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Fotografia da minha autoria |
«Ela é poesia para ser lida com a alma»
Os «poemas não se ouvem entre os gritos» é um verso da Carolina Deslandes. Embora o considere extremamente alinhado com o género literário que eleva, não partilho dessa imagem, porque acredito que se há algo que se faça ouvir no meio do caos é a poesia, fazendo do seu traço lírico a margem que nos ampara.
Assim, a poesia é, também ela, um laço invisível que une leitores: pela dor, pela sensibilidade, pelo erotismo, pelo abstrato, pela harmonia, por tudo o que nos torna humanos e vulneráveis, permitindo-nos compreender que existem camadas que podem ser descobertas sem pressa, com alma, ao ritmo dos nossos passos.
Por isso, e porque sei que é um género no qual pretendo viver mais tempo (a ler e a escrever), descobrindo novas identidades e registos, perguntei a alguns leitores que livros e/ou autores de poesia recomendam.
OS LEITORES SUGEREM POESIA

Tornou-se, rapidamente, uma figura de referência, porque tem uma escrita muito relacional. E creio que Vem à Quinta-Feira é o livro que reúne maior consenso no leque de favoritos - é uma janela aberta para o mundo.

Três nomes que ainda não descobri. Quer dizer, Maya Angelou li em prosa - Carta à Minha Filha e Sei Porque Canta o Pássaro na Gaiola - e Maria Teresa Horta apenas li no Novas Cartas Portuguesas, mas, como os textos não são assinados, é como se não conhecesse a sua forma de comunicar por escrito. No que diz respeito à poesia, são vozes para conhecer e a Sofia facilitou-me a vida ao indicar três títulos de cada autor.

Desta lista, apenas conheço Cláudia R. Sampaio e recomendo imenso Uma Mulher Aparentemente Viva. Portanto, fui procurar pelos restantes e escolher a obra que me despertou maior curiosidade. Eis as selecionadas: Uma Vida de Aldeia (Louise Glück), Ariel (Sylvia Plath), Blue Horses (Mary Oliver), Já Não Me Deito em Pose de Morrer (Cláudia R. Sampaio) e Herbarium (Emily Dickinson) - nem todos estão traduzidos.

É um dos nomes que figura há mais tempo na minha lista de desejos e Manhã (que esteve quase para vir comigo da Feira do Livro do Porto), Bandolim e Estar em Casa são os títulos que mais me entusiasmam.

As minhas sugestões tinham um único propósito: fugir aos nomes que recomendo sempre, porque, embora os adore, não me queria tornar repetitiva. Assim, deixo-vos com três indicações aconchegantes: Alegria Para o Fim do Mundo (Andreia C. Faria), Mundo (Ana Luísa Amaral) e Movimentos no Escuro (José Miguel Silva).
Feliz Dia Mundial da Poesia. Obrigada pelas sugestões maravilhosas ♥
12 Comments
Belas sugestões. O meu elogio
ResponderEliminar.
Saudações poéticas.
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Obrigada, Ricardo!
EliminarNão sou fã de poesia, mas fico com as dicas :)
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Se em algum momento decidires arriscar, acho que tens aqui boas sugestões 😊
EliminarAdoro poesia desde pequenina *.* E gostie muito das tuas sugestoes :) Feliz Dia da Poesia, minha querida :)
ResponderEliminarEmbora leia pouca poesia, algo que quero mudar, também gosto muito! Feliz dia da poesia também para ti, minha querida 💫
EliminarQue nem todas conhecia, mas parece ser uma boa sugestão que vou acabar por levar
ResponderEliminarBeijinhos
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Obrigada pelo retorno, Sofia :)
EliminarFeliz Dia da Poesia, para a minha poetisa preferida. Confesso que leio pouca poesia, por isso estas sugestões veem mesmo a calhar. Vou levá-las para ir descobrindo.
ResponderEliminarBeijinho grande, minha querida!
Obrigada e igualmente, minha querida *-*
EliminarCuriosamente, também é um género que leio pouco, mas quero mudar isso
Não é o meu género de leitura preferido, mas eventualmente, lá abro algumas exceções. 😃
ResponderEliminarE está tudo bem não ser :)
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