Entre Margens

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«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Outubro de alma cinzenta, mas que, por entre os pingos da chuva, trouxe pontos de luz aconchegantes. Neste mês, tive a oportunidade de mudar de ares e de escutar uma artista que admiro. Além disso, foi o tempo perfeito para retomar um dos meus hábitos favoritos: acender velas pela casa. Pelo meio deste ambiente, reorganizei as estantes pela milésima vez e voltei à companhia dos chás quentes, sobretudo, ao final do dia.


       MOMENTOS       


Visitar o Parque e Palácio da Pena
Sintra, não me canso de o referir, parece um cenário de contos de fadas e eu assumi a missão de conhecer cada um dos seus recantos. Depois de me perder de encantos pelo Palácio de Monserrate e pela Quinta da Regaleira, em 2020, este ano, regressei para descobrir o Parque e Palácio da Pena. Optámos por ir num dos horários da manhã [11h30] e a visita prolongou-se quase até às 15h, porque não desperdiçamos a oportunidade de ver o Chalet e Jardim da Condessa d'Edla. Irei dedicar uma publicação a esta viagem, muito em breve, porém, posso já adiantar que adorei cada pormenor. Quer a paisagem envolvente, quer os diversos espaços interiores são de uma beleza indescritível. Fiquei sem palavras, por isso, valem-me os registos fotográficos captados para ter a certeza que não passou de um sonho. Regressava num estalar de dedos.

   

Concerto da Carolina Deslandes
Recuo ao Ídolos e relembro-me do quanto fiquei fascinada com o timbre da Carolina Deslandes. Desde então, tenho acompanhado o seu percurso e o seu crescimento enquanto artista, mas nunca se tinha proporcionado a minha presença num concerto. No passado dia 27, isso mudou, uma vez que foi atuar na Gala das IPSS, em Vila Nova de Gaia. Foi emocionalmente transformador, porque a energia da Carolina é contagiante e porque as letras das suas canções adquiriram um novo significado. Quando cantou, por exemplo, a Adeus, Amor, Adeus, senti-me a tremer com o impacto da sua voz. Foram quase duas horas de puro talento. Que momento mágico!

      

Outros apontamentos bonitos do mês: Fui à Boca do Inferno, estive com a minha sobrinha do coração, regressei à Ericeira, recebi o livro da Ana Gil Campos [cortesia da própria] e comprei três belos girassóis.


       LEITURAS       


Novas Cartas Portuguesas, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa & Maria Teresa Horta
Alma Lusitana ◾ Lisboa

Como Se Fôssemos Vilões, M. L. Rio
Clube do Livra-te

Kafka à Beira-Mar, Haruki Murakami
Clube Leituras Descomplicadas ◾ Japão


Outras Leituras do Mês: As Reencarnações de Pitágoras [Afonso Cruz], Aquário [Capicua], O Lugre [Bernardo Santareno] e O Caso Christie [Nina de Gramont].


     FILMES, SÉRIES E PODCASTS     


O Pedro Teixeira da Mota já dispensa apresentações, por ser um nome incontornável no panorama humorístico, em Portugal. Assim, não é de admirar que se tenha lançado num novo projeto. Masterclass, como o próprio define, é um guia prático de como podemos melhorar o nosso comportamento em sociedade.

A RTP continua a figurar nas minhas escolhas, por isso, trago mais duas sugestões que fizeram o meu mês. Por um lado, temos A Série, que combina drama e humor, ao longo de 13 episódios, mostrando-nos a realidade de três amigos que têm dificuldade em encontrar oportunidades profissionais na sua área de formação. Por outro, temos Viagem a Portugal, um documentário da obra homónima de José Saramago. Através da reconstrução de Fábio Porchat, regressaremos aos mesmos lugares por onde passou o Nobel da Literatura.

Guilherme Fonseca está prestes a publicar o seu livro e decidiu lançar um podcast de quatro episódios, com o mesmo nome - Deve Ser, Deve -, atenuando a espera. Martim Sousa Tavares e Hugo Van Der Ding partiram à descoberta da América e a sua aventura resultou num podcast hilariante: Era Uma Vez Duas Pessoas.


