Entre Margens

Fotografia da minha autoria



«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Janeiro, mês com tantas vidas dentro. É provável que me repita, mas fico sempre com a sensação que o tempo avança mais devagar. Ainda assim, com pequenos percalços pelo meio, foi uma caminhada muito serena - não tanto como um breve recomeço, mas mais como uma forma de balançar ideias e estruturar novos destinos.


⚓ MOMENTOS
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O Alma Lusitana em 2022
Um dos meus projetos mais queridos encheu-me as medidas, em 2021, portanto, fazia todo o sentido transitá-lo para este ano. E de modo a podermos conversar sobre as nossas leituras, criei um grupo no Goodreads.


Bullet Journal Literário
O meu Bujo tem sido um companheiro indispensável. Por isso, neste novo ano, quis renovar a imagem dos separadores que o constituem. Além disso, aproveitei para definir o meu desafio no Reading Challenge [apontei para os 45 livros] e aderir a alguns clubes de leitura - ainda que a minha participação possa não ser tão regular.


Contraponto
Esta ideia estava a marinar há algum tempo, sobretudo, porque tinha um nome que não abandonava os meus pensamentos. Assim, este Contraponto divide-se em duas componentes: Irritações de Domingo à Noite [onde partilharei coisas que me me mexem com os nervos - mais ou menos sérias] e Brinde às Segundas [onde partilharei tudo o que me vai inspirando]. Esta dinâmica foi pensada para a conta de Instagram do blogue.

       

Coisas que iluminaram o mês: voltei a visitar livrarias físicas, aderi ao 1SE, os meus pais já têm a dose de reforço, continuei com a renovação do meu quarto, saíram as músicas do Festival da Canção e fui votar.



📚 LEITURAS
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Pão de Açúcar, Afonso Reis Cabral
Alma Lusitana || Porto

Pequenas Grandes Mentiras, Liane Moriarty
Clube Leituras Descomplicadas || Austrália

Inverno, Ali Smith
Clube do Livra-te


Outras Leituras do Mês
Memória de Elefante [António Lobo Antunes], Raízes Negras [Lúcia Vicente], Leite e Mel [Rupi Kaur], Levante-se o Réu [Rui Cardoso Martins], Persuasão [Jane Austen] e Ás de Espadas [Faridah Àbíké Íyímídé].



📺 FILMES & SÉRIES
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Cavsa Própria
A nova aposta da RTP tem uma premissa intrigante. Partindo dos bastidores dos tribunais portugueses, há um crime violento que vem abalar o sossego de uma pequena cidade. E é neste desenlace que se enfrentará uma batalha, imagino, dura: fazer prevalecer a razão ou dar voz ao coração. Fiquei logo rendida, até porque o tom deste argumento consegue cativar. Além disso, fiquei a saber que a narrativa secundária baseia-se nos livros de Rui Cardoso Martins - Levante-se o Réu, Levante-se o Réu Outra Vez -, que é um dos autores da série.

O Sítio das Coisas Selvagens
Max aparenta ser um miúdo bastante indisciplinado, mas, no fundo, a lidar com um turbilhão de emoções, apenas se sente incompreendido e a forma como o demonstra pode trazer-lhe dissabores. Inspirado no livro infantil de Maurice Sendak - Onde Vivem os Monstros -, este filme é uma viagem muito pertinente à nossa essência, mostrando-nos que nem sempre é fácil gerir observações alheias e o que nos bate no peito.

A Mim, Nunca
Esta mini série - de três episódios - foca-se na história de uma mulher a libertar-se de uma relação abusiva e pretende demonstrar os traumas que esses fantasmas acarretam [para si e para os que a rodeiam]. Embora acredite que a mensagem seja de extrema importância, até porque não podemos afirmar que esta nunca será a nossa realidade, sinto que beneficiaria de uma abordagem mais duradoura. Porque este problema continua presente e não desaparece com tanta rapidez. Ainda assim, creio que o final acaba por desmistificá-lo.

Este mês, para meu agrado, regressaram S.W.A.T. e The Resident [que já me fez chorar bastante].



