Entre Margens

Fotografia da minha autoria



«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Outubro. Mês que se reveste de cor, numa paleta de tons que cobrem as ruas de um brilho identitário. Numa altura em que as temperaturas começam a descer, é o aconchego das mantas e de um chá bem quente que fazem as delícias do meu coração. Mas, para além disso, foi tempo de voltar a abraçar eventos culturais.


⚓ MOMENTOS
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Está para chegar o dia em que ficaremos bem nestas fotografias que eternizam vídeochamadas especiais. No entanto, o que importa mesmo é matar saudades dos nossos, estreitando os laços que nos unem. Com o pretexto de cantarmos os parabéns à minha afilhada, foi maravilhoso reencontrar esta família que me é tanto.

       

Por falar em saudades, retomei os meus passeios pela deslumbrante cidade Invicta, sentindo-me amparada pela mística das suas ruas. Pelo cheio a castanhas assadas. E pela sua beleza sem igual. Mesmo que sinta que já conheço o Porto de cor, há sempre detalhes que me inspiram a procurar por outras perspetivas.


Este mês ficou, ainda, marcado pelo reencontro com os meus tios e com os meus afilhados, com quem já não estava há bastante tempo. Como tal, nada como combinarmos jantares que diminuem a ausência imposta.


Costuma dizer-se que o melhor vem no fim. Nem sempre, contraponho. Mas a verdade é que a última semana e meia de outubro permitiu-me marcar presença em dois eventos extraordinários: o Magical Garden - sobre o qual podem ler na seguinte publicação - e o concerto fabuloso do João Couto. Posso voltar a estas datas?

      

Novembro, sê gentil


📚 LEITURAS
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O Ano da Dançarina, Carla M. Soares
Alma Lusitana || Lisboa

Misery, Stephen King
Uma Dúzia de Livros 2021 || Outubro

Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez
Ler a Diferença || Culturas Marginalizadas


Outras Leituras do Mês
Rasura [Maria Brás Ferreira], O Gato Preto e Outros Contos [Edgar Allan Poe], Coisas de Loucos 
[Catarina Gomes], As Novas Identidades Portuguesas [Patrícia Moreira]


📺 FILMES & SÉRIES
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Este foi o mês em que, quase de certeza, mais conteúdo vi deste segmento. Sobretudo, em português. Para além do regresso de The Rookie, tenho acompanhado a série Doce, que é um retrato fascinante do percurso daquela que foi a primeira girls band nacional, até porque nos faz deambular pelos bastidores menos glamorosos de uma história de superação, adversidades e garra. República foi outra das séries a que assisti e que se concentra nos acontecimentos de 3, 4 e 5 de outubro. Partindo de uma figura feminina ficcional, envolve-nos numa análise política, cultural e social, expondo jogos de interesses e uma luta tão sinuosa.


No que diz respeito à sétima arte, vi Os Conselhos da Noite, cujo argumento é uma viagem intimista pelas memórias de um jornalista retirado e desiludido com o seu passado, e Noite Sangrenta, que é um espelho do que aconteceu a 19 de outubro de 1921, uma data que ficará sempre marcada pela tragédia bárbara.


✏ PUBLICAÇÕES
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Cinco Canções e Cinco Álbuns Para Celebrar o Dia Mundial da Música
A minha essência é feita de palavras. E muitas delas são embaladas e impulsionadas por melodias ímpares. Por isso, neste data em que se comemora o Dia Mundial da Música, compilei os cinco temas e os cinco álbuns que me conquistaram, recentemente, e que têm tocado em constante repetição.


Gira-discos || Boa Sorte
Composto por 12 temas, é um trabalho de escrita minucioso, que tanto nos faz embarcar numa rota intimista, refletindo acerca da nossa jornada, das nossas emoções e perceções da realidade, como nos incentiva a descomplicar através de um ritmo mais dançável, de quem encara a vida com animação - mas que pode, igualmente, representar uma maneira de expiarmos as nossas inquietações. Porque, mesmo quando o tom é positivo - bastante mexido -, as letras transportam-nos para camadas plurais, fazendo-nos olhar para dentro.


