ALMA LUSITANA: THRILLERS

Fotografia da minha autoria



«Uma atmosfera de suspense»


O ambiente de intenso mistério, que nos provoca quase um arrepio na espinha, é a principal razão pela qual me fascina tanto ler thrillers [ou policiais]. Além disso, quando as histórias enveredam por um traço psicológico, o livro tende a hipnotizar-me ainda mais, porque me permite deambular pela mente humana, que consegue ser tão interessante e tão retorcida - capaz dos comportamentos mais empáticos ou das ações mais tortuosas.

Este género literário, ainda assim, não sobressai muito nas minhas leituras. No entanto, gosto de me aventurar, quando a sinopse me intriga, nas suas dinâmicas. E o número de títulos vai aumentando na lista de desejos, atendendo a que temos cada vez mais autores nacionais a movimentarem-se nesta atmosfera de suspense. Parece sempre um pouco contraproducente sentirmo-nos atraídos por narrativas que nos deixam em sobressalto, mas acredito que seja uma forma de sairmos da nossa zona de conforto, de desconstruirmos medos e inquietações e, quem sabe, de compreendermos algumas decisões. Ou, então, é apenas mais uma maneira de nos entretermos e de nos desligarmos do mundo que nos rodeia - já de si bastante assustador.

Deste modo, com as malas feitas e prontas a embarcar, o Alma Lusitana ruma a Braga para lermos um thriller.


 O QUE VOU LER 


Águas Passadas, João Tordo: «Durante treze dias de Janeiro de 2019, a chuva cai sem misericórdia sobre Lisboa. É quando aparece a primeira vítima, na praia de Assentiz: uma jovem de quinze anos trazida pela maré. O seu corpo apresenta marcas de sofisticada malvadez. A primeira agente no local é Pilar Benamor, uma subcomissária da PSP cuja coragem e empenho em descobrir a verdade ocultam segredos dolorosos».


 OUTRAS SUGESTÕES 

      

A Noite em Que o Verão Acabou, João Tordo: «14 de Setembro de 1998. O dia em que Chatlam, uma pequena vila americana, acordou em choque com o homicídio de Noah Walsh. O principal suspeito: a sua filha de dezasseis anos. No Verão de 1987, o adolescente Pedro Taborda apaixona-se por Laura Walsh, a filha mais velha de um magnata nova-iorquino. Ela e Levi passam férias com os pais no Lagoeiro, uma pacata cidade algarvia. Rica e moderna, a família Walsh tem tudo para dar muito nas vistas no sul de Portugal. Inebriado pelas formas perfeitas e pelos modos ousados de Laura, Pedro encontra na rapariga americana o seu primeiro amor. Mas quando o Verão acaba, a família Walsh regressa aos Estados Unidos e o destino fica por cumprir».

Segredo Mortal, Bruno M. Franco: «Um cenário aterrador é descoberto numa praia. Chamados a intervir, Leonardo Rosa e Marta Mateus, inspetores da Polícia Judiciária, deparam-se com a mais tortuosa perversidade: Um puzzle humano. Iniciando uma caça ao homem, descobrem o perfil de um assassino, perigoso e inteligente, que desafia as capacidades dos inspetores. Assombrado pelos seus próprios fantasmas, Leonardo Rosa terá de ultrapassar barreiras para conseguir chegar à verdade».

Jogo Mortal, Bruno M. Franco: «Quando aceitou a ficha de casino com uma inscrição que o rapaz da bicicleta lhe deu, Helena não sabia que a sua vida ia mudar para sempre. Quando clicou no site que prometia dinheiro fácil, ela não sabia que se veria enredada num dos jogos mais doentios e mortais de sempre. Quando começam a aparecer pessoas assassinadas, os inspetores da PJ Leonardo Rosa e Marta Mateus são chamados a investigar. E o que descobrem é muito maior do que teriam imaginado».


      

Inferno em Lisboa, Flávio Capuleto: «Inferno em Lisboa começa com o desaparecimento de Sílvia Frattini, uma jornalista famosa, casada com um ex-político toxicodependente, ciumento e vingativo. Rapto? Assassínio? A Polícia abre um inquérito e o caso é entregue ao inspector Mortágua que, ao tentar descobrir o paradeiro da repórter, se vê enredado numa teia de crimes por esclarecer. Um corpo decapitado encontrado a flutuar nas águas do Tejo, esqueletos de recém-nascidos escondidos num sótão e um vírus letal criado em laboratório dificultam a investigação e adensam o mistério».

