«Às vezes, só queria desaparecer. Perder-me nos teus braços até morrer.
Se isto é o paraíso, então, já não preciso de outro lugar»
O Diogo não para de surpreender. Porque a sua criatividade inesgotável inspira. E porque o seu sentido musical leva-o a criar com qualidade, reinventando-se. E por mais que me possa repetir, sinto que é importante - e inevitável - focar sempre o lado majestoso de um artista como ele. Há muitos aspetos que me fazem admirá-lo enquanto músico - e ser humano também -, e um deles é a sua vontade de não estagnar. E de produzir - não em massa, mas em consciência, apelando sempre à natureza sincera de cada canção. Porque ele respira música. E, num sopro, faz arte!
No último ano, a minha vida foi uma autêntica correria. Deu voltas sucessivas de trezentos e sessenta graus; deu-me chapadas e pontapés no estômago. Por isso, questionei-me várias vezes sobre a minha capacidade para me manter de pé; questionei-me sobre o facto de não ter colapsado, nem ter cometido uma loucura. Não sou uma super-mulher, mas dividi-me em mil para não falhar, principalmente para não negligenciar aqueles que tanto me reconfortaram. Ainda assim, a sensação de ficar desamparada e, literalmente, sem chão era persistente.
«Não sei porquê, mas há em mim uma leve esperança de que isto não fica por aqui. Há coisas que têm mesmo de acontecer para que a passagem por este mundo faça realmente sentido. Todas as histórias de amor devem ter um fim. Seja junto ou separado, triste ou feliz, mas têm de ter um fim. Nenhuma história de amor deve ficar a meio. Talvez por eu acreditar profundamente nisto é que eu desconfio que daqui a um mês, um ano, ou vinte, nós nos voltaremos a encontrar para dar o fim à nossa história. Seja ele qual for»
Raul Minh'alma
Fotografia oficial da tag
O Sunshine Blogger Award não é uma novidade n' As gavetas da minha casa encantada. Aliás, já tive a oportunidade de o publicar três vezes [aqui, aqui e aqui]. No meu entender, o que o difere dos outros prémios é a sua singularidade, uma vez que as perguntas podem ser completamente distintas, dependendo de quem nos desafia. E eu só posso agradecer às duas bloggers que, recentemente, me incluíram nas suas listas de nomeados. Para ser mais fácil, vou fazer duas publicações. E, hoje, começo com as perguntas da Minorka [Minorkisses].
[É dos aromas que mais me enche a alma. Apesar de ser difícil descrevê-lo, é tão agradável que transmite uma completa sensação de bem-estar. Físico e emocional. O seu lado familiar e característico aconchega-me. E faz-me ganhar o dia]
Fotografia retirada do Pinterest
«Insistir ou desistir só depende do que você me faz sentir»
Perdi-me. Deixei de ter qualquer tipo de controlo sobre o meu corpo e a minha vontade. Desde que te foste embora, tenho sido só eu e aquela maldita garrafa de Whisky, que me adormece as memórias. E, principalmente, a dor.
Fotografia da minha autoria
«Marianne e Elinor Dashwood, com 17 e 19 anos respetivamente, são irmãs, mas não podiam ser mais diferentes. Marianne é toda ela coração, sensibilidade e romantismo; Elinor é a encarnação da razão, do bom senso e da reserva.»
Jane Austen escreveu um dos meus sete clássicos da literatura, cujo enredo, para além de inspirador, é intemporal e apaixonante: Orgulho & Preconceito. No entanto, confesso, o meu conhecimento literário acerca da autora limitava-se a essa obra. Com o intuito de reverter a situação, até porque tenho mais títulos seus que pretendo adquirir, encomendei Sensibilidade e Bom Senso, numa edição que assinala o bicentenário da sua morte. E procurei lê-lo de mente limpa, para não cair no erro de o comparar - ainda que tenha sido difícil.
«Eras da minha alma (...) guarda um cantinho da tua nuvem para, um dia, ir lá morar»
Quando entrei desesperada no quarto do hospital, guiada pelo barulho dos ensurdecedores equipamentos, senti um baque forte no peito, como se me estivessem a arrancar o coração a frio. Senti o meu corpo a gelar, as pernas a ceder de nervos e as lágrimas a inundarem-me o rosto. O teu coração parara de bater, de vez, apesar de tantas vezes ter pedido para que não o permitisses; e a linha, presente na máquina que se encontrava ao pé da tua cama, era continua e fazia um barulho insuportável, que me arrancava mais um pedaço de mim.
Fotografias retiradas do Pinterest
... Quartos!
O passo adulto de ir morar sozinha não está para breve. No entanto, isso não me impede de ir idealizando o meu lar de sonho. E se há divisão na qual me concentro é no quarto. Porque sinto que pode ser, igualmente, um refugio. E é onde espero encontrar a paz que me permita desligar de um dia atarefado.
