![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Cuide do seu corpo: você mora nele»
O convite para escrever um Guest Post é extremamente gratificante, mas também pressupõe uma elevada dose de responsabilidade, porque queremos desenvolver um conteúdo de qualidade, que se relacione connosco e com o blogue em questão e que não defraude as expectativas do seu autor - nem as do seu público-alvo. Por isso, quando esta oportunidade surge, mantenho a mesma postura de quando estou a produzir para As gavetas: dedico-me de corpo e alma, dando o meu melhor e criando algo que eu gostasse de ler.
«Tu tens tanto
Que não vês
Não tens chão
E tens o mundo
Aos teus pés
Tu quiseste acreditar
1, 2, 3
Que a sorte ia mudar
![]() |
Fotografia da minha autoria |
... Manhãs!
[A minha inspiração é muito mais produtiva à noite. Em contrapartida, sempre adorei as manhãs. A sensação de tranquilidade. A sensação serena de acordar cedo, ouvir aquele silêncio pacífico e fazer o dia render. É desta maneira que me organizo melhor. E, mesmo que não tenha qualquer compromisso marcado - ou alguma tarefa que precise de ser realizada com uma certa urgência -, o meu despertador está programado para as 8h50, incluindo aos fins de semana - e, em férias, era capaz de tocar por volta das 7h/7h30. Faz-me imensa confusão dormir até tarde e, depois, ter a impressão de que poderia ter feito muito mais. Além disso, é o momento perfeito para desfrutar da minha refeição favorita: o pequeno-almoço. Por muito que adore sair à noite, para estar com as minhas «pessoas-luz» e para dançar - e só voltar a casa aos primeiros raios de sol -, é de manhã que abro a porta a mais um capítulo da minha vida]
![]() |
Fotografia da minha autoria
|
«[...] talvez a história dele — tal como a sua — seja mais importante do que alguma vez poderia ter imaginado».
Era uma vez «um conto tão antigo como o tempo», que invadiu o meu coração, fez dele uma casa e ocupou-o para sempre. Porque a sua magia e, principalmente, a sua mensagem têm um impacto tão poderoso, tão transformador, que é impossível esquece-las. Podem não nos marcar a todos da mesma forma, mas, certamente, há algo que as faz permanecer na nossa memória. E, à medida que a nossa maturidade adquire consistência, compreendemos melhor aquele universo encantado, com inúmeras camadas e uma infinidade de aprendizagens.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
Quando cheguei à beira do meu carro, despedi-me e agradeci, uma vez mais, por toda a amabilidade e conforto prestados, e, sobretudo, pela presença no funeral, quando não tinha a obrigação de o ter feito. Em resposta, deu-me um cartão com o seu contacto.
- Se precisar de alguma coisa, tiver dúvidas ou, simplesmente, quiser desabafar, não tenha qualquer receio em ligar-me. Mesmo que não consiga atender na hora, garanto que retribuo. Feliz ou infelizmente, sei que os próximos dias virão acompanhados por um estado de limbo constante, receios, crises, portanto, no que puder ajudar, conte comigo.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Fotografar é uma maneira de ver o passado. Fotografar é uma forma de expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade de um realismo virtual»
Regressar a lugares onde fomos felizes é um aconchego para a alma, para o coração e para o olhar, que se redireciona e redescobre a essência de cada recanto. Há uma vontade imensa de encontrar o que permanece familiar, mas também existe necessidade de explorar o que é novidade, pelo menos, para nós. E neste matar de saudades, a máquina fotográfica é sempre uma aliada, para eternizar momentos e para levar um pouco de cada local connosco. Mesmo que as fotografias não lhe façam total justiça, partilho alguns fragmentos da minha visita a Guimarães!
![]() |
Fotografia da minha autoria |
Capítulo 27
Domingo, 15.07.2018
08h20: A melodia do despertador começou a invadir o quarto. Levantei-me mais cedo para fazer um penteado com trança, mas como percebi que me faltavam elásticos de borracha tive que improvisar outro. Entretanto, fui arranjar-me para mais uma mini aventura.
10h00: Que comece a viagem!
«Sempre a mesma cena
Fora de água
Fora do sistema
Deixei no quarto
A fria cama
Deixei no rádio
A voz que nos engana
E não faço caso
Já é pouca a paciência
![]() |
Fotografia retirada do Pinterest |
... Café!
