À boleia do mundo #5 (Parte 2)


Capitulo 5 (continuação)
07.08.2014


13h20: Terminei de almoçar, por isso vou retomar a leitura. Estou quase no fim do livro «Não nos Roubarão a Esperança», mas trouxe comigo «O Preço do Dinheiro», de Ken Follett, para não perder o ritmo. 
A esta hora está tudo mais tranquilo e o tempo espetacular. Às 16h estou de regresso à água. Agora vou fechar o caderno e mergulhar nas palavras. 

14h46: Acabei! «Dois portugueses, unidos pelo sangue, em lados opostos da Guerra Civil Espanhola, descobrem que do ódio pode nascer o amor». É engraçado - obviamente sem o ser - como o poder da vingança possibilita consequências tão desastrosas. Ainda assim, a força que o amor tem permite-lhe crescer e resistir ao pior cenário possível. Este livro não deixa de ser uma história de vida e a prova de que o sangue não é razão suficiente para que as pessoas se dêem bem. Todos nós lutamos por uma causa, mas os princípios nem sempre são os mesmos. Talvez não exista um lado bom e um lado mau, pois todos acreditam que aquilo que os motiva é o mais benéfico. E como em tudo na vida, há pessoas boas e outras que apenas querem subir na vida à custa dos outros. 
Foi o primeiro livro que li do Júlio Magalhães, mas adorei! A escrita parece que nos embala, o tema é bem desenvolvido, as personagens comovem-nos, causam-nos arrepios, deixam-nos os nervos à flor da pele; e o meio em que tudo se desenrola toca-nos pelas imagens que as descrições nos proporcionam. Apetecia-me continuar a ler, saber o que aconteceu à Jacinta e ao pequeno Pedro; à Teresa e ao Alonso; ao Filipe. Não posso, portanto resta-me imaginar!
Vou relaxar, contemplar a água límpida e depois começo a ler «O Preço do Dinheiro».

17h33: Está na hora de ir embora, pelo mesmo caminho que fizemos de manhã. Não vamos diretos a casa, primeiro precisamos de passar pelo centro de Bragança.

18h39: Fim da viagem.

O mundo é mesmo pequeno. Fui a uma loja de recordações para comprar um dedal de cá e o dono, que nos reconheceu pelo sotaque, é natural de Gaia, mais concretamente de Mafamude - como eu. Trouxe o dedal, um chapéu de palha e ainda nos ofereceu um mapa da cidade. 
Ao passar pela Praça Camões reparamos que estava a decorrer uma demonstração de Karaté. O município apoia a juventude. E ainda bem!


Continua...

(qualquer dúvida não hesitem, deixem nos comentários ou mandem por e-mail)

Comentários

  1. Os municípios de cá também deviam apoiar mais a juventude.... E o amor é sem dúvida alguma uma grande força neste mundo, seja de que forma for!

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  2. R: Sem dúvida alguma que sim, prefiro estes a montanhas de presentes.

    Beijinho

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  3. Fico a espera da continuação :D

    xoxo, Sofia Pinto

    Morning Dreams

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  4. r: se num ano as coisas já mudam bastante imagina num século... Ainda bem que a minha avozinha não é como a avó do F' senão acho que dava em doida.

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  5. Adorei!!! Aliás, eu adoro sempre estes teus relatos!

    Bjxxx

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  6. que engraçado esse episódio na loja de souvenirs! :P beijinho

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  7. Ohhh que engraçado, gosto imenso da tua escrita, é cativante. A continuação sai amanhã?
    Tens um sotaque muito acentuado?

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  8. É bastante engraçado quando as pessoas reconhecem a forma como falamos e identificam de onde somos, fico a espera da continuação.

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  9. Serias uma ótima cronista de viagens.

    Penso que será carreira onde terás sucesso e muita viagem pelo meio.

    Fiquei presa nas peripécias narrativas.

    Beijinhos

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  10. Do ódio pode nascer o amor,
    acredito, tudo é possível na vida
    também será mais fácil colher uma flor
    do que encontrar uma lágrima perdida!

    Boa noite Andreia,
    bons sonhos, um beijo.
    Eduardo.

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  11. Que texto maravilhoso continue preciso saber o fim.
    Vídeo Novo: https://www.youtube.com/user/NekitaReis/channel
    Blog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br

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  12. gosto do teu diário de viagem e da maneira como o descreves, parece que estou a ler um livro, aguardo a continuação :)
    r. Eu também ouvi falar por alto a ver se me informo bem :)
    with love, CAT blog ♥

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  13. É bom quando os livros nos levam, também, a viajar! :)

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