Entre Margens
Fotografia da minha autoria


«A vida é feita de momentos colecionáveis»


Agosto. Pele [semi] morena. Liberdade a descobrir. E saudades a serem apaziguadas. Em mês de férias, aproveitei para descansar muito, repor energias, estar menos em rede e reequilibrar a inspiração. Além disso, regressei a lugares especiais e, admito, houve algum nervosismo e alguma emoção à mistura, atendendo a que foi um redescobrir de traços que me aquecem o coração e que permanecem tão familiares. Em consequência, a minha coleção de dedais aumentou consideravelmente - e está mais bonita do que nunca. Na companhia das minhas pessoas e de leituras em duplicado, agosto foi inesquecível. Sinto que vivi um mês dentro das duas primeiras semanas, particularmente, mas este ritmo foi tudo o que o meu coração necessitava. Foi amor.
Fotografia da minha autoria


«Cozinhar é só um jeito diferente de amar»


A cultura gastronómica portuguesa transmite um aconchego diferente. Mas é interessante perceber - e descobrir - as fusões que se têm criado e a aposta numa restauração mais contemporânea, que abriga novas influências, ingredientes e receitas. Porque, no fundo, a nossa cozinha começa a ser do mundo. Embora o número de restaurantes aumente com frequência, partilhando conceitos inovadores, não tenho o hábito de comer fora de casa regularmente - existindo, claro, situações pontuais. No entanto, durante o período de férias, esta é uma realidade muito mais próxima. E, este ano, fui agradavelmente surpreendida. Por isso, há cinco espaços que merecem destaque.
Fotografia da minha autoria


Tema: Livros para ler ao sol


Calor. Céu limpo e iluminado. E literatura. Esta combinação proporciona a perfeita simbiose com o verão. E é nas páginas de um bom livro que gosto de saborear esta estação do ano, que nos permite estabelecer um ritmo mais dedicado e, talvez, célere. Porque o tempo é nosso e podemos geri-lo com outra liberdade. E nada como estar ao sol - na praia, na piscina, num parque, numa esplanada - com uma obra que nos faça viajar pelo mundo. Graças ao The Bibliophile Club, com o seu tema mais recente, aventurei-me com Júlio Verne.
Fotografia da minha autoria


«Vamos ficar?»


O meu Alent[ej]o. A minha identidade divide-se entre duas cidades, ou não fosse eu filha de uma mãe de Gaia e de um pai do Porto. Mas algures no meu crescimento, sem saber explicar como, devo ter herdado uma costela alentejana. E como há lugares que sentimos como casa, quero sempre regressar para os seus braços.
Fotografia da minha autoria


«A mais bela e marcante herança»


Os meus olhos brilhavam todas as vezes que abraçava a minha avó Julieta e lhe descobria as orelhas cobertas com os seus brincos cor de sol. Havia algo naquela peça que me hipnotizava e que me fazia prolongar o nosso estreitar de braços, deixando-me serena e segura. E ali estavam eles, uns pequenos raios de luz, que me arrancavam de uma certa inércia, para levarem a minha mente a deambular pelos seus traços mínimos. E a transbordar mistério.
Fotografia da minha autoria


Tema: Coisas que aprendi com alguém muito importante


A pegada que marcamos no mundo não tem apenas a dimensão da nossa alma. Porque somos feitos de todos aqueles que se cruzam no nosso caminho. É essa energia, essa inspiração, que vai completando a identidade que pretendemos maturar. E eu compreendi, com o tempo e com a visão atenta de terceiros, que tudo pode ser aprendizagem, seja para anexar no nosso peito, seja para sabermos como não agir - ou, simplesmente, como não ser. E como, para mim, o que levamos de melhor desta vida é os conselhos das nossas pessoas-casa, procuro guardar tudo aquilo que cresci - e aprendi - com cada uma delas.


«Lição aprendida
Passei toda a vida
A mandar mordidas
Na fruta proibida
A tentar ver escondida
Minha mágoa contida
Meus calos, minhas feridas
Fotografia da minha autoria


... Brincos!

