Entre Margens

«Todas as decepções são secundárias. O único mal irreparável é o desaparecimento físico de alguém a quem amamos», Romain Rolland



Congela-me o sangue.
Nesta tempestade de sentimentos
Neste raio de incertezas
Que me percorrem o corpo
E paro.
Há uma força que me atira
Que me faz permanecer imóvel
No chão.
E nos mil pedaços 
Que a minha alma desfragmenta 
Tu pisas as memórias
Do que me resta.
E eu fico presa
Insegura 
Inquieta
E sinto-me a perder o pulso
O coração a bater cada vez mais fraco
E fecho os olhos
Para sempre.


M, 04.11.2013

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. Esta semana voltamos a mudar o estilo musical e o género do artista. Desta vez caminhamos pelo Fado, mas no feminino. Aqueles que já descobriram quem é facilmente identificam a sua voz poderosa. Quente. Que nos faz perder no seu talento interminável. Se fecharmos os olhos, conseguimos reconhecer automaticamente alguém pela sua voz, pelo seu timbre, pela forma como pronuncia as palavras, pela capacidade de interpretação, pela alma que lhe sai dos poros quando canta. Com esta fadista acontece isso mesmo - ela mal pronunciou as palavras e nós já estamos a pronunciar o seu nome.

«Sou um escritor atípico. Só escrevo porque tenho ideias. Sentar-me a pensar que tenho que inventar uma história para escrever um livro nunca me aconteceu e nunca me acontecerá. Necessito de algo que me sacuda por dentro e que se me agarre com força para que eu entenda que ali há qualquer coisa para contar», José Saramago. 


Escrevo desde sempre. Desde o momento em que senti que o simples ato de pegar num lápis e preencher folhas em branco era tão libertador e reconfortante. Escrevo porque me sinto bem. Porque me faz crescer. Porque é das formas mais bonitas que conheço para expressarmos aquilo que nos sai diretamente do lado esquerdo do peito. Há qualquer coisa em mim que não me permite parar. Penso de mais. Quero escrever de mais. Não parar de acumular cadernos A5 pretos nos armários. E daqui a uns anos pegar neles, abri-los com cuidado, olhar para as suas folhas amareladas pelo tempo e sentir o cheiro dos momentos em que escrevi todas aquelas palavras. 

Gosto da suavidade dos termos. E da dureza que podem atingir quando conjugados com o sentimento certo. Gosto da leveza e da graciosidade. Da dor que transportam. Das ideias que transmitem. Do ruído ensurdecedor que afeta o nosso coração. Do aconchego. Da verdade. Gosto das palavras porque são sempre muito mais do que aquilo que eu sou. E é nessa pequenez com que me sinto quando leio algumas delas que encontro a paz de espírito que procuro indefinidamente. Saber brincar com elas é um dom que tantas vezes me falta, mas que encontro sempre noutro lugar. Pegar nas nossas palavras e partilha-las com o mundo é saber que estamos a construir o nosso lar com todos os defeitos que temos, mas sem filtros. E são essas palavras, e esse lar, que nos fazem envolver os outros num abraço infinito. Partilha-las quando são tão nossas é acolher e saber ser por alguém, quando tantas vezes são as palavras que nos salvam do abismo. 

É nessa urgência de escrever que encontro tantas vezes os meus pensamentos às voltas, sem saberem que caminho seguir. As ideias não param. Não para a vontade de as transformar em algo que se possa ler. E é por isso mesmo que tento sempre encontrar novas rubricas que exponham o que eu sou. Que sejam o espaço certo para que o meu coração fale sem rodeios, sem limitações, sem dúvidas. E é nessa urgência de escrever que encontro algo novo todos os dias. Algo que me apaixona. Que é a minha cara. E o meu coração. 

As gavetas da minha casa encantada vão sendo abertas aos poucos. Até ao momento tenho quatro que estão em constante movimentação. Vão crescendo e guardando dentro de si tudo aquilo que faz sentido ser colocado lá. São elas: 

As minhas viagens de metro - cartas antigas ou recentes, perdidas no meu caderno de bolso.

O que fala ao coração - semanalmente, dar a conhecer músicas de artistas (maioritariamente) portugueses que me encham as medidas. 

Minutos com história - vídeos de um minuto (um minuto e meio no máximo) de coisas que me chamam à atenção, acompanhados por uma explicação.

Parte do que sou - recuperar textos do meu antigo blog.

