BOA SORTE NO AUDITÓRIO CCOP

Fotografia da minha autoria



«Quero dar motivo ao caos»


A felicidade pode ter vários significados. Para mim, um dos mais evidentes é: concertos ao vivo. Depois de a pandemia ter fechado tantas portas à cultura, que é/foi um porto de abrigo, é um privilégio regressar a este ambiente sempre tão emocional, sobretudo, quando os bilhetes nos reservam uma estreia surpreendente.

Lá fora a chuva caí[a]. Porém, sem querer dar motivo ao caos, abri o guarda-chuva até ao Auditório CCOP [Círculo Católico dos Operários do Porto], para ouvir o João Couto e o seu Boa Sorte - o álbum que mais tocou, em outubro, cá por casa. Porque há laços que nos unem, quando os artistas partilham a sua verdade em letras desarmantes - e que sentimos como se nos saíssem do peito. Assim, da terceira fila de uma sala onde nunca tinha estado e que nos acolheu com tanta familiaridade, assisti a um dos momentos musicais mais bonitos.


É impossível ficar indiferente a quem canta e interpreta com tanta honestidade e talento. Portanto, as canções que me conquistaram ao primeiro acorde, tornaram-se ainda mais especiais. Porque, em palco, não há barreiras e as camadas vulneráveis, intimistas, envolvem-nos num abraço profundo. Com um alinhamento bem estruturado, quase como se fosse uma história contada em paralelo, embarcamos numa viagem memorável.

Naturalmente, exploramos as rotas do seu mais recente álbum, mas também houve espaço para revisitar o Carta Aberta. É é claro que não podia estar mais grata pela oportunidade de escutar o tema Corolla, que, sem desprimor pelos restantes, será sempre um dos meus favoritos do seu primeiro trabalho discográfico. Além disso, o espetáculo contou com dois convidados de peso: Marlon [Os Azeitonas] e Pedro Pode [S. Pedro]. Tenho plena noção que sou suspeita, no entanto, creio que escolheu os melhores nomes para o acompanhar.


Cantei muito. Dancei sem sair do lugar. Emocionei-me. Sorri, porque é maravilhoso ver sonhos a ganharem forma à nossa frente. E deixei-me levar pela sua boa disposição e pela sua energia contagiantes. Este concerto foi pensado ao pormenor. E, também por isso, saí do CCOP de coração a transbordar de orgulho. Porque é uma honra tremenda estar presente em ocasiões desta magnitude, onde a dedicação é palpável e onde se sente que, quem está em palco, é feliz a fazê-lo. E, sem qualquer dúvida, o palco fica bem ao João Couto.

Queria colecionar palavras que descrevessem, na perfeição, o quanto esta noite foi mágica - e, trivia, quem termina a dançar uma música dos ABBA só pode merecer o mundo. Mas talvez não precise. Porque a recordarei para sempre. Mal posso esperar para repetir a experiência! Encontramo-nos num próximo concerto.


20 Comments

  1. Também sou muito feliz a assistir a concertos, acreditava que ia regressar em outubro, mas fica para 2022 logo que os OneRepublic regressem a Portugal. Tenho muitas saudades :)

    Beijinho grande, minha querida!

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  2. Confesso que também gosto de concertos ao vivo, embora já não assista a nenhum há algum tempo.
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    Deixando cumprimentos
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  3. Ja fui muito feliz em espectaculos aos vivo :) Levas-me contigo a ver o Joao Couto? <3

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  4. Já faz anos que não vou assistir a um, mas sim é bastante bom não só porque acabamos por ajudar a passar o tempo, deve ter sido bastante bom mesmo
    Beijinhos
    Novo post
    Tem post novos todos os dias

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    1. É uma oportunidade única, até porque conseguimos ver os nossos artistas favoritos e criar memórias inesquecíveis *-*

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  5. Adoro assistir a concertos, principalmente no verão. Este ano também não fui a nenhum, faz-me tanta falta.
    Beijinhos
    Coisas de Feltro

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    1. Estava cheia de saudades de ir a um concerto. Mas só percebi o tamanho dessas saudades, quando o concerto começou. É indescritível!

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  6. Também gosto de assistir a concertos
    Beijinhos e continuação de bons concertos para matar saúdades.

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    1. São momentos que nos enchem o coração *-*
      Obrigada, querida Amélia

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