À boleia do mundo #24 (Parte 1)

Capítulo 24

Domingo, 09.07.2017

08h30: Toca o despertador. Levanto-me para um banho rápido. O tempo não está propriamente convidativo, mas espera-nos mais uma viagem.

09h55: Carro a trabalhar. Rádio ligado. Estamos prontos! 

(Gaia-Porto-Aldeia Nova-Castêlo da Maia-Areosa-Ribela-Freguesia de Muro-Carriça-Quintão-Serra-Lantemil-Trofa-Ribeirão-Calendário-Gavião-S. Tiago da Cruz-S. Cosme do Vale-Arnoso [Sta Maria]-Tebosa-Priscos-Vimieiro-Celeirós-Braga-Real-Merelim [S. Pedro]-Merelim [S. Paio]-Vila do Prado-Soutelo)

11h17: Primeira paragem do dia.

11h31: De volta à estrada.

(Loureira-Vila Verde)

Descobrimos que o meu pai anda a fazer campanha em Vila Verde… Não anda, mas encontrar um candidato com o mesmo nome que ele já valeu algumas gargalhadas.

(Gême-Pico de Regalados-Prado S. Miguel-Portela do Vade-Covas-Lugar da Ameixoeira-Freguesia Vade de S. Pedro-Vade S. Tomé-Paço Vedro de Magalhães-Ponte da Barca)

Já não vinha a Ponte da Barca há alguns anos. Apesar de as memórias não serem muitas, sinto que está diferente.

12h13: Uma nova paragem.

Demos um brevíssimo passeio pela zona, para tentar comprar um dedal, que encontrei numa casa de bordados. Logo ao lado havia uma casa cuja varanda estava carregada de belíssimas flores. Relativamente perto, também podemos ver uma estátua em homenagem a este município que é capital das rusgas populares.

12h35: Seguimos viagem.

(Vila Nova de Muia-Arcos de Valdevez)

Os Arcos estão exatamente como me lembro deles. Que saudades! No entanto, na minha primeira visita, curiosamente, não queria ficar. Ao ouvir os meus pais a dizer que iríamos passar o dia no rio não fiquei entusiasmada, porque aquilo que eu gosto é de andar, de explorar, de descobrir. Assim que nos instalamos no pequeno areal rendi-me. E quando já era hora de rumar a casa não queria ir. Hoje, sempre que possível, faço por voltar. E ficar.

12h52: Paramos para almoçar e redescobrir. 

Estacionamos o carro no parque em frente às piscinas municipais e aproveitamos o jardim contiguo à praia fluvial para piquenicar. Após o almoço, fomos dar um passeio pela zona histórica. Atravessamos a ponte e ao longo do passadiço, estendido sobre pedra, era possível observar uma faixa expositiva sobre os tapetes em honra de Nossa Senhora do Castelo. Que trabalho fabuloso, fiquei com pena de só o ver através de fotografias. Continuamos o caminho por uma das muitas ruelas que nos abraçam e cheguei ao largo onde se situa a sede da junta de freguesia, sendo recebida por uma banda muito peculiar: figuras tridimensionais de várias personagens de histórias que tão bem conhecemos. Após tirar uma fotografia com o Monstro, continuei o meu percurso até à igreja da Lapa, que acho magnífica. A sua estrutura não deixa de me encantar. E o seu interior, apesar de ser relativamente pequeno, «é um exemplo típico do estilo Rococó». Localizado, igualmente, no largo da Lapa, encontramos o Relógio de Água, que é considerado um dos «ex-libris do centro histórico de Arcos de Valdevez». Vale bem a pena passar aqui o dia. Faço só uma ressalva, a praia fluvial atrai imensa gente. Se pensarem ir ao fim-de-semana, sobretudo ao domingo, aconselho a irem cedo. Eu acabo por preferir ir durante a semana, porque a confusão é menor. A maior parte das lojas estava fechada, não consegui arranjar dedal de cá. Talvez para a próxima!

Continua…

(qualquer dúvida, não hesitem, deixem nos comentários ou enviem para o e-mail do blogue)