Mas há mais. Muito mais. Há alturas em que sinto vontade de parar o tempo. Agarrar os ponteiros do relógio e prende-los com uma pequena corda de cetim, para que não façam avançar as horas. Era tão mais fácil controlar o tempo para não ter que controlar a imaginação. Ainda assim a minha teimosia consegue camuflar-se numa virtude, por isso novas rubricas estarão brevemente disponíveis neste meu espaço, que rapidamente se tornou num mundo à parte. Numa casa. Mais do que isso, num lar. Após alguma reflexão sobre aquilo que mais me completa, pensei no seguinte:

O que li por aí - imagens e frases soltas, de livros, fotografias, paragens de autocarro, portas, paredes, sem qualquer tipo de comentário da minha parte. Apenas a citação/fotografia.

Diz-me por onde andas - falar de sítios que visito, sejam cafés, lojas, galerias, museus, jardins, entre tantos outros, dando a minha opinião sobre os mesmos. Sempre acompanhados por fotografias.

À boleia do mundo - espécie de diário, onde partilhe as minhas viagens/passeios. Mostrando-vos por onde ando, o que conheço, onde me perco e o que me aquece a alma. Espécie de guia turístico, mas amador; dando-vos a minha visão do mundo, do que tenho a oportunidade de ver por aí. 

O mundo por olhos tom de castanha - publicar as minhas fotografias. Resgatá-las do meu blog com esse nome e transferi-las para este canto. Acompanhadas com uma breve descrição. 

Até agora, qual a rubrica que têm gostado mais? O que acharam das novas ideias? Qual vos deixou mais curiosos? Digam-me tudo. Até porque este espaço não faz sentido sem vocês, as gavetas ficariam por abrir e tantas histórias ficariam por partilhar.  


«Hospital oncológico desenvolve brinquedo que vai emocionar você

O Hospital Amaral Carvalho de Jaú, São Paulo, desenvolveu um brinquedo que traz felicidade para aquelas crianças que estão sob tratamento isoladas da família.

A tecnologia se baseia de mensagens via what’s app diretamente para um dispositivo que ao ser apertado reproduz as mensagens de voz enviadas de amigos e familiares da criança.

A criança recebe um ursinho chamado ELO e pode escutar as mensagens toda vez que sentir saudade da família!»


Há notícias que falam por si só. Emocionam-nos em cada uma das suas palavras, por nos transmitirem esperança. Na humanidade. Na tecnologia. No mundo. São a prova de que uma ideia bem desenvolvida pode fazer a diferença. E só estas crianças saberão como é bom receber o carinho de alguém especial através de uma simples mensagem. 

Não contive as lágrimas. Pela felicidade no sorriso de cada um. Pelos pais que se sentiram mais perto. Pela ideia. Pela alegria que aqueles quartos receberam. Pelos sorrisos. Pelas mensagens. Por ser daquelas iniciativas que nos enchem o coração e nos permitem sonhar e acreditar. Por mais difícil que seja a luta, o caminho e o destino. Atenua a ausência e torna tudo mais fácil de suportar. Só ainda não tem o dom de curar, mas aumenta a fé e diminui a dor.  

A olhares alheios ELO pode ser apenas mais um brinquedo. Um urso de peluche com camisolas coloridas. Mas é mais do que isso. Bem mais. É a ligação que faltava. O aconchego que nem sempre há. A proximidade. A família. As palavras que saem do lado esquerdo do peito. A esperança. É tudo o que aquelas crianças podiam desejar: ter alguém do seu lado. Porque, afinal de contas, «quando a saudade aperta, basta apertar a mãozinha».

Deixem-se envolver nesta emocionante história. É permitido chorar. E sorrir também. Porque há lutas que valem a pena. Há gestos que marcam a diferença. Há sorrisos que não mais nos saem da memória. E do coração.




«Está escrito nos livros: a vida dos super-heróis não é apenas feita de facilidades. Eles também sofrem revezes, a vida também lhes prega partidas. Foi isso que aconteceu...»


Dói. Claro que dói. Preferia dizer que não magoa, que é indiferente, que passa, que não sufoca. Mentiria se o dissesse. Se escondesse que o coração ficou despedaçado em cada derrota, em todos os momentos em que o nosso símbolo não se ergueu bem alto. Não consigo fazê-lo, porque sou demasiado transparente. Porque sou demasiado Portista. Porque sinto este clube todos os dias. E este ano não foi o nosso. Não fomos nós. E dói mais por isso, porque este Porto não é o meu Porto. 

