À boleia do mundo #24 (Parte 2)

Capítulo 24 (conclusão)

09.07.2017

15h07: É hora de ir embora

(Ponte da Barca) 

15h13: A vista obriga-nos a parar.

Atravessando a ponte medieval, encontramos de um dos lados o antigo mercado de Ponte da Barca, com duas arcadas, o Pelourinho e o Jardim dos Poetas: um espaço agradável, lindíssimo, onde se encontra o hotel dos Poetas e uma estátua em homenagem aos irmãos poetas. A paisagem convida-nos a sentar. Contudo, podemos descer as escadas e seguir caminho até à praia fluvial, com uma área verde envolvente e que nos permite relaxar. 

15h44: Havemos de regressar para explorar mais desta zona. Por agora, é momento continuar a viagem.

(Freguesia de Oleiros-Bravães-Lavradas-Santa Cruz do Lima-Gandra-Gemieira-Talharezes-Ribeira-Crasto-Ponte de Lima)

As minhas visitas a Ponte de Lima eram regulares, quase de 15 em 15 dias, mas já se passaram anos desde a última vez que cá estive. Como é bom estar de volta! 

16h13: Carro estacionado, aí vamos nós. 

É impressionante como as memórias surgem em catadupa. Como tudo nos soa a próximo e familiar. Passe o tempo que passar, ficarei sempre encantada com a Villa Belmira. Esta «casa tipo brasileiro, com gruta e jardim barroco» parece um castelo saído diretamente de um conto de fadas. Imediatamente ao lado, encontramos o Arquivo Municipal. Descendo a rua, passamos pelo Largo do Dr. António Magalhães, com «espaços ajardinados», e chegamos à Avenida dos Plátanos e ao Caminho do Topo – Açude do Rio Lima, que funciona como complemento da Avenida. Estava a decorrer uma feira de antiguidades, que aproveitamos para visitar. Ao fazer o percurso inverso, fomos pela rua paralela à Torre da Cadeia Velha e Torre S. Paulo. É impossível ir embora sem contemplarmos a Ponte Romana e Medieval e a Igreja de Santo António da Torre Velha. Numa próxima oportunidade atravesso a ponte e perco-me com o que existe do outro lado. Hoje foi uma visita de médico, com a benesse de levar mais um dedal para aumentar a coleção.

17h22: Tempo de regressar a casa…

(Freguesia de Feitosa-Freguesia de Rebordões Santa Maria-Lamieiro-Freguesia de Cabaços e Fojo Lobal-Friastelas-Alheira-Lugar de Real-Roriz-Lijó-Arcozelo-Barcelos)

18h06: … mas não sem antes parar em Barcelos.

Lugar de boas memórias, fico sempre fascinada quando chego ao Passeio dos Assentos ou das Obras, «de estilo Rococó provincial», e quando olho para o Templo do Senhor de Bom Jesus da Cruz. Barcelos é uma cidade encantadora, cheia de história, que merece uma visita demorada. Hoje não foi o caso, mas irei voltar. E explorar cada recanto. 

Viemos em dia de Feira do Livro, por isso aproveitei para ver algumas novidades. De recordação levo, naturalmente, um dedal e o famoso Galo de Barcelos.

18h42: Agora, sim, retomamos o caminho em direção a casa.

Apesar de ter começado chuvoso, o tempo acabou por melhorar. Que bem que soube passar um dia assim. Estava mesmo a precisar!

19h58: Lar, doce lar.

O caderno fecha-se. Por hoje.