A Saúde Mental Representada na Arte
Acredito que, para além de testemunhos pessoais, a arte tem um papel preponderante na sua abordagem e desmistificação. Por esse motivo, reuni algumas sugestões que nos consciencializam acerca da Saúde Mental.



🍴 À MESA
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Outubro também não me proporcionou experiências gastronómicas novas. Porém, levou-me ao Bibó Porto e a muitos finais de dia na companhia de um chá quente. E, inclusive, a começar a minha manhã com panquecas.

       


📌 ENTRE LINHAS
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Aproveito este entre linhas para reforçar o quanto as linhas do que vestimos conseguem ser uma segunda pele e uma forma de expressão. Por isso, fez-me todo o sentido recuperar as novas peças do meu guarda-roupa, que são imagem de renovação e, inclusive, uma tentativa suave de sair da minha zona de conforto.


Em simultâneo, tinha de me centrar nas linhas das novas canecas cá de casa. Que amores!

       


📌 JUKEBOX
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A Surpresa: Easy On Me [Adele]
Melhor Duo: Onde Vais [Bárbara Bandeira & Carminho]
A Diferentona: Lokura [Dino d'Santiago & Branko]
A Favorita: Não Sou da Paz [Paz & Carlão]
Artista Revelação: Caio


Álbuns: Boa Sorte [João Couto], Heartbreak [Jimmy P], Andrómeda [Lefty], A Semente [Cassete Pirata], Jardim da Parada [The Happy Mess], E a Cantar [Mimi Froes], Tinha de Ser [Pedro de Tróia], Aventurina [Constança Quinteiro], Nada é Pequeno no Amor [João Só], Bárbara [Bárbara Tinoco], Desghosts & Arrayolos [Branko], Centro [Joana Alegre], Além da Curta Imaginação [Ana Bacalhau] e Passo Forte [Sal].


🎥 VÍDEOS & PODCASTS
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✨ GRATIDÃO
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«É aqui o meu lugar»

Outubro foi um mês muito bonito. Pelos momentos únicos e reencontros. Não podia pedir melhor ♥

       

Como foi o vosso mês?

«Vamos ser sinceros
O que é o melhor para nós
Marcamos hora na praça

Unimos as nossas ideias
Sem um eterno debate feroz
No chão ficam listas rasgadas

Vamos lá ser sinceros
São nossos os corpos eleitos
Seguimos para outra paragem

Anda fugir comigo
Faltamos às eleições
Campanhas só por nós
Bandeiras estão nos museus
Votamos só tu e eu
Em algo que o amor acredite
Vamos pelos próprios pés»

Fotografia da minha autoria



«ou o pouco que sei sobre aquilo que faço»


O processo criativo de um artista fascina-me sempre, até porque acredito que, conhecendo-o, estamos a alargar horizontes e a aprender. Não obstante, importa filtrar a experiência partilhada e adequá-la ao nosso contexto, atendendo a que aquele ponto de vista é um caminho, não uma imposição. Mas é maravilhoso deambular pelos bastidores. Por isso, não podia perder a oportunidade de descobrir o livro de João Tordo.

«A verdade é que, sem este quadro neurótico, eu não me teria tornado escritor»

Manual de Sobrevivência de Um Escritor é um relato bastante honesto e transparente acerca do seu método, da relação com a literatura e da viagem que este ofício pode proporcionar, mas sem romantizar a realidade envolvente. Porque há fracassos, dificuldades e frustração. Portanto, partindo da sua experiência, convida-nos a olhar intimamente para esta arte, na qual vamos permanecendo pela paixão às palavras.

«O verdadeiro mistério é o visível»

Esta obra, reparem, não é um guia de como escrever. E, ao contrário do que o nome possa transparecer, não é um compêndio de regras que nos encaminham para uma carreira de sucesso. É, antes, um veículo para compreendermos que o percurso não é isento de dúvidas e angustias; e que exige uma postura consciente e crítica da parte de quem o quiser abraçar. Misturando algum pragmatismo e humor, o autor equilibra a vertente técnica e a perspetiva pessoal, levando-nos a questionar uma série de comportamentos e abordagens.