Fui constatando ao longo dos anos que não estamos geneticamente preparados para as derrotas. Estamos mal habituados, por força de termos conquistado o mundo. Por termos vencido quando tínhamos tudo contra nós. Porque soubemos agarrar-nos às adversidades e fazer delas uma motivação extra. Porque neste clube não se atira a toalha ao chão, joga-se mesmo com a camisola rasgada, lambe-se a relva, luta-se até ao fim. E como alguém escreveu, ou disse, só baixamos a cabeça para beijar o símbolo. O Porto que eu conheço é feito de uma força incomparável. Reinventa-se. E é quando nos julgam vencidos que renascemos e mostramos que continuamos na corrida. Este ano falhou tudo. Falhou-nos tudo. Falhamo-nos a nós.

Enganam-se aqueles que pensam que me magoa ver o Benfica campeão. Não. Nem me tira o sono e a vontade de comer. Não preciso de máscaras de oxigénio contra o pó, muito menos de ir para os Aliados impedir a festa, porque sou demasiado forte para descer a esse ponto. Sou tão Porto que nenhum outro clube é capaz de toldar as minhas ações. Sou tão Porto que o único clube que me importa é mesmo aquele que me pinta o coração de azul e branco. Aquilo que me magoa é não sermos nós, no Dragão, na rua, nas casas, no Porto, em Gaia, em Lisboa, em Faro, Em Coimbra, em Leiria, além fronteiras, a festejar. A invadir as cidades de um cântico só nosso. A ficar sem voz. A sentir as lágrimas a rolar no nosso rosto enquanto se forma um sorriso largo e luminoso. A sentir o corpo num estado de felicidade tal que é impossível ir embora. A dormir pouco, mesmo quando se entra no trabalho às 7h ou se tem aulas às 8h. O que custa é ver-nos cair por culpa própria. Porque não soubemos ser nós. 

Aquilo que me magoa é ver o Quaresma - que muitos dizem velho, gordo e acabado - a lutar sozinho. A perder a calma por remar contra a maré quando todos os outros parecem demasiado conformados com o destino que este ano nos calhou em sorte. Mas este não é o nosso destino. Nunca foi. Não há-de ser a partir de agora. O nosso destino é vencer. Sempre! Mas dói, aperta o coração, ver a desilusão nos seus olhos. Senti-lo com muito mais maturidade do que quando saiu e não ter alguém que o acompanhe na garra, na vontade, no amor. Muitos quiseram ver-te cair, mas tu chegaste com ainda mais força e mostraste o que é sentir este clube como ninguém. Chorei em segredo, porque queria que o final desta temporada correspondesse à luta que travaste praticamente sozinho. És o meu número um, hei-de acreditar em ti até ao fim, obrigada por nunca teres desistido de nós.

Aquilo que mais me magoa é assistir à frustração no olhar daqueles que queriam ter feito mais por esta equipa e não puderam. É saber que tudo correu mal. É sentir que a meio do caminho alguém desistiu e baixou os braços. Perdemos a nossa mística e a identidade, e quando as tentamos recuperar foi tarde de mais. Jogar à Porto é jogar com o coração nos pés. É morder os lábios de raiva quando os postes travam os nossos festejos. É bater com a mão sobre o símbolo e acreditar até ao fim. Eu senti o meu Porto quando erguemos a Supertaça. Quando o Josué marcou o penalti frente ao Sporting nos últimos minutos. Quando vencemos o Áustria e inevitavelmente recordamos Viena. Quando suamos até ao fim com o Nápoles. Quando olhei para o banco de suplentes e vi a tristeza cravada no rosto daqueles que acreditam como eu. Quando sentia, mesmo que por breves segundos, o rasgo da vossa genialidade a sobrepor-se ao vosso nome e a lutar pelo nosso. A lutar pela nossa história. A nossa casa. O nosso amor. 

Não dei conta das lágrimas infinitas que chorei pela eliminação na Liga dos Campeões. Pela meia hora de avanço que demos ao Sevilha e que nos custou a continuidade na Liga Europa. Pela vantagem que desperdiçamos frente ao Benfica. Pela derrota no Estoril. Tudo isso seria secundário se olhando para trás senti-se a raça que nos move. A sorte nem sempre protege os audazes, é preciso procurá-la, conquistá-la, preservá-la. Sou demasiado Portista para aceitar de ânimo leve que batemos no fundo. Esta época batemos. E dói-me ter que admitir que para alguns este clube deve ser demasiado grande, ao ponto de não conseguirem corresponder. É demasiado dolorosa essa realidade. Ainda para mais porque implica reconhecer os vossos erros. Não sei assobiar e mesmo que o soubesse nunca seria capaz de o fazer. Pudesse estar em todos os jogos no Dragão e não tinha falhado um. Não consigo deixar-vos, assobiar-vos, receber-vos com insultos. A promessa foi para o bem e para o mal. Sou mais Portista todos os dias. Ainda mais quando o caminho é feito de quedas. 

