Entre Margens

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«O amor dissolve toda a zanga na poesia que se inventa»


Um traço atípico e uma velocidade de cruzeiro parecem-me marcar este ano. Se, por um lado, houve meses que foram vividos num sopro, por outro, também é verdade que me senti a embarcar numa travessia demorada, como se o leque de meses restantes tivesse duplicado a sua duração. E ainda que tenha registado memórias muito bonitas, reconheço que 2022 não foi dos meus favoritos - e esta semana reforçou isso mesmo.

A simplicidade esteve sempre presente e, creio, ajudou a equilibrar os momentos de maior inquietação e dúvida. Este foi, talvez, o ano em que mais me coloquei em causa e que mais vezes deixei o medo ganhar, mas faz parte do processo, não é? A vulnerabilidade consegue ser fonte de aprendizagem e de reencontros.

Por falar em reencontros, estive com pessoas-casa, que alimentam a minha definição de família e de amor. E vê-las a abraçar novas conquistas deixou-me em paz, naquele estado de felicidade extrema, como se fossem um pouquinho minhas. Nas ocasiões em que foi maior a neura, agarrei-me aos livros, à escrita e à música.

Observando tudo aquilo que vivi, sei que tenho muito mais para agradecer. É por isso que aprecio tanto estas retrospetivas: porque, sem procurar camuflar os momentos mais turvos, ajudam-me a manter o foco daquilo que, para mim, é o mais importante. Assim, sinto que estes são os meus 12 maiores pedaços de gratidão.


JANEIRO
Ter os meus pais mais protegidos com a dose de reforço.

FEVEREIRO
Consciente do caos que se abateu na Ucrânia, só posso estar grata por estar em segurança, por ter um teto e comida na mesa, por poder abraçar e ser abraçada pelos meus. Quem me dera que todos os inocentes que estão a sofrer neste momento estivessem no mesmo patamar de conforto. Que lhes seja devolvida a paz.

MARÇO
Ter o álbum do Valter Lobo para trazer um pouco de luz aos dias cinzentos.

ABRIL
Ter ouvido - e ter estado com - o João Couto na FNAC

MAIO
Ter regressado à ESE, de capa traçada, para assistir à Imposição de Insígnias de três pessoas tão especiais.

JUNHO
Ter visitado, finalmente, a Livraria Centésima Página.

JULHO
Um mês introspetivo, que me ajudou a perceber quais as ramificações pelas quais quero continuar a lutar.

AGOSTO
Os nove anos d' As gavetas da minha casa encantada.

SETEMBRO
A oportunidade de ouvir a Filipa Leal e o Valério Romão, na Feira do Livro do Porto.

OUTUBRO
O concerto da Carolina Deslandes.

NOVEMBRO
Ver o Chip a recuperar.

DEZEMBRO
O Natal em família - é sempre o melhor amparo que posso ter.


Aproveito para vos desejar um 2023 com muito amor, saúde e inspiração. Espero que encontrem sempre um propósito e luz para vos guiar - se, em algum momento, a sentirem a enfraquecer, continuarei por perto.


Quais são os vossos pedaços de gratidão?

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«A minha alma não se cansa de verter»


O meu canto de leitura, que se reproduz por vários espaços da casa, tem sempre tudo aquilo que necessito para tornar a experiência literária enriquecedora: silêncio ou uma banda sonora adequada, o BuJo, uma chávena de chá/café, post-its coloridos e, conforme a estação, a presença ou ausência de uma manta. E, claro, pelo menos um gato ao colo. Instalada confortavelmente, basta-me abrir o livro e perder-me no seu enredo.

A seleção das obras seguiu a abordagem que privilegio sempre: um equilíbrio entre novidades e autores que já são figuras incontornáveis na minha identidade livrólica. Naturalmente, tive algumas desilusões, mas, de um modo geral, sinto que o saldo foi bastante positivo, superando as expectativas e permitindo-me descobrir escritores cujo trabalho pretendo, no futuro, explorar melhor. Não cheguei aos três dígitos, como nos últimos dois anos, mas viajei imenso. Emocionei-me. Revoltei-me. Quis fundir-me na história. E cresci ainda mais.