A Espera de Fernanda, Maria Cláudia Rodrigues: «Manhã do dia 6 de Junho de 2001. Fernando da Cruz, 24 anos, despede-se dos pais e mete-se no carro com destino ao local de trabalho, localizado a menos de uma hora de distância de casa. Quando tornam a ver o filho, quatro dias depois, já ele está a ser preparado para o funeral. Suicídio, aprontam-se a dizer as autoridades, mas Fernanda, a mãe, não aceita a conclusão e, rapidamente, enceta uma investigação por contra própria para apurar a verdade por detrás da morte do único filho. Contra a lentidão da Justiça, Fernanda espera, luta e resiste a uma inesperada e assustadora conspiração arquitectada por funcionários do Estado».

O Último Refúgio, Pedro Garcia Rosado: «Tudo começa quando o detetive Castello conhece Maria DeMeira advogada luso americana, cuja família tem uma relação privilegiada com a máfia nova iorquina, e se apaixona por ela. Quem é, afinal, esta mulher fascinante e misteriosa, que deixa atrás de si um rasto de cadáveres? Será que precisa realmente de ajuda ou Castello não passa de um peão nas suas mãos?»


      

O Espião Português, Nuno Nepomuceno: «Os serviços internacionais de informações de segurança agitam-se ao saber da existência de um estudo secreto sobre uma arma de nova geração. Duas organizações, uma semigovernamental, a outra formada por mercenários, entram em confronto, tentando obter vantagem. Entre elas, está um jovem português. André Marques-Smith leva uma vida pacata enquanto diretor do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas Freelancer, a sua outra identidade, é um agente secreto implacável, metódico e sedutor. Durante uma operação, faz uma descoberta. No entanto, tal como na vida, há valores que a tudo se sobrepõem».

Cativeiro - O Último Dia, Anna B. Martins: «Numa pequena cidade, a jovem Kelsy encontra-se aprisionada por um monstro que a raptou ainda em criança. Presa num mundo de terror, esperando a morte, planeia várias vezes a sua fuga, sem nunca ter a coragem para a pôr em prática. Tudo muda quando uma nova vítima é raptada e o caso é atribuído ao jovem polícia Jordan Lewis, que não desistirá até encontrar o criminoso e libertar as raparigas em cativeiro».

Não, A. J. Pires: «É uma história actual que relata uma série de acontecimentos que a astúcia do Coordenador Operacional da Polícia Judiciária tenta provar que estão ligados e têm um fim maior. Além da sua equipa de agentes, conta com a improvável ajuda de um jornalista. A trama vai evoluindo a um ritmo alucinante. A captura de um suspeito muda completamente o cenário. Os investigadores começam a antecipar os eventos».


      

O Assassino do Aqueduto, Anabela Natário: «Nas ruas de Lisboa respira-se medo. A cidade não é segura e dentro de portas há um nome que atormenta os homens e mulheres da capital: Diogo Alves, de alcunha o Pancada. Poucos lhe conhecem o rosto, mas todos temem cair nas suas mãos. Lá do alto dos arcos do imponente Aqueduto das Águas Livres, sem dó nem piedade, atira as suas vítimas num voo trágico de mais de 60 metros de altura. O grito, que faz estremecer tudo e todos, dá lugar ao silêncio da morte. A jornalista Anabela Natário, no seu primeiro romance, traz-nos a arrepiante história deste homem que aterrorizou Lisboa da primeira metade do século XIX. Nascido na Galiza, aos dez anos vem para Lisboa onde de criado nas casas mais abastadas da capital passou a ladrão e de ladrão a assassino cruel. Unido pelo coração à taberneira Parreirinha, com estabelecimento em Palhavã, Diogo Alves torna-se numa verdadeira lenda».