Por isso não, não me dói ver o Benfica campeão. Nem qualquer outro clube. E espero honestamente que aproveitem a festa, mereceram-no por tudo o que fizeram. Em vinte e dois anos de vida tive a honra e o privilégio de festejar muitas vezes assim. De ver as minhas cidades e o mundo pintado de azul. De receber a equipa numa onda de aplausos. De celebrar com eles. De ficar rouca e não parar de cantar. De saltar até não sentir a força nas pernas. De partilhar a festa com amigos. De abraçar desconhecidos. De sentir que estamos juntos mesmo que nunca mais volte a encontrar aquelas pessoas. Porque lutamos lado a lado pelo mesmo objetivo. 

Há amores que nascem connosco, amores que crescem em nós quando nós próprios ainda não crescemos o suficiente para saber o que significa amar por inteiro. Há amores que não se procuram, que andam de mãos dadas connosco, que estão sempre em nós. Este amor nasceu comigo, no sangue, no coração, na alma e na voz, e eu nunca mais o larguei. Há amores que resistem a tudo, porque são tudo. Procuro-o em tudo o que sou, agarrei-o com as mãos e com o coração, luto por ele, cuido dele, faço-o crescer comigo. Estas duas cores que nos unem foram as únicas que eu conheci, as únicas que me importam conhecer. Os verdadeiros amores não se explicam, sentem-se bem cá dentro, porque são demasiado importantes para se banalizarem com meras palavras soltas. Este amor eu nunca o saberei explicar, mas saberei sempre senti-lo da melhor forma que conheço: com tudo de mim. Há amores que se partilham em família, com irmãos de um sangue igual ao nosso, e este amor eu aprendi a partilhar com eles. Este amor, que é azul e branco, que guarda muitas pessoas dentro dele, que nos torna a todos num só, é o meu amor maior, é aquele a que dou as mãos e é aquele pelo qual eu luto com unhas e dentes, com garra e com raça, com fé e esperança. Este amor é o meu amor desde o primeiro dia e será o meu amor até ao último, porque há amores que são intemporais e este amor que eu sinto não fazia sentido se não fosse assim. Este amor é muito daquilo que eu sou e orgulho-me disso.

Aquilo que me magoa não é um campeonato conquistado por qualquer outro clube que não o meu. Nunca fui de festejar a queda dos adversários nem chorar as suas conquistas. Sou demasiado Portista para me importar com o clube dos outros. Só o meu me importar. E aquilo que me dói é ver os meus de coração ferido. Para o ano voltaremos mais fortes. À Porto. E aconteça o que acontecer, caminharei ao vosso lado incondicionalmente. Com ainda mais orgulho e amor. Porque há amores que sou a nossa cara. E este é o meu coração por inteiro. Até ao fim!


«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. E se todos os dias são sinónimo disso mesmo, os sábados ganharam mais significado neste panorama. Portanto, esta semana continuamos em Português - sempre em Português - e novamente no masculino. Com um único nome, o artista desta semana podia ter como significado próprio palavras como atitude, garra, inteligência, raridade e tantas mais pela enorme qualidade que apresenta. Se tentarem juntar a letra inicial de cada uma das palavras acham que conseguem chegar ao seu nome?

A criatividade não tem limites. Não tem mesmo. E é bom que assim seja. É bom encontrar histórias de pessoas que sabem reinventar objetos, que os aproveitam e lhes dão uma nova roupagem e funcionalidade. 

No dia em que vos falei da história da Marta Leão, podem ver aqui, não era dela que ia falar. Tropecei na notícia por acaso, mas sei que fez todo o sentido partilhá-la convosco, não só pela necessidade de alerta, mas também pelo exemplo de força e de vida que ela é. Falei-vos de uma mulher que se viu obrigada a lutar contra um cancro de mama aos vinte e sete anos, mas, na realidade, comecei o dia a pensar que vos iria contar a história da Rita Olivença. 