As palavras têm mesmo o dom de nos transformar, de nos transportar para determinados estados de alma e realidades que nos retiram da nossa zona de conforto. E eu aprecio isso, porque me confronta com a minha verdade, incentivando-me a utilizar a leitura como um mecanismo de [auto] conhecimento e de evolução. Não obstante, reconheço o seu lado de entretenimento, que também é crucial. Talvez por estas razões goste tanto de participar em desafios literários, uma vez que as suas dinâmicas potenciam inúmeras abordagens plurais.

Sei que, analisando o panorama no seu todo, li bastante. Porém, nem sempre tive predisposição para ler e estive em paz com isso, sobretudo, porque acho que descobri todas as narrativas que queria mesmo abraçar este ano. Portanto, foi uma bela viagem, complicando a tarefa de reduzir a lista a 12 favoritos [estive quase a fazer um 12 meses, 24 livros, no qual metade seria de autores portugueses e a outra seria de autores internacionais]. Com algumas escolhas óbvias e trocas até ao último segundo, eis o meu pódio de prediletos.


JANEIRO


Pequenas Grandes Mentiras, Liane Moriarty
O suposto ambiente de festa que nos recebe esconde um universo muito mais sombrio, até porque ocorreu uma tragédia e isso é evidente desde o início. Não obstante, fui avançando na leitura com a sensação de existir um segredo maior, uma realidade ainda mais angustiante, embora vários aspetos não fossem explícitos.


FEVEREIRO


Apenas Miúdos, Patti Smith
Apenas Miúdos é a prova que existem elos inquebráveis. Eles eram dois miúdos a tentarem encontrar o seu lugar no mundo, a descobrirem a sua voz. Mas, ainda que tudo falhasse, continuavam a cuidar um do outro.


MARÇO


Myra, Maria Velho da Costa
Há passagens muito duras, que expõem o pior do ser humano. E há apontamentos que, só mais tarde, nos deitam ao chão, porque ficam a amadurecer na nossa memória, até compreendermos bem a perda, a falta de empatia. Por oposição, encontramos uma escrita quase melancólica, que nos envolve e vicia, ao ponto de não querermos parar de ler. Creio, portanto, que é neste equilíbrio, neste tom duplo, que o enredo se eleva, porque explora a dor física e psicológica, o medo, a capacidade de sobreviver, a desconfiança e o amor; e porque, de uma forma muito clara, jogando sempre com os opostos, há quem se consiga reinventar e, ainda assim, perder-se na rota traçada, por culpa das circunstâncias. E isso faz-nos sentir cada ponta de ironia e de revolta.


ABRIL


As Melhores Crónicas de Amor, Miguel Esteves Cardoso
As crónicas de Miguel Esteves Cardoso subsistem no tempo, pelo seu traço intemporal e por permanecerem entrelaçadas à nossa memória. Porque, por muito que as nossas vivencias divirjam, há sempre um dialeto transversal, ainda para mais, quando conversamos sobre sentimentos. Com o humor sarcástico que tão bem o caracteriza, esta coletânea transporta-nos para vários dos seus livros, recuperando a essência do ser humano, os sonhos, os medos, os contratempos, os saltos sem rede. E que privilégio que é ler os seus textos, sobretudo, quando os centra na sua Maria João. Honestamente, sinto que são a melhor definição de amor.


MAIO


Deus, Pátria, Família, Hugo Gonçalves
Um aspeto que achei fascinante prende-se com o facto de existirem muitos acontecimentos verosímeis. Mesmo que deambulemos por cenários improváveis, percebemos que todos eles poderiam ter marcado o nosso passado, enquanto nação. Portanto, interligando um mistério policial com uma saga familiar, num jogo de simbolismos e analogias subtis, somos desarmados pela escrita e pela construção minuciosa do enredo.


