«Todos vêem o que pareces, poucos percebem o que és», Nicolau Maquiavel
Uma troca de olhares íntima. Um jogo de sedução sublime, que terminaria - sem ele saber - da pior maneira possível!
Ela aproximou-se, por fim, lentamente. Pousou o seu copo com martini na mesa e ele empurrou-lhe a cadeira para que se sentasse. Na sua cabeça, seria mais uma noite que acabaria com as roupas espalhadas pela casa e sexo até amanhecer. Contudo, o pensamento dela era outro. E os planos de ambos, sem que se notasse, divergiam abruptamente.
Há series que acompanho fielmente e há outras que me conquistam sem estar a contar. Quando «Rookie Blue» começou a ser transmitida na Fox life não lhe dediquei particular atenção. Contudo, nestas férias voltaram a repeti-la e foi aí que me viciei. Sim, é mesmo esse o termo. Não sei se transmitiram desde a primeira temporada (o que é provável), pois só me apercebi disso já a meio da terceira, o que não foi, de todo, impedimento para me agarrarem à televisão. Após uma breve pesquisa, consegui, ainda que de forma muito sucinta, contextualizar-me. E agora arrependo-me de não ter dado uma oportunidade quando estreou em Portugal. Esta série policial tem um elenco fantástico e um enredo surpreendente. Além disso, permite-nos conhecer todas as aventuras e desafios dos agentes da 15ª Divisão e ver a união que se estabelece entre eles. Não faltaram peripécias, gargalhadas, momentos de cortar a respiração, amor, medo, superação... Cresceram em conjunto, como profissionais e como pessoas. E o melhor de tudo é que mesmo deste lado do ecrã não ficamos indiferentes. Aparentemente, a sétima temporada foi cancelada. Adorava que não fosse verdade, porque é uma série de qualidade e bastante completa. E o último episódio deixa-nos mesmo a pedir uma continuação. Enquanto esse «milagre» não acontece, tenho que arranjar maneira de ver as duas primeiras temporadas.
Imagem retirada do google
Ir ao Lago de Sanabria durante o inverno. Supostamente, este que é o maior lago de origem glaciar da Europa gela nessa altura do ano. Nunca tive oportunidade de o confirmar, mas a verdade é que gostava. Além disso, não sei até que ponto é que a estrada até lá estaria utilizável, contudo, a paisagem deve ficar absolutamente arrebatadora. Se no verão já o é, nas estações seguintes não deve, de todo, perder o encanto. É daquelas viagens que espero fazer num futuro muito próximo. Para corroborar ou desmentir a veracidade desta informação e para matar saudades de um lugar que me diz tanto!
Imagem retirada do google
As pessoas não aguentam a verdade, mesmo assim insistem no moralismo de a pedir!
#divagações #verdade #aguentar #falsomoralismo
...
Nunca quis mudar
O que fiz de mim,
Só poder tornar
Ao que não dei fim.
Tantas coisas eu receei fazer.
Todas elas faria acontecer.
Imagem da minha autoria
«Não chores, que é desta saudade que se faz a nossa história»
O tempo, por mais cliché que soe, passa demasiado rápido. Já perdi conta às vezes em que o afirmei. E não menos certo é o facto de que o continuarei a fazer. Porque passa. Porque os momentos sobrepõem-se, renovam-se, inovam-se e guardam-se em memórias infinitas. E a vontade de parar o relógio é, igualmente, imensa. No fim de mais uma Semana de Receção, percebi o quanto este ano será emotivo. Ainda agora começou e já houve lágrimas que não consegui conter. O coração fica mesmo pequenino, até porque se torna extremamente complicado não pensar no futuro. E tudo adquire outro impacto quando percebemos que agora somos nós. Por mais que o adeus não seja definitivo (e ainda esteja, apesar de tudo, longe), e por mais que saiba que a vida é feita de ciclos, as saudades já se fazem sentir. Estarei como sempre, por mim e pelos meus, porque não faria sentido de outra forma. Mas já fiquei com a certeza de que será tudo muito mais intenso e especial. Esta semana foi só uma amostra do que me espera. Tenho que preparar bem a minha caixa-forte, que bate no lado esquerdo do peito, para os sentimentos e emoções que se avizinham!
Imagem retirada do google
Nesse espelho inquebrável, nessa poça de água que te transborda, vês o reflexo do que és, do que queres ser, ou daquilo que os outros esperam de ti?
Imagem retirada do google
«A solidão modifica as vozes», Friedrich Nietzsche
Cheque-mate! Deixei de ter medo do medo. De ti. Daquilo que poderia sentir quando te dissesse adeus. Definitivamente.
