À boleia do mundo #4 (Parte 2)


Capitulo 4 (conclusão)
06.08.2014


Hoje o dia será assim: areia-água-secar-ler-água-secar... A arte de fazer nenhum também me fascina. E há alturas em que é mesmo importante sentarmo-nos para desfrutar, em vez de andarmos sempre a correr na ânsia de vivermos tudo ao mesmo tempo. Ainda que reconheça que não fui feita para estar parada nestas alturas, mas sim para descobrir coisas novas, vou trabalhar para o bronze. Por isso, se não der notícias tão cedo é porque estou a torrar ou a boiar, ou perdida num romance que cresceu em tempo de guerra.

O tempo estava ótimo até começar a levantar-se vento. A água, por incrível que pareça, nem estava fria quando entrávamos, mas a aragem gelada impedia que se avançasse. 
Está na hora de regressarmos.

17h45: Estamos de volta à estrada, pelo mesmo caminho que fizemos de manhã.

18h57: Já de regresso a Vale de Lamas, conheci a nova inquilina cá de casa: a gata do meu primo. É pequenina (nem dois meses deve ter) e adorável, com uns olhos azuis que fazem lembrar o mar. Enchi-a de mimos e era bem capaz de permanecer assim mais algum tempo. Não é possível, até porque tenho que ir tomar banho e jantar. E ela deve habituar-se a nós por vontade própria e não por imposição. 

21h30: Vamos sair para dar um passeio pela cidade.

21h39: Chegamos ao centro de Bragança. A noite está bastante agradável, apesar do vento. Há pessoas nas esplanadas, sentadas nos bancos da Praça da Sé e em constante movimentação, optando por uma das várias ruas disponíveis. Na Praça Camões está montado o palco. Não sei quem atua hoje, mas é provável que fique a ver.
Tomamos café no sítio de sempre e as ruas que percorremos depois já as sei de cor - o castelo que se vê ao longe, o bar com o saxofone na montra, o coreto, a biblioteca municipal, o centro de ciência viva, os vestígios das construções de uma catedral, o clube de Bragança, a fonte, a estação que já não está em funcionamento. 
Bragança está com uma vida noturna extraordinária e, felizmente, não é de agora. É um gosto ver esta cidade, que também já sinto como minha, crescer.

23h08: É hora de regressar a casa.

Olhar para trás e ver tudo iluminado é um encanto. Que imagem linda! Pequenos focos de luz que se alinham. E dessa cor amarela vê-se os contornos de uma cidade que não pára de me surpreender.

23h17: Lar, doce lar!

A viagem termina por hoje. Agora vou preparar as coisas para amanhã e depois deito-me. O mais certo é ficar a ver televisão, até porque nunca adormeço cedo. Antes da uma da manhã ainda há muito para acontecer.
Fecho o caderno ciente de que haverá mais para contar. 

Comentários

  1. Opá, primeiro o gatinho é super lindo *.* e depois, ri-me logo na primeira frase «a arte de fazer nenhum também me fascina» eheh :p e adoro a forma como terminas o relato com a promessa de que ainda mais está por vir :)

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  2. Também gosto da arte de não fazer nenhum.:)

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  3. Que gatinho mais fofo, lindo texto



    www.tarasemanias.pt

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  4. r: receitaram-me mas o remédio não me faz efeito nenhum , mas para a semana vou ao meu médico de família e vou falar com ele sobre isso :s

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  5. a arte de fazer nenhum também me fascina! :D eheh

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  6. Adoro a foto! Mesmo fofa eheh
    Esta "arte" também me fascina lol

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  7. Postagem maravilhosa lindo gato
    Curta e siga o meu canal
    https://www.youtube.com/user/NekitaReis

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  8. Que gato tão fofo, a arte do não fazer nada por vezes é fascinante :)

    http://retromaggie.blogspot.pt/

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  9. E porque também se fascina!
    com a arte de não fazer nenhum
    deitada na areia seca o corpo menina
    das ondas do mar ouvindo zunzum?

    Boa noite Andreia,
    que tenha sido a seu gosto
    o dia água seca na areia
    isso é no mês de Agosto!

    Um beijo
    Eduardo.

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  10. Fiquei derretida logo com a foto do gatinho. O resto do texto foi só mais uma coisa que me deu vontade de fazer as malas! :p

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  11. Que dia fantástico e cheio, preenchido de coisas boas :) E concordo contigo a arte de não fazer nada, para além de fascinar, também sabe bem ehehehehe

    E a gata, que linda !!!

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