«Escrever não serve para ensinares ninguém. 
Quando muito, serve para aprenderes quem és»

Naturalmente, não me revi em todas as apreciações apresentadas. Porém, um dos aspetos positivos da narrativa é que potencia o debate, sobretudo, porque Tordo não nos influencia a cogitar como ele. Ele expõe a sua verdade, as emoções que o agregam e aqueles que o inspiram. E fâ-lo de uma forma despretensiosa. A partir daí, o leitor constrói uma imagem deste meio «que encanta a Humanidade desde os seus primórdios».

«Quando ouvi, pela primeira vez, que um romance meu 
precisava de ser reescrito, o meu ego insuflado de escritor-de-um-só-
-livro-que-se-considera-um-génio foi beliscado pela primeira vez. E doeu»

Manual de Sobrevivência de Um Escritor é um pedaço de alma, onde há espaço para conselhos e histórias de vida. Seguindo à boleia das suas palavras, percebemos que o impacto será sempre distinto, singular. Não creio que seja uma obra exclusiva para escritores [conhecidos ou anónimos, publicados ou por lazer]. Pelo contrário, sinto que se adequa a qualquer um que se interesse pelo percurso até chegar ao destino. E como é um exemplar que pode servir vários propósitos, sei que hei-de regressar, mais vezes, a esta bela aventura.

«Sair do lugar onde nos sentimos confortáveis pode ser o princípio de qualquer 
coisa importante, que só descobrirás mais tarde, ou até depois de teres regressado»


|| Disponibilidade ||

Wook: Livro | eBook
Bertrand: Livro | eBook

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



Tema 32: Escada + Gato + Mala


Era mais um dia qualquer, de um ano sem nome, e Chip, o gato de olhos azuis do rés do chão direito, da Rua da Alegria, ansiava que os inquilinos do prédio saíssem todos para os seus empregos. Porque queria partir numa missão especial. Mas não queria dar nas vistas, com medo que o desviassem do seu caminho.

A sua vontade era clara: ir atrás do tempo. Por isso, como não tinha malas para transportar, subiu as escadas e foi para o telhado traçar o plano da sua viagem. A vista ampla, iluminada e sem obstáculos fascinava-o sempre que lá ia. Porém, nunca conseguiu compreender o avançar das horas, nem a passagem do sol para a lua, que ia colorindo a cidade com outros tons. Só ouvia os humanos a queixarem-se sobre o tempo. Ou, melhor, sobre a falta dele, enquanto o agraciavam com festas na barriga. E ele, sem dar por isso, via o tempo a voar.

Perdido nestes pensamentos, não reparou que já era tarde e que o céu estava a escurecer. Aliás, só regressou à realidade, porque ouviu, ao longe, a voz da pequena e doce Leonor a chamar por ele. Era hora de jantar.

Conformado, voltou a descer as escadas. Talvez o tempo não se procure. Talvez seja só uma miragem.

Fotografia da minha autoria



Tema: Culturas Marginalizadas

Avisos de Conteúdo: Preconceito, Doença, Morte, Incesto, Cenas Explícitas


O último tema do desafio Ler a Diferença, da Elga Fontes [Quem Me Lera], concentra-se num panorama que continua a ser desvalorizado na nossa literatura. Por esse motivo, o objetivo passava por abraçar obras escritas por autores pertencentes a culturas marginalizadas - «e que, de alguma forma, a representassem na sua escrita». Assim, focando-me na cultura Américo-Latina, optei por regressar a Gabriel García Márquez.

«Era de facto uma aldeia feliz»

Cem Anos de Solidão tem um início lento, mas intrigante, até porque nos transporta para uma aldeia fictícia, despertando, no leitor, a vontade de compreender como é que a sociedade se desenvolve, se envolve nas problemáticas e subsiste perante adversidades, mudanças e carências. Embora a prosa - quase poética - do autor seja sempre fascinante, confesso que demorei a relacionar-me com a história, visto que há um número elevado de personagens e muitos acontecimentos em simultâneo, que nos podem desnortear, caso a nossa concentração não esteja fortalecida. Porque é um livro que nos exige muito presentes nas suas ramificações.