Zalatune, Nuno Gomes Garcia: «Em Ínsula, uma ilha perdida algures no Mediterrâneo, os estrangeiros são inimigos, a procriação é uma missão patriótica (e, por isso, todas as mulheres são obrigadas a ter pelo menos dois filhos), a pena capital foi reinstaurada e a Internet foi substituída por uma Intranet insular. Naquele que parece ser um regime político verdadeiramente democrático, a vida do primeiro-ministro é acompanhada por câmaras 24 horas por dia, para garantir a total transparência do poder, e são os cidadãos que decidem o futuro do país, sentados no conforto do sofá, através de referendos online. Em 2034, está na mão dos eleitores dar luz verde à decisão de construir um muro e expulsar de vez todos os imigrantes».

Mão Direita do Diabo, Dennis Macshade: «O livro que é uma porta aberta para o mundo secreto do crime organizado», podia ler-se na capa da primeira edição desta Mão Direita do Diabo. Não era bem verdade, já que Peter Maynard podia ser um assassino profissional, mas trabalhava sozinho. Podia usar uma Beretta como qualquer outro, mas depois ouvia Mozart e Debussy. E lia Céline e Dos Passos. E citava John Huston e Howard Hawks. E até tinha uma consciência a quem tratava por tu em prolongados monólogos».

   

Melancholia, Francisco José Viegas: «Ao longo de um ano, entre um encontro literário na Póvoa de Varzim e o início da pandemia, ninguém soube do paradeiro de Cristina Pinho Ferraz, escritora extravagante, premiada e temida. Até que, nos jardins românticos do Palácio de Cristal, no Porto, a coberto da copa das árvores, apareceu um corpo enterrado sob a terra, dividido em várias partes. Porém, a nova investigação do inspetor Jaime Ramos (que entretanto fora substituído na divisão de homicídios) não começa com a descoberta desse cadáver; pelo contrário, obriga-o a recuar no passado, a ouvir testemunhos sobre vaidade, vingança, literatura e ambição, e também histórias de família ou de amor e melancolia».

Todos os Dias São Meus, Ana Saragoça: «Um thriller surpreendente e de ir às lágrimas que é também um retrato irónico da sociedade portuguesa, seus tiques e manias. Um livro cheio de inteligência e humor que explora os tiques e as vicissitudes de personagens que todos reconhecemos do prédio, do local de trabalho ou até mesmo das nossas amizades. É raro a literatura portuguesa apresentar uma mistura tão fina de sensibilidade e ironia. Mais ainda quando garante uma grande dose de humor».


 CONSIDERAÇÕES 

📖 Podem ler em qualquer formato;
📖 O tema consegue ser mais flexível, dependendo do thriller que selecionarem, uma vez que pode ser baseado em factos reais ou ser ficcional; porque pode ser mais físico, criminal, político ou psicológico;
📖 A lista anterior é um mero guia de apoio, caso estejam sem ideias para as vossas leituras, mas podem ler outra obra do vosso agrado, desde que, naturalmente, respeite o tema central e seja de um autor português;
📖 Não há prazos, obrigações, nem meses fixos. E podem ler mais do que um livro;
📖 Utilizem a hashtag #almalusitana_asgavetas para que consiga acompanhar o que estão a ler.


O Alma Lusitana tem grupo no Goodreads. Se quiserem aderir, encontro-vos aqui

Comentários

  1. Também sou fã de thrillers, não tenho ainda o do João Tordo, mas tenho o último dele: Naufrágio. Acho que vou optar por esse :)
    Beijinho grande, minha querida!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Espero que te proporcione uma excelente leitura :) esse ainda não adquiri

      Eliminar
  2. So boas sugestoes :) Tenho muita curiosidade em ler Joao Tordo *.*

    ResponderEliminar
  3. Acredito que sejam todos bons livros de leitura
    .
    Cumprimentos poéticos.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Há vários que ainda não li, mas já estão na lista de desejos :)

      Eliminar
  4. Acho que sim, acaba por ser mais uma boa sugestão para conhecer, mas ainda não tinha ouvido falar
    Beijinhos
    Novo post
    Tem Post Novos Diariamente

    ResponderEliminar
  5. Tens ai alguns títulos que já estão na minha lista de desejos!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube

    ResponderEliminar
  6. Uma boa sugestão de leitura.
    Continuação de boa semana

    ResponderEliminar

Enviar um comentário