Dois temas completamente diferentes. Que acabam por se relacionar, ainda que em dimensões distintas, na capacidade de superação e na conquista de objetivos. Hoje quero dar-vos a conhecer o trabalho de alguém que tem a destreza suficiente para renovar um material que muitos de nós pensamos ter apenas uma única função. Depois disto, acho que passaremos a olhar para determinados materiais questionando-nos se não servirão para mais do que aquilo que aparentam.

Olhando para a fotografia não temos dúvidas que são gabardinas. Mas se vos disser que inicialmente eram cortinas de banho acreditam? 



«Estas gabardinas já foram cortinas de banho Ikea

Rita Olivença pegou em cortinas de banho e deu-lhes uma segunda vida. Dia 10 de Maio a designer de moda mostra como se faz esta e outras peças num “workshop” nas Caldas da Rainha


Queria fazer um objecto “giro e barato” e lá fora devia estar um “dia de chuva”. Rita Olivença recorda assim o momento em que as suas gabardinas feitas com material de cortinas de banho do Ikea surgiram na sua cabeça: “Era só um exercício, uma brincadeira.”

O resultado mostrou-se, no entanto, “perfeitamente usável” e, quase quatro anos depois da ideia inicial, Rita decidiu recuperar o projecto: num “workshop” de “hacking” da Associação DAR (Design Advenced Resources Association), da qual é co-fundadora, vai mostrar como se faz esta e outras peças.

A ideia inicial não foi sequer comercializada: “Lembrei-me das cortinas de banho por acaso. E do Ikea por ser barato. Conseguia comprar bastante material a um preço acessível”, recorda.

As gabardinas, de modelo feminino, foram partilhadas apenas com amigos (e usadas pela própria criadora), com o processo de produção totalmente a cargo da designer de moda de 31 anos, que fez a primeira peça em apenas um dia: “Pensei na ideia, sentei-me, desenhei e costurei.”

Agora, a jovem de Caldas da Rainha quer alargar a ideia — fazer também modelos masculinos e talvez de crianças — e pôr as suas criações à venda (o preço é um assunto a pensar ainda). Mas sempre numa lógica de "open design": “Neste 'workshop' vou ensinar a fazer as gabardinas. A minha intenção é que estejam à venda, mas também partilhar o processo. É uma coisa acessível e não faz sentido que seja de outra forma.”

O “workshop”, marcado para o dia 10 de Maio, tem o preço de 12 euros para quem não é sócio da Associação DAR e de oito euros para sócios, com o preço do material não incluído. 

A filosofia deste “workshop” é comum à que rege a própria DAR, que Rita fundou em 2012 com André Rocha e Sofia Martins. “A associação surgiu da união de forças de três pessoas ligadas ao design que trabalham na área e que dispõem de recursos materiais que podem partilhar porque não estão a usá-los a 100%”, contou.

O espaço nas Caldas da Rainha e o material pode ser utilizado por qualquer pessoa, mediante a apresentação de um “projecto consistente” que os fundadores apreciem».


O que acham da ideia? 

«Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem», 
Caio Fernando Abreu


Já não te vejo há uns dias. Se contabilizar melhor talvez compreenda que não sejam dias, mas sim semanas. Por estranho que pareça tem-me custado menos do que aquilo que estava à espera.

«Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza vai mais longe», Clarice Lispector 


Obrigada. Por todas as mensagens de força. Por todas as mensagens de parabéns. A todos os que estiveram. A quem queria estar, mas não conseguiu. A quem faz por estar incondicionalmente. Pelas flores. Por todas as chamadas. Por todos os abraços e beijos dados presencialmente e pelo coração. Pelos parabéns cantados de Espanha. Pela tarde e pelo jantar.

A vocês que estão desse lado, que perdem algum do seu tempo para ler o que escrevo, que têm sempre palavras carinhosas e de aconchego para me dar, obrigada. Obrigada mesmo! É bom ver este espaço a crescer todos os dias. Faz cada vez mais sentido!


Não consigo descrever o gratificante que é receber carinho por parte das pessoas que admiramos e das quais julgamos nunca receber qualquer tipo de mensagem. É bom. Enche o coração. Dá ainda mais força. Mas não seria justo não referir que esse carinho é constante. Assim como é constante a preocupação em retribuir todo o apoio. Obrigada por seres o artista talentoso que és, mas também por teres um coração gigante. 

O primeiro dia dos vinte e dois não podia ter sido mais feliz. Tenho o coração cheio. E devo isso a todos os meus amigos, família, a vocês, a ele, porque tornaram o dia muito mais bonito e especial. Sinto-me mimada e protegida. Grata e incrivelmente feliz. Sorri, ri e chorei. Pela ausência, mas também por ter pessoas tão fantásticas na minha vida, capazes de colmatar o vazio que tantas vezes se faz sentir. Levo-vos a todos no meu coração.