«Acho covarde aquele tipo de pessoas que faz os problemas dos outros parecerem fáceis e simples; fazendo sentir-se bobos e imaturos os que não conseguem resolvê-los tão rapidamente»,
Jadem Freitas dos Santos
O meu temperamento sempre foi muito pacífico. Poderia, inclusivamente, gabar-me da minha paciência - que também tem limites, apesar de tudo. Mas se há algo capaz de mexer com a minha estabilidade emocional [e racional também] é a necessidade que algumas pessoas têm de diminuir os problemas dos outros - já para não mencionar as suas tentativas sucessivas para os menosprezar.
«Por mais que eu tente
Os nossos egos
Não se encontram
Vivemos sempre
Cada um por si
Fotografia da minha autoria
... Gatos!
[Curiosamente, sempre fui mais apaixonada por cães, mas desde que fui adotada por um gato que passei a ter uma relação mais próxima destes patudos. Infelizmente, o meu Simba acabou por falecer atropelado à porta de casa, há pouco mais de um ano. E a dor foi avassaladora, ao ponto de não nos sentirmos preparados para voltar a ter animais. Porém, não conseguimos resistir a um pedido de ajuda e, em setembro de 2017, acolhemos o Goji - que é um verdadeiro pestinha. Mais recentemente, resgatamos o Silvestre, que foi encontrado perto do local de trabalho da minha mãe. São ambos pretos e de olhos verdes, com um ou dois meses de diferença entre si. Fisicamente, parecem fotocópia um do outro, mas a nível de personalidade são bem distintos: o Goji é mais independente e, como costumo dizer, tem uma forma bruta de demonstrar amor; o Silvestre é mais dependente do nosso colo e só quer mimo. Ultrapassada a estranheza de dividirem espaço e atenção com outro inquilino, adaptaram-se muito bem. E, agora, não se largam. Graças a isso, não há um dia sem peripécias, que nos aquecem o coração]
A camisola do equipamento alternativo da Seleção Nacional, que será utilizada no Mundial 2018!
Fiquei rendida ao seu design no exato momento em que foram partilhadas as primeiras imagens. Mas, confesso, conquistou-me ainda mais quando descobri a mensagem que a sustenta: voltada para o futuro, «aponta a esta busca constante de novos talentos, através da sua história marítima». Com linhas simples e uma clara atenção ao detalhe, sinto que a escolha não poderia ter sido melhor executada. A juntar a isso, tenho que salientar o meu inexplicável apreço pelos equipamentos alternativos. Por muito que adore o principal, é quase certo que irei preferir o secundário. Focando-me neste em particular, e mesmo que possa parecer exagerado, acho que é um dos mais bonitos de sempre, até por todo o cuidado inerente. E eu não me importaria de ter um exemplar.
Fotografia da minha autoria
«(...) é um daqueles livros raros que aparecem uma meia dúzia de vezes por década; um magnífico romance literário capaz de tocar tanto o coração como a mente»
O Pintassilgo piscou-me o olho várias vezes, mas nunca me atrevi a adquiri-lo, porque algo me fazia sentir que ainda não estava preparada para conhecer a sua história. No entanto, por coincidência ou por sinal, cruzei-me com o passatempo da Aurore e achei por bem não desperdiçar a oportunidade. E foi assim que, em setembro de 2017, ele voou para fazer ninho em minha casa.
Fotografia retirada do Pinterest
«O nosso limite é a imaginação»
A Chic' Ana, no passado mês de abril, deu-nos a conhecer um projeto 100% português, do qual resultou um passatempo. Quando li a apresentação do Bruno Madeira sobre o Bis Ponto Cruz, fiquei extremamente curiosa. E resolvi participar, até porque, caso fosse a selecionada, seria a oportunidade perfeita para mimar a filha de um casal amigo. Sorte a minha que, para além de ter sido a feliz contemplada, só posso escrever maravilhas sobre todo o processo - desde o conhecimento do resultado até ao dia em que recebi a peça em casa.
Fotografia retirada do Pinterest
«Só não me percas»
Sê abrigo
Do meu coração mendigo
Perdido num combate
De promessas vãs
Fotografia retirada do Pinterest
És tu. Sempre foste tu. Acho que a meio da viagem perdi o foco do meu coração
[Tanto para ler, como para escrever. Apesar disso, livros de poesia não são os que mais figuram na minha biblioteca pessoal - algo que pretendo mudar. Quanto a escrevê-la, tenho-me aventurado com maior regularidade. E é curiosa a liberdade que transmite. Esta arte das palavras tem um mistério muito próprio. Um toque belo que nos encanta. E a magia das suas entrelinhas desprende-nos a imaginação]
Pensar em imolar um livro, mesmo que de uma forma hipotética, provoca calafrios. Apesar disso, não poderia deixar de responder ao desafio da C. [O meu reino da noite] e da Matilde [Cantinho da Tily], a quem agradeço desde já, que me nomearam para a Book Tag Sacrificar Livros. O objetivo é, portanto, selecionar uma obra da qual não nos importaríamos de prescindir em cada um dos cenários apresentados. Será que foi fácil? Garanto-vos que não. Mas vamos descobrir!