[Tenho, no total, cinco furos. E houve uma fase em que me desabituei de usar brincos - por causa do traje -, mas agora é raro o dia em que saio de casa sem eles. Adoro que sejam compridos, ainda para mais nesta altura em que o meu cabelo está curto. No entanto, não podem ser pesados, para conseguir aguentar o tempo em que estiver fora. Nestas férias, tenho abusado de peças mais statement, embora seja uma tendência que me enche as medidas ao longo do ano. Só que, por uma questão de praticabilidade, é mais frequente no meu quotidiano recorrer a modelos pequenos e minimais. Independentemente do formato, será sempre um acessório do qual nunca me cansarei]
Fotografia da minha autoria


«Estou no mesmo banco de jardim»


As paredes caiadas e brilhantes
Dentro de uma muralha só
Abrigando a minha memória
E o nosso banco de jardim
Vazio, apenas utópico
Mas onde ainda te vejo
Debruçada pelo braço de verga
E um livro no regaço
Fotografia da minha autoria


Tema: Um livro escrito na primeira pessoa


As histórias de vida, contadas pelo coração dos seus protagonistas, provocam-nos sempre algum tipo de empatia e comoção, porque há uma proximidade que é quase palpável. O discurso na primeira pessoa, quando sabemos que autor e personagem são um só, abre-nos a porta para uma divisão mais íntima. Talvez não conheçamos as profundezas da casa, mas ficaremos sentados no sofá da sala a descobrir memórias, entre bolachas e chávenas de chá. Por isso, quando vi o mais recente tema de Uma Dúzia de Livros, não hesitei na minha escolha. E deixei-me transportar para uma China vista - e vivida - por Mo Yan.
Fotografia pessoal


«Não há nada como regressar»


As gavetas estiveram entreabertas durante as últimas duas semanas, pois senti mesmo necessidade de abraçar esta pausa mais prolongada. Após desfrutar de uns dias de férias, mantive-me nos bastidores. Julho foi bastante intenso - a vários níveis -, portanto, aproveitei o início deste oitavo mês para descansar, equilibrar energias e deixar a inspiração tomar o seu rumo certo. E decidi agendar o meu regresso para uma data especial: o aniversário do blogue.
Fotografia da minha autoria

«Foco, força e férias»


A chave já está na ignição. E a Pão de Forma, possivelmente, partirá a qualquer momento, rumo a mais um recanto do nosso belo país. Vou aproveitar para descansar, para recuperar energias, para absorver inspiração e para matar saudades. Por isso, o blogue estará em pausa, porque não me faz sentido deixar publicações agendadas quando sei que não poderei retribuir todo o carinho, nem estabelecer um dos aspetos que mais priorizo: a interação. Este mês de agosto será, então, intermitente. Mas prometo dar notícias quando regressar. Até já 💙


«Me mostra a tua alma
Que eu quero fugir de mim
Me mostre alguma música
Funcionou tão bem para mim
Fotografia da minha autoria


... Andorinhas!

[Há uma sensação de liberdade no voo que não é meu, mas que observo - com encanto - nas andorinhas. O seu caráter migratório fez-me sempre imaginar uma vida sem limites, construindo casa em qualquer parte do mundo. Embora seja muito ligada às minhas raízes, não fico indiferente à possibilidade de alargar horizontes e de conhecer o que me rodeia. Por isso, encaro estas aves com imenso respeito, atribuindo-lhes significados distintos. Além disso, são associadas ao retorno, à luz, à transformação, à esperança. E lembram-me pessoas especiais. Acredito que as nossas vidas fiquem mais ricas com estas simbologias, portanto, permaneço atenta. Recentemente, adquiri uma andorinha para decorar o meu quarto. E espero aumentar a coleção]
Fotografia da minha autoria


«É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já»


Os trilhos pedestres proporcionam uma proximidade mais íntima com o local que pretendemos explorar, uma vez que nos colocam no centro da ação - e da atração. Quando ainda nos encontrávamos na aldeia do Talasnal [antes de transitarmos para o Chiqueiro & Trevim], ponderamos seguir o caminho até ao Castelo, mas tivemos que suspender a aventura, porque não fomos preparados para o efeito. A exigência física talvez não seja elevada, porém, requer calçado apropriado e ausência de horas marcadas. Assim, voltamos para trás, mas procuramos uma rota alternativa. E descobrimos um mundo absolutamente deslumbrante.
Fotografia da minha autoria


«Viver em contradição»


Sou o que vejo
Do que fui
Para onde caminho
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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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