Capítulo 20 (conclusão)
19.08.2015
Visualmente é lindíssimo, mas percorrer e colher todas estas vinhas deve ser um trabalho duro e bastante desgastante!
(Barca d'Alva)
Capítulo 20 (continuação)
19.08.2015
Tivesse eu palavras para descrever esta paisagem imensa. Parece uma manta de retalhos pintada a terra e a árvores, e água entre as margens.
Capítulo 20
Quarta-feira, 19.08.2015
07h30: Toca o despertador. É hora de pôr as malas no carro e regressar a casa.
«Gosto e preciso de ti», Mário Lago
Sem ti
A cama fica demasiado vazia
E os lençóis demasiado frios
E o meu corpo demasiado só
«Eu queria te contar que agora não dói mais. Só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso.
Queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. Ok, chorei. Mas pelo filme, e não por você. Queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. Porque elas me faziam mais falta do que você fez. Os nossos lugares não são mais nossos. Eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias… Eu estou aprendendo a tocar violão. E a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. Ela é tão linda… E sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. Mas ainda sim, não dói. Você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. Porque te conheço. E isso não mudou. Do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim. Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive».
Caio Fernando Abreu
Coisas que me irritam: Pessoas que, a todo o custo, tentam impor a sua presença na nossa vida. Só ainda não perceberam que isso tem o efeito contrário (pelo menos comigo).
«Seja qual for a luta, o vencedor sempre sairá com feridas»,
Larisse Ribeiro
Luto
Contra mim
Todos os dias
Ao lutar
Contra ti
Contra o que sinto
Contra tudo aquilo
Em que não posso pensar
«(...) Aqui no FC Porto nunca ninguém desiste e não vai ser este balneário a deitar a toalha ao chão. Tenho trabalhado, está aqui a oportunidade e estou a procurar agarrá-la»
Uma palavra basta para definir o sentimento de ontem e de sempre: orgulho. Porque há jogadores incríveis que nos conquistam. E o Sérgio Oliveira é um deles. Impossível não ficar de coração cheio ao vê-lo alcançar algo pelo qual sempre batalhou. Ser Porto é, também, o que ele representa. Obrigada por honrares esse símbolo incomparável que carregas sobre o peito!
Somos
Pedaços [in]coerentes
[Des]proporcionais
Que nem manta de retalhos
Unida por fios imaginários
De um amor movido
A saudades.
«Eu me renovo quando fico sozinha», Marilyn Monroe
Quando chego a casa quero desligar-me do mundo. Quero ficar em silêncio e aproveitar a calma que as horas de rua não me permitem ter. Entro numa bolha e por lá repouso, de pés descalços sobre o frio da tijoleira e um pijama piroso que me aconchega. Do lado de fora tudo é movimento, histeria, inquietação. Mas por mais que adore esse lado selvagem da vida, quando ouço o som das chaves a abrir a fechadura é como se tivesse ganho um bilhete para uma ilha paradisíaca. Largo tudo. Separo-me do que me liga ao exterior. E sento-me confortavelmente no cadeirão. Imóvel, observo estas quatro paredes despidas, mas que me parecem o melhor lugar do mundo para explorar visualmente. E fico assim, nesta inércia, nesta bolha, isolada por opção. Só falta o mar e a água de coco.
M, 11.02.2015
«(...) Dizes: "Fica comigo
És o meu porto de abrigo,
E a despedida uma lâmina!".
Não preciso de mais,
Não preciso de mais.
A Aninha Ferreira, do blogue Aquele Cantinho, a quem agradeço desde já, desafiou-me a responder à tag "Viciados em Música". Como já sabem, não vou nomear, mas quem quiser pode responder. Passamos ao mais importante?
Quero acreditar que há pessoas que não se apercebem da chantagem emocional que fazem aos outros. Se essa for intencional, é assustador como se apropriam da manipulação para obterem aquilo que querem de forma gratuita e desleal.
Comprar o livro «Diogo Piçarra em Pessoa». Não só por ser mais um trabalho de alguém que admiro bastante, mas também pelo objetivo que está inerente a este projeto!
«Será que ninguém se entrega verdadeiramente ao amor e á intimidade?»
Foste
Ficando
Fugindo
E amando
Em constante
Desassossego
E contradição
Às claras. Agora, apenas agora, compreendi que o teu [falso] amor não era desprovido de interesses externos. O meu, genuíno e inocente, tornou-se seco nesse coração de pedra. Amei-te. Mais do que tu me amaste a mim. Porque a minha única preocupação era proteger-te, mantendo-te livre, enquanto, para ti, fui apenas um golpe de sorte, o teu amor ao acaso, para lamberes as feridas e partires à conquista. E é curioso como até nisso fomos o oposto um do outro: foste o meu tudo. E eu apenas servi de passagem, talvez de paragem, para uma história maior.
«Se não tivéssemos inverno, a primavera não seria tão agradável...», Anne Bradstreet
Primavera em flor
Que desabrocha
Em saudades
De mil cheiros
Pássaros que sobrevoam
O meu céu
Límpido
Sem mágoas
«Qual o melhor sítio para nos reunirmos?»
Uma das vantagens de ter um blogue é a interação que conseguimos estabelecer com aqueles que optaram por criar um, independentemente dos motivos e do(s) temas(s) que pretendam abordar. Escrever apenas por si só, para mim, já é algo fascinante, mas conseguir compreender o impacto que teve em quem leu torna tudo muito mais gratificante. E melhor ainda é quando a conversa se estende para além das publicações.
O segundo semestre começou há duas semanas, mas é hoje que se inicia uma das etapas mais importantes: a Prática Educativa Supervisionada I (estágio). O primeiro contexto é a creche. E, no meu caso em concreto (juntamente com o meu par), integrarei uma sala com crianças de um ano. O medo e o entusiasmo caminham de mãos dadas, mas estava ansiosa que chegasse a este dia. Façam figas por mim!
Provar sushi! Tenho imensa curiosidade. E o facto de já ter ouvido opiniões tanto positivas, como negativas só aumenta a minha vontade de o fazer.
«Assim como conheces alguém ouvindo a música que ele ouve, com maior razão a conhecerás pelos livros que lê. Nem pode ser de outra maneira. Não podes conhecer, gostar, amar outra pessoa directamente. Nunca. Cada pessoa é uma espécie de mundo, afastado dos outros por intervalos intransponíveis: não podes ver com os seus olhos, sofreres com a sua pele, adivinhares o que ele ignora. A maneira que tens de romper o isolamento em que estás é construir pontes, passagens, caminhos subterrâneos, entre o teu mundo e o mundo do outro. Foi o que foste aprendendo e o que menos te importa são as certezas. As certezas não te levam a lado nenhum, são unicamente certezas», Pedro Paixão.
«Cozinhar é como tecer um delicado manto de aromas, cores, sabores, texturas. Um manto divino que se deitará sobre o paladar de alguém sempre especial», Sayonara Ciseski
A predisposição para cozinhar nem sempre é a mesma, assim como o tempo, por isso é útil termos guardado (em que suporte for) um conjunto de receitas que seja rápido e, igualmente, saboroso. A sugestão de hoje é muito simples e versátil, uma vez que a podemos alterar e adaptar ao nosso gosto. A base da omelete é quase sempre a mesma, os ingredientes é que podem ser ligeiramente diferentes, consoante o nosso apetite no momento. Para este doce ou salgado q.b., as delícias do mar, que eu adoro, serão as protagonistas. Depois podemos acrescentar um acompanhamento e tornar o prato mais completo. Vamos começar?
andreia morais
portugalid[arte]
margens
-
▼
2016
(290)
-
▼
março
(31)
- O mundo por olhos tom de castanha #28 (Parte 1)
- À boleia do mundo #20 (Parte 3)
- À boleia do mundo #20 (Parte 2)
- À boleia do mundo #20 (Parte 1)
- Ausência
- Jukebox #12
- O que li por aí #40
- Fragmentos #3
- #1 Da categoria
- Luta(s)
- Perdições #13
- Sérgio Oliveira
- [In]Coerência
- As minhas viagens de metro #40
- Jukebox #11
- TAG: Viciados Em Música
- Chantagem emocional
- Quero #8
- Fragmentos #2
- Contradição
- Clareza
- Primavera
- Blogues à mesa
- Jukebox #10
- PES I
- Quero #7
- Fragmentos #1
- Perdições #12
- O que li por aí #39
- Doce ou salgado q.b. #9
- Pensamento periclitante #25
-
▼
março
(31)
Com tecnologia do Blogger.