✏ PUBLICAÇÕES
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Sétima Arte || O Pintassilgo
Os escritores têm superpoderes: através das suas palavras e da sua imaginação, transportam-nos para mundos desconhecidos, para realidades que conseguem ser tão diferentes das nossas, despertando sensações e emoções que talvez não acreditássemos possíveis. E foi neste embalo que O Pintassilgo, de Donna Tartt, me transformou, assumindo-se como um dos livros da minha vida. Assim, tê-lo adaptado ao cinema foi mais uma maneira de eternizar aquilo que tem de mágico - desconcertante, mas tão inesquecível.


Renovei as Estantes do Goodreads
Quando criei o grupo para o Alma Lusitana, concentrei-me num segmento em específico: as estantes. No meu perfil, continuavam a constar as três basilares [e transversais a todos os utilizadores]: Read - com os livros lidos -, Want To Read - com os que queremos ler - e Currently Read - com os que estamos a ler. Porém, senti vontade de personalizá-lo, tornando-o mais próximo da minha identidade. Assim, organizei outras estantes.


Escrever à Mão: Os Meus Essenciais de Escrita
O ano passado, com o intuito de comemorar o dia da escrita à mão, enumerei os sete motivos pelos quais continuo a priorizá-la. Para 2022, senti que fazia sentido mostrar-vos os meus essenciais na hora de escrever.




🍴 À MESA
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Ferrero Rocher
Recentemente, experimentei os Dark Origins, revestidos com uma camada extra de chocolate - com diferentes percentagens de cacau [50%, 65% e 80%] - e os Ivory Coast [os de 80%] roubaram o meu coração.


Para tornar janeiro mais apetitoso, tive a minha dose de francesinha mensal. E mousse caseira.



📌 ENTRE LINHAS
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Paletas Lucky
As oportunidades para utilizar as paletas ainda não foram muitas - nem duradouras. Portanto, as minhas observações são pouco fundamentadas, partindo de primeiras impressões. Ainda assim, fiquei rendida aos tons e à qualidade dos mesmos, porque são bastante suaves e pigmentados. Além disso, permitem-nos construir looks mais simples ou mais ousados, dependendo da nossa personalidade e dos nossos planos.


Aqui Há Peça
Estava a precisar de uma jarra para complementar a decoração da minha cómoda. Depois de percorrer o catálogo, cheguei à conclusão que esta jarra salpicada e amarela era a mais indicada: 1) combina cores que adoro; 2) tem as dimensões ideais para o espaço; 3) como traz tampa, posso usá-la com ou sem flores. Optei pelo modelo mais baixo e a qualidade é extraordinária. Para completar a minha encomenda, não resisti a este arranjo, até porque adoro ter flores em casa. E o meu quarto ficou com um toque absolutamente encantador.


Vans Filmore Decon
Queria comprar umas sapatilhas pretas, visto que as minhas estavam a precisar da reforma [e, confesso, não fiquei muito fã do modelo Gazelle, da Adidas]. Como tinha as Vans em mente, aproveitei o Natal para as ter no sapatinho. E não podia estar mais satisfeita com a escolha. O meu desejo inicial passava pelas Old Skool, mas, já que estavam esgotadas quando as fui comprar, optei pelas Filmore Decon e o conforto é inegável.




📌 JUKEBOX
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A Surpresa: Como Se Te Fosse Perder [Anselmo Ralph & Diogo Piçarra]
Melhor Duo: Fim [Fernando Daniel & Carolina Deslandes]
A Diferentona: Culpa [UAU, OK]
A Favorita: Matriz [Tiago Nacarato]
Artista Revelação: Ana Mariano


Álbuns: Night Call [Years & Years], Game Over [Kiko Mori], Apanhado [Zarco], 
Dear Jean [Fingertips] e Today We'll Be The Lucky Ones [Castilho]



🎥 VÍDEOS & PODCASTS
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No que diz respeito a podcasts, destaco o regresso do Crise de Identidade, da Sofia Costa Lima. Outros Lugares, de Gonçalo Câmara [que nos fará viajar sem sair do lugar]. E Lá Fora Tá-se Pior, de Duarte Correia da Silva [que teve a duração de uma semana, atendendo a que acompanhou o seu recente confinamento].



✨ GRATIDÃO
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«A importância do sorriso, da delicadeza»

Um início tranquilo, sem acontecimentos de maior, mas que me deixou muito grata por, principalmente, saber que os meus pais estão um pouco mais protegidos, que eu já tenho a minha dose de reforço agendada e que pude exercer o meu direito de voto. Além disso, sou grata por todas as histórias maravilhosas que descobri, pelos amanheceres bonitos e por ter pessoas interessadas em acompanhar e fazer parte do Alma Lusitana.

