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Fotografia da minha autoria |
fui tratar do jardim porque da vida
já sobra pouco para cuidar
faltam as forças e a vontade
falta o ânimo das noites lentas
a sentir a brisa das rosas de santa teresinha
que crescem livres, belas, a desbotar
sem que nunca tivéssemos descoberto quem as plantou
de origem
reguei o único pé que resta
que resiste aos lutos em vida
e senti-me invadida pelas palavras de uma série qualquer
que acompanhavas sem ver
porque segundo eles «temos as mesmas feridas, mas de balas diferentes»
tal como nós, dizias tu entre olhares mudos, urgentes
preparei a jarra mas as flores ficaram
no parapeito por não ser capaz
de esbater esta fronteira entre o agora
e um passado que ainda ecoa tão dentro de mim
6 Comments
Mágoa e tristeza neste poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Também fazem parte da nossa jornada
EliminarQuanta tristeza neste poemas, mas até na tristeza os teus versos são lindos.
ResponderEliminarParabéns, minha querida!
Beijinho grande!
Muito obrigada, querida Ana!
EliminarNessa vida as vezes falta ânimo, linda essa rosa Andreia bjs.
ResponderEliminarÉ bem verdade, Lucimar.
EliminarAdoro rosas de santa teresinha