Há frases, comentários, observações que nos fazem pensar, porque desconstroem aquilo que julgamos certo ou que aceitamos sem grandes questões. Estava a ouvir a mais recente entrevista do projeto Maria Capaz e a entrevistada Inês Castel-Branco (aqui) referiu algo que me obrigou a parar. Quando Rita Ferro Rodrigues lhe perguntou como é que ela achava que amava, no decorrer da resposta, a atriz disse algo curioso, mas que analisado ao pormenor faz toda a diferença.
O espelho reflete-nos inteiros, mas aquilo que vemos é a imagem que a nossa mente cria - por isso é que o defeito que ninguém repara nos parece imenso. É engraçado como somos sistematicamente atraiçoados por uma parte de nós!
«Sem a música a vida seria um erro», Friedrich Nietzsche
Ideal para o verão - e não só. Para dançar sem parar, mesmo que o nosso nome não seja Joana. Para descontrolar a nossa vida e retirar-lhe a apatia que, por vezes, a invade. Independentemente do nosso jeito, ou falta dele, é inevitável não começarmos a balançar o pé, os ombros, o corpo todo, num estilo próprio de quem aproveita os momentos sem rigidez. É ideal para não nos levarmos a sério. Esta música grita animação. E é uma excelente forma de nos desligarmos do mundo e nos ligarmos apenas a nós. Ouço-a em modo de repetição, e em todas as vezes a vontade é a mesma: continuar. É viciante. Lanço-vos o desafio: vamos dançar? Aceitam?
A Catarina, do blogue Apenas a Lua, nomeou-me para a Tag The Ice Cream Award. Antes de avançar, tenho que lhe agradecer por se ter lembrado de mim. De seguida, deixo-vos com as regras e as minhas respostas.
Contigo nunca sei com o que contar. Tão depressa queres como no segundo seguinte deixas de querer. E eu fico em suspenso, inclinando-me para os diferentes lados da tua vontade, até ganhar coragem para cortar a corda que me mantém presa.
«Seremos cúmplices o resto da vida, ou talvez só até amanhecer. Fica tão fácil entregar a alma a quem nos traga um sopro do deserto, olhar onde a distância nunca acalma, esperando o que vier de peito aberto», Mafalda Veiga
O coração acalma com muito mais facilidade quando o entregamos a alguém que nos traga uma brisa do deserto. E só acalma porque é nesse exacto momento que sentimos que não há impossíveis, nem pontes quebradas, entre aquilo que eu quero e tu podes dar e aquilo que tu desejas e eu posso concretizar.
«Não chore nas despedidas, pois elas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: O reencontro», Richard Bach
Já vos disse que não gosto de despedidas? Não? Digo-o agora com toda a convicção: não gosto. Nem um bocadinho. No entanto, hoje lá estarei no aeroporto para dar um abraço apertado à S., que partirá em Missão para Timor, e onde ficará durante cinco meses. Apesar de tudo, tenho o coração aconchegado, porque sei que vai fazer algo que já queria há algum tempo. E sei também, por tudo aquilo que ela é, que fará a diferença na vida das pessoas que, inevitavelmente, se cruzarão no seu caminho. Talvez este primeiro mês não custe tanto, pelo simples facto de já estarmos habituadas à ausência que as férias da faculdade implicam. Pior será quando voltarmos à rotina, mas arranjaremos maneira de matar as saudades (sim, S., já sei que tenho que instalar o viber). Do lado de fora do avião, ficarei a desejar que seja uma experiência inigualável e que desfrutes de cada momento com todo o amor que transportas na tua bagagem. Vais crescer imenso, mas também farás outros crescer. Têm muita sorte por poderem contar contigo. És incrível. Até já!
«Por agora os nossos caminhos vão-se separar, mas onde quer que esteja nunca me vou esquecer do meu norte», Ricardo Quaresma (aqui)
Estou triste. E já chorei bastante, não só pela despedida, mas também por tudo aquilo que ela implica - e pela revolta e injustiça presentes uma época inteira.
Fui entrevistada pela Teresa Silva, do blogue A Pequena Boneca De Trapos, para a sua rubrica «5 minutos para conhecer...». Desde já, tenho que agradecer a oportunidade e as palavras carinhosas com que me apresentou. Para quem quiser ler, basta irem aqui.
«A única maneira de nos livrarmos da tentação é ceder-lhe», Oscar Wilde
És a noite. O lado sombrio da vida. O charme de uma tela negra e olhar luminoso. Como é que alguém com tantas feridas pode ser tão deslumbrante ao ponto de as ocultar?