    


Como foi o vosso mês?


«Eu não quero mais
Tentar nos convencer
Eu vou inventar outra ilusão
E vamos fingir achar um porquê
É como se até não fosse em vão

Por um momento
Os dois tão perto
Qualquer que seja o impulso
É tão sincero»

Fotografia da minha autoria



Tema 35: Banana + Relógio + Chapéu


As horas batem descompensadas
Marcando um tempo imperfeito
Pela vista do alto da montanha

E nesta contagem regressiva
Como quem descasca sem pressa
Uma banana perdida na fruteira
Inventamos outro momento
Outro impulso utópico
Como se fossemos mais
Por sermos um pedaço de alma
Convencido pela distância

Ao longe há um chapéu que voa
E eu sigo adiante
Em direção à casa que me recebe
Sem que lhe pertença

Porque esgota-se o tempo
Numa narrativa breve
De quem já não sabe
O que escrever

Fotografia da minha autoria



«E nunca as minhas mãos ficam vazias»


O poema é um mundo de reencontros. Para Sophia de Mello Breyner, era a sua explicação com o universo e a sua convivência com as coisas, com as vozes, com as imagens. Por isso é que os seus versos partiam sempre de um ângulo concreto, envolvendo-nos na sua bolha e na sua intervenção ativa enquanto artista e cidadã.

A minha ligação à sua obra começou na prosa [possivelmente, com A Floresta], mas mantendo uma porta aberta para a poesia que ansiava descobrir. Pela amplitude. Pelo eu lírico que é tão relacional. Pela intemporalidade. Porque, mesmo numa altura em que apenas lia poemas soltos, reconhecia-lhes uma travessia no tempo, resgatando experiências plurais, que poderiam retratar problemáticas de gerações tão distintas.

É neste género literário que tanto me conforta que pretendo abraçá-la. E enquanto a sua Obra Poética não figura na minha estante, deixei-me inebriar por dois exemplares independentes que espelham a sua mestria.


POESIA

A leveza das suas palavras, que nos soam como uma melodia harmoniosa, camufladas numa linguagem acessível, confronta-nos, ainda assim, com um mundo desconhecido, por vezes algo sombrio, e uma metamorfose emocional, que nos faz reconsiderar a nossa alma fragmentada em diversas identidades.

«Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas»

Dividido em três partes, este livro é feito de solidão, de saudade e de paz. E leva-nos a deambular pela morte, pelo sonho, pela exaltação, pela fragilidade, pela plenitude, pelo terror e pelas ruínas. Com versos de uma humanidade ímpar, é a natureza - enquanto elemento e enquanto caráter - que nos proporciona um certo renascer e redenção, partindo de um lugar íntimo e compreendendo as dicotomias que nos correm por dentro.


DIA DO MAR

O cariz social, embora ténue, e a clara referência à infância, com um vínculo especial à Praia da Granja, em Vila Nova de Gaia, marcam o tom desta obra, tão rica em imagens, metáforas e silêncios sem tempo e lugar.

«Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei»

A viagem continua livre, por um ambiente que nos aproxima de um mar imenso de possibilidades e de sensações. Alternando entre a vontade de viver em pleno e a impossibilidade de o fazer, entre a harmonia e a solidão, entre o humano e o divino, confesso que foi a parte IV que arrebatou o meu coração. Sophia enlaçou-se «à força das coisas naturais», aos descobrimentos e a Abril para, no fim, procurar uma consciência de si.


|| Disponibilidade||

Poesia
Wook: Livro | eBook
Bertrand: Livro | eBook

Dia do Mar
Wook: Livro | eBook
Bertrand: Livro | eBook

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



«Peças portuguesas para espaços e momentos especiais»


O traço minimalista vai redesenhando a decoração dos meus espaços. Principalmente, daqueles onde me refugio - para ler, para escrever, para estar. Por isso, é fundamental que cada detalhe comunique nesse sentido, não só por uma questão de harmonia, mas também por uma questão de identidade e praticidade.

Um dos meus projetos para este ano é continuar a renovação do meu quarto, tornando-o numa extensão do meu dialeto simples e atento a apontamentos singulares. E a verdade é que, no meio de tantas possibilidades, chega a ser bastante terapêutico combinar cores, materiais e texturas para que o resultado final transborde aconchego. Portanto, para que tal aconteça, vou acompanhando algumas marcas e os seus lançamentos.

