado. 

4. És tu que personalizas o teu blogue?
Sim, sou. Uma vez que é algo amador, pessoal e para consumo interno, digamos assim, não fazia sentido pedir a outra pessoa para o fazer. Se o quisesse tornar mais profissional talvez fosse preciso, mas com o rumo que lhe quero dar não sinto que valha a pena.

5. Gostavas de abordar novos temas no blogue?
Não tenho assuntos específicos para abordar no blog, apesar de focar alguns com mais frequência.  Mas também há aqueles que sei que dificilmente tratarei aqui, como o caso da moda. Não porque não goste, mas porque sei que não faz parte dos meus principais interesses. Sigo blogues que têm esse tema como base e adoro ficar a saber as novidades, mas como é algo que não domino não me faz sentido seguir esse caminho. 
Depende muito do momento e do interesse que os assuntos me causam, por isso este será sempre um ponto em aberto. 

«A melhor saída é seguir em frente», Robert Frost


Perdi a batalha!

Não precisei de te ouvir dizer que não me querias mais na tua vida. As atitudes que foste tendo ao longo do tempo foram suficientemente esclarecedoras. Poupei-te o incómodo e desapareci. Só não posso acrescentar a parte «sem deixar rasto» porque, na verdade, continuo a estar onde sempre estive. Perto. Apenas desisti de dar notícias e de te procurar. 

«Sem a música a vida seria um erro», Friedrich Nietzsche


Ideal para dias em que precisamos de animar. Dançar sem parar. Esquecer o que não corre tão bem. Não sei se farei disto uma rubrica, mas hoje apetece-me partilhar convosco aquilo que vou ouvir repetidamente para me esquecer que o exame que fiz de manhã foi uma valente porcaria. 

Banda Sonora de hoje: Salto, sobre quem já vos falei aqui, «O teu par».


«Até nem fica mal
Aos olhos de quem não vê
Uma troca de passos fatal
Se alguém nos visse a dançar»

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar.


Não passo um dia sem ouvir música. Neste início de uma nova semana, e depois de algum tempo de ausência, volto a abrir a porta para acolher uma artista de um talento fenomenal. Desliguem as luzes, fechem os olhos, sentem-se confortavelmente no sofá e apreciem o som do piano; a guitarra, o contrabaixo, a bateria. E a voz. Essa linda voz que ela tem. Quente. Com gingar. Próprio de quem tem jazz a correr nas veias. Mas não se deixem enganar por essa calma, pois também há influências rock a invadir o seu estilo pessoal.

«Eu sou tudo o que vivemos, mais o que deixei por viver. Sou a soma dos anos, dos risos e das angústias. Não posso ser o que fui quando não sou o que era. Nem tu podes querer que eu seja a pessoa que tu gostavas que fosse».


Estar. Não parece uma grande loucura, pois não? Para mim foi, porque estive, principalmente, quando soube que nada do que sentia seria reciproco. 

Aprenderes a colocar os teus sentimentos em segundo plano para conseguires auxiliar apenas como amigo pode ser uma viagem alucinante. Uma verdadeira loucura. Não é fácil, até porque receias sempre estar a exigir mais do que aquilo que era suposto. Colocas a hipótese de não estares a fazer as coisas pelos motivos certos. És obrigado a parar e a fazer uma linha de pensamento que te leve à resposta. Passei por tudo isso e hoje sei que tudo o que fiz foi pelas razões certas. Isso descansa-me, precisamente por saber que era capaz de fazer o mesmo por outra pessoa qualquer. Nunca houve segundas intenções, nem fiz mais por existir um acréscimo de sentimentos.

Talvez essa tenha sido a maior loucura que fiz por amor. Ser capaz de esquecer o que sinto, guardar tudo numa caixa e estar enquanto fosse precisa. Mesmo que isso implicasse chegar a casa desgastada, de lágrimas prontas a escorregar pelo meu rosto e coração apertado. Não seria justo largar a bomba no meio de toda a catástrofe que estava em curso, por isso amei em segredo enquanto estive de braços abertos, sem esperar qualquer agradecimento nem retribuição. Agora não faz sentido, mas sei que repetiria tudo sem hesitar, porque, para mim, a amizade será sempre uma das mais bonitas formas de amor. Hoje ela já não existe, mas o meu amor por ti também não.

