2021 || 12 MESES, 12 ÁLBUNS
Fotografia da minha autoria |
«Feel the world around me»
O mundo vira-nos do avesso e, ainda assim, há alicerces que nos impedem de sucumbir, porque nos permitem fazer uma travessia emocional, alcançando terra firme. E a música tem esse poder na minha essência, pois ampara-me nesse processo, dando voz - e propósito - a tudo o que me deixa em alvoroço e ao que me move.
A minha casa é, portanto, habitada por inúmeros artistas e melodias, que priorizo consoante o meu estado de espírito. E é por esse motivo que as transições nem sempre são lineares e subtis, atendendo a que tenho espaço para acolher géneros distintos. Neste sentido, um dos meus maiores aliados é o Spotify, que é cúmplice das minhas preferências e do caos das playlists que crio. E, este ano, pela primeira vez, dediquei-me a descobrir o meu wrapped. Em traços gerais, a musicalidade do meu 2021 soou mais ou menos assim:
🎧 Canção #1: Infinito [Tomás Adrião & Elisa];
🎧 Top de Géneros: Ouvi um total de 24 géneros diferentes, mas o meu top cinco foi Hip Hop Tuga, Portuguese Pop, Música Portuguesa Contemporânea, Portuguese Indie e Fado;
🎧 Top de Artistas: Tomás Adrião, João Couto, Julinho KSD, Justin Bieber e Mimi [ouvi um total de 427];
🎧 O meu top 100: Playlist aqui;
🎧 Se 2021 fosse um filme e eu a personagem principal, o tema de abertura seria: Aqui [Mimi Froes];
🎧 A música que tocaria, caso declarasse o meu amor à chuva: Anyone [Justin Bieber];
🎧 A música que tocaria, caso tivesse uma batalha de dança: Die For You [Justin Bieber feat Dominic Fike];
🎧 26435 foi o total de minutos que despendi a escutar música e podcasts;
🎧 Top 5 de músicas: Infinito, Dia Mau, À Procura de Alguém, Perdido e Passo a Passo;
🎧 A minha aura musical: inovadora e melancólica.
Surpreendi-me com alguns destes dados, confesso, mas sinto que espelham bem a diversidade da minha experiência musical. Em simultâneo, para além de canções soltas, foram vários os álbuns que me fizeram companhia, o que dificultou a seleção final. Apesar disso, estes 12 têm toque a aconchego. A alma. A lar.
JANEIRO
Este EP, nas palavras da artista, é «um bocadinho de palco, que queremos guardar para sempre». Gravado ao vivo, no Teatro Rivoli e no Teatro Aveirense, é uma celebração simbólica do aniversário do seu Madrepérola, transmitindo a força que «é estar em palco», a resistência e a vontade intensa da partilha. É poderoso.
FEVEREIRO
Vamos Conversar é o desabrochar de um casulo, de um emaranhado de riscos e rabiscos, que transformam a alma em letras intimistas e com tanto mundo dentro. Cantando-nos sobre derrubar medos, sonhos [e pessoas que nem sempre podem sonhar], ser colo e as indecisões que nos desorganizam, a Mimi convida-nos para escutar um discurso honesto, sereno, como o qual é tão simples relacionarmo-nos. Porque há situações transversais que podiam representar parte da nossa história [opinião completa sobre o disco aqui].
MARÇO
O quarto álbum de originais do autor portuense mostra-nos a sua faceta versátil em várias áreas, atendendo a que foi «escrito, composto, tocado, produzido e arranjado» pelo próprio. Nesta viagem sonora, com recurso a diversos instrumentos, são dez as canções que nos embalam e que nos levam a descobrir histórias extraordinárias, que só poderiam ser cantadas - ou contadas, como preferirem - por Miguel Araújo.
ABRIL
Este era, provavelmente, o lançamento que eu mais aguardava, porque o Tomás é um artista extraordinário. Contando com participações especiais, este disco tem uma voz própria e várias influências, permitindo-nos transitar, com equilíbrio, entre momentos mais emocionais e introspetivos e situações mais cómicas. Valeu cada segundo de espera. E, para ser sincera, tem sido escolha prioritária, pois revejo-me em certas letras.
MAIO
O tom intimista, que se enlaça a um certo «fogo de artifício», neste jogo dicotómico que é a nossa existência. Nestes batimentos por minuto, somos transportados para um lado mais pessoal do artista, até porque foi o próprio que escreveu e compos as músicas do álbum. E nota-se bem o seu crescimento - em vários níveis.
JUNHO
CAOS'A funde os estilos que marcaram o crescimento da artista, expiando a saudade, o amor e os pensamentos ora profundos, ora triviais. Com produção de Branko, é um espelho da condição humana. E a poesia da escrita provoca-nos uma cadência que nos faz olhar para dentro, ao mesmo tempo que nos liberta.
