MÁQUINA DE ESCREVER ||
PLANO INCLINADO
PLANO INCLINADO
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Fotografia da minha autoria |
«Lágrimas de quem se ama»
As ruas da cidade estão lotadas de gritos mudos
Do lado de fora da minha janela virada para o mar
Ouço os ecos da palavra liberdade
Mas nunca me senti tão presa como agora
É incrível como camuflamos o impossível
Como nos enganamos com propósito
Sem qualquer rasgo de misericórdia
Vendo o mundo num plano inclinado
De histórias engarrafadas em surdina
Sempre tão transparentes e invisíveis
Aprendi a calar o choro
Quando a vontade é explodir de raiva
Sorrio ao invés
Com o coração a amparar as balas
Que mesmo sendo imaginárias
Ferem-me, despedaçam-me
E com o corpo coberto de estilhaços
Insisto em não retirar a máscara
Até quando viverei enclausurada neste quarto?
Onde me tornei refém de mim?
Lá fora gritam a liberdade que eu invejo
Porque nunca fui capaz
De arrancar as tábuas de madeira
Que me impedem de ver o sol
Até quando?
14 Comments
Poema fabuloso, sublime de ler. Versos intensos, profundos, grito de perda de liberdade que, em função da Pandemia, todo o mundo de uma forma analógica, está a sofrer. Uma prisão sem grades.
ResponderEliminarLindíssimo sem dúvida
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Feliz fim-de-semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Muito obrigada pelas palavras, Ricardo!
EliminarLindíssimo *.* Vou repetir-me mais uma vez, sou completamente apaixonada pela tua poesia. Cada poema, arrebata-me. Obrigada por nos presenteares com estes versos.
ResponderEliminarBeijinho grande, minha querida!
És sempre uma querida! Muito obrigada <3
EliminarTao bom começar o dia com a tua poesia inspiradora <3 Muito muito obrigada por esta partilha tao bonita :)
ResponderEliminarEu é que agradeço, de coração, minha querida <3
EliminarExcelente trabalho poético, gostei bastante.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Obrigada, Francisco!
EliminarBom fim de semana
Que bonito!
ResponderEliminarObrigada *-*
EliminarQue lindo! :)
ResponderEliminarwww.amarcadamarta.pt
Obrigada, Marta!
EliminarQue palavras mais bonitas, como não gostar da tua escrita
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem post novos todos os dias
Muito obrigada, Sofia *-*
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