CAIXA MÁGICA ◾ ALASKA DAILY

Fotografia da minha autoria



«(...) a expectativa de recomeçar a sua vida»


A lista das séries que vejo já foi extensa. Hoje, está mais reduzida, porém, não recuso abraçar novas narrativas que me pareçam apelativas o suficiente para as incluir na minha rotina semanal. Depois de alguns lançamentos que não me convenceram, Alaska Daily, uma das mais recentes apostas da Fox Life, prendeu-me ao ecrã.


SINOPSE

Eileen Fitzgerald é uma jornalista de investigação implacável e cheia de talento, mas vê-se envolvida numa polémica que a descredibiliza e, além disso, que a obriga a reestruturar toda a sua vida. É no meio desse caos que, perante a proposta de um antigo chefe, deixa Nova Iorque e se muda para Anchorage, com o intuito de não só começar a trabalhar no jornal local, como também de se dedicar a uma história bastante particular.


A HISTÓRIA

A premissa pode não revelar uma centelha de originalidade, mas é a história central que traz um novo vigor ao conteúdo audiovisual, uma vez que Eileen e Roz Friendly (sua colega de redação) combinarão esforços para investigar o caso de mulheres indígenas desaparecidas e mortas no Alaska, caso esse que aparenta não ter qualquer interesse para a polícia. Roz, por pertencer à comunidade indígena local, tem uma propriedade particular em relação a esta tragédia, portanto, torna-se fascinante acompanhar a dinâmica entre ambas.

O momento em que Fitzgerald é apresentada à equipa não é pacífico e isento de desconfiança, mas um aspeto que me conquistou de imediato foi a ausência de sobranceria. Quer dizer, a jornalista tem plena consciência do seu valor e não o esconde, mas não procura elevar-se. Embora prefira trabalhar a solo, compreenderá que é na relação com os outros que poderá construir melhores alicerces para se reerguer e chegar mais longe.

Outros artigos serão escritos em simultâneo, mas a morte de mulheres indígenas esconde um submundo perverso, do qual ainda sabemos muito pouco. É, assim, neste ponto que se evidencia o quanto o bom jornalismo é necessário, porque dá voz a quem tenta manter-se oculto [por medo ou intencionalmente] e porque, contra todas as circunstâncias, procuram descobrir e repor a verdade - apesar das consequências.

O sucesso tem sempre um preço, assim como mexer nos destroços. Com várias camadas e focos cruciais, que passam por questões de ansiedade, corrupção, obsessão, racismo e intolerância, Alaska Daily escalou para o topo das minhas séries favoritas. E creio que o seu desfecho tem tudo para me surpreender ainda mais.

Comentários

  1. Comecei a ver o primeiro episódio, mas confesso que estava à espera de uma coisa diferente. Achei a história um pouco confusa. Pode ser que lhe dê outra oportunidade.
    Beijinho grande, minha querida!

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    1. Se tiveres curiosidade em dar-lhe outra oportunidade, acho que vale a pena.
      Estou a gostar muito do desenvolvimento, até porque estão a explorar um tema pouco frequente. E, embora também se dediquem a abordar assuntos mais comuns nestes formatos, como a corrupção, por exemplo, acho que estão com um foco diferente.
      Também gostei muito que não fizessem render a polémica em torno da protagonista. Ou, melhor, que isso vá aparecendo, mas sem ter o palco todo.

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  2. Acredito9 que seja um livro muito interessante de ler.
    .
    Saudações poéticas. Feliz fim de semana.
    .
    Poema: “”Idosos, lágrimas caindo””…
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  3. Faz muito tempo que não assisto a uma, mas já tenho saudades, mas essa ainda não conhecia de todo, mas acho que vou levar a sugestão
    Um bom fim de semana
    Beijinhos
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    1. Aconselho, acho que está fantástica!
      Obrigada e igualmente, Sofia

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  4. Parece interessante.
    Beijinhos, bom fim de semana

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    1. Estou fascinada, por isso, recomendo imenso :)
      Obrigada e igualmente, querida Amélia

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