«Quando lemos, conseguimos viajar para muitos lugares, encontrar muitas pessoas e conhecer o mundo. Também podemos aprender a lidar com os problemas que tenhamos, instruindo-nos com as lições do passado», Nelson Mandela.


A Ana Ribeiro, do blog EscreViver [Portfólio de Escrita], nomeou-me para mais um desafio. Desta vez, o tema base é a literatura e o objetivo é muito simples. Ora vejam:

«Lista 10 livros que de alguma forma ficaram contigo. Demora apenas alguns minutos, não penses demasiado. Não têm que ser os livros “certos” ou grandes obras literárias, apenas aqueles que te tocaram de algum modo. Em seguida, nomeia alguns amigos que sabes que gostam de ler».

Não vou fazer a última parte, mas deixo o desafio aberto a quem o quiser levar. A lista está numerada não por ordem de preferência, mas conforme me fui lembrando dos mesmos. Sem mais demoras, aqui ficam as minhas escolhas:


1. Contos das Cidades das Pontes, coordenação de José António Gomes (vários autores);
2. Como é linda a puta da vida, Miguel Esteves Cardoso;
3. Não há coincidências, Margarida Rebelo Pinto (li todos os livros dela, com exceção dos infantis, e cada um marcou-me à sua maneira);
4. A vida num sopro, José Rodrigues dos Santos;
5. A Culpa é das Estrelas, John Green;
6. A Desumanização, Valter Hugo Mãe;
7. Não nos roubarão a esperança, Júlio Magalhães;
8. Orgulho e Preconceito, Jane Austen;
9. Os homens que odeiam as mulheres, Stieg Larsson (e os outros dois da trilogia Millennium);
10. A criança que não queria falar, Torey Hayden (além deste, já li mais três dela e marcaram-me de igual forma).


Já leram algum destes? Têm vontade de o fazer? Podem deixar sugestões. Espero que tenham gostado. Se quiserem partilhem também quais aqueles que mais vos marcaram. Fiquei curiosa em descobrir o que se lê por esses lados. 

«O outro é uma complementaridade que nos torna a nós maiores, mais inteiros, mais autênticos. Essa é a minha própria vivência», José Saramago.


O blog é um mundo em crescimento. Também ele pode ser olhado como uma manta de retalhos, uma vez que existem vários e todos eles são distintos, ainda que possam focar temas em comum, ou partilharem os mesmos objetivos. Muito há para descobrir. E se tivermos alguma ferramenta que nos aproxime de outros que não conhecemos é ainda melhor! 

Sabiam que há uma revista de blogues? Não? Então não se sintam sozinhos. Tomei conhecimento desta novidade (que para alguns se calhar não é assim tanto) através da Ana Ribeiro, do blog EscreViver [Portfólio de Escrita], e achei o conceito bastante interessante. Precisamente porque nos permite ficar a conhecer espaços novos, com os quais nos identificamos pela forma de escrever, pelos assuntos abordados, por termos curiosidade ou, simplesmente, porque os sentimos próximos do nosso. Seja qual for a razão, este é o local indicado para se visitar. E ficar.

O processo é bastante simples. Só têm que se registar, partilhar o link, escolher uma fotografia e depois aguardar até o vosso pedido ser processado. Não custa nada, pois não? E é uma excelente forma de também destacarem o vosso blog e, dessa forma, partilharem experiências com outras pessoas. Nunca sabemos quando do outro lado encontramos alguém que nos compreenda ou que partilhe os mesmos gostos que nós, esta revista ajuda-nos a estar um pouco mais perto disso.

Para fazerem parte dela só têm de ir aqui. Já adicionei o meu. E vocês? 

«Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar», Clarice Lispector


Não sou mais a boneca de trapos que arrumaste no baú do sótão. Aquele castanho, de madeira envernizada, que está escondido no recanto mais escuro a ganhar pó. Cansei-me de ser marioneta nas tuas mãos. Mas julgavas mesmo que isso iria durar para sempre? Que em nenhum momento teria forças para desprender os fios com que me amarraste a ti? Esse sempre foi o teu erro, achares que seria tua até ao fim. E fui. E prometi-te sê-lo. Mas só até perceber que aquilo que sentes por mim não é amor, mas sentimento de posse. Como é que foste capaz de destruir tudo aquilo que sentia por ti? Como? Será que algum dia serás capaz de explicar o que te passou pela cabeça para brincares com o meu coração daquela forma? 