[O aroma do café sempre me agradou, porque é maravilhoso. E sempre apreciei o seu sabor em gelados, rebuçados, iogurtes e doces. No entanto, a bebida em si nunca me cativou. Foi quando entrei para a faculdade que lhe dei uma nova oportunidade e, agora, tenho a sua companhia, pelo menos, uma vez por dia - por norma, após o jantar. Não porque sinta que interfira com a minha energia [nem sequer me tira o sono], mas porque passei a gostar, genuinamente, de o beber. Para mim, o café tem que ser cheio, sem açúcar e, ligeiramente, quente, pronto a ingerir. Por outro lado, no verão, adoro tomá-lo com duas pedras de gelo. E, por vezes, em casa, sirvo-me um abatanado - café em chávena de meia de leite. Esta ligação demorou a ser plena, mas aconteceu. Ainda assim, sou capaz de passar dias sem tomar e não tenho qualquer problema, porque é um dos meus vícios saudáveis - por não o consumir em doses extremas].
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Tudo o que você quer está do outro lado do medo»
Os nossos medos podem ser encarados como fraquezas, porque têm, muitas vezes, o poder de nos derrubar e de nos impedir de ultrapassar barreiras - impostas pela sociedade ou por nós. Porém, este estado emocional também preserva um lado encantador, uma vez que nos desperta os sentidos, deixa-nos alerta e provoca-nos uma vontade inexplicável de avançar com um maior sentido de compromisso - atendendo que agimos com maior ponderação. E ainda que nos façam sentir inseguros, no fundo, precisamos destes medos, porque são o maior indício de que a nossa vida permanece em movimento.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«É uma encantadora história de Natal que se tornou tradição nessa época do ano, quer pelo bailado, quer por cinema, televisão ou teatro»
A maioria das histórias que ouvi durante a minha infância vinha dentro de cassetes, que os meus pais colecionavam para que eu me divertisse a ver e, sobretudo, para que tivesse contacto com outros cenários, mesmo que fossem imaginários. E é incrível como muitas delas ainda estão guardadas na minha memória; é extraordinário como, tanto tempo depois, sinto que moldaram a minha personalidade, ajudando-me a crescer. A mensagem que preservam transmitiu-me valores e inúmeros mecanismos de defesa, bem como distintas maneiras de observar o mundo - algo que não compreendi, totalmente, na altura. Porém, hoje, acredito que não teria o mesmo tipo de abertura emocional se, em todos aqueles momentos de lazer, não tivesse conhecido a vida de cada uma das suas personagens.
![]() |
Fotografia de James Chororos |
Estava estática diante da tua campa. Abraçada a mim, mas de olhos fechados, como se esperasse que, ao abri-los, tu aparecesses à minha frente. E, de repente, comecei a ouvir o som de passos a aproximarem-se. O meu coração desassossegou e procurei ver quem seria. Essa presença forte colocou-se ao meu lado, pôs a mão sobre o meu ombro esquerdo e falou-me, com uma voz suave e segura.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Brinca-se todo o tempo, mesmo quando se está sério e em silêncio»
A tecnologia, em geral, e as redes sociais, em particular, podem ser bastante benéficas e úteis. Não só para motivos de lazer, mas também para questões académicas e/ou profissionais e, ainda, para a divulgação de projetos autónomos, didáticos e cujo único propósito passa por fornecer conteúdo de qualidade, sem qualquer custo associado. É, portanto, o uso desgovernado que fazemos destes recursos que lhes pode associar desvantagens e perigos iminentes. Como muitas vezes refiro, o segredo passa por uma gestão equilibrada e consciente. E foi, precisamente, numa utilização desta natureza que fiquei a conhecer, através do Instagram, A Casa do João.
![]() |
Fotografia retirada do site Storyrocket |
«No vazio cabe um monte de coisas»
Tenho um espaço em branco
À espera de ser preenchido
Com o teu nome?
Talvez, mas não sei bem
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Sem música a vida seria um erro»
O meu mundo tornou-se muito mais preenchido e emotivo quando abri as suas portas à música. Porque fiquei recetiva a novas sensações e encontrei maneiras singulares de expressar o que sinto; encontrei formas de validar os meus sentimentos, pelo facto de, a cantar, haver sempre alguém capaz de traduzir inúmeras realidades que vivencio. E é quase sempre em português que encontro o refúgio certo. Não só por compreender a língua de olhos fechados, mas também pela identificação artística.
![]() |
Fotografia retirada do site Delicious |
«A felicidade mora num pedaço de bolo. E eu comi»
Os doces são uma enorme tentação e a minha maior perdição. Não entro, contudo, em total descontrolo, ao ponto de comer diariamente ou várias vezes ao dia. Ainda assim, são das iguarias que mais me custam recusar, mas tenho aprendido a fazê-lo sem culpas. E minorei o seu consumo, consideravelmente, porque é a maneira mais saudável de, posteriormente, os degustar com evidente satisfação. Quando se segue um expoente de exagero, tudo perde o encanto e fica banalizado. Portanto, o truque passa por diminuir a quantidade - ou a frequência - para não deixarmos de valorizar o palato.