Comecei o dia de hoje a ler uma mensagem muito especial. Daquelas que nos fazem ficar sem reação, por não estarmos à espera. O sorriso foi automático, espero puder falar-vos dela brevemente.

E como nunca é de mais, obrigada! Por ontem. E por sempre


«É difícil perder alguém. Porque é impossível acostumar-se com uma perda. É complicado entender que nunca veremos novamente aquela pessoa. Não é como uma briga que termina com um simples pedido de "desculpas". Ou como a distância que acaba seja com minutos de caminhada ou uma passagem de avião. É algo definitivo sabe? E torna-se terrível pensar que aquele adeus foi o último, sem a chance de um novo "olá". Não foi uma despedida da maneira que você queria e muito menos do modo que aquela pessoa querida merecia (...)»



Não consigo recordar-me do som da tua voz. Da tua gargalhada. Do teu perfume. Do aconchego do teu abraço. Do teu rosto. Já não consigo lembrar as brincadeiras. A sensação de proteção. A cumplicidade. Mas recordarei para sempre o amor com que a avó falava de ti, o mesmo com que a minha mãe diz que eu era a tua menina.

Como é que se consegue amar tanto uma pessoa que não se conheceu? Parece estranho. Pouco ou nada lógico. Sem sentido. Perdi-te no dia em que fazia quatro anos, não acho justo. A vida tirou-me a hipótese de crescer ao teu lado, de guardar para sempre o aroma do teu perfume cravado na minha roupa depois de um abraço, de lembrar como era bom sentar-me no teu colo ou passear contigo de mãos dadas. Não é justo. E magoa mais recordar aquele momento. Ver a avó a entrar e a sair do quarto. Vê-la chorar sempre que se afastava de ti. Tu deitado na cama, sereno, como se estivesses a dormir. E estavas. Na verdade até estavas. A diferença é que não voltarias a acordar. 

Custa-me não ter tido a oportunidade de criar memórias contigo. De só conseguir ver-te em fotografias marcadas pelo tempo. De não ter lembranças tuas. Não tenho. Nem uma. Não sei qual a sensação de uma espada a trespassar o coração, mas sempre que penso nisto acho que a dor deve ser semelhante. Ou mil vezes pior. Quatro anos de vida é muito pouco tempo para nos afeiçoarmos a alguém ao ponto de termos imagens tão nítidas do que se viveu. Aos quatro anos nenhuma criança está preparada para perder alguém. Aos quatro anos tudo é novidade, felicidade e brincadeira, não há lugar para tristeza, lágrimas e sensações de vazio. Aos quatro anos não entendemos que aquela pessoa desaparece. Para sempre. 

Aquilo que mais me magoa talvez seja não te ter conhecido. Gostava de o ter feito. Gostava de ter a oportunidade de conversar contigo, saber se gostas mais de carne ou de peixe. Se preferes azul ou verde. Se és do Porto ou não tens clube. Gostava que me tivesses ensinado a nadar ou a andar de bicicleta. Ou as duas coisas. Gostava de te olhar nos olhos, saber o que pensas de mim. Correr para casa e ter os teus braços abertos para me receber. Gostava de te conhecer por mim e não apenas pelas histórias que me contam e que me fazem querer conhecer-te ainda mais. 

Como é que se consegue amar com tanta força alguém que não conhecemos? Acho que nunca terei resposta para esta pergunta. Mas eu amo-te. Amo-te por todas as recordações que não tenho tuas. Por todas as fotografias em que apareces ao meu lado. Por todas as vezes em que acho que caminhas junto a mim. Por me protegeres todos os dias. Por me guiares no caminho. Amo-te por todos os abraços que não te dei. Por todos os sorrisos que não partilhamos. Por todas as gargalhadas que ficaram por dar. Por todos os aniversários que falhamos um do outro. Por te sentir no meu coração desde que acordo até me voltar a deitar. Por todos os sonhos que não tenho contigo. Por mesmo longe seres parte do que sou. Pelos quatro anos que estivemos juntos. Por tudo o que neles vivemos. Perdoa-me por não me lembrar deles e só ter memória do dia em que a tua viagem chegou ao fim. 