Já há algum tempo que me tinha perdido de encantos pela Aqui Há Peça, porque tem linhas que se adequam a todas as minhas preferências - e um conceito inspirador. E, finalmente, aventurei-me numa compra.


AQUI HÁ PEÇA

A marca é 100% portuguesa, comercializando peças de cerâmica nacionais. Pautando-se pela simplicidade e pela elegância, o projeto ganhou asas porque as suas criadoras «perceberam que as peças de cerâmica estão sempre presentes no nosso dia a dia, desde um pequeno apontamento na decoração da nossa casa, no nosso local de trabalho, num jantar de amigos ou mesmo numa festa de aniversário ou de casamento». Além disso, por ser parte da nossa tradição, também é uma forma de valorizar - e homenagear - os nossos produtos.


AS MINHAS ESCOLHAS

Jarra Salpicada e Amarela


Estava a precisar de uma jarra para complementar a decoração da minha cómoda. E o difícil foi mesmo escolher, porque, ao deambular pelo catálogo disponível, a minha vontade era selecionar um artigo de cada.

Há peças para todas as preferências, ocasiões e carteiras. Porém, sinto que existe uma linha transversal a todas elas, atendendo a que contemplam a versatilidade e a intemporalidade. Isso sossegou-me, pois percebi que, fosse qual fosse a escolha, conjugaria bem com a divisão e a minha personalidade a longo prazo.

Depois de percorrer o catálogo e de ponderar alguns aspetos, cheguei à conclusão que esta jarra salpicada e amarela era a mais indicada: 1) combina cores que adoro; 2) tem as dimensões ideais para o espaço; 3) como traz tampa, posso usá-la com ou sem flores. Optei pelo modelo mais baixo e a qualidade é extraordinária.


Arranjo Limoges


Para completar a minha encomenda, não resisti a este arranjo, até porque adoro ter flores em casa. Ainda não sabia se o iria colocar na jarra nova, mas segui nesse sentido. E o meu quarto ficou com um toque encantador.


CURIOSIDADES & CONSIDERAÇÕES

A minha experiência não podia ter sido mais positiva, porque a compra foi bastante intuitiva [o site é muito funcional e claro] e todo o processo célere. Além disso, chegou tudo em perfeitas condições. Naturalmente, se estiverem à procura de peças distintas, para vocês ou para oferecer, recomendo que visitem a Aqui Há Peça.

Uma vez que decidi usar a minha jarra com flores, como mencionei anteriormente, a tampa que a acompanhava não ficou esquecida: dei-lhe uma nova vida e, neste momento, serve de base para uma vela.


Há peças que nos marcam, pelos mais diversos motivos. E estas, creio, contarão uma história muito bonita.

Fotografia da minha autoria



«Desolação, vento gelado, tempo dos dias mais curtos»

Avisos de Conteúdo: Homicídio, Saúde Mental, Relações Familiares Desestruturadas


O Uma Dúzia de Livros renasceu com uma nova identidade. Rita da Nova e Joana da Silva são co-apresentadoras do podcast Livra-te e quiseram aprofundá-lo com esta dinâmica de clube do livro, no entanto, continuam a ser formatos independentes, isentos de qualquer obrigatoriedade para os leitores e os ouvintes. Além disso, em vez de funcionar por temas, todos os meses existirão duas obras para serem descobertas.


LIVROS DE JANEIRO

A Joana selecionou A Troca, de Beth O'Leary, enquanto a Rita sugeriu Inverno, de Ali Smith. Estão ambos traduzidos em português e figuram na minha lista de desejos. Ainda assim, manifestou-se com mais intensidade o meu interesse em cruzar-me com a escrita de Ali Smith, portanto, priorizei a escolha da Rita.


A ÉPOCA QUE NOS ENSINA A SOBREVIVER

Os dias gélidos de inverno tendem a mortificar-nos com lentidão, na mesma medida em que despertam, em nós, um certo instinto de sobrevivência, uma certa vontade de procurar conforto, embora possamos movimentar-nos sobre o caos - físico e emocional. E foi nesta espécie de limbo que avancei na minha leitura.

«Sou filho de ninguém. Como uma flor. Cresço selvagem»

A premissa permite antever um retrato próximo da realidade. Mesmo não sendo autobiográfico, percebe-se que há uma urgência na autora para nos transportar e consciencializar para referências políticas e sociais. Neste caso em concreto, foca-se nas consequências do Brexit, na intervenção problemática de Trump e na questão dos refugiados. Em simultâneo, confronta-nos com o impacto da desinformação, das notícias falsas e da dependência do mundo digital. E cada uma destas temáticas é explorada no quotidiano dos protagonistas.

«A tua propensão para o egoísmo é que me preocupa, disse ela»

Inverno divide-se por fios soltos e complexos, que não estou certa de ter acompanhado e compreendido na totalidade. Não obstante, fiquei maravilhada com o seu processo narrativo e com a escrita de Ali Smith.


A DINÂMICA FAMILIAR

O início da narrativa é um pouco surreal e demorei a ambientar-me à sua energia. No entanto, tornou-se muito mais intuitivo quando se reuniram as personagens e a dinâmica entre elas se tornou o principal foco da ação.

«A generosidade dela abala-o quase tanto quanto a frieza da mãe»

Essencialmente passado no Natal, há, neste enredo, um relato que nos faz viajar até ao passado, descobrindo os desencontros, as mágoas, as falhas e os laços que se quebraram. Mas, quase como se a vida proporcionasse uma segunda oportunidade, as situações inusitadas e palco de tanta discórdia são, também, a demonstração de um amor profundo, só possível no seio familiar - que tantas vezes nos faz frente, continuando a amparar-nos as quedas, mesmo em silêncio -, porque a preocupação com os nossos não desvanece.

«Seria possível travar o desfile do tempo através de nós?»

Com pequenos momentos de tensão e pensamentos em suspenso, há nos diálogos destes intervenientes tão distintos uma ponte para reflexões de inúmeras naturezas, que nos convidam a olhar para dentro de nós.


O CAOS E A ARTE

Inverno, com o seu registo cómico-trágico, reserva-nos passagens com a dose certa de ironia. E sentindo o caos próprio da estrutura textual, somos igualmente impelidos a considerar a forma como observamos o mundo, como nos posicionamos e qual o papel que a arte pode exercer neste plano com tantas ramificações.

«onde é que nós estaríamos sem a nossa capacidade de ver para lá do que devemos ver»


Disponibilidade: Wook | Bertrand

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

Fotografia da minha autoria



«É o início da 56ª edição»


O segredo foi sendo revelado aos poucos, como quem desembrulha uma lembrança ou se enlaça num ritmo melódico surpreendente. Porque um dos eventos do ano está próximo de se concretizar. Após terem sido anunciados os seus autores e os interpretes, foi a vez de conhecer as datas chave do Festival da Canção.

Contrariamente a anos anteriores, a edição de 2022 só ocorrerá em março, mas a lista de músicas já se encontra disponível nas plataformas digitais, permitindo-nos satisfazer a curiosidade, ao mesmo tempo que as descobrimos com calma e a tempo das duas eliminatórias. Neste sentido, a primeira está marcada para dia 5 [sábado], enquanto a segunda acontecerá a 7 [segunda]. A grande final ficou definida para dia 12 de março.

No total, existem 20 temas em competição e a votação seguirá a dinâmica habitual: metade da pontuação será atribuída pelo júri e a outra metade representará a voz dos telespectadores. Conhecendo, em traços gerais, o regulamento do espetáculo, dediquei-me à minha parte favorita deste processo: a viagem pelas canções.

Procuro sempre ser isenta na minha apreciação, mesmo quando sei que há nomes que dificilmente ficarão fora dos meus prediletos. Mas a verdade é que isso acontece por algum motivo e houve duas músicas que me conquistaram de imediato. Apesar disso, ainda acrescentei outras três a este pódio, porque acredito no seu potencial. E acredito, também, que todas elas podem fazer um percurso muito bonito dentro e fora do festival.

Portugal transborda de talento. E isso sente-se. Portanto, são estas as minhas cinco canções favoritas.


A FAVORITA DE TODAS



A SEGUNDA FAVORITA



AS OUTRAS FAVORITAS




Embora não me tenham marcado tanto como as anteriores, mas reconhecendo-lhes algo especial, tenho de fazer uma menção honrosa a Calisun [TheMisterDriver], Corpo de Mulher [Milhanas] e Pontas Soltas [Jonas].