JUNHO


Cai a Noite em Caracas, Karina Sainz Borgo
A primeira página desarmou-me de tal maneira, que, sem perceber de imediato, senti lágrimas a caírem pelo meu rosto. A crueza, a brutalidade e a magnitude do cenário de onde parte deixam-nos mesmo sem chão, até porque é fácil colocarmo-nos no lado da protagonista; é fácil percebermos que, embora aquela não seja a nossa dor, há vários sinónimos que lhe reconhecemos. Confesso que este livro não estava nos meus planos, mas não resisti a adquiri-lo depois de ler o texto que a Lénia Rufino escreveu sobre ele. Agora que o terminei, compreendi tudo aquilo que quis transmitir. Esta história tão dura, tão desumana, tão visceral mostra-nos o pior lado da humanidade e os efeitos nefastos da privação; mostra-nos o medo, o silêncio e o desnorte. Mas também nos mostra uma força inspiradora, de alguém que se recusa a sucumbir. Por isso, no meio de um cenário de caos, encontramos alguém disposto a sobreviver - nem que, para isso, tenha que renascer.


JULHO


Jalan Jalan, Afonso Cruz
É inacreditável como Afonso Cruz consegue criar tantas imagens e realidades nas suas narrativas, de um modo tão coerente e harmonioso; e como consegue, neste caso específico, levar-nos por uma viagem à volta do mundo e ao traço mais intimista de quem somos. Porque estes textos, que nos permitem deambular sem sair do lugar, mostram-nos os diferentes tipos de viagem, ao mesmo tempo que nos permitem aprender tanta coisa acerca de culturas e personalidades distintas. Com muito humor à mistura, Jalan Jalan é uma obra de arte, à qual regressarei mais vezes - quando precisar de ir. Não me importaria de viver dentro destes enredos.


AGOSTO


Com o Humor Não se Brinca, Nelson Nunes
O plano dos bastidores, aquele acesso privilegiado ao processo antes de vermos o produto final, fascina-me, porque acredito que nos permite tem uma visão mais ampla do propósito e da essência do mesmo. Portanto, ter esta oportunidade no que diz respeito ao humor é a cereja no topo do bolo. Nelson Nunes fez um trabalho excelente ao reunir humoristas conhecidos da nossa praça, fazendo-o de uma forma descomplicada, mas sem deixar de tocar em feridas e nos preconceitos pelos quais foram [e vão] passando. Embora partam todos dos mesmos temas centrais, é interessante perceber como é que observam e vivem o humor; é interessante perceber de onde partiram, quais os sucessos e os fracassos e quais as curvas que já ultrapassaram. Além disso, achei pertinente a abordagem em relação à ausência de mulheres na comédia - ou, melhor, à sua parca aparição -, atendendo a que, direta ou indiretamente, comprova a desigualdade que ainda se faz sentir. Deambulando pelos processos criativos e pelos [não] limites do humor, estas páginas levam-nos numa conversa a várias vozes, proporcionando-nos momentos inesquecíveis - e memórias absolutamente hilariantes.


SETEMBRO


Conversas Sobre o Amor, Natasha Lunn
É difícil encontrar palavras que façam justiça à preciosidade deste livro. Terminei-o ciente de que transborda de honestidade e que, por isso mesmo, representou muitas daquelas que são as minhas inseguranças, os meus medos, os meus sonhos. Embora tenha uma realidade distinta das experiências retratadas, há uma linguagem transversal, na qual nos reconhecemos. Porque o amor não é só romance e este sentimento também se manifesta em situações de perda, de desgaste, de hesitação. Aliás, o amor manifesta-se de várias maneiras, nas mais diversas ocasiões. Foi maravilhoso acompanhar estas conversas, compreender as visões dos intervenientes e conhecer o ponto de partida para cada uma das entrevistas, visto que a autora fez da sua realidade um impulso de reflexão. Hei-de abri-lo novamente. Inúmeras vezes. Porque é mesmo um livro-casa.


OUTUBRO


Como Se Fôssemos Vilões, M. L. Rio
A aura sombria e vincada por uma tensão permanente cativa-nos e leva-nos a imiscuirmo-nos nas suas dinâmicas. A premissa deixou-me logo curiosa, mas acredito que a relação desenvolvida entre as personagens é a sua força matriz, porque a ligação dos amigos é próxima, é obscura e muito vulnerável; porque há uma energia disfuncional, que os une e que os move num instinto de quase sobrevivência. E, quando a pressão adensa e a exigência académica os leva ao limite, é como se fosse mais difícil distinguir o real da ficção.


