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Fotografia da minha autoria |
«Um livro icónico, de uma honestidade incisiva e elétrica»
Avisos de Conteúdo: Morte, Luto, Linguagem Explícita
A dor da perda não tem medida: é infinita na sua profundidade. E, mais do que isso, é bastante singular, não devendo tecer-se por meios comparativos, porque ninguém a sente da mesma maneira. Por essa razão, é ingrato - e, talvez, injusto - avaliar um livro com um caráter tão intimista e biográfico como o de Joan Didion.
UM RELATO SINCERO
Noites Azuis é um relato sobre medos, infância, maternidade e envelhecimento. Nesta esfera narrativa, onde cabem inúmeras reflexões, seguimos as pegadas da autora que surgem sempre camufladas em questões, atendendo a que, enquanto mãe, foram muitas as dúvidas que a assaltaram. Portanto, somos envolvidos nesta viagem de descoberta, que culmina, creio, no pior pesadelo de qualquer progenitor: a morte de um filho.
«A memória desvanece-se, a memória ajusta-se,
a memória conforma-se ao que julgamos recordar»
Embora tenha uma escrita intensa e cativante, confesso que estava à espera de um texto mais brutal, mais visceral, tal como encontrei n' O Ano do Pensamento Mágico. Faltou-me um pouco mais da sua aparente crueza, que nos desarma e que nos atropela pela intensidade da mágoa. Por outro lado, corrobora o quanto a gestão da perda é tão individual, sem existirem comportamentos certos ou errados. Há, isso sim, mecanismos que nos permitem sobreviver - e cada um constrói os seus, da forma mais transparente que é capaz.
«Em teoria, estas recordações servem para trazer de volta o momento»
Esta obra é feita de memórias e de uma partilha muito honesta, contudo, a certa altura, a narrativa afigurou-se confusa e dispersa por vários temas. Se calhar, o propósito era mesmo esse, porém, correndo o risco de soar egoísta, precisava de um foco maior naquele que, para mim, era o tema central, pois gostava de ter conhecido melhor Quintana e todas as dificuldades que enfrentaram, até fazerem parte da vida uma da outra. Apesar disso, é um retrato emocionante, com pontos relacionáveis sobre culpa e sobre a condição humana.
|| Disponibilidade ||
16 Comments
Vou levar a sugestão, fiquei mesmo curiosa.
ResponderEliminarObrigada pela partilha, minha querida.
Beijinho grande!
Depois vou querer saber o que achaste do livro
EliminarAcredito que seja um livro super interessante de ler
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Sim, isso sem dúvida
EliminarDeve de ser bem interessante.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
É sempre duro ler sobre perda, mas vale a pena ter este contacto com a escrita da autora
EliminarObrigada e igualmente, Francisca
Tenho há meses na estante e ainda não li porque esperava essa crueza de O Ano do Pensamento Mágico. Assim já vou mais com o pensamento de ler um livro forte, mas não tão brutal e pode ser que pegue nele mais cedo :D
ResponderEliminarConfesso que não a senti tanto. É duro, claro, mas acho que acaba por não o passar com a mesma intensidade d' O Ano do Pensamento Mágico. Ainda assim, desarma-nos
EliminarHum, que parece ser mais uma boa sugestão para se ler e conhecer
ResponderEliminarBeijinhos
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Sim, aconselho
EliminarMuito interessante, obrigada pela partilha!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Obrigada pelo retorno!
EliminarVou guardar a sugestão!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Boas leituras!
EliminarAinda estou a pensar no livro "o ano do pensamento mágico", Joan Didion é tão crua na escrita com uma capacidade de descrição. Mais um livro para a minha lista
ResponderEliminarO Ano do Pensamento Mágico é qualquer coisa de tirar o fôlego, fica-nos agarrado à pele. Acho que este não consegue o mesmo, ainda assim, vale sempre a pena ler
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