Fotografia da minha autoria
«Apesar de ter uma formação académica diversificada, dedicou grande parte da sua vida ao ensino especial e à escrita»
Um livro não deve ser escolhido pelo título. Ou pela capa. Não só porque são elementos que nos podem induzir em erro, mas também por não ser a forma mais cortês de o valorizar. Ainda assim, é o primeiro contacto que temos com a obra. É o seu cartão de visita. É o que nos convida, inconscientemente, a procurar descobrir os contornos do enredo através da sua sinopse - caso seja disponibilizada. Apesar de defender que não nos podemos limitar ao aspeto exterior, foi exatamente desta maneira que fiquei a conhecer uma das autoras que entrou diretamente para a minha lista de preferências.
A Eurovisão é sempre marcada por emoções fortes, principalmente para quem acompanha o festival com regularidade - como é o meu caso. E a presente edição tem uma energia ainda mais especial. Porque simboliza a arrepiante vitória de Salvador Sobral. Porque é Portugal o palco deste evento. E porque, para mim, voltamos a apresentar uma música sublime, que tem tudo para proporcionar um belíssimo espetáculo e deixar-nos orgulhosos.
Fotografia de Joana Silva
«Capa negra de saudade, no momento da partida»
Destraçam-nos a capa
Em movimento lento
Abrindo essa janela preta
De vivências e ensinamentos
Para o mundo
Que apenas nos conhece
Do lado de lá
Fotografia retirada do Tumblr
«Se fosse para ficarmos em um só lugar, teríamos raízes ao invés de pés»
Preciso de fazer as malas e partir daqui.
Ouço a voz do mundo a chamar-me
A incentivar-me a ir em frente
E a esquecer a miragem
Da minha bagagem cheia de passado
Fotografia da minha autoria
«Música boa não combina com volume baixo»
A minha escrita anda de braço dado com a música. Porque, simultaneamente, relaxa-me e inspira-me. E permite-me criar um ambiente próprio para as ideias que pretendo desenvolver. Para além disso, conjugando-a com o meu estado de espírito, regula e foca a minha concentração - independentemente de precisar, ou não, de desempenhar qualquer tarefa. Ter a banda sonora certa como fundo contribui - e muito - para obter resultados mais vantajosos. Em tudo. Por isso, quando quero dar início ao processo criativo [ou quando necessito de abstrair-me do mundo], ligo o Spotify, o Youtube e/ou uma estação de rádio online. E deixo-me levar pelas sensações que os diferentes temas me transmitem.
«Só se ama o que se admira, o resto é confusão mental»
A nossa fonte de inspiração pode ser inesgotável, se tirarmos proveito daquilo que nos rodeia. Pessoalmente, sempre tive o cuidado de observar. De retirar o lado bonito de cada experiência. E de me socorrer de alguns lemas, que me guiaram em fases distintas. E é nas palavras que encontro, várias vezes, a rede que me impulsiona. Sem qualquer dúvida, conseguem ser a janela aberta para infinitas oportunidades.
Fotografia da minha autoria
«A flor que brota na adversidade é a mais rara e bonita de todas»,
O Imperador da China [Mulan]
Os filmes dão vida à nossa imaginação. Atribuem-lhes um contexto, uma forma e uma série de peripécias que nos deixam siderados. Esta cultura cinematográfica acompanha-nos quase desde o berço. Com o passar dos anos, pode ser mais ou menos recorrente no nosso quotidiano, mas é sempre difícil resistir a um bom argumento. E é interessante constatar o quanto o nosso gosto e a nossa perceção vão sofrendo pequenas mudanças significativas.
Fotografia da minha autoria
«Meio de transporte favorito: livro»
A minha simbiose com a leitura, como sabem, nem sempre foi regular. E tem sofrido constantes metamorfoses, no que diz respeito ao tempo que lhe dedico e aos próprios géneros literários. Tento, diariamente, perder-me pelas páginas de um livro, que escolho consoante a curiosidade e/ou estado de espírito. O que nunca senti foi necessidade de me incutir qualquer tipo de pressão.
Fotografia retirada do Pinterest
«Cozinhar é fazer poesia para ser degustada»
A minha família tem cozinheiros de mão cheia. Nenhum seguiu esta profissão, mas, na minha opinião, teriam todas as competências para isso. Por outro lado, ainda bem que não o fizeram, pois tenho a sorte de não ter que os partilhar com o mundo, podendo degustar as suas iguarias com frequência.
Fotografia pessoal
«Se você souber olhar a vida de um jeito novo, tudo que antes parecia ser óbvio passará a ser inédito a cada instante», Bruno Razzec
Crescer é compreender que a nossa visão sobre o mundo não é estanque. E isso não é ser-se incoerente. É, sobretudo, aprender que os nossos horizontes ficam mais amplos, que a nossa experiência conta e influencia-nos e que as nossas opiniões começam a sustentar-se noutros fundamentos. Por isso, corroboramos ou abandonamos determinados pensamentos. Limamos as arestas indefinidas e reajustamos o nosso parecer. E as certezas de ontem podem não nos acompanhar no futuro, porque estarão sempre dependentes daquilo que vivemos. E da quantidade de mundo que levamos no peito.
O meu peito pensa em verso. Escrevo a Portugalid[Arte]. E é provável que me encontrem sempre na companhia de um livro, de um caderno e de uma chávena de chá