«Podem fazer muros, mas não tapam a alma»
O Festival da Canção, «concurso anual promovido pela RTP, desde 1964», sempre foi uma espécie de programa de culto. O país quase que parava para assistir ao momento. As famílias reuniam-se em frente à televisão. E descobriam-se verdadeiros talentos. Consequentemente, houve músicas que se tornaram intemporais. Claro que esta proximidade ao Festival nem sempre foi linear. Porque ou era uma moda assistir ou a moda passava por nem sequer vê-lo. Apesar desta inconstância do público, os concorrentes foram tentando a sua sorte. E depois de, no ano passado, sermos brindados com o belíssimo Amar Pelos Dois, a fasquia ficou mais elevada. Será que a superamos?
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Fotografia retirada do pinterest |
«Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento», Érico Veríssimo
O tempo está a mudar
Sinto o peso
Da roupa de inverno
A libertar-me o corpo
O vento sopra
Pausadamente
Há uma luz mais terna
E duradoura
Que incandesce
E a noite demora a chegar
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Fotografia de Joana Gonçalves |
«O que justifica que mais de 61 mil pessoas já tenham visto "Avenida Q", em palco há mais de um ano?»
O Ano do Pensamento Mágico, cuja narrativa escrita pretende «exorcizar a dor e a autocomiseração, para fazer o luto, recuperar os mortos e, finalmente, deixá-los partir», teve uma adaptação para teatro, construída pela própria autora, Joan Didion. Em Portugal, o monólogo foi brilhantemente interpretado por Eunice Muñoz. E esteve em cena no Teatro Nacional de São João, em 2010, marcando-me profundamente com toda a sua carga emocional. Após um interregno de oito anos, voltei ao Teatro. E para ver a Avenida Q, sobre a qual vos falei aqui. O que eu não esperava era que este texto me reservasse uma surpresa!
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Fotografia da minha autoria |
«Framboise regressa à pequena cidade onde nasceu, na província francesa, e abre aí um restaurante que rapidamente se torna famoso, graças às receitas de um velho caderno que pertencera à sua mãe»
O preço dos livros é variável. Torna-se mais ou menos convidativo consoante a altura e a nossa vontade. E desperta-nos reações distintas, de aceitação ou de recusa. Agora, se falarmos em valor... Há histórias de valor incalculável. E isso, ainda que julguemos que sim, não se compra. Porque está na alma dos livros. Nós só temos a sorte [ou a astúcia] de selecionar a opção certa!
«(...) sou o cavaleiro andante, que mora no teu livro de aventuras», Rui Veloso
Sou inverno
Quando o teu abraço
Me pede o calor do verão
Sou cavaleiro
Sem cavalo de pau
Num sonho distante
Feito de faz-de-conta
Não deixes os sonhos partirem depois das doze badaladas
#pensamento #devaneio #desejo #sonhos #badaladas #contosdefadas #oportunidades #lutapessoal
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Fotografia da minha autoria |
«Uma professora universitária de sólida formação positivista, que então vivera na cidade de Berkley, sofre uma súbita reviravolta na sua vida. A morte do pai, o fim do casamento trazem-na até Portugal onde uma paixão tardia a prende irresistivelmente»
As minhas visitas ao Porto Alternativo, para adquirir livros em segunda mão, não passaram a ter uma periodicidade fixa. No entanto, seguramente, tornaram-se mais frequentes. Precisamente por alguns dos motivos que enumerei aqui: exemplares em perfeitas condições e preços aliciantes, permitindo-me arriscar mais em autores que não conheço. O que, naturalmente, pode ser uma aposta ganha ou uma desilusão - ainda que seja extremamente difícil não gostar de um livro, como partilhei neste Entrelinhas. Numa das últimas compras que fiz na loja, saí de lá com uma obra de Luísa Beltrão.
«Eu nasci com música dentro de mim»
A música tem a capacidade extraordinária de nos influenciar positivamente. De traduzir sentimentos e sensações que nos parecem indecifráveis. De nos acalmar. E de nos encher a alma.
«Descanse, reflita, sorria, se distraia. O fim-de-semana é seu!»
Fim-de-semana. A altura perfeita para darmos asas à nossa preguiça ou para colocarmos em prática os planos que são adiados por causa de todos os compromissos académicos, profissionais e/ou pessoais.
