Diz-me por onde andas #9


«No fundo de um buraco ou de um poço acontece descobrir-se as estrelas», Aristóteles


Vila do Conde. No último dia do mês de julho, fomos até à cidade que é conhecida, entre tantas outras coisas, pelas famosas Rendas de Bilros, com o pretexto de visitarmos a 39ª Feira Nacional de Artesanato. A surpresa agradável é que não nos ficamos por aí!

Conferi que a entrada era gratuita e esqueci-me de verificar se o horário de funcionamento contemplava a parte da manhã, uma vez que pressupus que sim. Errado! Quando lá chegamos, descobrimos que o recinto só abria às 15h00. Como eram 11h, rapidamente tivemos que improvisar um plano que nos permitisse ocupar essas horas de espera. Tempo não nos faltava, por isso fomos dar um passeio. Seguimos caminho até à réplica da Nau Quinhentista, que me deixa sempre fascinada quando a vejo, e paramos para que eu pudesse fotografar. Os bilhetes têm que ser adquiridos na Alfândega Régia, e como ficamos curiosos quanto ao preço da visita o meu pai foi até lá para esclarecermos a nossa dúvida. Continuo sem saber quanto fica, isto porque a funcionária nos informou que até às 13h desse dia não se pagava entrada. Deste modo, teríamos não só a oportunidade de ver a Nau, mas também ficar a conhecer o Museu. Uma ocasião destas não se pode perder, por isso começamos a visita. 

A Alfândega Régia - Museu da Construção Naval fica situada na zona ribeirinha e o seu edifício sofreu várias mudanças, sendo «totalmente reabilitada e convertida em espaço museológico» em 2001. A exposição permanente apresenta três vertentes: «a Navegação Portuguesa, nomeadamente aquela que tem origem e destino em Vila do Conde; a história da Alfândega Régia e seu funcionamento, oficiais e produtos desalfandegados; a história da Construção Naval, tipos de barcos construídos em Vila do Conde e respetivos processos construtivos». Posteriormente, fiquei a saber que nestas instalações podemos, ainda, encontrar o Centro de Documentação dos Portos Marítimos Quinhentistas. O espaço é bastante agradável, bem estruturado e organizado, com informações claras. Não é muito grande, mas cada piso fascina-nos por motivos diferentes. De seguida, fomos até à Nau, que é um «importante e precioso complemento ao núcleo museológico» e que está fundeada «nas águas do rio Ave» desde 2007. Para além de ser um elemento de atração turística, é, igualmente, um local com uma forte função pedagógica. No seu interior encontramos «os aposentos de alguns dos tripulantes, assim como os próprios elementos da tripulação, através de esculturas humanas: o capitão, o piloto, o escrivão, o capelão, o boticário, o timoneiro, o bombardeiro e o grumete. Simultaneamente, estão expostos vários instrumentos de navegação, material cartográfico, diferentes tipos de mercadorias, uma botica, procurando elucidar sobre a complexidade e as vicissitudes da vida a bordo». Aconselho mesmo a visita a ambos os espaços, não só pela beleza, mas por toda a história que contêm. Há muito trabalho e dedicação investidos. E isso nota-se!

O passeio prosseguiu até à Capela de Nossa Senhora do Socorro, que apresenta uma arquitetura peculiar, que me chamou à atenção mal comecei a subir a rua. É pequena, mas a decoração é lindíssima. Seguiu-se o almoço, uma caminhada até à praia e depois, sim, a visita à Feira de Artesanato.

A decorrer nos Jardins da Avenida Júlio Graça, era possível ver barracas de vários pontos do país, com artigos distintos e cheios de qualidade. Contudo, não posso deixar de destacar «Os Artesãos do Som», a exposição com as «13 fases de construção de um Cavaquinho» e as rendilheiras que trabalhavam ao vivo nas suas almofadas, permitindo-nos acompanhar toda a mestria que está na base das rendas de bilros. Além disso, também podíamos percorrer as «Jornadas Gastronómicas». Não faltavam motivos para nos rendermos a este evento, que nos mostra «o melhor e mais genuíno artesanato português». O que é preciso é ter muito controlo, porque a vontade é comprar um artigo de cada. Perdi-me de amores por alguns, sobretudo aqueles que tinham O Principezinho como imagem. Uma coisa é certa: há muito talento. Vou ter que voltar em futuras edições!

Deixo-vos, agora, com algumas das fotografias deste dia:













































Comentários

  1. Magnifica reportagem fotográfica de uma cidade que não conheço Vila do Conde, tenho que lá ir.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.
    Andarilhar

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  2. Fantásticas que estão todas essas fotografias,gostei imenso!!

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  3. Sempre em passei :)
    Assim, ainda bem que se "enganaram" no horário da feira. Deu para conhecer outros locais :) beijinho

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  4. Sempre em passei :)
    Assim, ainda bem que se "enganaram" no horário da feira. Deu para conhecer outros locais :) beijinho

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  5. Não conheço Vila do Conde, mas as tuas palavras deixam-me com imensa curiosidade de visitar!
    THE PINK ELEPHANT SHOE | FACEBOOK | INSTAGRAM |

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  6. Insisto: erraste a vocação. O teu futuro está no turismo. :)

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  7. Lindos passeios :) Dá vontade de conhecer a cidade

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  8. Fico contente por teres gostado da frase que eu publiquei no meu blogue da brincadeira da chica!! Beijinhos fofinhos!!

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  9. Um promotor turístico profissional não me teria deixado mais entusiasmado do que tu. Isto parece-me mesmo muito interessante! Congrats ;)

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  10. Fantástico Andreia. Também adoro essas feiras.
    Beijinhos

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  11. Adorei a frase :) muito inteligente mesmo :D

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  12. Gostava de conhecer melhor Vila do Conde é um local muito bonito!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

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  13. Que bom ler estes teus textos de viagens só me dá vontade de por a mala as costas e fazer me a estrada :) Adorei as fotos
    http://retromaggie.blogspot.pt/

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  14. É bacana!

    Lindas fotos.

    Ótima quinta!

    Beijo! ^^

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  15. Obrigado querida :D E orgulho. Orgulho muito porque sei bem o quão complicado é :/ Quem dera que todos tivessem a mesma força...

    Só lá fui uma vez mas, como tu, fiquei rendido :D

    NEW REVIEW POST | La Roche-Posay: Effaclar Mat.
    InstagramFacebook Oficial PageMiguel Gouveia / Blog Pieces Of Me :D

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