       À MESA       


O segundo fim de semana de outubro também valeu muito por algumas experiências gastronómicas.

      

Depois de sairmos do Parque e Palácio da Pena, paramos na Pastelaria Monserrate para um almoço tardio. Para além do atendimento prestável e bastante simpático, acertei em cheio nas minhas escolhas: quiche de frango e brócolos e bolo de chocolate. Sem exageros, deve ter sido dos melhores que já comi na vida.

Já na Praia das Maçãs, jantamos no Villa Maçã, um café-restaurante com muita pinta e profissionalismo. Desta vez, optei por um prego de atum em bolo do caco, uma Bandida do Pomar e, para finalizar em beleza, um brownie de chocolate com uma bola de gelado. Estava tudo delicioso! Quando voltar a esta zona, não hesitarei.

Na viagem de regresso, paramos na Ericeira e, por isso, voltamos ao Pão da Vila, uma vez que gostamos muito das experiências anteriores. Escolhi uma Bowl de Salmão e constatei uma coisa: não fui feita para comer com pauzinhos. Mas o almoço estava muito saboroso - também comi uma fatia de pavlova, mas não adorei.


       ENTRE LINHAS       


Pernoitamos uma noite na Praia das Maçãs e aproveitamos para descobrir o seu Mercado. E foi lá que fiquei a conhecer o trabalho da Mariana, que tem o projeto Willow Studio. Os brincos são o acessório que mais uso, portanto, fui logo atraída para as suas peças, totalmente feitas à mão. Deste primeiro encontro, trouxe dois pares, que tenho utilizado quase sem parar, porque são lindos, leves e super confortáveis. Entretanto, já fiz uma nova encomenda e sei que voltarei a fazer mais, pois faço sempre por apoiar quem me enche as medidas.



       JUKEBOX       


A Surpresa: Arraial Triste [Ana Moura]
Melhor Duo: Sonhar [Elisa Rodrigues & Rita Onofre]
As Favoritas: Gosto de Ti [Luísa Sobral], Neblina [Luar, Rita Onofre & Sara Cruz], Metamorfose [Brisa]
As Diferentonas: Venham Mais Sete [Eu.Clides], Unholy [Sam Smith & Kim Petras]
Artista Revelação: Dianna Excel


Álbuns: 2032 [Duque Província], Heartbeats Etc. [Mirror People], Canções Mundanas [Tiago Vilhena], DanSando [Luísa Sobral], Reconstrução [Os Azeitonas], Círculo [Mariana Dalot], 
Midnights - 3am Edition [Taylor Swift], E Não Só [João Só], Somos [D'Alva]


       GRATIDÃO       


«Estou tão longe da neblina»

Outono foi mês de neblina, em muitos dos seus dias, mas foi, também, a serenidade de uma realidade que conheço como a palma da minha mão. Começando e terminando com chave de ouro, é claro que os meus pontos de gratidão se direcionam para a visita ao Palácio da Pena e para o concerto da Carolina Deslandes.


Como foi o vosso mês?

Fotografia da minha autoria



«Íntimo, poético e luminoso»

Avisos de Conteúdo: Ausência Parental, Morte, Referência a Suicídio, Violência


A vida é, muitas vezes, feita de uma subtil poesia melancólica, que conhecemos através de enredos intimistas, que nos desarmam. E eu só lamento não ter a oportunidade de descobrir o livro de Valérie Perrin pela primeira vez, para ser transportada para a sua energia e voltar a vivenciar o impacto maravilhoso da sua narrativa.


UMA HISTÓRIA DE DOR, AMOR E ESPERANÇA

A Breve Vida das Flores narra a história de Violette Toussaint, «guarda de cemitério numa pequena vila da Borgonha». O contexto em si já é surpreendente e original, mas a concretização deixa-nos quase sem fôlego, porque espera-nos uma montanha russa de emoções fortes, com reviravoltas desconcertantes, confidências trágicas e duas linhas temporais que se cruzam e que nos mostram como o passado e o presente se unificam.