Já ouviram as canções a concurso? Alguma preferência?

Fotografia da minha autoria



«A cozinha é o coração de um lar»


A gastronomia portuguesa é fascinante: não só pelos temperos e pela comida em si, mas também pelos laços que se estreitam, quando estamos na cozinha ou sentados à mesa, numa partilha plural - intemporal - que nos conforta. É por isso que as memórias são sempre mais saborosas, caso as associemos a esta natureza.

Um dos meus sabores favoritos é o dos ovos moles. Portanto, senti que este tema combinava na perfeição com a cidade de Aveiro. No entanto, não queria que o tópico ficasse limitado a um contexto fechado, razão pela qual creio ser importante reforçar que o sabor pode não estar associado a uma receita. Pode, antes, aparecer representado no título, numa personagem que adore cozinhar [ou não], numa memória ou na perceção de uma narrativa tão rica em acontecimentos, que quase lhe sentimos esse travo agradável. Não obstante, obras sobre culinária também são bem-vindas. Porque a forma como cada leitor interpreta o tema é que o torna delicioso.

Esta paragem conta com uma participação especial, visto que a livraria Gigões & Anantes acedeu, prontamente, ao meu pedido e sugeriu duas obras para o tema de Aveiro, que têm outro encanto por serem de filhos da terra. Em simultâneo, reuni mais 15 livros que podem ser excelentes companheiros de viagem.


 LIVROS COM SABOR 


 SUGESTÕES GIGÕES & ANANTES 

 

O Extraordinário Caso da Mosquinha-Morta, Cláudia Cruz Santos: «A autora aveirense traz-nos agora “O Extra­ordinário Caso da Mosquinha-Morta”, que define como um romance policial. A sua terceira obra de ficção é centrada em Catarina Efigénia, uma professora de português num liceu e que tem, desde o ano lectivo anterior, duas alunas novas, gémeas, “bastante problemáticas, cada uma à sua maneira”. Parte da narrativa desenrola-se numa escola, mas passa-se também fora dos seus portões. Porque, como a própria referiu, os incidentes da vida privada acabam por ter reflexos naquilo que sucede nos espaços mais públicos».

15 [ou quem concebeu o mundo não lia romances], André Éme: «Razão e coração. Todos os dias, há milhões de coincidências que não acontecem. Mas as que acontecem ficam gravadas na nossa memória e acabamos por chamar coincidências a acontecimentos que a razão nos diz serem meras probabilidades matemáticas. A morte do Quinze – uma figura pouco querida, mas familiar – e a reunião improvável de tantas antigas companheiras em torno do seu funeral, leva o narrador a fazer uma viagem dentro de si mesmo, à boleia de um ciúme tardio que o incomoda e envergonha. Nesse caminho interior desenhado pelas memórias que se vão alinhando, os acasos tendem a ser negados, mas… até a menor probabilidade matemática acaba por poder mudar vidas – afinal, são tantas as ocasiões em que a lógica explica, mas não satisfaz!».


 O QUE VOU LER 


Com os Copos, MEC: «Viaje pelo mundo das bebidas e dos cocktails pela mão de Miguel Esteves Cardoso, um conhecido expert nesta matéria que, neste livro, encarna a personagem de um barman que o conduzirá às mais elevadas experiências do saber beber. Magnificamente ilustrado por Pedro Proença, este é um livro indispensável para quem se interesse pela arte de preparar bebidas ou, tão simplesmente, pelo seu consumo».


 OUTRAS SUGESTÕES 

  

Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett: «
Vou nada menos que a Santarém: e protesto que de quanto vir e ouvir, de quanto eu pensar e sentir se há de fazer crónica. E assim nasceu a obra que viria a ser o marco do movimento romântico em Portugal. A narrativa de viagens enreda-se na perfeição com a novela trágica de Carlos e Joaninha e ainda com todas as singulares e geniais divagações e reflexões de Garrett».

Camilo Castelo Branco e o Garfo, José Viale Moutinho: «O autor, conhecido investigador de Camilo Castelo Branco, debruça-se desta vez sobre a gastronomia na obra de Camilo. Percorrendo os inúmeros livros do escritor e textos dispersos, recolheu as invulgares citações relacionadas com alimentação e procurou descobrir o modo de confecção da época. Desde a truta de escabeche ao toucinho-do-céu, as dezenas de citações e receitas que compõe este livro certamente irão agradar tanto camilianistas como amantes da cozinha».