Basta! Isto não é um jogo de onde partes em vantagem e recomeças sempre que te apetecer. Derrubei o tabuleiro e virei as costas. Destruíste tudo aquilo que pensei construir ao teu lado. Usaste-me. Abusaste do amor que eu sentia - sim, leste bem, sentia - até não suportar mais ter este sentimento dentro de mim. Libertei-me das cordas imaginárias com que me ataste mãos e pés. Rompi-as de tanto lutar contra ti. Atrevi-me a viver sem a tua presença. E tu isso nunca soubeste fazer: viver. Tu não o fazes. Limitas-te a sobreviver. A encher o peito de ar e a encarar o mundo atrás de uma máscara que está prestes a cair. As pessoas não te conhecem como eu. Ainda bem, não precisam de conviver com mais um monstro que lhes atormente a vida. É exatamente isso que tu és por todos os horrores que me fizeste passar. Por não teres sido capaz de aceitar que nunca te seria submissa. Tu conheces-me, talvez melhor do que aquilo que eu gostava, por isso sabias que iria dar luta, mas estava tão cega de amor por ti que fechei os olhos para não ver a escuridão com que pintavas as paredes da nossa casa. Fechei os olhos porque acreditei que por segundos aquilo não passaria de um pesadelo e quando os voltasse a abrir tu estarias ao meu lado como sempre pensei que estivesses. Fui ingénua ao pensar uma coisa dessas. Isso nunca poderia acontecer porque tu não és o príncipe encantado que salva a princesa adormecida. Tu és o vilão que a envenena e a sufoca sem escrúpulos. 

Hoje sou um pássaro livre, que voa sem destino, sem sentir medo, sem se preocupar em voltar a entrar na gaiola onde me tentaste enclausurar. Desprendi-me de ti. Das memórias. Do toque. Do cheiro. Não me lembro de quem és nem daquilo que alguma vez foste para mim. Hoje sou tudo aquilo que me roubaste. A inocência. O sorriso. A vontade de viver feliz. Não me conseguiste destruir. Renasci das cinzas quando me queimaste com tanta crueldade. Não conseguiste que fosse como tu. Cobarde. Rancoroso. Frio. Sem uma pequena ponta de bondade. Acho que nunca te vi sorrir, mas se há coisa que te agradeço é por me mostrares que não quero viver nesse lado da vida. Já não me magoas. Nem nunca mais terás o dom de me seduzir com essa voz rouca e quente, esse toque meigo e esse olhar doce. É tudo ilusão, mas as pessoas caem na tua cantiga, que com o tempo percebi ser desafinada e sem qualquer charme. Não passas de uma farsa, mas não me enganas mais.

Hoje voei para longe. De ti. E se um dia chegar a voltar só espero que tenhas ardido no inferno, dentro da gaiola de ferros brancos ou do baú castanho envernizado, sem qualquer ponta de misericórdia. Também sei desejar mal a alguém, mas não penses que somos iguais. É que ao contrário de ti nunca segui esse caminho. Nem o quero fazer. Abri a pequena porta e fugi para voos mais altos. Onde sei que nunca serás capaz de me alcançar, por só saberes andar rente ao chão. 

«Quando eu me pergunto quem sou eu, sou o que pergunta ou o que não sabe a resposta?», Geraldo Eustáquio


No último Liebster Award a que respondi recebi um comentário de alguém anónimo, que se identificou como Helena, onde me foram colocadas algumas questões. Achei interessante, até porque nunca me tinha acontecido algo do género. Desde já agradeço e espero que volte para as ler - e volte sempre que lhe apetecer.

A Isy, do blog A Pequena Boneca de Trapos, nomeou-me para o desafio «The Very Inspiring Blogger Awards» e a Cláudia S. Reis, do blog O beijo do mocho, escolheu-me para responder à TAG 5 perguntas. Muito obrigada, também a vocês, por se terem lembrado de mim. 

Nunca é de mais receber mimos destes e vou responder a todos com o maior gosto. Optei por responder aos três na mesma publicação para não deixar acumular. Sem mais demoras, aqui ficam as respostas.


