ALMA LUSITANA: OS AUTORES DE DEZEMBRO

Fotografia da minha autoria



Uma viagem literária para descobrirmos os nossos autores


O último mês do ano. Os últimos dois nomes desta edição. Admito que me sinto nostálgica, porque parece que a viagem foi feita a alta velocidade, porém, como ainda tenho mais histórias para descobrir, vou concentrar-me nos autores propostos para dezembro, que serão uma estreia para mim. Preparemos as mantas e as chávenas de chá. Arranjemos espaço no sofá - e na estante - para acolhermos Cláudia Andrade e Rui Couceiro.


CLÁUDIA ANDRADE

É natural de Lisboa e uma das vozes mais emergentes do panorama literário português, sendo bastante elogiada pela crítica. Na sua bibliografia, conta com vários livros de contos, de romances e alguns prémios.

   

Quartos de Final e Outras Histórias: «Uma noiva desesperada por chamar a atenção do seu noivo no dia do casamento; um homem plantado num jardim; uma prostituta de estrada que encontra a inesperada salvação numa cadela abandonada; uma moribunda indiscreta que, no leito de morte, atormenta as suas comadres; um violador de viúvas e de anjos; um poeta que procura adequar uma vida demasiado saudável à biografia que se espera dele — são estas algumas das personagens e situações que povoam o universo deste livro».

Caronte à Espera: «Reformado, enfastiado e desapaixonado, Artur decide finalmente colocar um ponto final na sua vida. Chegou o momento de deixar para trás o tédio, as dores do corpo e todos os pequenos incómodos que, com o passar dos anos, ganham proporções desmesuradas. Mas eis que um rosto numa fotografia de casamento semeia a dúvida no espírito de Artur, uma sombra que teima em não mais largá-lo: quem é aquele homem, bonito e confiante, que surge entre família e amigos? Perante as respostas vagas da sua mulher, não resta a Artur outra hipótese senão adiar o seu plano e ajustar contas com o passado».


   

Um Pouco de Cinza e Glória: «Ariel quer imitar Óscar, o seu irmão mais velho, um verdadeiro valente que morreu dias antes de poder finalmente provar a sua coragem na guerra, onde andam todos os homens da aldeia. Nesta sobraram apenas os inaptos para a glória: as mulheres, as crianças, os demasiado velhos ou aqueles que, em segredo, carregam dentro de si um medo entranhado. Na aldeia, entre os que ficaram, cruzam-se histórias de vingança, de amor, de dor, de luxúria, de violência e de crime, histórias que colocam frente a frente aquilo que somos sob o peso dos nossos instintos mais primitivos face à figura etérea dos nossos desejos mais recônditos».

O Santo Ilusionista: «Camaleónico, esquivo, errante, o Santo Ilusionista, protagonista deste novo romance de Cláudia Andrade, é um vagabundo em fuga (ou em busca?) do seu passado. Incapaz de se fixar num único lugar, a sua vida é feita de encontros episódicos e de aventuras sucessivas, nas quais, como um espelho invertido, veste a personagem que os outros procuram nele para a sua felicidade ilusória: assim, tanto é o amigo que precisa de ajuda altruística, como o líder impassível que faltava para orientar uma ação violenta, o marido e pai improvisado de uma família desajustada, ou o peregrino depois transformado em mediador de conflitos conjugais. Criatura de mil rostos e nenhum, perdida no seu próprio abismo que encontra repouso no vazio, sem querer, vai compondo um retrato mordaz de outras tantas mil vidas».


RUI COUCEIRO

É natural do Porto, licenciado em Comunicação Social, mestre em Ciências da Comunicação e com uma pós-graduação em Estudos Literários. Estagiou na SIC, foi correspondente da LUSA, foi assessor de comunicação e coordenador cultural da Porto Editora, assumiu funções enquanto editor, foi co-apresentador do programa «A Biblioteca de» e, atualmente, escreve para o site da revista Visão. A juntar a este vasto percurso, que contou sempre com a presença da literatura, por vezes, nos bastidores, acrescentou a faceta de autor.


Baiôa Sem Data Para Morrer: «Quando um jovem professor decide aceitar a mão que o destino lhe estende, longe está de imaginar que, desse momento em diante, de mero espectador passará a narrador e personagem da sua própria vida. Na aldeia dos avós, no Alentejo mais profundo, Joaquim Baiôa, velho faz-tudo, decidiu recuperar as casas que os proprietários haviam votado ao abandono e assim reabilitar Gorda-e-Feia, antes que a morte a venha reclamar. Eis, pois, o pretexto ideal para uma pausa no ensino e o sossegar de um quotidiano apressado imposto pela modernidade. Mas, em Gorda-e-Feia, a morte insiste em sair à rua, e a pacatez por que o jovem professor ansiava torna-se um tempo à míngua, enquanto, juntamente com Baiôa, tenta lutar contra a desertificação de um mundo condenado».


O Alma Lusitana tem grupo no Goodreads

Comentários

  1. Sugestoes muito interessantes :) Vou ficar a aguardar os teus reviews aqui deste lado como sempre *.*

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  2. Não conhecia nenhum dos mencionados 🫣 obrigada pela partilha!

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    1. Se tiveres curiosidade e te quiseres juntar, és muito bem-vinda 🥰

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  3. Que até me parece ser umas boas sugestões para se ler
    Beijinhos
    Novo post
    Tem Post Novo Diariamente

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  4. Fiquei muito curiosa com esses autores! :D

    www.amarcadamarta.pt

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  5. Fiquei curiosa com os livros destes autores. Ansiosa para saber mais.
    Beijinho grande, minha querida!

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    1. És muito bem-vinda, se quiseres ler algum deles (ou os dois). Assim que ler, também partilho tudo 🥰

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  6. Boa sugestão, o Natal está próximo 😆
    Beijinhos

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  7. Mais umas sugestões para eu guardar!
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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