ALMA LUSITANA
VAMOS TODOS MORRER, HUGO VAN DER DING

Fotografia da minha autoria



«(...) há aqueles que se vão da lei da morte libertando»

Avisos de Conteúdo: Referência a Racismo, Sexismo, Assédio, Abuso, 
Suicídio, Depressão; Linguagem Explícita


A morte é o que temos de mais certo na nossa jornada. Por mais mórbida que seja esta imagem, por mais que até seja um lugar comum, a verdade é que «não vale a pena esperar outra coisa da vida a não ser o seu fim». E, atendendo a que tem um método de ação bastante eclético, independentemente do nosso estatuto, personalidade, beleza ou legado, tocar-nos-á a todos, tal como verificamos no livro de Hugo Van Der Ding.


BIOGRAFIAS BREVES DE GENTE QUE JÁ LÁ ESTÁ

Vamos Todos Morrer apresenta uma versão mais extensa da sua rubrica - com o mesmo nome - na Antena 3. Embora não seja a ouvinte mais regular (escutando episódios soltos e de forma espaçada), sempre achei o conceito fascinante e reforcei essa perceção, ao ler os textos compilados, porque sinto que há um excelente equilíbrio entre os factos históricos e o traço de entretenimento. Melhor, é-lhe muito natural essa dança.

«Tinham carros, aviões a jato e iates. Brinco, estamos no quattrocento, não havia cá dessas coisas»

Não vou partilhar detalhes concretos do que poderão encontrar, visto que tem mais graça se lerem estas biografias breves, que tentou que fossem o mais inclusivas e diversificadas possíveis. Ainda assim, deixo-vos com algumas das personagens mais marcantes, para mim: Josephine Baker, Simone de Beauvoir, Maya Angelou, Sophia de Mello Breyner, Marsha P. Johnson, Aga Khan, Frida Khalo, Rosa Parks e Snu Abecassis. Condensando o que de mais relevante aconteceu nas suas vidas (nas que destaquei e nas restantes), sempre com um apontamento sarcástico e crítico, as referidas almas ficaram com um obituário bastante original.

«Onde, não me canso de repetir: morreu o rei D. Sebastião. Acordem. Ele morreu. 
Cresçam. Ele m-o-r-r-e-u. Ele não vai voltar. Not gonna happen»

As personalidades deste livro, coitadinhas, morreram todas muito novas (umas mais do que outras, claro), não obstante, viveram o suficiente para fazer história (nem sempre pelos melhores motivos). Seja para ler de seguida, seja para desfrutar aos poucos, é uma leitura que cai sempre bem, em qualquer altura. Não me importava nada de, um dia, ter umas notas necrológicas com tanta pinta como estas. Brinco. Ou talvez não.


🎧 Música para acompanhar: Love Is a Dreamer, Josephine Baker


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Comentários

  1. A tua resenha deixou-me curiosa. Era um livro que me aventuraria a ler.
    Vou levar a sugestão.
    Beijinho grande, minha querida!

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    1. Acho que és capaz de gostar, minha querida, seja para ler seguido ou intercalado com outras leituras. É mesmo interessante e cómico
      Beijo grande

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  2. Parece-me mesmo interessante! :)

    www.amarcadamarta.pt

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  3. Que me parece ser mais uma boa sugestão para ler, mas confesso que nunca ouvi falar
    Beijinhos
    Novo post
    Tem Post Novo Diariamente

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    1. Sou suspeita, mas acho que vale mesmo a pena. Pode ser uma bela companhia entre leituras mais densas

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  4. A única coisa que é certa na vida, todos vamos morrer...
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  5. Olá Andreia, hoje mesmo a minha amiga Clara disse que eu tenho mesmo que ler esse livro, ela acabou de o ler, gostou e aconselha a ler. Mais um que ela me ofereceu. Almoço de Domingo de José Luís Peixoto, este vai ficar na fila à espera da sua vez rsrs.
    Beijinhos, tudo de bom

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    1. Oh, que coincidência maravilhosa! Reforço a sugestão da sua amiga Clara, porque está uma obra mesmo interessante.
      Almoço de Domingo ainda não li, mas tenho-o na lista :)
      Boas leituras, querida Amélia

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  6. Não conhecia, mas vou levar a sugestão. 🤍

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