a experiência de ouvir uma orquestra ao vivo

Fotografias da minha autoria


O meu bingo imaginário para 2025 não incluía ouvir um concerto de uma Orquestra, por outro lado, um dos propósitos é continuar a fazer coisas pela primeira vez. Assim, num encontro de amigas, fomos até à Casa da Musica assistir ao Concerto Solidário da Liga Portuguesa Contra o Cancro, dinamizado pela Orquestra Sinfónica do Porto.

A cinéfila que permanece adormecida em mim sentiu que um evento onde se tocaria a banda sonora de filmes icónicos seria uma forma bonita - e segura, talvez - de apreciar melhor este momento, uma vez que não tenho proximidade à música clássica. Só não estava à espera de ficar visivelmente emocionada, de pele eriçada e a pensar que não seria mal pensado repetir esta experiência, porque superou todas as expectativas.


Há uma certa magia quando uma sala se enche com melodias que reconhecemos de cor e, sobretudo, quando nos conseguimos transportar para cenas específicas. Embora não tenha visto todos os filmes musicados, foi impossível não imaginar as sequências narrativas de Harry Potter, não recordar o adorado E.T. e, inclusive, não relembrar o momento em que fui com o meu pai ao cinema ver Os Salteadores da Arca Perdida. Sei que uma parte do que me afasta deste género musical é não existir uma letra que me inquiete e que me deixe a pensar na mensagem e nas suas entrelinhas, mas, desta vez, impactada por tamanha harmonia, não me fez falta, porque tive memórias afetivas a preencher esse espaço, envolvendo-me em tudo o que estava a acontecer naquele palco.

A direção musical ficou à responsabilidade de Katharina Morin, uma maestrina alemã radicada em Munique. Enquanto a observava, dei por mim a pensar, por um lado, na exigência que é ter tantos músicos numa simbiose perfeita e, por outro, no quanto aquela imagem parecia uma dança delicada, por vezes de uma intensidade sôfrega, onde cada elemento sabia o exato momento em que tinha de deixar o outro brilhar e o segundo em que se reencontravam para brilharem em conjunto. Quem me dera ter conhecimentos suficientes para interpretar as passagens e, até, os seus silêncios.


Foi a primeira vez que assisti a um concerto na Casa da Música, e na sua tão aclamada Sala Suggia, e creio que não havia forma mais bonita e emocional de me estrear por lá.

Comentários

  1. Há momentos que só experenciando é que sabemos o que podemos sentir e pelos visto esse foi um deles. ainda bem que gostaste!
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  2. Nunca assisti a um concerto de uma orquestra.

    Fiquei mesmo com vontade de ter ido a este espetáculo.

    Beijinho grande, minha querida!

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    1. Não estava à espera de gostar tanto, mas saí da Casa da Música arrepiada

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  3. Os únicos concertos de orquestra a que assisti foram os do Harry Potter e adorei. Acho genial esta ideia de um concerto solidário.

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    1. Deve ter sido tão incrível 🥺 por acaso, adorava assistir!
      Sim, acho uma forma muito bonita e original de ajudar

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