«O Nono diz que o cheiro da morte pode não se agarrar à roupa, 
mas não existe detergente que o impeça de sujar o interior da sua cabeça»

Oscilando entre o riso e a lágrima, entre a revolta e a dormência, entre uma confortável sensação de felicidade e uma dose angustiante de tristeza, este romance prima pela sensibilidade, fazendo-nos sentir cada cicatriz. Assim, através das vivências desta protagonista, somos convidados a descobrir uma bagagem intensa de memórias e de circunstâncias que têm tanto de cómicas como de comoventes. Porque a Violette é inebriante.

«É a prova de que o medo dá asas»

A beleza da obra divide-se por inúmeras componentes, a começar pelos detalhes e a acabar na naturalidade com que a autora interligou os factos e nos levou por um cenário de dor, de amor e de profunda esperança.


UM TOM DE RESILIÊNCIA

Neste exemplar, nada acontece por acaso e existe um equilíbrio fascinante nos momentos de maior tensão. Tendo em conta o seu historial, talvez fosse expectável encontrar uma mulher amargurada, com poucos motivos para prosseguir inteira, mas somos surpreendidos por uma personalidade resiliente, que se recusa a abdicar da felicidade, embora tenha as suas nuances sombrias. E é esta força que a torna tão inspiradora.

«Os casais que nunca gritam, que nunca se zangam, que são indiferentes 
um ao outro vivem por vezes a maior violência de todas»

O enredo está mesmo muito bem construído e não é só a protagonista Violette que merece destaque. Aliás, as personagens secundárias partilham o mesmo nível de qualidade e interesse. Não me importaria nada de conviver com elas, fazendo parte desta atmosfera tocante, hilariante, que se cola à nossa pele para sempre.

«Tudo nele era bondade, tudo e mim era destroço. Estava em ruínas»

A Breve Vida das Flores é um retrato belíssimo sobre o quanto a luz nos pode envolver, ainda que seja maior a escuridão. É uma história sobre renascer no meio do caos, apesar de a tristeza se apoderar de nós, nas mais diversas situações. Feito de pessoas e de simplicidade, há um traço de superação que nos apaixona.


Disponibilidade: Wook | Bertrand

Nota: O blogue é afiliado da Wook e da Bertrand. Ao adquirirem o[s] artigo[s] através dos links disponibilizados estão a contribuir para o seu crescimento literário - e não só. Muito obrigada pelo apoio ♥

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Tema 43: Robot + Regador + Megafone


Os modestos cartazes publicitários passavam despercebidos na pequena comunidade das Magnólias, de tão atarefados que estavam os seus habitantes. Alice bem que tentou providenciar uma distração, retirando-os do marasmo em que caíram, mas não sortiu efeito. Portanto, estava na altura de uma medida mais drástica.

Florista por vocação, a jovem portuense mudou-se para esta aldeia perdida no coração do país, porque precisava de se reencontrar. Sempre que pensava nesta imagem, sentia-se quase enojada com o cliché que se tornara a sua vida, mas não existia outra justificação. Não tardou muito até ter a sensação de estar em casa, porém, começou a perceber que, com exceção das tardes de jogos de cartas, no Café Central, pouco mais se passava por ali. E para alguém que adorava conviver - e tagarelar -, esta realidade foi-lhe roubando energia.

A população era adulta, mas sem ser envelhecida, o que a motivou a idealizar diferentes abordagens para dinamizar Magnólias. Conhecida por todos, foi cativando os vizinhos com a sua doce e prestável personalidade, por isso é que ninguém era capaz de declinar os seus convites. Problema: depois, não compareciam, desculpando-se com o trabalho, com contratempos, com a vida no geral. Então, decidiu inovar.

Após fechar a loja, passou pela do Senhor Jorge, comprou todos os regadores disponíveis e deslocou-se até casa. Já confortavelmente de pijama, reuniu todos os pedaços de cartolina que lhe sobraram do último ano da faculdade e canetas de várias cores. Trabalhou, com afinco, até ao nascer do sol. E aproveitou o silêncio da alvorada para dispor todos os regadores. Quando, nos megafones da Junta, se ecoava uma mensagem de bom dia e o anúncio para a Festa Anual da terra, escapuliu-se para um local reservado só para ver as reações.