JULHO
O registo musical do Left conquistou-me de imediato, atendendo a que tem tanto de dançável, como de reflexivo. Portanto, soube do lançamento do seu disco de estreia com um enorme entusiasmo. Perspective espelha a importância que os diversos panoramas de um mesmo plano exercem durante o seu processo criativo e a sua vida. Porque «tudo depende de uma perspetiva». Aliás, «a confiança e a insegurança, o amor e o ódio, a fé a descrença são adaptações da mesma essência, com cores diferentes».
AGOSTO
É inacreditável a densidade emocional de Billie Eilish. Embora não a escute com regularidade, sou sempre desarmada pelo seu talento, pela sua bagagem sentimental e por todas as suas camadas. A prova disso é este álbum, que me viciou por completo. Com uma energia mais serena, tem sido uma das minhas bandas sonoras.
SETEMBRO
Este projeto tem toque a casa, a conforto e a partida. Tão depressa nos aconchega, numa serenidade intimista, como nos impulsiona para uma dança interminável. Além disso, deixa-nos com uma nota de esperança.
OUTUBRO
Boa Sorte é uma obra de arte em tudo o que o constitui. Composto por 12 temas, é um trabalho de escrita minucioso, que tanto nos faz embarcar numa rota familiar, refletindo acerca da nossa jornada, das nossas emoções e perceções da realidade, como nos incentiva a descomplicar através de um ritmo mais dançável, de quem encara a vida com animação - mas que pode, igualmente, representar uma maneira de expiarmos as nossas inquietações. Porque, mesmo quando o tom é positivo, as letras fazem-nos olhar para dentro.
NOVEMBRO
A voz da Elisa irradia delicadeza, por isso, há um vínculo que nos embala na sua música. Inclusive, persiste a sensação de estarmos dentro de um abraço apertado, tendo em conta o aconchego das suas letras. Numa viagem que explora vários estados de espírito, este disco poderia ser a história de qualquer um de nós.
DEZEMBRO
Badiu grita origens, diversidade, humanidade. Quebra barreiras e une-nos, enquanto apaixonados por música e, sobretudo, enquanto sociedade. Neste álbum, há uma certa vulnerabilidade - nas canções e na identidade -, que nos aproxima e que nos mostra o quanto são preciosas as nossas raízes; o quanto nos distinguem, mas não devem ser motivo de segregação, porque o mundo fica mais bonito quando nos respeitamos. A transbordar de energia e de convidados especiais, é impossível não nos comovermos com estes 31 minutos de história.
Uma palavra de apreço para cinco discos que, não figurando neste pódio, se tornaram paragem obrigatória: Passo Forte [Sal], Marialva [Firgun], Sabi na Sabura [Julinho KSD], 30 [Adele] e Bárbara, [Bárbara Tinoco].
Que álbuns marcaram o vosso ano?
18 Comments
Bridge Over Troubled Dreams da Delta Goodrem, saído em Maio. Human, dos OneRepublic saído em Agosto e Only Santa Knows (deluxe edition) saído em Novembro.
ResponderEliminarBom domingo, minha querida! Beijinho grande!
Tenho de ouvir esses! Obrigada pela partilha, minha querida
EliminarTrabalho de pesquisa pessoal muito interessante.
ResponderEliminar.
Continuação de boas festas … abraço.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada e igualmente, Ricardo
EliminarAndo tão afastada da música. Bom domingo!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Há alturas assim
EliminarAndreia belos álbuns simplesmente incríveis, bjs.
ResponderEliminarhttp://www.lucimarmoreira.com/
Conquistaram-me todos!
EliminarExcelentes escolhas <3 Gosto tanto da Elisa, do Miguel Araujo, do Joao Couto e do Dino <3
ResponderEliminarArtistas extraordinários *-*
EliminarGreat post dear!
ResponderEliminarHave a nice day:)
xoxo
https://stylishpatterns.blogspot.com/
Thanks :)
EliminarSempre a surpreender e a dar sugestões incríveis aos bloggers. Obrigada por mais uma partilha maravilhosa minha querida.
ResponderEliminarObrigada pelo retorno!
EliminarConfesso que não ando assim muito ligada a música, nas tens aí algumas sugestões que ainda não conhecia de todo
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem Post Novos Diariamente
Há fases assim, faz parte :)
EliminarOlá,
ResponderEliminarConfesso que não temos tanto em comum no quesito música, entretanto adorei conhecer seus gostos e ver que não sou a única com uma playlist tão diversificada assim.
Ah, e adorei sua foto!
Beijo!
www.amorpelaspaginas.com
As minhas playlists são sempre um pequeno caos :p ahahah
EliminarMuito obrigada, Ray