Os 7 filmes de animação que vi mais vezes

Fotografia da minha autoria

«A flor que brota na adversidade é a mais rara e bonita de todas», 

O Imperador da China [Mulan]

Os filmes dão vida à nossa imaginação. Atribuem-lhes um contexto, uma forma e uma série de peripécias que nos deixam siderados. Esta cultura cinematográfica acompanha-nos quase desde o berço. Com o passar dos anos, pode ser mais ou menos recorrente no nosso quotidiano, mas é sempre difícil resistir a um bom argumento. E é interessante constatar o quanto o nosso gosto e a nossa perceção vão sofrendo pequenas mudanças significativas.

Em criança, um dos meus passatempos favoritos era ver filmes de animação. Passei horas na companhia de Brisby [A Jóia Encantada], do Rei Leão, dos 3 Porquinhos, do Corcunda de Notre Dame, do Dumbo, do Pinóquio, da Bela Adormecida, dos Aristogatos, da Heidi e do Marco, da Anastasia, do Polegarzinho, da Pocahontas, de Gulliver, do Oliver Twist, do Hubie e de muitas outras personagens. Vivi as suas histórias de forma visceral - ou muito perto disso. E, no fundo da minha alma, transportava uma vontade secreta de que fossem verdadeiras. Numa altura bastante propícia a amigos imaginários, aqueles eram os meus. Com a diferença de que existiam dentro de uma cassete.

O termo VHS já é praticamente desconhecido. Porém, ainda tenho grande parte da minha coleção. Com o leitor de vídeo instalado no quarto dos meus pais, esta zona da casa foi, durante bastante tempo, a minha favorita. E sempre que ia ver um filme, ligava imediatamente o aparelho para rebobinar cassetes, até porque não foram assim tão raras as vezes em que mal as terminei me apeteceu vê-las do início. Atualmente, continuo a ter um carinho muito especial pelos filmes de animação, que acabam por figurar no topo das minhas preferências quando quero dedicar-me à sétima arte. Apesar de existirem sugestões recentes de extrema qualidade, há sete mais antigas que ocupam um lugar no meu coração, uma vez que foram as que mais vezes vi na minha infância.

O Príncipe Quebra-Nozes: «Passado no reino dos brinquedos e dos sonhos», é das obras de cinema mais mágicas, desconcertantes e adoráveis. Porque o conto que a sustenta não tem limites, abrindo-nos portas a um mundo em que a fantasia assume total protagonismo. Além disso, a «música encantadora de Tchaikovsky» atribui-lhe ainda mais intensidade. Com Clara [cuja voz quase consigo ouvir], Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos - e não só - vamos viver momentos inesquecíveis!

Mulan: Foi, simultaneamente, o filme e a personagem que mais me inspirou. A «irrequieta jovem» mostra-nos o quanto temos que ser capazes de lutar pelas nossas convicções. Com uma força e perseverança surpreendentes, Mulan quebra barreiras e estereótipos. E «num acto cheio de coragem», desafia as tradições da sociedade em que vive. É absolutamente fascinante acompanhar a sua jornada, porque, apesar das inúmeras adversidades, nunca desistiu. O seu coração guerreiro, aliado aos seus fiéis companheiros, leva-la-à à conquista.

Papuça e Dentuça: A amizade improvável entre um cachorro e uma raposa é deliciosa, mas não é desprovida de contratempos. Numa história cheia de suspense, os dois amigos - que deveriam ser rivais - serão constantemente colocados à prova. Será que a sua ligação é suficientemente forte para aguentar? Com uma «espantosa mistura de cenários», vamos receber uma das lições de amor mais valiosas.

A Dama e o Vagabundo: Quem é que não se lembra da famosa cena com o prato de esparguete? É um autêntico clássico. Contudo, não se limita a esse momento. Aliás, todo o filme está recheado de ocasiões românticas e adoráveis. Paralelamente, leva-nos a refletir sobre o que é verdadeiramente importante. Com um grupo de personagens memorável, este conto transporta-nos para uma aventura irresistível, que «tocará os corações de todos os que partilharem a sua magia».

À Volta do Mundo com Timon & Pumba: Os companheiros do Rei Leão embarcam numa viagem alucinante, cheia de peripécias cómicas. «Desde a América do Norte até aos Mares do Sul», não faltarão episódios hilariantes, que nos farão rir durante todo o filme - e desejar estar ao lado deles, a experienciar tudo.

O Anãozinho Mágico: Stanley é um duende bastante especial. Para além do seu polegar verde, não consegue fazer maldades - o que, neste contexto, lhe traz algumas consequências menos felizes. Num misto de adrenalina, diversão e emoção, esta «história vai ensinar às crianças a magia de acreditar nos seus sonhos».

Espectáculo Tom & Jerry: O gato e o rato mais famosos dispensam apresentações. «Nesta mega colecção que reúne os mais loucos e hilariantes episódios» do duo dinâmico e habilidoso, são mais de duas horas de diversão pura. É extraordinário como esta perseguição alienada parece não ter fim. E, melhor, como assume as formas mais surreais. É o verdadeiro jogo «do gato e do rato». E nunca passa de moda.

Quais são os filmes de animação [ou não] que viram mais vezes?