«Pouco a pouco, estudando as infinitas possibilidades do esquecimento, 
deu-se conta de que podia chegar o dia em que se reconhecessem as coisas 
pelas inscrições mas em que não se lembrasse da sua utilidade»

É, apesar disso, uma leitura enriquecedora, sobretudo, por expor a experiência colonial, a clausura, o impacto da guerra, a corrupção e a opressão de um povo. De um prisma emocional, explora os fantasmas do passado, o medo, a loucura, os anseios e as dores de uma população à deriva. Através de uma linguagem simbólica, interliga o misticismo e a dura realidade da marginalização. E coloca em evidência diversos papéis sociais.

«Depois de tantos anos de morte, era tão intensa a saudade dos vivos»

A narrativa tem, para mim, duas vertentes poderosas. Por um lado, reserva um olhar crítico à dinâmica familiar, na qual a ausência, a negligência e a falta de comunicação assumem um protagonismo desarmante, e, por outro, tem a sua força na figura da mulher, atendendo a que é um elemento central na gestão da casa, da família e da própria cidade. Ao caminharmos por entre estes dois lados da margem, vamos sendo surpreendidos por episódios caricatos, surreais, que nos deixam boquiabertos - e predispostos a aceitá-los.

«Tantas flores caíram do céu que as ruas amanheceram atapetadas por uma colcha compacta»

Cem Anos de Solidão é uma história que interliga sete gerações e que marca uma reprodução cíclica dos acontecimentos. Com um toque evidente de realismo mágico, mostra-nos todo o encanto colombiano e o quanto a solidão, mesmo que coabitemos com um forte sentido de comunidade, é um estado de alma.

«Ao dizê-lo não imaginava como era mais fácil começar uma guerra do que acabá-la»


|| Disponibilidade ||

Wook: Livro | Edição Coleção Essencial | Livro de Bolso
Bertrand: Livro | Edição Coleção Essencial | Livro de Bolso

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Fotografia da minha autoria



«Tudo na casa era desmedidamente grande»


O [meu] Porto tem mil encantos, de recantos que nos prendem o olhar, conquistando-nos para sempre. Porque esta cidade é feita de luz e de uma alma que ampara o coração perto da boca, sabendo acolher num abraço profundo - e infinito. São, por isso, várias as paragens onde pretendo regressar, a cada nova possibilidade. Porém, há uma que aparecerá com mais frequência. Porque, sendo uma das minhas favoritas, pertenço-lhe.




O Jardim Botânico tem uma história fascinante. Sobretudo, pela sua vertente botânica e pelo vínculo literário, até porque é uma zona de referência na «vida e obra dos escritores Sophia de Mello Breyner e Ruben A». Portanto, não faltam motivos para nos perdermos pelos seus patamares, deixando-nos envolver pelas espécies raras e exóticas. Contudo, há ainda outra razão para nos aventurarmos numa visita: o Magical Garden.






Este evento cultural veio, então, cobrir o Jardim Botânico com outro brilho, atendendo a que, num percurso de mais de um quilómetro, somos surpreendidos com 20 atrações luminosas, lanternas temáticas, light design, projeções de videomapping e experiências interativas. Com o claro intuito de aproximar o público e a natureza [e com um espaço adaptado para pessoas com mobilidade reduzida], embarcamos numa viagem inesquecível.






O espetáculo tem sentido único, com um percurso bem delimitado. E, embora apresente uma duração média de uma hora, o ritmo é marcado pelos visitantes, usufruindo da experiência sem pressas. Assim, somos recebidos, na entrada, pelo Arco Íris de Boas Vindas e, depois, vamos descobrindo a Biodiversidade Encantada, a China Misteriosa, o Dragão de Macau, o Japão Místico, o Egipto, os Quatro Elementos, o Egipto Dourado, a Selva Perdida, o Parque Jurássico, o Lago do Leopardo, a Índia Vibrante, os Micro e Macro Catos Interativos, o Deserto Espinhoso, os Azulejos Vivos, o Jardim das Rosas e, por fim, o Jardim das Orquídeas.






