![]() |
Fotografia da minha autoria |
«Quem sabe se eu me afogo ou se aprendo a respirar»
O The Voice é paragem obrigatória, porque tenho na música uma das minhas expressões artísticas favoritas e porque acredito que há imenso talento no nosso país, por isso, gosto de descobrir as vozes extraordinárias que se escondem de Norte a Sul. E é nesse processo que se encontram nomes inesquecíveis, que nos agregam.
Quando a Bárbara Tinoco concorreu, achei uma injustiça nenhuma cadeira ter virado. No entanto, com esta distância, talvez tenha sido o melhor, já que ela é uma artista no verdadeiro significado do termo - era só uma questão de tempo até conquistar o seu espaço. Portanto, tem sido fascinante vê-la florescer a cada canção.
Creio que, para além de ser uma das vozes mais bonitas do nosso panorama musical, é um caso sério quando pensamos na componente escrita, porque consegue criar uma simbiose entre as suas experiências e as vivências de tantas pessoas anónimas. E isso só pode vir de um lugar bom de empatia e de autenticidade.
Depois do primeiro álbum homónimo, Bárbara, e do EP Desalinhados, foi Bichinho a invadir as nossas casas.
SEGUNDO ÁLBUM DE ORIGINAIS
Sinto-me a viver nas melodias do disco (muito aguardado, deixem-me confessar), desde que saiu, porque é magnético, é dançável, é emocional, é um espelho sólido da sua metamorfose. Interligando dois universos - «o da tristeza e o de estar apaixonada e feliz» -, compreendemos que as dez músicas nos encaminham por essa travessia íntima, na qual soltou as amarras do passado e abriu as asas para uma nova fase da sua vida.
Bichinho foca-se em várias etapas das relações humanas, independentemente da sua natureza, por esse motivo, tem tanto de catártico, como de esperançoso. Consegue ser ternurento, amoroso, mas também visceral. E demonstra bem que nunca seremos um só traço: existem inúmeras versões que nos habitam.
Bárbara Tinoco afirma que o seu novo trabalho «é um álbum de fotografias», atendendo a que «guardou pequenos momentos, pequenas inseguranças» e eu acho mesmo que esta imagem o descreve na perfeição, já que é bastante pessoal. Em simultâneo, permite-nos embarcar numa viagem temporal especial e honesta.
Equilibrando a sua identidade com a vontade de sair da caixa, da zona de conforto, é um disco que vai crescendo, que se vai tornando mais familiar à medida que o escutamos. E um dos aspetos que mais me fascinou foi mesmo a ausência de pudor em falar de sentimentos que nos destroem ou que nos salvam.
Bichinho é autobiográfico, mas tem um tema que foge desse registo. É sobre desgosto, sobre amor e sobre medos. É sobre erros e sobre sentir que chegamos a bom porto, sozinhos ou amparados. É sobre cair e renascer, sobre vivermos na nossa bolha e querermos romper os muros que erguemos. É sobre todos nós.
AS MINHA CANÇÕES FAVORITAS
🎧 Ai, Ai;
É magistral a maneira como brinca com as palavras, como consegue transmitir fragilidade, segurança, ferocidade e um certo jogo de sedução. A «gaja da Linha de Sintra» não veio para brincar, veio para ficar.
8 Comments
Tenho que explorar um bocadinho mais o trabalho da Bárbara, ainda não perdi tempo a ouvir as suas músicas, mas gosto muito do timbre dela e da maneira de estar em palco.
ResponderEliminarBeijinho grande, minha querida.
Acho que te pode surpreender pela positiva. É uma viagem muito bonita!
EliminarBeijo grande, minha querida
Gosto tanto desta miuda e este novo disco esta incrivel *.*
ResponderEliminarÉ incrível 😍
EliminarConheço pouco das músicas dela, mas acho que tenho de fazer uma pesquisa, mas pelo que li ela acaba por ter umas músicas bem bonitas
ResponderEliminarBeijinhos
Novo post
Tem Post Novos Diariamente
Aconselho muito, Sofia
EliminarGosto de a ouvir.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Oww, que bom 😍
EliminarObrigada e igualmente, Francisco