NOVEMBRO


Águas Passadas, João Tordo
Revoltei-me, senti-me imponente, insultei personagens e senti-me num ambiente claustrofóbico. Porque esta história é triste, carregada de penumbra e de um tom mórbido. Envolvendo-nos na sua dor profunda, angustia-nos e enoja-nos, visto que a crueldade do criminoso assume proporções desconcertantes. O estado de espírito que povoa toda a narrativa influencia-nos e transporta-nos para os recantos mais obscuros do ser humano.


DEZEMBRO


O Pecado de Porto Negro, Norberto Morais
O Pecado de Porto Negro, tenho de reconhecer, envolve-nos numa história que já foi replicada de várias maneiras, em imensos manuscritos. No entanto, a forma como o autor a construiu é verdadeiramente surpreendente: porque tem uma melodia própria e porque nos faz sentir tudo aquilo que está descrito; porque sentimos na pele a dor, a tragédia e o amor que consegue sobreviver a todos os golpes de vingança e de maldade. O cenário imaginário torna-se credível pelo movimento, pelos aromas e pelas vivências que Norberto Morais lhe atribui. Por isso, senti-me a ser transportada para este Porto Negro, tão cheio de vida, de desavenças, de mesquinhez, de desconfiança e, até, de empatia. Sofre-se muito aqui, mas também encontramos apontamentos de esperança e uma certa justiça poética. Queria continuar mais tempo neste livro!


Menções Honrosas: 
A Breve Vida das Flores [Valérie Perrin], Americanah [Chimamanda Ngozi Adichie], Heartstopper 4 [Alice Oseman], Eliete [Dulce Maria Cardoso], Inquieta [Susana Amaro Velho] e Autismo [Valério Romão].


Que livros marcaram o vosso ano?

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«Temos tempo para gastar»


O meio audiovisual engloba projetos pelos quais nutro um enorme carinho. Mesmo que priorize mais uns formatos do que outros, estou atenta a novidades e a narrativas que se encaixem nas minhas preferências.

À semelhança do ano transato, consegui reunir um número simpático de filmes e séries que justificasse a existência de um top anual, mas optei por, também, acrescentar podcasts, um programa e um documentário.


JANEIRO


Causa Própria
A pacatez de um lugar pode ser abalada quando menos se espera, colocando a população em alvoroço. E a sensação de desnorte agrava-se perante o choque e a falta de respostas que advêm de um crime violento, hediondo. Se calhar, «a província não é um lugar calmo». Se calhar, é mesmo um recanto «cheio de nervos», no qual os silêncios tornam-se ensurdecedores e a realidade nunca mais será a mesma - nem poderia ser.


FEVEREIRO


Crise de Identidade 2x02
Apaixonada como sou por escrita, é claro que este episódio falou diretamente ao meu coração. E, por consequência, entrou no meu pódio de favoritos. Refletindo sobre a sua experiência, publicações de livros e temas relacionados, a Sofia leva-nos numa viagem muito interessante - com um toque descontraído e intimista.


MARÇO


Tabu
Bruno Nogueira, Francisco Pombares e Guilherme Fonseca são os autores de um programa crucial no panorama televisivo português, porque veio para humanizar, abanar consciências e mostrar que não fazer humor com determinados assuntos também é uma forma de discriminação. Partir do princípio que alguém, por ter uma doença, por exemplo, não sabe rir da mesma é errado. E Tabu está a desconstruir esse preconceito.


ABRIL


3 Mulheres: Pós-Revolução
Natália Correia, Snu Abecassis e Maria Armanda Falcão voltaram à RTP, desta vez, no Pós-Revolução, para procurarmos refletir sobre o impacto que o derrube do Estado Novo teria na sociedade. Assim, destacando-se nas suas áreas de intervenção, viveram intensamente este tempo de mudança, na tentativa de compreenderem o que se faria desta Revolução e qual seria o caminho para cimentar a democracia no país.


