as (novas) vozes que estão a fazer o meu ano

Fotografia da minha autoria



Um dos traços mais bonitos da música, para além da componente artística em si, é a partilha. E não me refiro apenas à partilha de emoções e de experiências através de versos que nos parecem ler por dentro, mas também à partilha concreta de artistas que falam sobre outros artistas — e àquela que surge em forma de colaboração musical.

Quando, por exemplo, incluí o Van Zee nas minhas playlists e me perdi de encantos pelo seu do.mar, acabei por descobrir a Pikika. Com O Clima, do Dillaz, passei a estar mais atenta ao trabalho do Lhast, que, por sua vez, me permitiu descobrir outros músicos. Este encadeamento motiva-me, uma vez que me permite cruzar com vozes e registos que não fazem parte do meu quotidiano. Aliás, sinto que é nesta ligação entre artistas que acabo por encontrar um certo impulso para continuar a abrir novas portas — curiosamente, não só na música.

Há vozes que fazem parte da minha vida, mas adoro a sensação de ter encontrado novos nomes que se alinham perfeitamente com a minha energia e cujo trabalho quero continuar a acompanhar de perto. As vozes que compõem esta lista têm timbres distintos, mas creio que partilham a mesma sonoridade harmoniosa; partilham, também, uma certa serenidade na melodia, com letras que nos convidam a refletir sobre sentimentos, vivências, medos e o lugar que ocupamos no mundo. E acho que foi sempre neste ponto que discordei dos Clã, quando Manuela Azevedo canta que «a língua inglesa fica sempre bem», porque em português também conseguimos encontrar os termos certos. E eles são a prova disso.

À custa desta ideia, acabei por criar a playlist cata-ventos, que reúne as novas vozes que estão a fazer o meu ano, mas sempre com espaço para adicionar novas descobertas. Sinto-me em paz quando as escuto.


 ed





 vasco




 mar



 yang



 lour



 trista



 harold



 mary jane




 valle



 vizinhos



 guga




 satiro



 icaro




 rita santos

2 Comments

  1. Tenho de ir conhecer stas opções todas. Quem sabe não encontre uma nova banda sonora para escrever.

    Beijinho grande, minha querida!

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