O que fala ao coração #24

Imagem retirada do facebook de Tiago Bettencourt

«A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa», 

Edward Elgar.

Não passo um dia sem ouvir música. E após uma nova jornada com a gaveta d' O que fala ao coração fechada, resolvi voltar a abri-la. E com um nome de peso no panorama musical português. Arranjem um espaço na sala, e na vossa vida, para o acomodarem. Apesar de ser apenas um, pode sempre chegar com companhia. Quanto mais não seja com o seu talento gigantesco.

Tiago Bettencourt é, seguramente, um dos artistas que acompanho há mais tempo. E é impressionante como as suas canções nos tocam. Como há uma mensagem poderosa por trás de cada acorde. Como nos provoca uma sensação de paz através da sua voz, ou nos inquieta pela força do seu cantar. Sou fascinada pelo seu estilo. Pela forma como se coloca inteiro em todos os projetos que abraça. Já tive a oportunidade de o ver atuar ao vivo e fiquei, muito naturalmente, sem palavras. Não só pela sua voz melódica, mas também pelo som da guitarra, pela interpretação sentida dos diversos temas e por todas estas componentes se conjugarem tão bem!

«Autor de várias composições de referência (...) foi há mais de dez anos que embarcou naquela que seria a sua primeira aventura em estúdio, com Toranja». Depois da banda anunciar uma pausa prolongada, o seu caminho foi-se construindo noutra direção. E surgem álbuns como «Jardim», «Em Fuga», «Tiago na Toca e os Poetas», «Acústico» e «Do Princípio» que evidenciam várias facetas do músico. A solo, com banda, com convidados especiais, a verdade é que o trabalho de Tiago Bettencourt não deixa de surpreender.

Há ritmos para todos os gostos. E «a riqueza da simplicidade dos seus poemas e melodias depressa captou a atenção do público». Não sei dizer-vos qual a música que mais aprecio, mas há algumas que não posso não destacar: «Laços» (Toranja), «O Jogo», «Só mais uma volta», «Se cuidas de mim». E se continuasse a enumerá-las, o mais provável seria escrevê-las todas, porque são, incontornavelmente, apaixonantes. Contudo, não posso deixar de fazer referência à sua versão da música «Canção de Engate», de António Variações. Para 2017 é esperado um novo álbum. E do que já pude ouvir, promete. Mas outra coisa não seria de esperar.

Escutamos alguns temas? 

Conhecem? Acompanham o seu trabalho? Há alguma música que gostem mais?