![]() |
Fotografia retirada do Pinterest |
«A cidade está deserta. E alguém escreveu o teu nome em toda a parte»
O nome é um dos traços distintivos da nossa identidade. É uma das formas pelas quais nos podem identificar - presencialmente ou por escrito. E transmite uma certa personalidade, sobretudo, se o aliarmos ao facto de ter sido escolhido, precisamente, para nós. Por isso, existem opções para todos os gostos, desde as mais tradicionais às mais originais. No entanto, não deixa de ser curiosa a quantidade de pessoas que gostaria de alterar o seu, pelos mais variados motivos. Na impossibilidade de avançar com essa medida, até porque está dependente de questões burocráticas, há sempre alternativas mais práticas e menos definitivas: os apelidos e as alcunhas.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«De que me serve reler?», Fernando Pessoa
A pertinência de efetuar releituras pode provocar alguma controvérsia e dividir opiniões. Porque, no meio de tanta oferta literária, parece um desperdício revisitar histórias que já conhecemos, quando poderíamos estar a descobrir novas. Pessoalmente, sinto que depende bastante da finalidade, do momento e da própria necessidade e/ou vontade individual. Se voltar àquele livro nos acrescenta, porque não? Inclusivamente, pode surtir um efeito muito mais benéfico do que escolher um que seja uma total novidade. Precisamos é de aprender a ouvir a voz que vem de dentro. E de abraçar a experiência que se revele mais enriquecedora para a nossa formação enquanto leitores.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«A prática desportiva também ajuda num mundo melhor»
A minha identidade desportiva nunca foi muito firme e coerente: adoro assistir a partidas de diversas modalidades. Porém, se o objetivo for desenvolver uma componente mais prática, não partilho o mesmo nível de entusiasmo. Apesar de não ter uma ligação íntima com o exercício físico ou, especificamente, com atividades de desporto que obedecem a regras definidas, não encaro a sua execução como um suplício. E, por exemplo, nunca olhei para as aulas de Educação Física como algo maçador, desmotivante ou, pior, tortuoso. Muito pelo contrário - a não ser que fossem 90 minutos de ginástica.
![]() |
Fotografia de Cheerish |
«O perfume é a forma mais intensa da memória»
Os meus rituais antes de sair de casa não apresentam qualquer complexidade, mas não me posso esquecer de dois deles: colocar relógio e pulverizar-me com perfume. Agora que reflito sobre isso, estes hábitos poderiam figurar na publicação 1+3 | Uma Regra. Porque sinto que a sua ausência me provoca uma sensação de vazio, como se fosse desnuda abraçar um novo dia. São como uma segunda camada de pele, que ativa a confiança, por vezes, escondida da minha autoestima.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Você só vive assistindo séries»
Séries nunca são em demasia. E são aquele tópico sobre o qual poderia falar, eternamente, sem me cansar. Não só pela oferta inesgotável, mas também pelo que acrescentam à minha vida. Há uma grande aposta na vertente de entretenimento, porém, ultrapassam-na. Porque, em boa verdade, é possível desconstruir estereótipos, aproximar culturas e fazer inferências surpreendentes, uma vez que os assuntos abordados - implícita ou explicitamente - não são vazios de conteúdo. Existe sempre uma mensagem. E isso, para além de ter um peso significativo, entusiasma. Prende. E apaixona. Porque o propósito é consciente e consistente.
