1/4 de século: Fui adotada por um gato!

Fotografia da minha autoria

«Gatos são poemas ambulantes», Roseana Murray


O primeiro mês do ano de 2016 trouxe-nos uma visita muito especial, que prolongou a sua estadia até hoje. E agora já é parte da família.

A minha mãe estava no nosso telheiro a conversar ao telemóvel. Estranhei o facto de a chamada estar a durar tanto tempo e fui espreitar. Qual não foi a minha surpresa quando ouvi a sua voz... a falar para dentro do cesto das pinhas! Aproximei-me dela, enquanto lhe perguntava se estava tudo bem, e foi aí que vi uns olhos azuis atentos a tudo aquilo que fazíamos. Nunca tinha visto aquele gato por aqui, mas rendi-me logo aos seus encantos. Deixou-nos tocar, em nenhum momento se assustou e o próprio miar não transmitia qualquer insegurança. Inicialmente, pensei que estivesse ferido, mas tal não se verificou. Fiquei, portanto, a achar que estava perdido. Colocamos uma tigela de água e um prato com fiambre perto do cesto, cientes de que seria passageiro.

Não foi! Permaneceu por cá e foi conquistando o seu espaço. Estávamos um pouco reticentes em deixá-lo entrar em casa, porque é muito fácil apegarmo-nos a ele. E como não aparentava ser um animal de rua, pelo aspeto cuidado e pelas reações, achamos melhor esperar mais um pouco. Continuamos a alimentá-lo, a brincar com ele, mas sempre com a sensação de que mais tarde, ou mais cedo acabaria por retomar o seu percurso. A par disso, mantive-me atenta a possíveis anúncios de gatos perdidos, perguntamos aos nossos vizinhos e pedimos aos funcionários do café que existe no início da rua onde moro para nos informarem caso ouvissem alguma coisa. Infelizmente, há sempre pessoas maldosas, por isso preferir preservar a sua identidade. Não sei se foi o mais correto, mas foi o que me deixou mais tranquila.

O tempo foi passando e deixou de fazer sentido mantê-lo fora de casa, na cama que montamos para ele. Por mais que, durante o dia, fosse dar um passeio longo, o certo é que regressava sempre para nós. E foi assim que o Simba passou a fazer parte da família Morais. Não sei a sua história, de onde veio, o que lhe aconteceu, mas desde que chegou que já partilhamos algumas peripécias: o primeiro banho que odiou, levando-o a esconder-se debaixo da minha cama; as sestas no nosso colo ou enrolado no vaso; as brincadeiras com os cintos; o facto de saltar logo para a banca para beber água; as festas na barriga que adora; a vez em que tentou subir pela janela, mas foi contra o vidro... São várias! E tenho plena consciência que veio dar mais vida a esta casa. Segundo o veterinário, tinha um ano quando cá chegou. Um ano depois, está mais confiante, aventureiro, meigo. Com o pelo bem mais claro. E com uma enorme criatividade em posições para dormir.

Eu que sempre fui mais apaixonada por cães, fui adotada por um gato! Porque, consciente ou inconscientemente, foi ele que nos escolheu. E já não me imagino sem a sua companhia.


Deixo-vos, agora, com algumas fotografias:







Comentários

  1. Oh que riqueza mais linda e fofa :) Conheço bem essa sensação, em 2009 tambem levei para casa uma gatinha que nos adoptou a nos e que sadades que tenho dela, mas sei que ela esta bem entregue aos meus manos e mami :)
    Muitos bjinhosss e uma doce Pascoa*
    https://matildeferreira.co.uk/

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  2. Que gato lindo! Eu adoro gatos, também já fui "adoptada" por um gato e pensava, tal como tu, que seria passageiro mas acabou por ficar.
    Beijinhos

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  3. Que lindo! O simba escolheu muito bem a família :)

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  4. Tão lindo​! Ou não fosse eu apaixonada por gatos
    Kis :=}

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  5. O Simba é lindo. Adoro animais, acho que dão mesmo algo de maravilhoso à nossa vida. Ele é lindo e fizeram mesmo bem em ficar com ele :)

    THE PINK ELEPHANT SHOE // INSTAGRAM //

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  6. Fantástica história de amor! Também foi a Becas que me adotou, pois eu era incapaz de escolher entre ele e a irmã!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

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  7. A passar por cá hoje para desejar uma Páscoa Feliz!

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  8. Adoro o teu Simba também já recebi uma visita assim de um gatinho que acabou por ficar ca em casa
    http://retromaggie.blogspot.pt/

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  9. Fez-me lembrar o meu Bruma que também tinha olhos azuis, o que eu era louca pelos olhos dele. A par disso era um gato com um temperamento complicado, tão depressa era meigo como desatava às dentadas. Detestava ser contrariado e infelizmente faleceu em 2016 com leucemia felina. Doeu-me muito, ver um animal a sofrer e saber que nada podia fazer. =(

    Adorei as fotos, que lindo *.*

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