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Fotografia retirada do google
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«Não deixe para amanhã o que pode comer hoje»
A expressão «bom garfo» não se adequa totalmente ao meu estilo de vida. Apesar de procurar fazer refeições equilibradas e, cada vez mais, saudáveis, há muitos alimentos que não consigo comer, porque não aprecio o seu sabor. Ainda assim, faço por escolher com consciência. Portanto, encontro-me em processo de reeducação alimentar. Não por uma questão de estética, mas por uma questão de bem-estar físico e emocional. Cuidarmos de nós deve ser sempre uma prioridade.
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Fotografia da minha autoria |
«Ler é ganhar asas para o mundo»
Um livro é considerado um clássico pela inspiração que provoca a quem o lê. Pelo exemplo. Pela qualidade inegável da sua narrativa. Pela influência que tem numa determinada cultura. No fundo, é aquela obra que todos deveríamos conhecer, independentemente da altura em que o fizéssemos. Contudo, as pessoas são tão singulares nos seus gostos, que nem sempre partilham o mesmo apreço por aquilo que parece ser uma verdade irrefutável. E é esta diversidade que nos permite refletir. Porque, ainda que as suas conceções se assemelhem, há muitos pontos onde, certamente, acabarão por divergir. Existem histórias incontornáveis. Que se prolongam no tempo. Porém, será que nos despertam o mesmo interesse? Ou, ainda, será que nos marcam da mesma forma?
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Fotografia retirada do google |
«O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho», Orson Welles
A minha atenção à sétima arte tem sido bastante negligente. Tenho uma longa lista de filmes em atraso, porque vou-me dedicando a outros formatos, como as séries [aqui]. No entanto, é algo que adoro. E, se pudesse, passava a vida numa sala de cinema, com um balde de pipocas ao meu lado. Porque a energia neste ambiente é completamente distinta. Talvez por essa razão é que acabe por ver tão poucos filmes em casa. Falta-me aquele toque de intensidade genuíno, que me isola de qualquer outro estímulo externo.
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Fotografia da minha autoria |
«Viajar? Me chame que eu vou!», Inês Brasil
Portugal é um mundo. De pessoas. De tradições. De história. De lugares maravilhosos, com uma beleza e singularidade apaixonantes. Fui uma privilegiada, sem ter essa noção na altura, por ter podido visitar tantos sítios do nosso país. Hoje, com um olhar mais reflexivo, arrependo-me de, em criança, não ter dado tanto valor a cada viagem, a cada aventura, a cada detalhe. Porém, acredito que vou sempre a tempo, apesar de não conseguir recuperar todos esses fragmentos.
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Fotografia retirada do Tumblr |
«Quando você encontra um(a) amigo(a) para quem pode contar todos os seus segr... spoilers»
A minha televisão permite-me aceder a um grande número de canais. Porém, não usufruo da maioria. Aliás, há um conjunto deles que só me lembro que existem quando, antes de dormir, faço uma espécie de vistoria geral pelo que está a ser transmitido. Por essa razão, seria igualmente feliz com uma quantidade mais reduzida. Porque, excetuando os programas desportivos e os jogos das modalidades do meu clube que vejo no Porto Canal, Fugiram de Casa de Seus Pais que vejo na RTP1 e Merlin que vejo no Syfy, estou sempre sintonizada no AXN, AXN White, Fox e Fox Life. O motivo? A minha paixão por séries.
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Fotografia da minha autoria |
... Fotografias a preto e branco!
[Há qualquer coisa de misterioso nesta ausência de cores garridas. Há um certo dramatismo. E, talvez, mais foco nos detalhes. Pessoalmente, sinto que uma fotografia a preto e branco nos permite, muitas vezes, captar a verdadeira essência daquele retrato. Porque, apesar dos contrastes e gradações que também existem, os vários elementos acabam por não se sobrepor uns aos outros, havendo equilíbrio e igualdade na forma como chamam a nossa atenção]
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Fotografia da minha autoria |
«Ao ser chamada ao local de um crime, a detective Jane Rizzoli, da polícia de Boston, faz uma descoberta aterradora (...) e desta vez a vingança será mais cruel do que ela pode imaginar»
A minha relação com thrillers policiais é bastante séria. Entusiasma-me entrar neste mundo de crime, suspense e mistério. E acompanhar o desenrolar de toda a ação, compreender os seus contornos e desvendar os propósitos de cada assassino. É preciso, no entanto, distanciarmo-nos dos nossos valores morais e colocarmo-nos do outro lado. Este exercício nem sempre é fácil, porque, mesmo que seja somente ficção, torna-se complexo aceitar e entender determinadas práticas. Aliás, pensar como um assassino e antecipar o passo seguinte não é, de todo, intuitivo. Porém, é também por essa razão que se torna tão interessante, porque nos obriga a desconstruir a mente humana.