Repara como somos tão pequenos para a nossa sombra e como ela é igualmente pequena para os nossos sonhos.
Mestrado!
Para concorrer tenho que, primeiro que tudo o resto, fazer uma prova escrita de Língua Portuguesa e uma prova oral (entrevista). A primeira foi na passada sexta (dia 10) e a segunda aconteceu ontem. Claro que os nervos fizeram-se sentir, não só por estar perante um júri, mas também por ser algo que quero mesmo muito, daí que a responsabilidade e a pressão sejam acrescidas. Não posso afirmar que correu bem ou que correu mal. Posso, sim, dizer que respondi da melhor forma que consegui, argumentando todas as minhas opiniões. Agora é esperar pelo resultado de ambas e pela confirmação de que o diploma de licenciatura está pronto, fazer a candidatura e aguardar que saiam as colocações, para saber se entro ou não no mestrado que tanto desejo: pré-escolar. Somos muitos para poucas vagas, por isso que seja o que tiver que ser. Não posso - nem vou - deixar de acreditar, mas mantendo sempre presente a dificuldade do processo, até porque é uma forma de não me iludir. Já não depende só de mim. A partir deste momento, a palavra de ordem é mesmo: aguardar! [e manter a calma]
Há sonhos que, simultaneamente, se tornam objetivos - devia ser sempre assim -, e pelos quais lutamos diariamente. Está cada vez mais perto. Façam figas por mim!
«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», Edward Elgar.
Não passo um dia sem ouvir música. Este interregno d' O que fala ao coração não significa, de todo, que me tenha desligado deste mundo tão vasto e recheado de qualidade. As mais diversas vozes e melodias continuam a invadir a minha vida com a mesma intensidade de outrora. O artista de hoje, muito provavelmente, é conhecido do público pelo seu trabalho em televisão, nomeadamente em novelas/séries. Contudo, a sua veia artística não se limita à representação, uma vez que a realidade musical está bem presente no seu quotidiano. E uma coisa é certa: o talento é transversal às áreas onde se envolve!
Em todas as partidas - que me saberão sempre a um fragmento de paz e renovação de energias - é o regresso que tem mais encanto. Porquê? Porque reaprendo a observar o que deixei e a reconhecer a beleza que ainda me faltava descobrir.
Capítulo 11 (conclusão)
13.08.2014
17h41: Ao passar por Ungilde existe uma placa que nos dá a indicação para a tal Escola Micológica. Uma vez que o ano passado não houve oportunidade de a visitar tentamos hoje. Escolhemos foi mal o dia, porque estava fechada. Deve estar tão incrível! Pelo que consegui perceber, é possível fazer workshops/formações/atividades. A entrada são dois euros. Ao longo do caminho há quadros informativos sobre o mundo dos fungos. Quanto à visita, fica para o ano!
Capítulo 11 (continuação)
13.08.2014
Antes de chegarmos à Puebla há uma escola micológica. Tenho bastante curiosidade em saber como é e descobrir que espécies tem. É possível ir de carro, mas também existe um caminho pedestre e um de acesso facilitado para quem andar de cadeira de rodas.
Uma alternativa para quem não quer ir para a praia é subir até à Laguna de los Peces. Passa-se por San Matín de Castañeda e continua-se até ao topo. Relativamente a meio - ou um pouco antes -, há uma espécie de parador, onde é possível observar o Lago em toda a sua extensão. Um verdadeiro encanto; quase que nos sentimos a ficar sem fôlego. Já no topo, existem vários percursos pedestres que podemos fazer, variando a duração, a dificuldade e, naturalmente, a direção. O mais pequeno demora uma hora (ida e volta). É o principal, feito de pedra, que se vê mal se chega ao local. A Laguna tem cores deslumbrantes, só não vi peixes. Um dia gostava de fazer os outros dois percursos, devem ser incríveis! Mas, acreditem, o mais rápido não desilude, porque a vista é maravilhosa.
Capítulo 11
Quarta, 13.08.2014
06h30: Começa mais um dia.
Agora de manhã vamos visitar as Nogueiras e as colmeias do meu primo. Tenho pânico a abelhas, mas nunca fui ficada (que continue assim), por isso tem tudo para correr bem. Vamos de jipe até ao local onde estão.
07h47: Tudo pronto, que comece a aventura!
«- Dói-te alguma coisa?