O Magical Garden leva-nos numa «viagem à volta do mundo», potenciando uma experiência sensorial noturna «cheia de luz, som e cor». Porque cada detalhe conta uma história. Neste ambiente imersivo, senti-me a deambular por uma realidade paralela, com uma criatividade desarmante e que apela à nossa imaginação. Por isso, através do seu dialeto encantado, avançamos lentamente, só para que a visita se prolongue um pouco mais. Só para que o nosso olhar memorize tudo aquilo que as palavras não serão capazes de reproduzir.




Já tiveram oportunidade de visitar?

Fotografia da minha autoria



«Um veículo de transmissão de conhecimento»


Os espaços que nos proporcionam uma procura autónoma por conhecimento - ou por fontes de entretenimento que nos acrescentem - só podem ter fragmentos de magia na sua essência. Porque nos abrem portas infinitas, com acesso a mundos diversos, únicos. E existe um exemplo que me salta logo ao coração: as bibliotecas.

Atualmente, não as frequento com a maior regularidade, mas foi na biblioteca da escola secundária que comecei a estreitar laços com os livros, a descobrir nomes que em nenhum momento anterior me sussurraram ao ouvido, mas que começaram a conquistar a minha atenção e a minha curiosidade, e a compreender que as palavras podem ter imensas formas, mensagens e almas. Inclusive, talvez tenha sido neste ambiente que desenvolvi o fascínio por estantes preenchidas de tantas histórias, encontrando conforto na organização e exploração das mesmas. É quase terapêutico. E, melhor, é uma passagem para muitas viagens intermináveis.

Outubro é o mês internacional das bibliotecas escolares. E isso, para além de me transportar para as bibliotecas que quero descobrir, inspirou-me a procurar obras literárias que as tenham como cenário de fundo.


📖 BIBLIOTECA PESSOAL, Jorge Luis Borges
«Quando morreu, Borges já tinha escrito os prólogos dos primeiros sessenta e quatro títulos de uma série de cem que haveria de constituir uma coleção, a súmula das suas preferências literárias: a sua biblioteca pessoal, sobre a qual Borges escreveu: «Desejo que esta biblioteca seja tão variada quanto a curiosidade que a mesma induziu em mim.» É esta escolha pessoalíssima de Borges que aqui se apresenta».

📖 O NOME DA ROSA, Umberto Eco
«Guilherme de Baskerville, tendo chegado com Adso pouco antes das duas delegações, encontra-se subitamente envolvido numa verdadeira história policial. Um monge morreu misteriosamente, mas este é apenas o primeiro dos sete cadáveres que irão transtornar a comunidade durante sete dias. Guilherme recebe o encargo de investigar esses prováveis crimes. O encontro entre os teólogos fracassa, mas não a investigação do nosso Sherlock Holmes da Idade Média, atento decifrador de sinais, que através de uma série de descobertas extraordinárias, conseguirá, no final, encontrar o culpado nos labirintos da Biblioteca».

📖 A BIBLIOTECÁRIA, Salley Vickers
«Em 1958, Sylvia Blackwell, recém-licenciada de uma das novas escolas de bibliotecários do pós-guerra, assume um emprego como Bibliotecária Infantil numa biblioteca degradada na vila de East Mole (...) é um testemunho comovente da alegria de ler e do poder dos livros em mudar e inspirar todos nós».

📖 A BIBLIOTECA DA MEIA-NOITE, Matt Haig
«No limiar entre a vida e a morte, depois de uma vida cheia de desgostos e carregada de remorsos, Nora Seed dá por si numa biblioteca onde o relógio marca sempre a meia-noite e as estantes estão repletas de livros que se estendem até perder de vista. Cada um desses livros oferece-lhe a hipótese de experimentar uma outra vida, de fazer novas escolhas, de corrigir erros, de perceber o que teria acontecido se tivesse escolhido um caminho diferente. As possibilidades são infinitas e vários horizontes se abrem à sua frente».