MAIO


Na Minha Sepultura Deverá Estar Escrito
Nelson Nunes, partindo da premissa que falar da morte «não nos prende: liberta-nos», criou o podcast Na Minha Sepultura Deverá Estar Escrito, para o qual convida figuras conhecidas [e de várias áreas artísticas], concedendo-lhes espaço para deambularem, refletirem, sobre «o que sentem e o que vivem perante a morte».


JUNHO


Sombra
Esta minissérie, transmitida pela RTP, é ficcional, mas baseada em factos reais. E é muito fácil conseguirmos identificar a história mediática que a sustenta, até porque, infelizmente, há casos que não nos saem da memória. O argumento acompanha, então, a luta de uma mãe que, anos depois do rapto do seu filho, se recusa a desistir de o procurar. Cada um à sua maneira, os episódios deixaram-me de coração nas mãos.


JULHO


A Milhas
O podcast mais saudável da nossa praça, porque o Pedro Sousa quis gravá-lo em andamento. Desta maneira, o humorista divaga sobre várias questões - pessoais ou da humanidade -, enquanto vai por esse mundo fora, maioritariamente a pé. Está a ser uma excelente experiência, quer pela retórica, quer pela aleatoriedade.


AGOSTO


Pôr do Sol 2
A primeira temporada de Pôr do Sol - série criada por Manuel Pureza, Henrique Dias e Rui Melo - tornou-se um fenómeno, quer pelo projeto em si, quer pelo facto de ter unido tantos espectadores. Portanto, a estreia da segunda temporada trouxe um novo entusiasmo. Estava muito curiosa com o seu desenrolar, porém, confesso que não estava à espera que conseguisse ser ainda mais genial que a temporada anterior. Mas a verdade é que se superaram e o resultado esteve à vista, de segunda a sexta, na RTP e na RTP Play. Que orgulho!


SETEMBRO


Cuba Libre
Uma das mais recentes aposta da RTP foi inspirada na luta de Annie Silva Pais, «filha única do último diretor da polícia política de Salazar, apaixonada por Che Guevara e pela Cuba de Fidel Castro». Confesso que nunca tinha ouvido falar da sua história, mas gostei bastante de a acompanhar. Aliás, arrebatou-me pela rebeldia da protagonista. Por falar nisso, este argumento baseou-se no livro A Filha Rebelde, de José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz, que estou desejosa de ler. Que pena não ser uma história tão destacada.


OUTUBRO


Viagem a Portugal
O documentário homónimo, baseada no livro de José Saramago, teve Fábio Porchat ao volante da aventura, tentando reproduzir os passos do Nobel da Literatura. Pessoalmente, creio que a escolha foi genial, uma vez que o humorista conseguiu equilibrar os elementos históricos com a leveza da descoberta, da curiosidade. Não obstante, com um toque claro de modernidade, também fomos encontrando críticas subtis à sociedade.


NOVEMBRO


Contado Por Mulheres
A aposta audiovisual da RTP e da Ukbar Filmes pretendia «constatar a transformação de um país e de uma sociedade em diferentes contextos políticos, sociais e económicos, espelhando a realidade portuguesa (...) através de histórias de grandes autores de língua portuguesa». Portanto, com o intuito de, também, colmatarem a assimetria no acesso das mulheres à realização, convidaram cinco para contarem estas narrativas. O resultado, até ao momento, foram cinco telefilmes, que fugiram dos principais centros urbanos.


DEZEMBRO


Sou Menino Para Ir
Salvador Martinha é talento nato e eu sou uma apreciadora assumida do seu humor e dos trabalhos que tem apresentado. E se há ideias que a nós, comuns mortais, nos parecem completamente descabidas, com o seu cunho ficam perfeitamente exequíveis e hilariantes. «Depois de anos a receber inúmeros convites de seguidores nas redes sociais», sentiu que «tinha aqui um conceito para encaixá-los». E foi assim que surgiu Sou menino para ir, uma websérie criada pelo próprio, na qual, semanalmente, ficamos a conhecer todos os desafios que já aceitou. Este formato chegou, recentemente, à RTP e está ainda mais genial.


Que séries/filmes/podcasts/documentários/programas marcaram o vosso ano?

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andreia morais

andreia morais

O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá


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