«Sei que, às vezes,
Não consigo ver
Sei que mereces mais
Sei que, às vezes,
Te faço sofrer
Não leio os teus sinais
![]() |
Fotografia retirada do site Unsplash |
«Bons amigos são como estrelas»
A amizade é, para mim, a extensão mais bonita do amor. Porque acredito que nenhuma relação resiste sem ter esta base sólida de confiança. E é através dela que podemos - ou não - elevar as nossas ligações para outro patamar, dependendo sempre da sua natureza e do que cada uma das partes envolvidas ambiciona. Todavia, se nos falta esta afeição reciproca, dificilmente teremos um caminho tão pleno, uma vez que, para além de amor-próprio, necessitamos de um elo de afinidade; precisamos de um amigo que esteja ao nosso lado «a vida toda». Aquela velha máxima de que «sozinho vou mais rápido, mas acompanhado vou mais longe» faz todo o sentido. E só uma amizade com A grande é capaz de assumir este compromisso com tanta verdade.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Tenha metas. Uma vida sem objetivos é uma existência triste», Renato Collyer
A insustentável impaciência do ser humano leva-o, muitas vezes, a direcionar a sua atenção para o resultado, como se fosse a única etapa de um processo. E esta postura aplica-se a tudo. Inclusivamente, aos objetivos traçados numa qualquer altura da sua existência. Caso não os consiga rasurar, assume a derrota. Mas e aquilo que se conquista no decurso do plano estabelecido? Isso não conta? Tende-se a desvalorizar o caminho quando, claramente, tem tanta importância como a meta.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Este é um livro sobre descerrar janelas e deixar o sol entrar»
As histórias fazem-nos sonhar. Percorremos o seu enredo com a mesma ansiedade com que avançamos na nossa vida. Porque, se for bom, esta ligação é quase visceral, ao ponto de nos sentirmos como mais uma das suas personagens. Mas não é apenas em casos destes que me entrego por completo, pois nutro o mesmo tipo de identificação por livros constituídos por textos soltos - com ou sem qualquer fio condutor entre si. O segredo está na qualidade. E na capacidade que o autor tem para fazer-nos viajar, mesmo que em poucas frases.
![]() |
Fotografia retirada do Tumblr |
Vestir-me de preto, nestes dias, é um suplício. Não gosto de o fazer. Aliás, não consigo compactuar com a obrigação que procuram impor. Conversamos inúmeras vezes sobre esta questão e, em todas elas, a nossa opinião coincidiu: o luto não está na roupa, mas nos nossos sentimentos. E o meu coração, incontornavelmente, está de luto; está magoado e ferido, e demorará algum tempo até curar as feridas. Porém, nada disto é mais ou menos intenso pela cor com que cubro o meu corpo.
![]() |
Fotografia de Clive Mason |
«Como está essa trivela? Sempre pronta!»
É com um certo pesar que acompanho o restante Mundial, porque levo Portugal demasiado a peito para não sofrer como a nossa eliminação. E não deixa de ser irónico perder no jogo em que fomos mais consistentes - ainda que também tenha gostado da atitude frente à Espanha. Aqui fica a prova de que eficiência e eficácia nem sempre se alinham no mesmo sentido. E, desta vez, a sorte não esteve do nosso lado. Apesar de tudo, nem todas as surpresas foram negativas. E guardarei, eternamente, aquele que foi o momento do campeonato do mundo.
![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Eles já nascem sabendo amar»
A minha casa - e, principalmente, a minha vida - tornou-se muito mais completa quando abri as suas portas para acolher um patudo. Cresci com o Fofo, um rafeiro castanho e cheio de energia, que veio morar connosco ainda bebé. E como eu também era pequenina, não tenho muitas recordações dele. Anos mais tarde, recebemos a Fany, uma caniche preta e branca, que foi a minha fiel companheira. Após a sua morte, optamos por não ter mais animais, uma vez que a dor da perda tinha sido bastante forte. Porém, no primeiro mês de 2016, fomos adotados pelo Simba. E tudo mudou a partir desse momento. Os inquilinos mais recentes são o Goji e o Silvestre, movidos pelo mesmo nível de amor e de traquinices.
andreia morais
portugalid[arte]
margens
-
▼
2018
(365)
-
▼
julho
(31)
- Sem Norte
- Os 7 produtos que não dispenso
- Jukebox #106
- #50 M de...
- [Des]Conhecimento
- Entrelinhas #55
- O nosso amor é como o vento #7
- O mundo por olhos tom de castanha #42
- À Boleia do Mundo #27
- Jukebox #105
- #49 M de...
- 1+3 | Medo[s]
- Entrelinhas #54
- O nosso amor é como o vento #6
- A Casa do João
- As minhas viagens de metro #64
- As 7 bandas portuguesas que quero ver ao vivo
- As minhas 7 sobremesas favoritas
- Os 7 nomes que poderia escolher para um/a filho/a
- As 7 releituras que pretendo fazer
- As 7 modalidades desportivas que gostaria de prati...
- Os meus 7 perfumes indispensáveis
- As 7 séries que nunca deveriam ter terminado
- Jukebox #104
- Sorrisos Partilhados | O que esperar de um amigo
- 1+3 | Um objetivo que já está a ser cumprido
- Entrelinhas #53
- O nosso amor é como o vento #5
- Momento Mundial
- Animais da Blogosfera
- Jukebox #103
-
▼
julho
(31)
Com tecnologia do Blogger.