📖 COM A BRECA, HÁ AMOR NA BIBLIOTECA, Sara Rocha
«Quando o sol se despede e a lua começa a espreitar, há uma biblioteca algures que deixa de existir tal como a conhecemos e se transforma num local extraordinário. Que segredos esconde? Que situações oculta? Entra nesta biblioteca peculiar e conhece dois primos com um dom especial, uma bibliotecária desconfiada e várias estantes cheias de sonhos, e tudo o que descobrires, não contes a ninguém... Atreves-te a entrar?»

📖 UM CORPO NA BIBLIOTECA, Agatha Christie
«Ela era jovem, loura e usava demasiada maquilhagem. O coronel Bantry e a mulher, Dolly, nunca a tinham visto antes... até a encontrarem morta no tapete da sua biblioteca! Quem é ela? Como é que foi ali parar? E qual a sua relação com outra jovem assassinada, cujo cadáver será posteriormente descoberto num carro incendiado? O respeitável casal Bantry convida a pessoa mais eficiente que conhece no que a mistérios diz respeito: Miss Jane Marple. E quando o enigma se adensa e a investigação aponta para vários suspeitos possíveis, a astuta solteirona faz jus à sua fama de implacável bisbilhoteira».

📖 UMA AVENTURA NA BIBLIOTECA, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
«A biblioteca funciona num antigo palacete recheado de mistérios. A bibliotecária é ruiva e linda de morrer. Tem um irmão igualmente ruivo e tão giro como ela. No jardim do palacete vive uma velhota que garante haver maldições pairando sobre aquele lugar. Mas o que paira mesmo são mensagens, bilhetes com códigos secretos que alguém enfia entre páginas de livros escolhidos. Para clarificar tanta confusão, o grupo cai nas mãos de uma perigosíssima bandida, que tem a alcunha de Rapa Tachos, e dos seus filhos».


«Não sei quanto tempo demora
A esquecer a solidão
Que tu deixaste à minha porta
Ao levares o meu coração
Escondes o que queres dizer
Só pelo medo de me ver sofrer
Mas não dá

[...]

O tempo que passou por mim
Fez calar a minha voz
Foi contigo que aprendi
O que é amar alguém a sós

[...]

Nada nos une, só nos mantém
E tudo muda, nós mudamos também
Talvez o amor seja assim
Mas tudo o que eu quis para mim
Já não há

Onde vais
Que se eu fico
Daqui tu não sais
Vai acabar sempre por doer mais
E já nem isso eu posso mudar

Então diz-me se vais ou não vais
Nem sei se ligo ou deixo passar
E espero que seja o tempo a curar
Que já nem isso eu posso mudar
Acorda-me quando acabar»

Fotografia da minha autoria



... Iogurte com cereais!

[Fui sempre apreciadora de leite com cereais. Mas ainda há outra combinação que me entusiasma mais: iogurte com cereais. Não sei explicar este vínculo, contudo, sabe-me pela vida. Por isso, é uma escolha recorrente, seja ao pequeno-almoço, seja ao lanche. Habitualmente, os protagonistas são os mesmos: iogurte natural e os Crunchy Muesly de Chocolate, do Pingo Doce. É uma combinação que se equilibra na perfeição]. 

Fotografia da minha autoria



Limites. Há quem não saiba o que isso é.


🌿


A exposição constante não é um reflexo direto de cada sentimento. Por vezes, 
aquilo que se guarda no peito é bem mais forte do que aquilo que vê a luz do dia.


🌿


Podemos tropeçar. Cair. Ficar no chão. Mas talvez seja mais seguro quando, humildemente, 
nos ancoramos a quem nos estende a mão para nos tirar das trevas.


🌿


Deixei-te livre, até porque compreendi, da pior forma possível, que quanto mais 
prendemos as pessoas, mais vontade elas têm de ir embora.

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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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