Umas dezenas de regadores coloriam a praça central com um convite particular: um ensaio único para a Orquestra Robótica, curiosamente marcado para a sala azul do Museu do Robot, na quinta-feira, às 21h. Os rostos foram-se intrigando e ninguém falava de outra coisa, até porque não sabiam quem poderia ser o autor daquela missiva - convenhamos, as pistas estavam todas lá, mas julgavam que aquilo era um pouco excessivo até para a Alice. Apenas o Senhor Jorge estava convicto da resposta, mas manteve-se em sigilo absoluto.

A comunidade compareceu em peso no ensaio, movida pelo desejo de descobrir o responsável. E a jovem surpreendeu-a com uma sala cheia de instrumentos, partituras e um discurso comovente acerca do quanto é maravilhoso sermos parte ativa de um grupo. E foi assim que nasceu um movimento cultural regular na aldeia.

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«Uma clássica e extravagante história de demanda»

Avisos de Conteúdo: Abandono/Negligência Parental, Violência, Morte, 
Referência a Violação; Linguagem e Cenas Explícitas


A escrita de Haruki Murakami, bem como a sua capacidade de criar histórias com inúmeras camadas, fascinou-me quando me perdi na trilogia 1Q84. Assim, inspirada por uma experiência tão transformadora, soube que queria voltar à obra do autor e selecionei-o para a viagem ao Japão do Clube Leituras Descomplicadas.


UM MISTO DE REALIDADE E SURREALISMO

Kafka à Beira-Mar narra as aventuras de dois protagonistas distintos: Kafka Tamura, um jovem de 15 anos que foge de casa à procura de ligações perdidas, e Nakata, que conversa com gatos e cuja vida nunca voltou a ser a mesma depois de sofrer um acidente na infância. Neste romance, repleto de mistério, enigmas e rotas que vão convergindo, rapidamente percebemos que as suas escolhas terão impacto no percurso um do outro.

«Por vezes o destino é como uma pequena tempestade de areia que não para de mudar de direção»

Avançar na leitura despertou sensações contraditórias: por um lado, senti-me bastante envolvida na narrativa, uma vez que a sua construção impulsiona-nos a descobrir o mistério que a povoa, mas, por outro, senti o ritmo a abrandar, já que, a dado momento, parece que andamos em círculo. Não que a história seja repetitiva, mas acho que se perdeu em acontecimentos pouco relevantes para o enredo. Sabem quando entram numa fase pouco estimulante da ação, mas também não conseguem pousar o livro? Foi o que aconteceu comigo.

«Tudo não passou de uma estranha fatalidade e de uma triste história. 
Para falar com franqueza, ainda hoje acordo todos os dias com um peso na alma»

Num misto de realidade e surrealismo, esta obra aborda temas sensíveis, pertinentes, de uma forma crua e que nos desconcerta, porque chega a provocar desconforto e a colocar os nossos comportamentos em causa.


SIMBOLISMO E UM TOM POLÉMICO

O autor tem o dom de interligar problemas sociais com naturalidade, embora deambulemos por cenários extravagantes. Por esse motivo, encontramos reflexões sobre abandono, negligência parental, identidade de género, amores perdidos e depressão. Em simultâneo, recorrendo a passagens polémicas, com uma carga erótica evidente, confronta-nos com uma realidade de incesto e de complexo de Édipo. E as cenas são muito descritivas, com elementos simbólicos, levando-nos a elencar questões para as quais não obtemos resposta.

«O que importa é que saibas ver o mundo pelos teus próprios olhos»

Kafka à Beira-Mar é, sobretudo, uma viagem de autodescoberta, com metáforas sobre o mundo e uma profecia intrigante. Apesar de não estar certa de ter compreendido a sua mensagem na totalidade, visto que tece inúmeras analogias e estradas, é inegável a mestria com que Murakami nos envolve nos seus conflitos.

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«Uma atmosfera de suspense»


O ambiente de intenso mistério, que nos provoca quase um arrepio na espinha, é a principal razão pela qual me fascina tanto ler thrillers [ou policiais]. Além disso, quando as histórias enveredam por um traço psicológico, o livro tende a hipnotizar-me ainda mais, porque me permite deambular pela mente humana, que consegue ser tão interessante e tão retorcida - capaz dos comportamentos mais empáticos ou das ações mais tortuosas.

Este género literário, ainda assim, não sobressai muito nas minhas leituras. No entanto, gosto de me aventurar, quando a sinopse me intriga, nas suas dinâmicas. E o número de títulos vai aumentando na lista de desejos, atendendo a que temos cada vez mais autores nacionais a movimentarem-se nesta atmosfera de suspense. Parece sempre um pouco contraproducente sentirmo-nos atraídos por narrativas que nos deixam em sobressalto, mas acredito que seja uma forma de sairmos da nossa zona de conforto, de desconstruirmos medos e inquietações e, quem sabe, de compreendermos algumas decisões. Ou, então, é apenas mais uma maneira de nos entretermos e de nos desligarmos do mundo que nos rodeia - já de si bastante assustador.

Deste modo, com as malas feitas e prontas a embarcar, o Alma Lusitana ruma a Braga para lermos um thriller.


 O QUE VOU LER 


Águas Passadas, João Tordo: «Durante treze dias de Janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma subcomissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos».


 OUTRAS SUGESTÕES 

      

A Noite em Que o Verão Acabou, João Tordo: «14 de Setembro de 1998. O dia em que Chatlam, uma pequena vila americana, acordou em choque com o homicídio de Noah Walsh. O principal suspeito: a sua filha de dezasseis anos. No Verão de 1987, o adolescente Pedro Taborda apaixona-se por Laura Walsh, a filha mais velha de um magnata nova-iorquino. Ela e Levi passam férias com os pais no Lagoeiro, uma pacata cidade algarvia. Rica e moderna, a família Walsh tem tudo para dar muito nas vistas no sul de Portugal. Inebriado pelas formas perfeitas e pelos modos ousados de Laura, Pedro encontra na rapariga americana o seu primeiro amor. Mas quando o Verão acaba, a família Walsh regressa aos Estados Unidos e o destino fica por cumprir».

Segredo Mortal, Bruno M. Franco: «Um cenário aterrador é descoberto numa praia. Chamados a intervir, Leonardo Rosa e Marta Mateus, inspetores da Polícia Judiciária, deparam-se com a mais tortuosa perversidade: Um puzzle humano. Iniciando uma caça ao homem, descobrem o perfil de um assassino, perigoso e inteligente, que desafia as capacidades dos inspetores. Assombrado pelos seus próprios fantasmas, Leonardo Rosa terá de ultrapassar barreiras para conseguir chegar à verdade».

Jogo Mortal, Bruno M. Franco: «Quando aceitou a ficha de casino com uma inscrição que o rapaz da bicicleta lhe deu, Helena não sabia que a sua vida ia mudar para sempre. Quando clicou no site que prometia dinheiro fácil, ela não sabia que se veria enredada num dos jogos mais doentios e mortais de sempre. Quando começam a aparecer pessoas assassinadas, os inspetores da PJ Leonardo Rosa e Marta Mateus são chamados a investigar. E o que descobrem é muito maior do que teriam imaginado».


      

Inferno em Lisboa, Flávio Capuleto: «Inferno em Lisboa começa com o desaparecimento de Sílvia Frattini, uma jornalista famosa, casada com um ex-político toxicodependente, ciumento e vingativo. Rapto? Assassínio? A Polícia abre um inquérito e o caso é entregue ao inspector Mortágua que, ao tentar descobrir o paradeiro da repórter, se vê enredado numa teia de crimes por esclarecer. Um corpo decapitado encontrado a flutuar nas águas do Tejo, esqueletos de recém-nascidos escondidos num sótão e um vírus letal criado em laboratório dificultam a investigação e adensam o mistério».

A Espera de Fernanda, Maria Cláudia Rodrigues: «Manhã do dia 6 de Junho de 2001. Fernando da Cruz, 24 anos, despede-se dos pais e mete-se no carro com destino ao local de trabalho, localizado a menos de uma hora de distância de casa. Quando tornam a ver o filho, quatro dias depois, já ele está a ser preparado para o funeral. Suicídio, aprontam-se a dizer as autoridades, mas Fernanda, a mãe, não aceita a conclusão e, rapidamente, enceta uma investigação por contra própria para apurar a verdade por detrás da morte do único filho. Contra a lentidão da Justiça, Fernanda espera, luta e resiste a uma inesperada e assustadora conspiração arquitectada por funcionários do Estado».

O Último Refúgio, Pedro Garcia Rosado: «Tudo começa quando o detetive Castello conhece Maria DeMeira advogada luso americana, cuja família tem uma relação privilegiada com a máfia nova iorquina, e se apaixona por ela. Quem é, afinal, esta mulher fascinante e misteriosa, que deixa atrás de si um rasto de cadáveres? Será que precisa realmente de ajuda ou Castello não passa de um peão nas suas mãos?»


      

O Espião Português, Nuno Nepomuceno: «Os serviços internacionais de informações de segurança agitam-se ao saber da existência de um estudo secreto sobre uma arma de nova geração. Duas organizações, uma semigovernamental, a outra formada por mercenários, entram em confronto, tentando obter vantagem. Entre elas, está um jovem português. André Marques-Smith leva uma vida pacata enquanto diretor do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas Freelancer, a sua outra identidade, é um agente secreto implacável, metódico e sedutor. Durante uma operação, faz uma descoberta. No entanto, tal como na vida, há valores que a tudo se sobrepõem».

Cativeiro - O Último Dia, Anna B. Martins: «Numa pequena cidade, a jovem Kelsy encontra-se aprisionada por um monstro que a raptou ainda em criança. Presa num mundo de terror, esperando a morte, planeia várias vezes a sua fuga, sem nunca ter a coragem para a pôr em prática. Tudo muda quando uma nova vítima é raptada e o caso é atribuído ao jovem polícia Jordan Lewis, que não desistirá até encontrar o criminoso e libertar as raparigas em cativeiro».

Não, A. J. Pires: «É uma história actual que relata uma série de acontecimentos que a astúcia do Coordenador Operacional da Polícia Judiciária tenta provar que estão ligados e têm um fim maior. Além da sua equipa de agentes, conta com a improvável ajuda de um jornalista. A trama vai evoluindo a um ritmo alucinante. A captura de um suspeito muda completamente o cenário. Os investigadores começam a antecipar os eventos».


      

O Assassino do Aqueduto, Anabela Natário: «Nas ruas de Lisboa respira-se medo. A cidade não é segura e dentro de portas há um nome que atormenta os homens e mulheres da capital: Diogo Alves, de alcunha o Pancada. Poucos lhe conhecem o rosto, mas todos temem cair nas suas mãos. Lá do alto dos arcos do imponente Aqueduto das Águas Livres, sem dó nem piedade, atira as suas vítimas num voo trágico de mais de 60 metros de altura. O grito, que faz estremecer tudo e todos, dá lugar ao silêncio da morte. A jornalista Anabela Natário, no seu primeiro romance, traz-nos a arrepiante história deste homem que aterrorizou Lisboa da primeira metade do século XIX. Nascido na Galiza, aos dez anos vem para Lisboa onde de criado nas casas mais abastadas da capital passou a ladrão e de ladrão a assassino cruel. Unido pelo coração à taberneira Parreirinha, com estabelecimento em Palhavã, Diogo Alves torna-se numa verdadeira lenda».

Zalatune, Nuno Gomes Garcia: «Em Ínsula, uma ilha perdida algures no Mediterrâneo, os estrangeiros são inimigos, a procriação é uma missão patriótica (e, por isso, todas as mulheres são obrigadas a ter pelo menos dois filhos), a pena capital foi reinstaurada e a Internet foi substituída por uma Intranet insular. Naquele que parece ser um regime político verdadeiramente democrático, a vida do primeiro-ministro é acompanhada por câmaras 24 horas por dia, para garantir a total transparência do poder, e são os cidadãos que decidem o futuro do país, sentados no conforto do sofá, através de referendos online. Em 2034, está na mão dos eleitores dar luz verde à decisão de construir um muro e expulsar de vez todos os imigrantes».

