pátria
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Fotografia da minha autoria |
Gatilhos: Cenas Gráficas/Explícitas
O passado permanece à espreita, porque há sempre quem pretenda que a História se repita. É por esse motivo que nunca podemos dar certas conquistas por garantidas.
Pátria, filme de Bruno Gascon, mostra-nos «um país dominado por uma ditadura» e no qual se assiste ao crescimento de um grupo extremista «que domina as ruas». É neste cenário de violência e xenofobia que um homem será confrontado, colocando todos os que o rodeiam em perigo. No final, «terá apenas uma escolha: liberdade ou morte».
A realidade deste argumento apresenta-se como distópica, no entanto, reconhecemos o rosto da opressão, do medo, das várias formas de tortura em diferentes momentos, expressões e diálogos. Mesmo que os cenários assumam um certo exercício criativo, partem de capítulos dolorosos para a humanidade e permitem-nos refletir sobre como seria vivê-los na primeira pessoa. Numa altura em que contactamos com posições tão extremadas, que colocam em causa direitos básicos, é crucial debatê-las, compreender qual é a sua origem e aquilo que lhes dá força para que continuem a minar o presente.
Dividido em três capítulos - O Som do Medo, Os Filhos de Ninguém e A Balada de Um Homem Morto -, prendeu-me do início ao fim, sobretudo, por todas as áreas cinzentas. Assistimos a intenções antagónicas, mas a abordagem consegue ter elos transversais: de um lado, existe uma obsessão doentia, jogos de poder e uma vontade imensa de eliminar todos os que não estiverem pela mesma causa; do outro, há um desejo de vingança a ecoar, condições de vida precárias e uma necessidade constante de lutar pela sobrevivência. Comum aos dois, existe um sentimento de revolta muito grande.
Pátria, filme de Bruno Gascon, mostra-nos «um país dominado por uma ditadura» e no qual se assiste ao crescimento de um grupo extremista «que domina as ruas». É neste cenário de violência e xenofobia que um homem será confrontado, colocando todos os que o rodeiam em perigo. No final, «terá apenas uma escolha: liberdade ou morte».
A realidade deste argumento apresenta-se como distópica, no entanto, reconhecemos o rosto da opressão, do medo, das várias formas de tortura em diferentes momentos, expressões e diálogos. Mesmo que os cenários assumam um certo exercício criativo, partem de capítulos dolorosos para a humanidade e permitem-nos refletir sobre como seria vivê-los na primeira pessoa. Numa altura em que contactamos com posições tão extremadas, que colocam em causa direitos básicos, é crucial debatê-las, compreender qual é a sua origem e aquilo que lhes dá força para que continuem a minar o presente.
Dividido em três capítulos - O Som do Medo, Os Filhos de Ninguém e A Balada de Um Homem Morto -, prendeu-me do início ao fim, sobretudo, por todas as áreas cinzentas. Assistimos a intenções antagónicas, mas a abordagem consegue ter elos transversais: de um lado, existe uma obsessão doentia, jogos de poder e uma vontade imensa de eliminar todos os que não estiverem pela mesma causa; do outro, há um desejo de vingança a ecoar, condições de vida precárias e uma necessidade constante de lutar pela sobrevivência. Comum aos dois, existe um sentimento de revolta muito grande.
É fácil identificarmos as motivações de cada grupo e discernirmos o que é certo e o que é errado, neste caso, mas não deixa de ser evidente que ambos respondem tendo em conta aquilo em que acreditam. Além disso, tornam-se muito claros os perigos de um regime totalitário - e os limites que se pretendem transpor para o fazer prevalecer. Neste sentido, correndo o risco de atingirmos um ponto sem retorno, contrapõe-se a questão: o que é que estaremos dispostos a fazer para impedirmos a sua evolução?
Este filme é, portanto, um alerta para uma realidade pouco distante. Por isso é que, embora consigamos identificar alguns símbolos e comportamentos, o realizador quis deixar as coordenadas vagas: não só para que possamos imaginar aquilo que podia preencher o que não nos conta, mas também para estarmos conscientes de que a História é cíclica e que há imensas maneiras de repetir o controlo, a vigia, a submissão.
Pátria conta-nos a história de um povo que aceitou tudo calado, mas que não permitiu que lhe fosse roubada a alma. E enquanto alguém não esquecer o que aconteceu, há esperança de que a luta continue. Por isso, isto nunca será o fim, é apenas o início.
Andreia obrigada pelo resumo do filme parece ser bom bjs.
ResponderEliminarEu é que agradeço pelo retorno, Lucimar! Gostei muito de ver
EliminarTenho de ver! *.*
ResponderEliminarAconselho!
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