A Cidade e as Serras, Eça de Queiroz: «Nesta obra, Eça sugere o tema clássico do elogio da "aurea mediocritas", quando mostra que nem é o fausto, nem o conforto, nem a ciência que fazem o homem feliz, mas sim uma vida calma, simples e natural. A descrição que faz da vida do campo é mais uma forma de idealização à maneira de Júlio Dinis. Revela-se um extraordinário paisagista. As descrições da obra concretizam o pensamento de Fradique Mendes: "a arte é um resumo da Natureza feito pela imaginação"».


  

O Duende Cozinheiro, Maria João Carvalho: «Esta é uma história de amizade cuja receita secreta se encontra bem guardada no coração do pequeno duende cozinheiro. Mas esse segredo vai ser revelado neste livro a mostrar que a alegria e a generosidade são os "ingredientes" certos que, temperados com uns pozinhos mágicos, podem transformar cada criança num duende traquina fazedor de sonhos e de um mundo melhor».

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Mário de Carvalho: «Uma horda de cavaleiros berberes do século XII vê-se subitamente em plena Avenida Gago Coutinho por incúria da deusa Clio, que se deixa adormecer, enredando na sua tapeçaria milenar os acontecimentos de 4 de Junho de 1148 e 29 de Setembro de 1984. Um elevador não pára de subir. Um frade no seu convento resiste ao Dia do Juízo Final. Um homem simples vive um quotidiano dantesco. Um chimpanzé é capaz de reescrever a obra Menina e Moça. Um navio negro, desarvorado, muito maltratado pelo mar, dá à costa, trazendo consigo a pestilência...».

Balada Para Sophie, Filipe Melo & Juan Cavia: «A vida de Julien Dubois, pianista de sucesso, confunde-se com a história da Europa do século XX. Desencantado e misantropo, vive a reforma numa velha mansão, com um gato e uma governanta por companhia. Um dia, é visitado por uma jovem jornalista que o incita a contar a sua verdadeira história. Nas paredes da casa, saturadas de fumo de cigarro e de velhas memórias, ressoa a confissão de uma vida feita de rivalidade, desamor e arrependimento. Balada para Sophie é uma deslumbrante novela gráfica de uma das duplas mais consagradas da Banda Desenhada em Portugal».


  

Os Três Casamentos de Camilla S., Rosa Lobato de Faria: «Aos noventa anos de vida, Camilla decide percorrer os seus diários e contar as suas memórias. A sua história é a de uma mulher que, ainda que às vezes de longe, viu o tempo e os actos mudarem o mundo. É também a história dos seus três casamentos e do seu único amor. A vida de Camilla é feita de iguais medidas de alegria e desespero. A sua memória é a de uma jornada de crescimento, desde a inocente casada demasiado cedo à mulher que amou e sofreu e viveu uma vida completa. E a voz de Camilla é fascinante, tal como o é o percurso da sua vida. É a autobiografia de uma velha senhora que aos noventa anos decide contar a sua vida, incluindo o que ela possa ter de inconfessável. Desde os ambientes à narrativa, estamos perante um livro adequadamente romântico».

Contra Mim, Valter Hugo Mãe: «Na vida de alguns escritores tudo parece conspirar para a inevitabilidade da escrita. Cada detalhe, por mais errático ou disfarçado de desimportante, já é a construção do fascínio pelo texto, algo que se confunde com a sobrevivência, com toda a dificuldade e alegria. Valter Hugo Mãe, num "ano introspectivo", como diz, regressa com a história da sua própria infância e a magia profunda de crescer fazendo das palavras alimento, companhia, lugar, espera ou bocados de Deus. Este livro é uma criança às páginas».

O Sabor da Liberdade, Ana Maria Magalhães & Isabel Alçada: «Portugal esteve unido a Espanha 60 anos. Durante esse tempo foi governado pelos reis Filipe II, Filipe III e Filipe IV, que viviam em Madrid. A situação não agradava, houve tentativas de revolta fracassadas, mas no ano de 1640 um grupo de nobres resolveu preparar um golpe-surpresa, restaurar a independência e aclamar um rei português. Ana, João e Orlando chegam a Lisboa poucos dias antes de a revolução estalar. Instalaram-se no palacete da família Corrêa e acabaram por tomar parte não só nos romances e problemas daquela gente e das suas vizinhas de bairro mas também no grande acontecimento que mudou a história do país».