- Dói-me a vida, doutor.
- E o que fazes quando te assaltam essas dores?
- E o que fazes quando te assaltam essas dores?
- O que melhor sei fazer, excelência.
- E o que é?
- E o que é?
- É sonhar», Mia Couto
... momentos curiosos. Todos sabiam cá em casa que os ovos tinham que estar longe de mim, porque se lhes conseguisse chegar o resultado era sempre o mesmo: acabavam no chão. Talvez os achasse semelhantes a bolas pinchonas (pareceu-me a justificação mais lógica para fazer o que fazia), mas isso continuará a ser uma incógnita. As únicas certezas que tenho é que esta brincadeira me divertia de alguma forma e que se os ovos ficassem na bancada da cozinha não duravam muito tempo... inteiros.
«A felicidade não é uma estação de chegada, é uma forma de viajar»,
José Luís Nunes Martins
Não me digam que a felicidade é uma utopia quando todos os dias sinto fragmentos da sua existência a invadir a minha vida. Se se torna plena? Claro que não! Haverá sempre um momento, por mais pequeno que seja, de escuridão. Chamem-me ingénua, mas nada disto pode ser uma quimera quando o nosso sorriso é tão largo. E tão cheio de verdade. Talvez seja uma treta para quem preferir acreditar que a nossa passagem é uma sucessão de ocasiões menos más. Recuso-me! E hei-de recusar sistematicamente essa ideia. Porque a felicidade existe. Vem camuflada nos pequenos detalhes que nos fazem bem. E está ao alcance de qualquer um. Só não chega até ela quem, a meio do caminho, desiste de lutar. Se sou feliz desde que acordo até voltar a dormir? Obviamente que não. A única diferença é que opto por me focar nos traços de ventura que conquisto ou que surgem como espécie de recompensa. Chamem-me sonhadora, o que quiserem, só não insistam neste termo utópico. Viver feliz não é difícil, muito menos irreal, apenas dá trabalho. Mas não o dá tudo aquilo que vale a pena?
«Você conseguiria ficar feliz durante 100 dias seguidos?»
Julho já começou há uns dias, ainda que poucos, e deixou para trás mais um mês recheado de ocasiões que me fizeram feliz. Não é um processo automático, e ainda bem, mas é cada vez mais simples focar naquilo que nos acontece de melhor. Claro que também há momentos baixos, até porque a felicidade não é plena, mas cabe-nos a nós escolher de que lado nos queremos posicionar. E por muito complicado que seja, porque a vida nos obriga a dar tombos, por vezes fortes, são estes pequenos rasgos de sorriso que nos ajudam a levantar. Prontos para mais trinta dias? Vamos lá!
A Teresa Silva, do blog A Pequena Boneca de Trapos, nomeou-me para uma Tag sobre animes. Vi alguns quando era criança, mas depois desliguei-me desse mundo. Ainda assim, vou tentar responder a tudo. Como sabem, há uma regra que não vou cumprir: nomear. Sem mais demoras, vamos ao que interessa!
«No fundo de um buraco ou de um poço acontece descobrir-se as estrelas», Aristóteles
Hoje altero um pouco o objetivo desta rubrica para vos contar a minha experiência naquela que foi a primeira aula de zumba em que participei. Há muito tempo que queria experimentar, mas por falta de companhia e/ou de oportunidade acabei por ir adiando. Finalmente, surgiu o momento de concretizar esta vontade antiga e não podia estar mais entusiasmada. Nervosa também, confesso, porque a falta de exercício físico poderia condicionar a minha resistência. Contudo, não havia lugar para hesitações.
andreia morais
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- Dá que pensar #2
- Reflexo traiçoeiro.
- Banda Sonora #9
- TAG: The Ice Cream Award
- Em suspenso
- Onde a saudade não chega
- Ainda sobre as despedidas
- Despedida
- O que li por aí #27
- Assim dói mais!
- Perdições #5
- Entrevista
- As minhas viagens de metro #29
- Sombras
- Façam figas por mim - o motivo
- Prova 2/2
- O que fala ao coração #22
- Escuridão
- O que tem mais encanto.
- Pensamento periclitante #16
- O mundo por olhos tom de castanha #19
- À boleia do mundo #11 (Parte 3)
- À boleia do mundo #11 (Parte 2)
- À boleia do mundo #11 (Parte 1)
- O que li por aí #26
- #7 A minha vida tem...
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- Diz-me por onde andas #6
- Levantar a cabeça!
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