Mão Direita do Diabo, Dennis Macshade: «O livro que é uma porta aberta para o mundo secreto do crime organizado», podia ler-se na capa da primeira edição desta Mão Direita do Diabo. Não era bem verdade, já que Peter Maynard podia ser um assassino profissional, mas trabalhava sozinho. Podia usar uma Beretta como qualquer outro, mas depois ouvia Mozart e Debussy. E lia Céline e Dos Passos. E citava John Huston e Howard Hawks. E até tinha uma consciência a quem tratava por tu em prolongados monólogos».

   

Melancholia, Francisco José Viegas: «Ao longo de um ano, entre um encontro literário na Póvoa de Varzim e o início da pandemia, ninguém soube do paradeiro de Cristina Pinho Ferraz, escritora extravagante, premiada e temida. Até que, nos jardins românticos do Palácio de Cristal, no Porto, a coberto da copa das árvores, apareceu um corpo enterrado sob a terra, dividido em várias partes. Porém, a nova investigação do inspetor Jaime Ramos (que entretanto fora substituído na divisão de homicídios) não começa com a descoberta desse cadáver; pelo contrário, obriga-o a recuar no passado, a ouvir testemunhos sobre vaidade, vingança, literatura e ambição, e também histórias de família ou de amor e melancolia».

Todos os Dias São Meus, Ana Saragoça: «Um thriller surpreendente e de ir às lágrimas que é também um retrato irónico da sociedade portuguesa, seus tiques e manias. Um livro cheio de inteligência e humor que explora os tiques e as vicissitudes de personagens que todos reconhecemos do prédio, do local de trabalho ou até mesmo das nossas amizades. É raro a literatura portuguesa apresentar uma mistura tão fina de sensibilidade e ironia. Mais ainda quando garante uma grande dose de humor».


 CONSIDERAÇÕES 

📖 Podem ler em qualquer formato;
📖 O tema consegue ser mais flexível, dependendo do thriller que selecionarem, uma vez que pode ser baseado em factos reais ou ser ficcional; porque pode ser mais físico, criminal, político ou psicológico;
📖 A lista anterior é um mero guia de apoio, caso estejam sem ideias para as vossas leituras, mas podem ler outra obra do vosso agrado, desde que, naturalmente, respeite o tema central e seja de um autor português;
📖 Não há prazos, obrigações, nem meses fixos. E podem ler mais do que um livro;
📖 Utilizem a hashtag #almalusitana_asgavetas para que consiga acompanhar o que estão a ler.


O Alma Lusitana tem grupo no Goodreads. Se quiserem aderir, encontro-vos aqui

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«Não tenho nenhum outro lugar para ir a não ser todos os lugares»


A Rua Formosa, em pleno coração da cidade Invicta, de portas abertas para outras ramificações, viu nascer um dos seus lugares mais emblemáticos. Transmitindo uma energia contagiante, através da qual se partilham cores, sabores e o sotaque portuense que nos faz sentir em casa, foram sempre os comerciantes que lhe deram vida. É por isso que o Mercado do Bolhão nos atrai, envolvendo-nos na sua identidade tão familiar.






A sua construção ocorreu em 1914 e o seu nome deveu-se ao facto de o terreno ser bastante enlameado e ser brindado com a passagem de um pequeno ribeiro. Como se «formava uma bolha de água», a associação foi praticamente imediata. Classificado como Imóvel de Interesse Patrimonial, em 2006, e Monumento de Interesse Público, em 2013, tornou-se urgente reabilitar este lugar que acolhe a alma das gentes do Porto.






O projeto de recuperação do Mercado do Bolhão pautou-se pela continuidade, modernizando o espaço, mas mantendo a essência. Assim, circulando pelas ruas que o caracterizam desde o berço, como a da Vitória, da Alegria, dos Abraços, da Liberdade, entre outras, percebe-se que há praças novas, uma zona de restauração convidativa e um elo profundo entre o seu lado arquitetónico, o seu lado comercial e o seu lado cultural.






Em setembro, após uma espera marcada pela curiosidade, fui descobrir a nova imagem e o pulsar que o reveste de vida. E fiquei encantada por encontrar, em cada detalhe novo e melhorado, a mística de sempre.








Renasceu! E, nesta metamorfose, guardou o dialeto emocional da cidade.

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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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