  

O Cavaleiro da Dinamarca, Sophia de Mello Breyner: «No regresso de uma longa peregrinação à Palestina, o Cavaleiro tem apenas um desejo: voltar a casa a tempo de celebrar o Natal com a sua família. Nessa viagem, maravilha-se com as cidades de Veneza e Florença, e ouve histórias espantosas sobre pintores, poetas e navegadores. São muitas as dificuldades com que se depara, mas uma força inabalável parece ajudá-lo».

Uma Aventura na Amazónia, Ana Maria Magalhães & Isabel Alçada: «Vai realizar-se em Manaus um congresso médico e a agência de viagens onde trabalha a mãe das gémeas é que está a organizar o evento. Por isso, a Teresa, a Luísa e o Pedro vão poder acompanhar as respectivas mães à Amazónia! Será que o Chico e o João desta vez ficam em casa? Ou vão poder desfrutar todos juntos do esplendor da maior (e mais fantástica!) floresta do mundo? Uma aventura grandiosíssima no lugar mágico do encontro das águas».

Cinderela, João Paulo Seara Cardoso: «Esta não é uma Cinderela tradicional. Há uma reescrita, um tanto ou quanto anacrónica, da história tradicional, a partir das versões de Perrault e Grimm. Personagens saídos de outros contos caem do céu para dificultar a vida a Cinderela. Há uma Bruxa Má que detesta histórias com final feliz e um Lobo Mau disfarçado de GNR a patrulhar as estradas da floresta. Os Sete Anões são chamados a salvar Cinderela da morte certa, na sua qualidade de especialistas em técnicas de salvamento de meninas envenenadas. A Fada-Madrinha é uma tia irascível e ajusta contas com a Bruxa Má, num combate de wrestling. No final Cinderela casa mesmo com o príncipe e têm imensos filhinhos, para descanso de todos».


 

A Flor do Sal, Rosa Lobato de Faria: «Fala-nos da construção de um livro sobre um marinheiro do século XV e sobre o episódio de que ele foi protagonista. Esse pescador de Cascais, Afonso Sanches (que efectivamente existiu), mais tarde baleeiro e por fim piloto de uma expedição que buscava a Índia a Ocidente, chegou casualmente às costas da América em 1481 e disso deu notícia ao rei D. João II. Porém, o rei pediu-lhe silêncio sobre o seu achamento, por estar em vias de elaboração o Tratado de Tordesilhas. Mais de quinhentos anos depois, uma escritora aproveita este facto histórico para elaborar a sua própria ficção – e a sua história cruza-se com a de Afonso Sanches, num romance sobre os mistérios da criatividade, do amor e da morte».

O Pecado de Porto Negro, Norberto Morais: «Conhecida entre os marinheiros do mundo como a Cidade do Amor Vadio, é um lugar remoto, plantado no coração dos trópicos, onde, durante o dia, dizem, cheira ao suor da vida dos homens e, à noite, ao perfume das mulheres da vida. Em Porto Negro vive Santiago Cardamomo, um jovem estivador que divide o tempo livre que tem entre os bares do porto e a cama das mulheres que nunca lhe faltam. Em Porto Negro vive Ducélia Trajero, a filha donzela do açougueiro da terra, em quem o pai deposita todas as esperanças e que sonha com Santiago desde o primeiro dia em que o viu. Em Porto Negro vive também Rolindo Face, o mesquinho empregado do açougue, que jurou a si mesmo que a filha do patrão haveria de ser sua, custasse o que custasse. Amor, ódio, ciúme e vingança misturam-se numa trama que percorre mais de meio século e envolve personagens tão diversas [...] é um mosaico de histórias».


 CONSIDERAÇÕES 

📖 Podem ler qualquer género e em qualquer formato;
📖 O tema pode aparecer representado de várias maneiras, como referi anteriormente;
📖 A lista anterior é um mero guia de apoio, caso estejam sem ideias para as vossas leituras, mas podem ler outra obra do vosso agrado, desde que, naturalmente, respeite o tema central e seja de um autor português;
📖 Não há prazos, obrigações, nem meses fixos. E podem ler mais do que um livro.
📖 Utilizem a hashtag #almalusitana_asgavetas para que consiga acompanhar o que estão a ler.


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andreia morais

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O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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