Tenho saudades tuas, avô. Todos os dias. E todas as manhãs ao acordar olho a tua fotografia e sinto o quanto gostava de te ter ao meu lado. Tenho ainda mais saudades neste dia, porque é o meu aniversário. E porque te queria aqui a festejá-lo comigo. Manda um enorme beijinho à avó, de quem também tenho muitas saudades. De quem também sinto falta todos os dias. Mas eu sei que quando olhar pela janela para olhar as estrelas vou ter duas em frente à nossa casa a brilhar ainda mais.    

Vou guardar o abraço deste ano, porque um dia voltaremos a encontrar-nos. Perdemos dezoito anos da vida um do outro. Hoje faço vinte e dois. E hei-de amar-te para sempre!




«Gosto das cores, das flores, das estrelas, do verde das árvores, gosto de observar. A beleza da vida se esconde por ali, e por mais uma infinidade de lugares, basta saber, e principalmente, basta querer enxergar», Clarice Lispector



É através de pequenos gestos que conseguimos fazer algo grandioso. De nada vale tentarmos mudar o mundo se não começarmos por nos mudar a nós. Sempre aprendi que são as coisas simples da vida que nos preenchem e completam, que nos fazem querer amar e avançar por mais incerto que seja o caminho. E foi por ver os meus a lutar com tanta convicção por causas maiores que compreendi que somos muito mais felizes a ajudar quem precisa. 

Vi em vários blogues o selo do «Gesto verde» e rapidamente surgiu a curiosidade em saber do que se tratava. Ao visitar a página desta iniciativa fiquei surpreendida com alguns dados que apresentavam: «Você sabia que um blog produz, em média, 3,6 kg de dióxido de carbono por ano?». Estava longe de imaginar, por isso, e como fazer boas ações não custa nada, decidi juntar-me a esta campanha e assim ajudar a conseguir que o objetivo seja cumprido. 

«A preservação do meio ambiente é uma atitude não só necessária, mas também possível e sem muito esforço». A partir de agora o meu blog é neutro em CO2, neutralize o seu também. É rápido e fácil. E com um gesto tão simples podemos mesmo fazer a diferença. Saibam como aqui


«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. Esta semana continuamos a cantar em Português, mas no masculino. A cara e a voz dele não são nada estranhas, até porque foi o vencedor da quinta edição do programa Ídolos.

«Sofre mais aquele que espera sempre do que aquele que nunca esperou ninguém?», Pablo Neruda 



Eu espero – como já ninguém espera – pelo tempo que me resta esperar. 

Não sou mais do que já fui de menos. E agora? Uma folha de jornal rasgada em mil pedaços. No chão! Aquele que pisam mil vezes sobre mil por dia. São segundos de espera, os mesmos que já não espero. O tempo que já não conto e o que já não espera por mim. Sete segundos apenas, de uma vida sem nada que se reparta em sete sorrisos e sete abraços que tantas vezes precisei de sentir.

Eu espero – como já ninguém espera – pelo tempo que já não sei esperar.

E a vida corre diante dos meus olhos. Não a consigo agarrar. Tudo parte, tudo passa, tudo muda, como se num piscar de olhos tudo fosse diferente. Continuo à espera.
 
Eu espero – como já ninguém espera – pelo tempo que ainda me sobra.

Nas mudanças escondidas e perdidas num mundo de mil cores, de sete segundos de esperança. Quebrou-se o vidro estilhaçado do relógio. Já não conta, já não toca, já não sei mais se o tempo espera ou se parou. E já não sei quem sou. Sem cor, sem brilho, sem chama, eu espero em cima dos ponteiros do relógio, caído nesse chão de desprezo e de saudades, de mágoas que ninguém conhece. Sem destino e direção, sugada pelos barulhos estranhos de medos camuflados de tranquilidade, enevoada pela manhã que se põe fora do reflexo dos meus olhos. 

Eu espero – como já ninguém espera – pelo tempo que há-de chegar.

De fugas que não acabam mais. Pelo fim da noite que se põe mesmo sendo dia, pelas saudades que são mais quando não as sei esquecer. Continuo à espera. Sempre à espera. Nessa roda da sorte que são os meus dias. Pelo fim das inseguranças e dos medos sem razão. 

Eu espero – como já ninguém espera – pelo tempo de ser feliz.


Parte do que sou. Junho, 2009

A Rute Pedroso do blog Pure Glass nomeou-me para a TAG Liebster Award. Se estão recordados, o objetivo é dar a conhecer novos blogues. E consiste em revelarmos onze factos sobre nós, responder às onze perguntas que nos colocaram, nomear onze blogues e fazer as nossas próprias onze perguntas. Já não é a primeira vez que respondo a esta TAG, mas, e agradecendo a nomeação da Rute, vou fazê-lo novamente, deixando-vos apenas as respostas às perguntas que ela deixou para as selecionadas. 