Imagem da minha autoria
Estou de volta à faculdade. À praxe. Ao meu mundo. E é esta
semana que separa o início daquela que será a derradeira etapa enquanto
estudante – sinto a despedida cada vez mais perto. Por agora, vou aproveitar
mais uma Semana de Receção!
Desembaraço
O tempo e o espaço
Que se ergueu em mim
(...)
Capítulo 23 (conclusão)
18.08.2016
Estacionar na Régua revelou-se uma tarefa árdua, mas como a persistência é o nosso nome do meio lá conseguimos encontrar um lugar. Enquanto andamos às voltas, vi o Estádio Municipal Artur Vasques.
18h29: As visitas continuam
Capítulo 23 (continuação)
18.08.2016
O meu olhar perde-se a observar o Alto Douro Vinhateiro!
(Pocinho-Vila Nova de Foz Côa)
15h52: Voltamos a parar na cidade conhecida pela sua arte rupestre.
Capítulo 23 (continuação)
18.08.2016
A parte aborrecida do dia em que se regressa a casa é que se tivermos muitas paragens em mente não conseguimos explorá-las a fundo. Contudo, também pode funcionar como desculpa para voltarmos mais vezes.
Percorremos um pequeno pedaço de Vila Flor, que me permitiu fotografar o Mercado, o Centro Cultural, o Largo de Santa Luzia, o Tribunal, a Praça da República e alguns detalhes que me fascinaram. O sossego da «Capital do Azeite» fez com que a pudesse observar com outra atenção, reforçando a certeza de que muito ficou por descobrir. E se ao chegarmos somos praticamente recebidos pela estátua de D. Dinis, ao ir embora deparei-me com a maravilhosa Fonte Romana. Tenho que voltar!
13h16: Já no carro para continuar.
Capítulo 23
Quinta, 18.08.2016
07h00: Bom dia! Está na altura de arrumar as malas no carro e iniciar as despedidas.
Para trás fica mais um infindável número de momentos e memórias. Ficam os 232 degraus que fazemos questão de subir sempre que chegamos à Puebla de Sanabria e a loja de recordações onde me perco; a Festa da História em Bragança que, apesar de me parecer que recebeu menos pessoas este ano, não deixa de ser fantástica - e terem trazido as encenações para o centro em frente ao Castelo foi uma mais valia; o Mercado Medieval na Puebla, o dia do Azibo, o tempo maravilhoso e a descoberta de um sítio novo, que vou fazer questão de visitar quando regressar: o Centro do Lobo Ibérico de Castilla y León. Por mais que já consiga acompanhar estas paisagens de cor, a parte agradável de tudo isto é ser capaz de as redescobrir com ainda mais beleza que no anterior. Sou mesmo feliz por aqui!
Imagem retirada do google
«O meu mundo permanece em ti e em ti há-de ficar», Paulo Sousa
Vou
Se me deixares ficar
Se me permitires voltar
Não confio na incerteza
De não te saber no regresso
Pronto, paciente, desejoso
À minha espera
Liberdade 21. A decorrer na «Vasconcelos, Brito e Associados, uma das grandes sociedades de advogados», esta série portuguesa era uma das minhas favoritas. Não só pelo elenco de elevada qualidade, mas também pelo argumento. Em todos os episódios podíamos acompanhar a relação intempestiva dos dois fundadores - Raul Vasconcelos e Helena Brito -, cujas personalidades tantas vezes entravam em conflito, mas sem colocar em causa o mais importante: os clientes. No entanto, não são os únicos protagonistas deste enredo: Afonso Ferraz, Pedro Pimentel, Sofia Martins, Francisco Lemos, Júlia Paixão, Isabel Ferraz, Guilherme Bettencourt, Bruno Saraiva, Paulo Ruas, Vera Tavares, a título de exemplo, são outras das figuras centrais. Marcada por competição, humor, mistério, drama, fragilidades, egos, inteligência, perdas, vitórias, e muito mais, tenho pena que tenham deixado de a transmitir.
Imagem retirada do site Coffee Break
«Se há coisa que todos gostamos de saber é o que se passou no dia em que nascemos».
É extremamente difícil deitar-me cedo, porque acabo sempre por me perder a ver algum episódio de uma série que gosto, a ler mais um capítulo de um livro, a ouvir as minhas músicas de eleição, a dar forma à inspiração tardia que me assalta e/ou a ler artigos que podem ter tanto de desinteressante para uns, como de divertido para outros.