As perguntas da Helena:

1. Porque é que a escrita é tão importante na tua vida?
Escrevo desde que aprendi as letras e sempre me senti bem ao fazê-lo. Inicialmente era uma brincadeira e uma forma de explorar a minha imaginação, mas com o tempo fui olhando para as palavras com outro respeito e percebi que era também uma maneira de libertar pensamentos, de desabafar, de poder viajar para outro lugar sem levantar os pés do chão. Na escrita posso ser eu sem filtros ou deixar que os meus outros «eus» tenham o protagonismo. 

2. Quais são os teus programas preferidos? 
Adoro passear, passar uma tarde inteira a ler, sair para fotografar, combinar encontros com amigos, ouvir boa música, escrever à noite. É daqueles programas que me enchem o coração. Mas se o «programas» da pergunta for referente aos que se vêem na televisão posso dizer que adoro séries e é o que vejo mais.

3. Qual é a tua cor favorita? E porque? 
Sempre adorei a cor azul e acho que não tenho propriamente uma razão que explique o porquê. Ou talvez seja porque me transmite a tranquilidade do mar e o infinito do céu e seja a cor do meu clube. Mas também gosto imenso de verde (e dependendo das tonalidades gosto de ver as duas juntas) e de branco.

4. Que tipo de livros gostas mais de ler? Qual deles te inspirou mais para a escrita? 
Adoro romances, policiais, livros de espionagem e baseados em histórias verídicas. Os romances fazem-nos sonhar, talvez aí a imaginação flua mais rapidamente, mas não tenho um livro que me tenha inspirado para a escrita (até porque comecei a gostar de ler muito tarde), mas tenho autores que fazem esse papel, como é o caso de Miguel Esteves Cardoso, Margarida Rebelo Pinto, Torey Hayden.

5. Qual foi a maior desilusão da tua vida? 
Dizerem-me para que não me afastasse e no fim serem os primeiros a fazê-lo.  

6. Que país te daria imensa vontade de visitar? 
Portugal! Tenho a sorte de puder dizer que já visitei Portugal de norte a sul, mas quero mesmo voltar a fazê-lo, agora com outra maturidade e com muito mais vontade de conhecer todos os seus recantos. 

7. O que pensam os teus verdadeiros amigos em relação a ti numa futura profissão no mundo da escrita?
Iam apoiar-me incondicionalmente. Sempre o fizeram, mesmo sabendo que tudo o que escrevo é bastante amador, até porque para além do meus cadernos e do blog não escrevo noutro lado, por isso tenho a certeza que o continuariam a fazer se decidisse tornar isto mais profissional. 


O desafio da Isy:



Regras:
1º- Agradece e coloca o link da pessoa que te nomeou;
2º- Coloca as regras e o prémio;
3º- Partilha 7 factos sobre ti;
4º- Nomeia 15 blogs inspiradores e comenta nos seus posts para eles saberem que foram nomeados;
5º- Podes por, opcionalmente, o logo do prémio e segue o blog que te nomeou (vejam o logo aqui.

Os sete factos sobre mim:
- Adoro chocolate preto com menta;
- Não gosto de praia;
- Nunca andei de avião;
- Sempre sonhei ter o meu próprio infantário;
- Adoro dançar;
- Quero aprender a tocar guitarra;
- Faço coleção de dedais.

Os 15 blogues que escolho são (é a primeira vez que o faço e não tem qualquer ordem de preferência):
- O beijo do mocho, da Cláudia S. Reis
- Careless Whisper, da Ísis
- EscreViver [Portfólio de Escrita], da Ana Ribeiro
- Singin' in the Rain, da Bu'
- Vou contar-te um segredo, da Becas
- O blogue da Carolina, da Carolina
- Suspiros da Bea, da Beatriz Sousa
- E Era Tudo Muito Bom, da Pérola
- Life, Love and Photograph, da Cláudia M.
- Rêtro Vintage Maggie, da Magda Carvalho
- Big Deal, da Audrey Deal
- Dias e Dias, da Leonor
- Forever 19, da Pat.
- Segredos de uma Italiana, da Italiana
- Tomorrow is another chance, da Beatrice.


A TAG com as perguntas da Cláudia:

Regras:
1º- O desafiador deve fazer 5 perguntas sobre o blog escolhido; 
2º- O desafiador deve deixar os links dos blogs que desafiou; 
3º- O blog que for desafiado deve deixar na TAG quem o desafiou; 
4º- Só é permitido criar perguntas SOBRE o blog; 
5º- Os blogs desafiados devem ser informados disso e responder nos comentários da tag se aceitam ou não.

1. Se pudesses recomeçar o teu blogue do zero farias tudo igual?
Talvez alterasse o facto de não ter feito publicações tão regulares, de resto acho que faria tudo igual, até porque abordo assuntos que me interessam particularmente. Este sim é um blog à minha imagem.

2. Há alguma pessoa da qual escondas o teu blogue? Porquê?
Não, até porque nunca senti essa necessidade. Tantos os meus amigos como a minha família sabem que o tenho e sei que o visitam com regularidade e isso não me incomoda. Claro que quando abordamos o assunto pessoalmente há um ligeiro desconforto (não sei se será a palavra mais correta), porque me conhecem, facilmente podem associar a partes da minha vida, mas rapidamente passa. 

3. Qual foi o texto mais sincero que escreveste?
Tenho vários, mas destaco este por ser algo que senti na pele. Por ter acontecido exatamente daquela forma e porque o momento em si custou imenso.

4. Já alguma vez mantiveste um texto nos rascunhos por não seres capaz de o publicar?
Tive muitas dúvidas se devia ou não partilhar o texto que referi na pergunta anterior, mas nunca o mantive nos rascunhos. Nem a esse nem a qualquer outro.  

5. Qual é a tua maior fonte de inspiração?
Não querendo parecer egocêntrica, inspiro-me muito em coisas que se passam comigo, em pensamentos que tenho, em opiniões que vou formando. Mas também me inspiro em pequenas coisas que vejo acontecer à minha frente, sem se passarem diretamente comigo. Inspiro-me em músicas, em autores que são uma referência e na vida que tem tanto para nos oferecer. 

Se a Cláudia não me levar a mal, vou apropriar-me das perguntas dela para os blogues que vou escolher de seguida, uma vez que também são as curiosidades que tenho. Sendo assim, os nomeados são:

- The Inside of Vogue, da Bárbara
- DeCoração, da P'
- Careless Whisper, da Ísis
- Esperanças Desvanecidas, da Beatriz Silva
- Opiniões em Teia, da Opinante

«Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder», Gilbert Chesterton


Faz-me confusão esta rapidez com que se gosta e se deixa de gostar. 

Acho que o meu coração parou no tempo. Na altura em que apaixonarmo-nos era um processo meticuloso, lento, carregado de imprevistos e magia. E esquecer era três vezes mais demorado, com ainda mais artimanhas e degraus para subir. Ou descer, conforme a perspetiva que se tomar.

«Eu sou um delírio do amor», Deolinda


A Bárbara, do blog The Inside of Vogue, nomeou-me para mais um Liebster Award. Todos vocês já devem saber em que consiste esta TAG, por isso não preciso de explicar, mas antes de vos deixar com as minhas respostas quero agradecer pela nomeação. Mais uma vez, não nomearei ninguém (por razões que também já conhecem), mas para quem quiser fazer pode responder às perguntas que me fizeram. 


As perguntas da Bárbara:

1. O que não saís de casa sem?
Telemóvel, dinheiro e os meus três cadernos. Os dois primeiros porque a qualquer altura pode surgir uma emergência e assim estou sempre contactável e prevenida. Os terceiros porque nunca sei quando surgirá inspiração para escrever - tenho três para três efeitos distintos: um é onde escrevo os textos da rubrica «As minhas viagens de metro», e qualquer outro texto solto; outro para a rubrica «À boleia do mundo»; e o mais recente onde anoto os meus pensamentos (sobre isso falarei mais tarde).

2. Qual o teu animal favorito?
Adoro cães desde pequena e sempre sonhei ter um labrador. 

3. Qual o teu sapato favorito?
A maior parte do calçado que tenho são sapatilhas, porque é realmente aquilo que mais gosto. Aprecio muito o facto de poder andar confortável (ainda que existam sapatos que também o permitam). Também gosto de saltos altos, mas ver-me em cima deles é que já não. Os bluchers para mulher também são coisa para me deixar atenta. 

4. Produto de maquilhagem indispensável?
Não tenho, até porque as únicas coisas que utilizo são o lápis e o rímel. A partir do sexto ano passei a pôr lápis todos os dias, mas quando cheguei à faculdade perdi esse hábito. Rímel só ponho ao fim-de-semana (ou quando há algum momento especial), o lápis é que sou capaz de pôr sempre que saio de casa, mesmo assim não acho que seja indispensável. 

5. Qual o teu maior sonho?
Ser educadora de infância, escrever um livro, comprar a Canon 600D (ou uma Nikon, estou cada vez mais indecisa), viajar por Portugal de Norte a Sul (incluindo os arquipélagos) e ver a minha família e amigos realizados pessoal e profissionalmente. E com isto resumo o sonho de ser feliz. 

6. Qual o teu maior defeito.
A teimosia (o que nem sempre é um defeito, depende da ocasião e da intensidade).

7. O que te irrita nas pessoas?
A ingratidão, o orgulho exagerado, a vitimização e a mania de superioridade.

8. Qual a tua comida favorita.
Arroz à valenciana e frango.

9. Doce ou salgado?
Doce, mas também gosto de salgados.

10. O que te deixa feliz?
Ver as minhas pessoas felizes, saber que há quem se preocupe em descobrir a cura para determinadas doenças, ouvir música, escrever e fotografar; realizar sonhos, receber abraços do meu afilhado e saber que continuo a dar importância às pequenas coisas da vida.

«Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações», John Green

«- Vocês são amigos? 
- Sim 
- Parecem namorados 
- Somos também»


Encontrei o meu melhor amigo no dia em que nasci. Há ligações tão naturais que parecem estar ligadas à nossa informação genética. Não nos conhecemos há tanto tempo, embora gostasse, mas acho que daria uma bonita história de amor. Não concordas?

Descobri-te com o tempo. Encontrei o meu melhor amigo que, por sinal, é o amor da minha vida. E espero que o sejas até ao dia em que a nossa jornada chegue ao fim. Confio em nós. No nosso amor. Na calma com que nos abraçamos. Na paixão com que os nossos lábios se tocam. Nos sonhos que temos para cada um e para nós. No espaço individual que nunca perdemos e que parece solidificar a nossa relação. Nas zangas que não o são porque nunca permitimos que o venham a ser. Confio em nós. Ponto.

Ter-te na minha vida foi o melhor que me aconteceu. E foste tanta coisa até hoje que nunca esquecerei. Foste o conhecido. O conhecido com quem passou a ser bom falar. O amigo. O indispensável. És o meu porto de abrigo, o meu amor, o meu melhor amigo. Por tudo o que nos resta viver, serás sempre o meu melhor amigo!

A vida até nos pode virar do avesso e obrigar-nos a caminhar em separado, por ruas opostas e destinos distintos, nós arranjaremos sempre forma de entrelaçarmos as nossas mãos. Amores chegam e partem. Chegam e ficam até um tempo. Chegam e permanecem até ao fim. Quero que o nosso encaixe na última opção. E por tudo aquilo que construímos acredito que sim. Mas mesmo que o nosso tenha um prazo de validade mais curto do que ambos estamos à espera continuarás na minha vida para sempre. E eu na tua. Sem mágoas. 

Qualquer perda é mais fácil de suportar se for assim, se tivermos em nós o respeito suficiente para aceitar que acabou. Não a história, mas um episódio. Não precisamos de escrever «fim», só temos de reajustar os capítulos. Não te quero perder. Não agora. Nunca. Muito menos por seres o príncipe encantado que procurei até encontrar, sem cavalo branco, mas com o amor que se escreve nos contos de fadas. 

Nunca te irei perder. Nunca nos iremos perder. Permaneceremos na vida um do outro com o mesmo sentimento que partilhamos desde que os nossos olhos se cruzaram. Encontrei-te e entreguei-me de coração nas mãos e sem medos. Senti o teu retorno em igual proporção. E foi isso que me fez apaixonar por ti no primeiro segundo. Não acredito em amor à primeira vista, talvez me tenhas provado o contrário. Ou talvez tenha sido o tempo a dar-me a certeza do que virias a significar para mim. Tenho-te ao meu lado desde então. Acho que é a isto que chamam a felicidade plena.

Pertencemos um ao outro até ao fim, mesmo que as circunstâncias nos obriguem a refazer a nossa viagem em separado, com outras pessoas, outros objetivos e outro amor. Somos um do outro. Como namorados? Como casados? Não sei, mas espero com todo o meu coração que sim! Como melhores amigos? Com toda a certeza do mundo, até ao nosso último dia. Tenho poucas certezas na vida, mas tu és uma delas.

Afinal, temos uma bonita história e amor!


Nas nuvens a contar as estrelas, 
M.  
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andreia morais

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O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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