As 11 perguntas:

1. Se pudesses mudar uma coisa em ti, que mudarias?
Preocupo-me demasiado com as pessoas, talvez mudasse isso. Não por considerar que algumas não merecem, mas para evitar magoar-me com aquelas que não valem a pena. 

2. Uma qualidade e um defeito teus.
Costumo dizer que sou má pessoa (tanto, que até já tenho um hetecare reservado no Inferno. Sim, leram bem, um hetecare, que é um hectare com lugar de estacionamento - tudo isto resulta de horas de parvalheira com os amigos), mas sou boa ouvinte, precisamente porque me preocupo com aqueles que fazem parte da minha vida. Quanto ao defeito, sou bastante teimosa.   

3. Qual é o teu prato favorito?
Arroz à valenciana.
 
4. Quanto tempo demoras a arranjar-te?
20/30 minutos, no máximo. Como deixo tudo preparado no dia anterior (a não ser que vá sair só ao final da tarde, aí já tenho tempo de arranjar no dia) é mais fácil. 

5. O que achas indispensável num visual?
Acessórios. Seja um lenço, uns brincos ou um anel, acho que fica sempre bem e ajuda a complementar o conjunto que escolhemos.  

6. Qual é o teu assessório preferido?
É difícil escolher só um, porque adoro lenços e colares. Mais recentemente rendi-me aos anéis. 

7. Qual a cor que mais usas no dia-a-dia?
Talvez seja branco. 

8. Quando sais gostas mais de usar uns saltos-alto elegantes ou uns sapatos confortáveis?
Sapatilhas. Se for para sair à noite, então aí é que não dispenso mesmo as minhas sapatilhas, para poder dançar a noite toda sem sentir os pés a doer. Adoro sapatos de salto alto, acho que ficam muito elegantes, mas não fazem o meu género, até porque já estou a imaginar-me a tropeçar ao primeiro passo por não estar habituada a usá-los. 
 
9. Como descobriste a blogosfera?
Através do meu primo, porque foi ele que me incentivou a criar o blog.

10. Porque decidiste criar um blog?
Sempre adorei escrever. E quando o meu primo me incentivou a criar um blog decidi experimentar. Criei o primeiro em 2009 (Parte do que sou), que ainda mantenho, mas sem atualizar, e nunca mais deixei este mundo tão fascinante e recompensador. 

11. O que desejas para o futuro do teu blog?
Principalmente, que continue a fazer sentido. É bom sentir vontade para vir cá, seja para partilhar um texto totalmente inventado, uma música, uma notícia, uma frase ou apenas para passar em cada um dos blogues que sigo. Fazer sentido na medida em que ainda consiga identificar-me com este espaço; em que ainda sinta que vale a pena. Espero que faça parte do meu crescimento. Que um dia possa chegar aqui e partilhar que conheci o homem da minha vida, que comecei a trabalhar, que vou casar, que vou ter filhos. E que possa partilhar cada um desses momentos e as etapas que o complementam. E depois desejo que o blog continue a crescer, que quem me acompanha permaneça desse lado para saber de todas as novidades. Que mais pessoas se juntem a nós. E que caminhem comigo, como têm feito até aqui. Porque só faz sentido se vos continuar a ter aí desse lado.  

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar


Não passo um dia sem ouvir música. A escolha desta semana é novamente em português e no feminino. Talvez não a reconheçam, mas tenho a certeza de que depois de ouvirem a sua voz nunca mais se esquecerão.

«O amor é mais do que querer, desenhar, sonhar e amar. É partilhar a vida inteira, numa entrega sem limites, como mergulhar no mar sem fundo ou voar a incalculáveis altitudes. O amor é muita coisa junta, não cabe em palavras nem em beijos, porque se leva a si mesmo por caminhos que nem ele mesmo conhece, por isso quem ama se repete sem se cansar e tudo promete quase sem pensar, porque o amor, quando é a sério, sai-nos por todos os poros, até quando estamos calados ou a dormir».


- Imagina que tinhas estas três portas à tua frente. Qual abririas para seguir a tua viagem?

- Dependeria do destino onde cada uma pudesse levar-me.

- A primeira é a do amor. A segunda da sorte. A terceira do dinheiro. 

- Escolhia a...
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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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