«No fundo de um buraco ou de um poço acontece descobrir-se as estrelas», Aristóteles
Vila do Conde. No último dia do mês de julho, fomos até à cidade que é conhecida, entre tantas outras coisas, pelas famosas Rendas de Bilros, com o pretexto de visitarmos a 39ª Feira Nacional de Artesanato. A surpresa agradável é que não nos ficamos por aí!
«A música pode mudar o mundo porque pode mudar as pessoas», Bono Vox
A oportunidade de vermos os nossos artistas favoritos a atuar ao vivo é indescritível. Especial. Mágica. Memorável. Quando esse momento se repete é um privilégio infinito.
Os D.A.M.A e os Expensive Soul são duas bandas portuguesas que acompanho com bastante regularidade, ainda que, maioritariamente, à distância. E se, comparativamente, os primeiros têm uma carreira mais recente, os segundos já contam com 17 anos neste mundo musical. Com um estilo muito próprio, que me fascina por diversas razões, o percurso de ambas tem sido em crescendo. E não vão parar por aqui!
«Poesia é voar fora da asa», Manoel de Barros
Soltei o meu coração ao vento
Que nem papagaio em suspenso
Planou sereno
Fazendo uma dança assimétrica
De ritmo frenético
Balançando as cordas em desalinho
Desceu
Trazendo-me no peito
O teu nome
Desenhado a tinta permanente.
Imagem retirada do google
«Dê a quem você ama asas para voar...»
Foste a melhor parte de mim - a pessoa imperfeita que me bateu à porta do coração quando já não esperava visitas demoradas -, até ao dia em que te começaste a desculpar com atrasos pouco coerentes. A adiares as chegadas. A acelerar as partidas. A fechares o sorriso sem que me desses a entender o motivo de toda a frieza. Pensei mesmo que a culpa fosse minha, sabes? Fui tentando descobrir o significado de toda a mudança através das meias palavras que me oferecias a custo. E acreditei que a minha rotina te estivesse a consumir. A sufocar. A privar dos teus sonhos. Mas eras tu, apenas tu, que te anulavas e que procuravas todas as oportunidades para me culpar pela tua fraca capacidade de amar. Se não fazias intenções de ficar, porque é que apareceste na minha vida? Porque é que arrumaste um espaço na minha caixa-forte e te instalaste como se fosse o teu lar? Ficarei em suspenso, ouvindo o silêncio ecoar. O meu sentimento por ti não desapareceu. Aliás, continuarei a olhar-te com amor. Mas tive que escolher entre continuar em sofrimento ou permitir-me voar. E como devias saber, não tenho qualquer talento para ficar aprisionada em mágoas que não procurei criar. Foste a melhor parte de mim. Até ao dia em que escolheste, por livre vontade, não o seres mais.
«Em toda a parte, onde quer que o sonho me leve, hei-de lembra-me de ti»
Nove anos. Por vezes, tenho dificuldade
em acreditar que já passou tanto tempo. Outras, parece que aquele
momento não passou de um sonho com contornos muito reais. Mas
aconteceu. Aconteceu mesmo. E a dois de setembro de 2007 estive com
aquele que será o meu eterno número um. Ainda hoje não sei definir
o orgulho, o coração acelerado, o sorriso largo e o privilégio que
foi tê-lo ali, diante de mim, numa daquelas raras ocasiões em que
os acasos da vida se revelam imensamente felizes. Talvez não tenha a
sorte de a repetir, mas uma coisa é certa: este fragmento ficará
para sempre gravado em mim. Na admiração que preservo. Na esperança que não deixará de existir. Na certeza de que, como digo repetidamente, este continuará a ser o dia dois mais bonito que conheço. Meu lado esquerdo de saudade. Meu guerreiro. Como desde o primeiro dia, até ao fim!
- as palavras serão sempre escassas, os detalhes sobrepõe-se a tudo o resto. E esses, juntamente com tudo o que senti, ficarão só para mim.
«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar.
Não passo um dia sem ouvir música. E após longos meses com a gaveta d' O que fala ao coração fechada, resolvi voltar a abri-la. Desta vez, com algo bem distinto do que tem caracterizado as anteriores escolhas. Não só pelo estilo em si, mas também pela nacionalidade, uma vez que tenho apostado sempre em artistas portugueses. Arranjem dois lugares à mesa, no sofá, ou em qualquer outro lugar que vos pareça cómodo, e algum espaço livre. E deixem-se maravilhar pela sonoridade!
O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá