Os 7 locais em Portugal onde quero regressar

Fotografia da minha autoria

«Viajar? Me chame que eu vou!», Inês Brasil

Portugal é um mundo. De pessoas. De tradições. De história. De lugares maravilhosos, com uma beleza e singularidade apaixonantes. Fui uma privilegiada, sem ter essa noção na altura, por ter podido visitar tantos sítios do nosso país. Hoje, com um olhar mais reflexivo, arrependo-me de, em criança, não ter dado tanto valor a cada viagem, a cada aventura, a cada detalhe. Porém, acredito que vou sempre a tempo, apesar de não conseguir recuperar todos esses fragmentos.

Há pequenos traços de memória que me fazem voltar a locais onde já estive. E são essas recordações, quase palpáveis, que me transportam para diversas fases da minha vida, que partilhei com pessoas distintas e em contextos diferenciados. Existe qualquer coisa de reconfortante nessas lembranças, que aparecem sem eu pedir e que me aproximam de um dado momento. Simultaneamente, reforçam a minha vontade de regressar e de os revisitar. Como se fosse uma nova oportunidade para refazer todos os meus passos e para me perder, novamente, de amores por esses recantos encantados.

Um dos meus maiores sonhos é percorrer Portugal de Norte a Sul - talvez, inconscientemente, em busca de um tempo que não reaparecerá. No entanto, sei que o quero fazer, sobretudo, pela possibilidade de ser invadida por tanta cultura e tantas experiências novas. Costumam dizer que não devemos voltar onde fomos felizes, mas eu discordo por completo. Há lugares que me definem. E há outros cujas formas quase não lhes reconheço, por a distância física e memorial ter quebrado a ligação criada no passado. Por isso, se pudesse, partia já. E tinha sete locais prioritários onde ir:

Ericeira: Esta «vila voltada para o mar» parece uma tela pintada de tons azuis e brancos. A sua calma e beleza não deixam ninguém indiferentes. Só estive lá um fim-de-semana, mas foi o suficiente para me conquistar para sempre!

Évora: Foi, durante vários anos seguidos, um dos meus destinos de férias. Há tanto para ver. E tanto que acabei por não descobrir. E até as temperaturas acima dos 40ºC tornavam a experiência única. Tenho imensas saudades das noites de conversa na Praça do Giraldo. De chegar à Albergaria Vitória, perto da meia-noite, e ir comer uma tosta de fiambre. E de, na manhã seguinte, acordar cedo, entrar no carro e perder-me naquelas planícies. Verdade seja dita, toda a região alentejana é um regalo. Para a vista. E para o coração.

Serra da Estrela: Vale a pena visitá-la em qualquer altura do ano, porque, para além de nos sentirmos abraçados por toda a sua beleza paisagística, o contacto com a natureza é puro. Contudo, confesso que é no inverno que mais me atrai ir até lá, pois adoro neve. E as recordações que esta zona me trás, principalmente nesta altura. Dentro de uma camioneta do Espírito Santo, reuníamos toda a família para uma verdadeira aventura. Fosse possível regressarmos todos, enchouriçados para nos protegermos do frio, e eu não precisaria de muito mais para me sentir plena.

Guimarães: Berço de Portugal! A minha primeira vez num castelo. E, provavelmente, a razão que impulsionou todo o meu fascínio por este tempo medieval. Naturalmente, esta cidade tem muito mais para oferecer. Porque «é um labirinto de vielas sinuosas ladeadas por casas antigas, decoradas com estátuas que conduzem à bela praça principal, o Largo da Oliveira, e ao antigo Palácio Ducal».

Lisboa: A última vez que estive na capital foi há sete ou oito anos, quando ainda frequentava o secundário [11º/12º ano, não sei precisar], para uma visita de estudo ao Palácio de São Bento [pela segunda vez]. Quero muito regressar. Parar. Explorar. Caminhar. Fotografar. E perder-me nos inúmeros detalhes que merecem um olhar demorado.

Mafra: O «Real Convento de Mafra, mais tarde batizado de Palácio Nacional de Mafra, é uma imponente obra do reinado de D. João V». A sua fachada é fascinante. E o seu interior não deixa ninguém indiferente. Já tive oportunidade de o visitar duas vezes e rendi-me em ambas. No entanto, esta vila não se centra exclusivamente neste monumento. A sua tapada e o restante património são motivos suficientes para querer regressar.

Óbidos: É uma «vila pitoresca e bem preservada». Situada num ponto alto, subir às muralhas e explorar todo o seu espaço e os monumentos/museus disponíveis vale-nos uma experiência única e completamente absorvente. Mal posso esperar para repetir!

Quais os locais onde gostariam de regressar? Conhecem algum(ns) destes?