O CAMPEÃO VOLTOU

Fotografia da minha autoria



«Como nós, um de nós»


A poesia escrita nas entrelinhas de uma conquista é sempre emocionante. E emociona-me ainda mais quando, perante um caminho tão adverso, mas palmilhado com uma raça inigualável, a bandeira azul e branca esvoaça alto, encaminhando-nos para a glória e abrindo as portas para celebrar um novo título nacional - o trigésimo.

Foi uma época desgastante - física e emocionalmente. Mas aprendemos, uma vez mais, a transformar os sobressaltos num motor de superação. E como foi belo este ultrapassar de muros que tentaram construir ao nosso redor, na tentativa de diminuir a nossa consistência. Não sou, de todo, apologista de destacar fatores externos, até porque acredito que a nossa identidade e a nossa competência devem falar mais alto que qualquer amarra, no entanto, foi inegável o desrespeito e a falta de profissionalismo, em vários momentos da competição, com o claro intuito de prejudicar uma só equipa. Há erros, claro, mas quando a intencionalidade se torna evidente, é difícil acreditar em coincidências. Lamento por todos aqueles que tentaram. Porém, ainda não perceberam que a nossa mística e a nossa audácia hão-de levar-nos sempre ao lugar onde pertencemos.


O foco e a união foram as nossas armas. E, além disso, entendeu-se que, mesmo que o Porto nos toque e nos mova de formas distintas, houve zelo e compromisso suficientes para o tornar numa prioridade coletiva. E este título é o reflexo dessa entrega, desse espírito de sacrifício e da vontade transversal a quem carrega, com fervor, o nosso emblema sobre o lado esquerdo do peito. Portanto, esta conquista, que sustenta tantas peças de uma caminhada singular [não perfeita, mas repleta de apontamentos bonitos, gratificantes e à Porto], tornou-se um novo grito de revolta e de liberdade, ecoando a uma só voz a essência de todos os portistas.

O sete sempre foi o meu número favorito. E o sétimo dia de maio terá, a partir deste ano, um peso significativo. Emocionei-me muito: por tudo o que simboliza esta celebração, por todos os rostos que a construíram, por todos os que saíram e não se esquecem, por todos os que vestiram a camisola e se recusaram a desistir. Por isso, os Aliados e o Estádio do Dragão voltaram a cobrir-se com as cores mais bonitas: a do nosso amor.


O campeão voltou. E como não tenho palavras suficientes para descrever a pele eriçada, as lágrimas de felicidade e a sensação indescritível de observar e sentir o nosso imenso mar azul, transbordo de orgulho ♥

12 Comments

  1. Parabéns ao Campeão. Malditos sejam os assassinos que vão para uma festa com facas no bolso.
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    Cumprimentos cordiais … boa semana.
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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    Respostas
    1. É sempre lamentável. E, infelizmente, parece que já era um ajuste de contas antigo

      Boa semana, Ricardo

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  2. Parabéns ao FCP pela excelente época que fizeram. :)
    Beijinho grande, minha querida. Celebra!

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  3. O campeao jamais desilude *.* Que orgulho imenso :)

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  4. Mais uma vez Parabéns para o clube,
    Beijinhos
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